Conjuntura do Agronegócio

1. Índice de produção de agroindústrias do FGV Agro encerrou 1º trimestre em baixa

O Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) encerrou o primeiro trimestre do ano com variação negativa de 1,4%, pressionado sobretudo pela queda da produção física do grupo de produtos não alimentícios.

O indicador é calculado com base em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV.

Segundo levantamento recém-concluído, os produtos não-alimentícios fecharam o período em queda de 3% na comparação com o primeiro trimestre de 2018. Nesse grupo, o segmento têxtil é o mais importante, seguido por produtos florestais, insumos agropecuários, fumo, borracha e biocombustíveis.

No grupo de produtos alimentícios e bebidas, por sua vez, houve pequena alta de 0,1% no primeiro trimestre, garantida pelas bebidas (5,1%). Os produtos alimentícios se dividem entre os de origem animal e vegetal, ao passo que as bebidas incluem alcoólicas e não-alcoólicas.

O FGV Agro lembra que, dado o peso dos setores de alimentos e bebidas na composição do PIMAgro, comportamento do indicador costuma acompanhar a evolução da indústria em geral - que, de acordo com o IBGE apresentou retração de 2,3% puxada pelo tombo da indústria extrativa (7,5%), afetada pela tragédia de Brumadinho, em Minas.

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Fonte: Valor Econômico

2. Coreia do Norte reduz distribuição de comida para a população

Depois da pior safra dos últimos dez anos, a Coreia do Norte reduziu as porções de comida distribuídas à população para um nível jamais visto para esta época do ano, revelou a Organização das Nações Unidas.

Aproximadamente 10,1 milhões de pessoas, cerca de 40% dos habitantes do país, sofrem com a grave escassez de alimentos.

Segundo as Nações Unidas, o governo norte-coreano reduziu para 300 gramas por dia por pessoa as porções de comida distribuídas. Além da redução na quantidade de alimentos, a diversidade alimentar no país é mínima, muitos sobrevivem comendo só arroz e repolho.

A avaliação da situação alimentícia foi feita pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA), a maior agência de ajuda humanitária da ONU.

A porta-voz do PMA em Genebra, Herve Verhoosel, afirmou que a comida está sendo racionada por conta da safra ruim. A produção de alimentos no país foi impactada por períodos de seca, ondas de calor e inundações. “Sem apoio humanitário, milhões podem sofrer com a fome”, advertiu Verhoosel.

A situação é “particularmente preocupante para crianças pequenas e para mulheres grávidas e lactantes, que são as mais vulneráveis à desnutrição”, segundo a ONU.

Especialistas do PMA e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) visitaram a Coreia do Norte de 29 de março a 12 de abril a pedido do regime de Kim Jong-un para realizar a avaliação.

A missão estabeleceu que a produção agrícola no país no último ano foi de 4,9 milhões de toneladas, o pior número desde 2008-2009 e que representa um déficit de 1,36 milhão de toneladas (incluindo as importações) em relação à quantidade mínima necessária.

As doações de alimentos da Rússia, Canadá, França, Suécia e Suíça ao país através do PMA estão longe de cobrir as necessidades mais vitais da população norte-coreana.

“Tememos que, diante da ausência de uma assistência externa significativa, as porções de alimentos distribuídas pelo governo sofram ainda mais cortes nos meses críticos, que vão de julho a outubro, o período entre safras na Coreia do Norte”, alertou o PMA.

A Coreia do Norte sofreu uma das piores crises de fome na década de 1990 como consequência de safras ruins, o que coincidiu com a desintegração da União Soviética, um dos seus principais apoios econômicos naquela época.

Essa situação gerou uma escassez de alimentos que, segundo alguns especialistas, provocou a morte de 3,5 milhões de pessoas.

Nas últimas décadas, a China foi um dos principais fornecedores de ajuda humanitária à Coreia do Norte.

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Fonte: Valor Econômico

3. Tereza Cristina quer aproximar comércio do Brasil com a Ásia

O Ministério da Agricultura quer aproximar o mercado produtor brasileiro dos países asiáticos, afirmou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em entrevista coletiva sobre a missão que à Ásia.

Uma comitiva da pasta segue para o continente na próxima semana. A viagem inclui agendas no Japão, na China, no Vietnã e na Indonésia, para uma série de encontros com autoridades e investidores estrangeiros. A comitiva chegará a Tóquio no dia 9 e retornará no dia 21.

A ministra citou algumas das pautas específicas por países que serão visitados. No Japão, por exemplo, material genético e carne bovina serão tema das conversas. Em Niigata, na costa japonesa, a ministra participará, no sábado (11), do encontro com seus pares do G-20. Nesse encontro, ela vai conversar com o ministro da Rússia sobre soja, pescado e farinha; eles, de pescado e trigo.

