Conjuntura do Agronegócio

1. Aprovado plano para estimular o aumento da produção florestal no país

O Ministério da Agricultura informou há pouco que aprovou o Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas (PNDF), que tem o objetivo de ampliar a área de produção florestal no país em 20%, ou 2 milhões de hectares, até 2030.

A portaria Nº 111, que aprova o Plano, foi assinada pela ministra Tereza Cristina e publicada hoje, Dia Mundial do Meio Ambiente, no “Diário Oficial da União”. Segundo o ministério, a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura será responsável por monitorar, avaliar e atualizar o plano.

“Com ações previstas para os próximos dez anos, o Plano busca dar segurança jurídica para investimento nas culturas agrícolas de origem florestal, desde o segmento fornecedor de insumos até o consumidor final, além de reconhecer a importância econômica, social e ambiental do setor”, informa comunicado divulgado pela Pasta.

“O governo tem interesse em que se plante florestas e quer criar condições de segurança jurídica para que, quem quiser plantar ou aumentar seu plantio, faça da melhor forma possível”, afirma João Fagundes Salomão, coordenador-geral de Apoio à Comercialização da Agricultura Familiar do Ministério da Agricultura, no comunicado.

Ainda segundo a Pasta, mais da metade da área de florestas plantadas no Brasil tem culturas certificadas com selos internacionais que observam questões como manejo sustentável, preservação de recursos naturais e boas práticas socioambientais e trabalhistas. Cerca de 90% de toda a madeira para fins industriais no país vem de florestas plantadas.

Dados do IBGE destacados pelo ministério mostram que há cerca de 10 milhões de hectares de árvores plantadas no país, 6 milhões dos quais destinados à conservação quando somadas as áreas de restauração, preservação permanente, reserva legal e Reserva Particular do Patrimônio Natural.

Os dados indicam também que 35% da área total está nas mãos de indústrias de papel e celulose. O restante é de propriedade de siderúrgicas e companhias de carvão vegetal (13%), empresas de painéis de madeira e pisos laminados (6%), investidores financeiros (9%), produtores independentes (30%) e grupos de produtos sólidos de madeira (4%).

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Fonte: Valor Econômico

2. Índice de commodities do BC tem queda de 1,98% em maio

As matérias-primas que têm influência sobre a inflação apresentaram queda de 1,98% em maio, após variação positiva de 1,53% em abril. No ano, o Índice de Commodities Brasil (IC-Br), calculado pelo Banco Central, acumula queda de 1,27% e, em 12 meses, recua 0,34%.

O indicador é construído com base nos preços das commodities agrícolas, metálicas e energéticas convertidos para reais. Seu equivalente internacional, o Commodity Research Bureau (CRB), mostrou variação positiva de 2,59% em maio, com alta de 5,58% no ano e de 5,01% em 12 meses.

Entre os três subgrupos que compõem o IC-Br, o de commodities agropecuárias (carne de boi, carne de porco, algodão, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, arroz, café, suco de laranja e cacau) mostrou queda de 2,63% no mês de maio. No ano, os preços acumulam queda de 3,83%, mas, em 12 meses, há alta de 2,92%.

O preço das commodities metálicas (alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo, níquel, ouro e prata) caiu 2,01% no mês passado. No ano, o segmento acumula alta de 2,94%, e, em 12 meses, tem queda de 3,34%.

As commodities energéticas (petróleo Brent, gás natural e carvão) recuaram 0,03% em maio. No ano, a variação é positiva em 3,21%. Em 12 meses, há queda de 5,82%.

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Fonte: Valor Econômico

3. Governo regulamenta lei de registros públicos para imóveis rurais

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sérgio Moro, determinaram a entrada em vigor nesta quarta-feira da Lei de Registros Públicos, que dispensa a carta de anuência no processo de georreferenciamento de imóveis rurais. Esse procedimento envolve trabalhos na área de tecnologia que foram aprovados no Senado, em maio deste ano, ao se verificar que eles tratam de mecanismos de precisão dos imóveis rurais.

Formalmente, trata-se da Lei nº 13.838, que foi publicada no “Diário Oficial da União”. Essa norma foi aprovada no Senado, em maio deste ano, com a alegação de que ela poderá beneficiar mais de 15 milhões de pequenos, médios e grandes produtores no Brasil ao buscar resolver litígios ocorridos há muitas décadas, quando as medições das propriedades não eram precisas, o que contribuiu para gerar insegurança jurídica no país.

Agora, a norma trata de registros públicos de imóveis dispensando a anuência de confrontantes “bastando para tanto a declaração do requerente de que respeitou os limites e as confrontações”.

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Fonte: Valor Econômico

Insumos

4. Em busca de agtechs, SLC faz dia de campo em Piracicaba

Buscando encontrar soluções mais eficazes entre as diversas agtechs que surgem diariamente no Brasil, a SLC Agrícola, uma das maiores empresas de grãos e fibras do país, organizou hoje AGTech Garage, em Piracicaba (SP), um “pitch day” - na tradução literal, um dia de campo.

A ideia do programa, gerenciado pela Innoscience, é atrair startups para a SLC. “Apresentamos dez desafios e selecionamos 22 startups para apresentar soluções. Vamos selecionar cinco que devem ir para a próxima fase do programa”, explicou Frederico Longemann, gerente de estratégia da SLC.

Com 180 inscritos, o processo de seleção das agtechs foi longo. “É uma forma de selecionar novos fornecedores que ajudem a encontrar as soluções para os problemas apresentados”, afirmou Maximiliano Carlomagno, sócio-fundador da Innoscience.

Foram selecionadas empresas que apresentam análise dos teores de nutrientes no solo, programas de conciliação fiscal e contábil, ferramentas de sensoriamento para diagnóstico nutricional da plantas, aplicativos que auxiliam de forma mais objetiva o manejo de culturas, entre muitas outras.

As selecionadas vão para uma próxima fase, a da imersão, na qual os responsáveis pelos produtos passarão quatro dias em Porto Alegre (de 2 a 5 de julho) com representantes da SLC aprimorando os projetos, explicou Carlomagno.

Depois disso, entre 29 de julho a 18 de outubro, será iniciado o piloto dos projetos, com o apoio direto da SLC. Os projetos que “vingarem” serão implantados de forma definitiva pela SLC a partir de 29 de outubro com as suas devidas melhorias.

“É a primeira vez que fazemos isso, mas devemos repetir a dose com outros desafios”, disse Longemann.

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Fonte: Valor Econômico

5. Bayer e Arvinas anunciam joint venture para criar produtos agrícolas

A biofarmacêutica norte-americana Arvinas anunciou nesta terça-feira, 4, parceria com a Bayer para criar uma joint venture e produzir novos produtos agrícolas. A intenção é usar uma tecnologia licenciada pela Arvinas que permite a remoção de proteínas específicas. Ela seria utilizada para desenvolver soluções de proteção para lavouras.

Segundo a Arvinas, a Bayer já garantiu US$ 55 milhões para financiar o empreendimento, cujo controle será dividido meio a meio entre as empresas .Como parte do acordo, a Bayer comprará aproximadamente 1,35 milhão de ações da companhia a US$ 24,14 cada uma, totalizando US$ 32,5 milhões.

Na última segunda-feira, a ação da Arvinas fechou a US$ 20,05. A colaboração entre as companhias também inclui o uso da tecnologia para ajudar pacientes com doenças cardiovasculares, oncológicas e ginecológicas.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Revista Globo Rural

6. Aquicultura e pesca serão contemplados no próximo Plano Safra, diz ministra

Os setores de aquicultura e pesca deverão ser inclusos no Plano Safra 2019/2020, informou nesta quarta-feira, dia 5, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, durante o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Pescado, em Brasília.

De acordo com nota do Ministério da Agricultura, a ministra disse que esses segmentos deverão ser contemplados no próximo plano – que tem início em 1º de julho deste ano e se encerra em 30 de junho de 2020 – e também nos próximos.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Canal Rural

Proteína Animal

7. Uma fusão que suscita muitas interrogações

A possível união entre BRF e Marfrig, que criaria a quarta maior companhia de carnes do mundo, pode ser um acerto estratégico no mercado de proteínas, mas, de acordo com fontes ouvidas pelo Valor nos últimos dias, do lado financeiro ainda são muitas as incertezas.

"Há, sem dúvida, uma diversificação de risco [ao se trabalhar com carnes bovina, suína e de frango], já que nesse cenário o componente cíclico é eliminado", afirmou Antonio Barreto, analista de alimentos & bebidas e agronegócio do Itaú BBA, durante evento ontem em São Paulo. Segundo ele, esse "componente cíclico" é da natureza do negócio de ambas companhias. A Marfrig é uma empresa de carne bovina e a BRF de aves e suínos, e enquanto uma vive o ciclo de baixa de preços, a outra normalmente está em alta.

Na semana passada, as empresas anunciaram que estão em negociações para a fusão. Os conselhos de administração de ambas já aprovaram o negócio e já iniciaram as conversas oficiais para delinear o acordo de fusão, como já informou o Valor. No momento, as duas companhias já analisam inclusive movimentos de longo prazo, como uma eventual abertura de capital nos EUA, onde a Marfrig controla a National Beef.

Embora a fusão seja bem vista estrategicamente, os últimos resultados das companhias suscitam questionamentos. "No caso da Marfrig, por exemplo, vimos uma queima de caixa. E isso traz uma dúvida com relação à trajetória de endividamento da companhia", afirmou Barreto.

No primeiro trimestre do ano, o clima chuvoso no Brasil, que melhorou a qualidade dos pastos e levou os pecuaristas a segurarem as vendas de gado, pressionou os resultados da Marfrig. Associado a isso, contou Marco Spada, vice-presidente de finanças e de relações com investidores da empresa na divulgação dos resultados do período, os negócios no país também foram responsáveis por uma queima de caixa - a companhia teve fluxo de caixa negativo de R$ 1,4 bilhão.

Ontem, a Marfrig comunicou o encerramento das atividades no frigorífico de Paranaíba, em Mato Grosso do Sul, e creditou a medida a uma "decisão estratégica". A companhia não confirma, mas estima-se que a capacidade de abate da planta seja de 700 bovinos por dia.

A companhia havia retomado as atividades no frigorífico em 2017, aproveitando o momento de inversão do ciclo da pecuária, com maior oferta de bois prontos para o abate.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. Produção de carne suína da China pode cair 13 milhões de toneladas, prevê banco

A produção de carne suína da China deve recuar entre 10 milhões e 13 milhões de toneladas neste ano, em comparação com o volume processado no ano passado, estima o banco de investimentos Société Générale.

O banco, entretanto, não informou o total que pode ser produzido em 2019, atribuindo o possível recuo ao declínio de 22% no plantel de suínos do país asiático, em virtude do avanço da peste suína africana (ASF, na sigla em inglês).

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Fonte: Estadão Conteúdo/Canal Rural

9. Frigoríficos retomam compras mas reduzem em cerca de 1% valor pago pela @ em SP com efeito China e demanda interna fraca

As indústrias frigoríficas do estado de São Paulo retomaram as compras nesta quarta-feira (04). Porém, as empresas reduziram os valores pagos da arroba em 1% em relação ao fechamento de ontem devido aos efeitos da suspensão das exportações para a China e a demanda enfraquecida no mercado interno.

De acordo com o analista da Scot Consultoria, Felippe Reis, houve queda de preços da arroba em algumas regiões no estado de São Paulo. “Isso se justifica pelo o escoamento lento no mercado interno e as escalas de abate confortáveis em que podem ofertar valores menores já que não tem necessidade de ampliar os estoques”, comenta.

Algumas indústrias que trabalham com exportações para a China perderam a demanda por conta da suspensão do Ministério da Agricultura. “Quando acontece um incidente desse é natural que o local de origem registre uma queda nas vendas. Por outro lado, outros países continuam comprando carne bovina do Brasil normalmente”, afirma.

No mês de maio, o Brasil foi responsável por exportar aproximadamente 121 mil toneladas de carne bovina in natura. “Esse é o segundo maior resultado para o mês de toda a série histórica, na qual fica atrás apenas de 2017. Então, nós ainda temos um cenário de exportação de carne bovina em ritmo forte e a tendência é que recupere essas perdas assim que voltar”, pontua.

Atualmente, as referências da arroba no estado de São Paulo estão ao redor R$ 152,00, a vista e livre de funrural. Ontem, os preços giravam ao redor de R$ 153,50/@ e no mês passados os valores estavam nos patamares de R$ 156,00/@. “Ou seja, registrou um recuo de quatros reais nos últimos trinta dias enquanto que a carne bovina no atacado caiu R$ 0,15 centavos em um mês”, aponta.

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Fonte: Notícias Agrícolas

Agroenergia

10. Odebrecht opõe bancos e Caixa insiste em executar garantias de dívidas da Atvos

Os bancos credores da Odebrecht S.A. não chegaram a um consenso sobre se a melhor saída é a execução das garantias relativas a empréstimos concedidos à Atvos, braço sucroenergético do grupo.

Após o encontro ocorrido na terça-feira (4), a única instituição que já bateu o martelo foi a Caixa Econômica Federal, que está decidida em ir adiante caso não obtenha ações da Braskem em garantia, como os demais bancos. Se for em frente, pode arrastar todos os demais credores.

A execução das garantias tem potencial de levar o grupo para a recuperação judicial, resultando no maior caso da América Latina. O Banco Votorantim, que assim como a Caixa não possui papéis da petroquímica como garantia, também estaria propenso a seguir o banco público.

Um novo encontro, desta vez entre credores e a Atvos deve ocorrer na próxima segunda-feira (10). Da dívida total de R$ 12 bilhões apresentada à Justiça, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil (BB) têm juntos 66% ou R$ 7,95 bilhões.

A Caixa aparece com R$ 500 milhões e Votorantim, R$ 80 milhões. O Bradesco é citado com cerca de R$ 250 milhões e o Itaú Unibanco, com R$ 106 milhões.

Grupo em risco

Sob o risco de ter a holding levada à proteção da Justiça, a Odebrecht negocia nesse momento com os bancos cerca de R$ 20 bilhões em garantias relativas às operações de empréstimos realizados para várias empresas do grupo.

No entanto, uma recuperação judicial da holding puxaria as demais empresas do grupo, que têm uma dívida de R$ 80 bilhões, sem considerar o passivo da Braskem. Procurados, Odebrecht, Caixa e Votorantim não comentaram.

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Fonte: O Estado de S. Paulo/NovaCana

11. Unica destaca redução de emissões com uso do biocombustível

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) aproveitou o Dia Mundial do Meio Ambiente, ontem (5), para divulgar levantamento inédito sobre a contribuição do etanol de cana-de-açúcar na redução da emissão de gases causadores de efeito estufa (GEE).

Segundo a entidade, entre março de 2003 (data de lançamento da tecnologia flex) e fevereiro de 2019, o consumo de etanol (anidro e hidratado) reduziu as emissões de GEE em 535 milhões de toneladas de CO2 equivalente.

“Para atingir a mesma economia de CO2 seria preciso plantar quase 4 bilhões de árvores nos próximos 20 anos”, disse em nota.

Segundo a Unica, quando avaliado o ciclo de vida completo do combustível, o etanol proporciona uma redução de 90% da emissão de GEE em relação à gasolina.

Em comparação com a gasolina e o diesel, o etanol reduz significativamente a emissão de vários poluentes, como os óxidos de enxofre (em cerca de 90% em relação a gasolina, em cerca de 99% em relação ao diesel S500 e em cerca de 50% em relação ao diesel S10).

“O etanol praticamente zera a dispersão de partículas, poluente muito agressivo para a saúde (mais de 98% em relação a gasolina e diesel), bem como a de hidrocarbonetos tóxicos (perto de 99% na emissão de benzeno, componente cancerígeno presente na gasolina, e na emissão de hidrocarbonetos poliaromáticos, componentes cancerígenos gerados na queima do diesel)”, relata a entidade, que segue: “O biocombustível também reduz a emissão de monóxido de carbono em relação à gasolina (a porcentagem varia dependendo da calibração do motor, mas pode atingir cerca de 20%)”.

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Fonte: Agência Estado/NovaCana

12. Usina Santa Adélia recupera margem e tem lucro de R$ 90,72 milhões em 2018/19

Poucos dias após anunciar a paralisação da Unidade Pioneiros, que encerrará as atividades em 2021, a Usina Santa Adélia divulgou seus resultados financeiros referentes à safra 2018/19, encerrada em 31 de março. No período, a companhia apresentou um lucro líquido consolidado de R$ 90,72 milhões.

O valor é consideravelmente superior ao lucro de R$ 74 mil registrado na temporada anterior e, também, representa a primeira vez em quatro safras que a companhia obtém uma melhora em seus resultados.

A variação se deu, entre outros fatores, por meio de uma redução de 8,6% nos custos de produção, que foi suficiente para compensar a diminuição de 3,9% na receita.

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Fonte: NovaCana

Grãos e Grandes Culturas

13. Produção de café na Colômbia recua 6% em maio, diz federação

A produção de café na Colômbia recuou 6% em maio em relação ao mesmo mês do ano passado e somou 1,1 milhão de sacas de 60 quilos, informou a Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia (FNC). De janeiro a maio, o volume somou 5,5 milhões de sacas, leve redução de 0,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

Nos últimos 12 meses (de junho de 2018 a maio de 2019), a produção alcançou 13,6 milhões de sacas, recuo de 5,1% ante igual período anterior.

No acumulado do ano cafeeiro 2018/19 — que se estende de outubro a setembro — a produção alcançou 9,1 milhões de sacas até o mês passado, 2,5% a menos do que no período de outubro a maio do ano-safra anterior.

As exportações, por outro lado, cresceram 7,6% apenas em maio na comparação anual e alcançaram 1 milhão de sacas. De janeiro a maio deste ano, os embarques também cresceram 7,6%, para 5,4 milhões de sacas de 60 quilos ante ao mesmo intervalo de 2018.

Já nos últimos 12 meses — de junho do ano passado até maio —, as exportações de café colombianas recuaram 2,3%, para 12,8 milhões de sacas ante ao mesmo período anterior.

No acumulado no ano cafeeiro 2018/19, os embarques superaram as 9 milhões de sacas, 5,3% em comparação com o mesmo intervalo do ano safra 2017/18.

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Fonte: Valor Econômico

14. Cofco investe em silos e logística e vê avanço na área de grãos no Brasil

"O domínio da fonte do alimento é o domínio do comércio. Logo, o controle da precificação". Escrita em português e mandarim na parede da principal sala de reuniões da sede da Cofco International na capital paulista, a frase define com precisão o papel do Brasil na estratégia da maior trading chinesa de produtos agrícolas. Embora tenha liberdade para atuar como qualquer outra trading, a companhia é responsável por abastecer com grãos e outras commodities boa parte da demanda de sua controladora Cofco, um grupo de alimentos sob domínio estatal e faturamento de cerca de US$ 70 bilhões por ano. Nessa estratégia, o Brasil é sua principal fonte de soja.

Ainda que cumprir essa missão não tenha sido fácil nas últimas safras, a subsidiária brasileira da trading está renovando suas metas de ampliar os volumes embarcados de 7% a 10% ao ano nos próximos cinco anos. Para isso, pretende investir pelo menos US$ 200 milhões nos próximos dois anos, sobretudo em logística e armazenagem. É a continuidade de uma estratégia que, nos últimos dois anos e meio, contemplou, por exemplo, aportes de US$ 30 milhões em quatro silos em Mato Grosso. Quando os dois últimos ficarem prontos, a empresa terá agregado 300 mil toneladas à sua capacidade de armazenagem.

"O menor crescimento econômico chinês não afetou matérias-primas e rações. Pelo contrário, o consumo de carne de frango, entre outros itens, aumentou. Mesmo o surto de peste suína, que reduz a demanda de grãos para a produção de rações para esses animais, até agora teve reflexos limitados, já que está havendo uma migração de compras para frango e peixes. Apesar disso, é um momento de redução das exportações de soja do Brasil para a China, que aumentou as compras nos EUA nos últimos meses apesar das disputas comerciais entre os dois países. Mas esse momento vai passar e temos que nos preparar para crescer", diz Valmor Schaffer, presidente da Cofco International no Brasil e principal gestor dos ativos globais da trading, exceto no segmento de "soft commodities" como açúcar e café.

Na safra 2016/17, quando a demanda total da Cofco na China foi de cerca de 22 milhões de toneladas de soja, a subsidiária brasileira da trading Cofco International exportou 8,5 milhões de toneladas de soja (a maior parte do volume) e milho. Com a greve dos caminhoneiros e o aumento de custos provocado pelo tabelamento dos fretes rodoviários no Brasil, o fluxo permaneceu estável em 2017/18, e para este ciclo 2018/19 a expectativa é de avanço para até 9,2 milhões de toneladas. A soja deverá representar 60% desse volume, e 85% dos embarques da oleaginosa serão destinados à gigante chinesa de alimentos - o restante será vendido para outros clientes, inclusive em outros mercados.

"Mas ainda estamos cautelosos, já que a tabela dos fretes não está resolvida. É um problema para o nosso segmento. Tirou a previsibilidade e prejudicou muito as negociações de compra e venda antecipadas, que estão praticamente paradas", diz Schaffer. "Também ainda enfrentamos problemas nas estradas para exportar pelo Norte do país, onde temos contrato de escoamento de longo prazo com a Hidrovias do Brasil em Barcarena, no Pará, e movimentamos grandes volumes. O alento, nesse caso, é que a ferrovia [administrada pela Rumo] ganhou eficiência", afirma ele.

O executivo não revela detalhes, mas diz que a trading deverá fazer um investimento expressivo na área portuária no Brasil. Mas nessa frente a preocupação diminuiu nos últimos dias, já que os aportes realizados por diferentes empresas melhoraram a estrutura disponível e geraram até ociosidades. "Houve muito ganho de eficiência, e atualmente há capacidades ociosa em portos como Santos (SP), Paranaguá (SP), São Francisco do Sul (SC) e Tubarão (SC), entre outros.Rio Grande (RS) é uma exceção, mas a situação está bem melhor".

No Brasil, a Cofco já conta com dois terminais portuários em Santos. Um é usado para exportar grãos e o outro, na importação de trigo, sobretudo argentino. "No país vizinho, disputamos a liderança nas exportações do cereal, e no Brasil, somos o segundo principal fornecedor de trigo importado para os moinhos". No Brasil, a trading também tem um complexo de processamento de soja, que conta com uma fábrica de biodiesel que foi recentemente ampliada tendo em vista a tendência de crescimento da demanda, em linha com o aumento da mistura obrigatória do biocombustível no diesel fóssil.

"Somadas as usinas de açúcar e etanol [quatro unidades com cerca de 6 mil funcionários, que não estão sob o guarda-chuva de Schaffer], o Brasil é o país onde temos mais ativos", afirma. Segundo o executivo, a estrutura física da trading se espalha atualmente por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, EUA, Romênia, Espanha, Inglaterra, Ucrânia, Cazaquistão, África do Sul, Austrália e Índia. "Portos, armazéns e silos temos em praticamente todos esses países. Além do Brasil, temos fábricas em Argentina - de onde exportamos muito farelo e óleo -, África do Sul e Ucrânia", diz.

"Além dos aportes no Brasil, estamos investindo na Ucrânia e na Romênia, basicamente em portos e armazenagem. Na Ucrânia, a operação é parecida com a do Brasil, mas com foco em trigo, milho, canola e girassol", afirma. Também há um esforço de aproximação com a Rússia, mas nesse caso a estratégia tem sido conduzida pela China. Nessa expansão global, conta Schaffer, a Cofco também vem mudando sua governança e adotando regras cada vez mais rígidas para garantir a sustentabilidade da matérias-primas que origina e exporta, atendendo exigências de Pequim. No Brasil, destaca, a cadeia de suprimento tem sido monitorada via satélite com soluções da agtech Agrotools. Não são tão raros os descredenciamentos de fornecedores, mas em geral, afirma, os agricultores têm cumprido as exigências à risca.

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Fonte: Valor Econômico

15. Alta do Dólar salvou preços da soja no Brasil

Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a quarta-feira (05.06) com preços médios da soja nos portos do Brasil sobre rodas subindo 0,49%, para R$ 81,38/saca. Isso reduziu as perdas de junho para 1,45%.

Já no interior os preços médios recuaram 0,60%, para R$ 75,78/saca, aumentando as perdas de junho para 1,75%, segundo o Cepea. “A forte alta de 1,0% na cotação do dólar, mais a firmeza entre + 10 cents/bushel nos prêmios compensaram a igualmente forte queda de 1,44% da cotação da soja em Chicago nesta quarta-feira”, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.

Na visão do analista da T&F, Luiz Fernando Pacheco, os principais fatos do dia foram os seguintes: “Primeiro, os prêmios da soja grão nos portos brasileiros estiveram em 10 cents/bushel mais firmes. Segundo, a China aumentou sua compra de soja na América do Sul para 22 cargos (1,32 milhão de tons) apenas nesta semana. E por fim, o mercado de Paper em Paranaguá negociou junho a +107 e +110, julho a +125 e agosto e +125”.

FUNDAMENTOS

Numa conferência em São Paulo o analista sênior de agronegócios do Itaú BBA, Guilherme Bellotti afirmou que “se tudo der certo com a safra de soja dos EUA, as cotações ficarão abaixo de $ 8,0/bushel na próxima temporada. Não existem tantas notícias altistas que possam levar a soja a outro patamar de preço. Mesmo com choque na produção norte-americana, a relação estoque/uso no mundo ainda deve ser folgada”.

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Fonte: Agrolink

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