Na China, a comitiva brasileira vai participar da feira de alimentos Sial. "Em Pequim teremos conversas com a China Paper, vamos falar sobre florestas", disse. Em Pequim, um dos assuntos é sobre a habilitação de plantas de lácteos.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Revista Globo Rural

Insumos

4. 'Barato', caroço de algodão vira ração para bois

Os preços domésticos do caroço de algodão estão em patamares tão baixos que o produto tem virado ração para bois em confinamentos do país. De olho no mercado de exportação da pluma, os agricultores ampliaram em cerca de 65% a área semeada nas últimas quatro safras, o que duplicou a produção não apenas da pluma, mas também do caroço.

"No algodão nada se perde, tudo se transforma e se aproveita", brinca Túlio Breno Pedrosa, presidente da esmagadora cearense Rações Golfinho. Ele lembra que do caroço se extrai óleo, farelo, línter (fibra curta usada na fabricação de papel moeda), casca, borra e torta de algodão. Mas, se a pluma tem boa demanda no mercado externo, sobretudo na China, o caroço não tem um mercado que o valorize tanto.

Um destino natural seria a produção de óleo, por causa da expansão do uso de biodiesel no país, mas, nesse mercado, o produto não tem competitividade. "O óleo de algodão é mais caro que o de soja ou que a gordura de boi", diz Julio Minelli, diretor-executivo da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio). Em Mato Grosso, que lidera a oferta brasileira de soja e algodão, a diferença é de cerca de 5%.

Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que, em 2018, apenas 0,9% do biodiesel produzido no país teve como matéria-prima o óleo de algodão, enquanto o de soja respondeu por 70% e o sebo bovino, por 13,3%.

Ainda assim, a expansão do biodiesel tem estimulado parte do crescimento da produção de óleo de algodão, que aumentou 60% no Brasil do ciclo 2015/16 ao 2017/18, para 440 mil toneladas. Para 2018/19, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), projeta 565 mil toneladas.

Desse volume, o que não serve ao biodiesel e à indústria química vai para o setor de alimentos. "Mas para a indústria alimentícia há um limite de aumento, porque o algodão tem um fator antinutricional, que é o gossipol. Mesmo após o processamento, há resquícios de ácido graxo chamado de ciclopropanóico", explica Everaldo Medeiros, pesquisador da Embrapa Algodão.

Mesmo com essa limitação, o USDA aponta que o uso do produto pela indústria de alimentos cresceu 35% no país de 2015/16 a 2017/18. Para a safra 2018/19, a estimativa é de aumento de 8,1%, para 200 mil toneladas, ainda abaixo do recorde de 220 mil toneladas de 2011/12. As exportações estão projetadas pelo órgão em 6 mil toneladas em 2018/19.

Assim, como o avanço do consumo do óleo não acompanhou o da produção do caroço, a oferta excedente, com pouca demanda no mercado interno, fez os preços despencarem. Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostram que, de 2016 a 2018, o preço do caroço caiu 52% no Estado, responsável por cerca de 65% da produção nacional. E, no patamar atual, o produto se tornou a proteína alternativa usada em ração de gado para melhorar margens de lucro.

Tradicionalmente, o farelo de soja é proteína garantida nas rações em confinamentos e semi-confinamentos de bovinos. O insumo tem 46% de proteína e a torta de algodão, 25%. "Mas, considerando cotações em Mato Grosso, a torta de algodão abaixo de R$ 720 a tonelada já compensaria. Isso para ficar na mesma quantidade de proteína", calcula Rogério Coan, diretor técnico da Coan Consultoria. Na sexta-feira, a cotação da torta estava em R$ 514,38 a tonelada, 38% mais barata que no começo de 2017.

"De um modo geral, usar torta de algodão no lugar do farelo tem compensado", avalia Cleiton Gauer, gestor técnico do Imea. Não é de hoje que o algodão tem sido usado na alimentação de animais, mas apenas há pouco tempo algumas questões foram desmistificadas. "Dar o caroço sem nenhum processamento pode mudar o sabor e o odor da carne, que fica mais fibrosa, mais rígida. Isso por causa do gossipol", afirma Coan. A torta de algodão, porém, não apresenta esse problema. "A torta é processada e é retirada parte do óleo, eliminando quase todo o gossipol", diz.

O escritório local do USDA no Brasil calcula que, em 2019/20 - safra que começará a ser semeada em novembro -, a produção de torta de algodão no Brasil chegará a 1,8 milhão de toneladas, destinadas à alimentação animal. Em 2018/19, a estimativa do órgão é de 1,7 milhão. A quebra de safra 2017/18 de soja na Argentina, grande exportadora de farelo de soja, abriu espaço para o produto brasileiro no exterior, o que encareceu o insumo e elevou a competitividade da torta de algodão.

Afora esse movimento, tem aumentado a exportação de caroço para Coreia do Sul e Japão, apontou o gestor técnico do Imea. E os embarques ganharam força a partir do último trimestre do ano passado. Para a temporada 2019/20, com uma perspectiva de recorde de produção do caroço no mercado interno e diante do aumento da área de algodão em Mato Grosso, as exportações do caroço podem ser uma boa oportunidade para dar escape ao excesso de oferta do subproduto. Isso caso a demanda do mercado interno não consiga absorver toda a oferta disponível.

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Fonte: Valor Econômico

5. Lideranças demandam aumento de subsídio para o seguro rural

A arrecadação de prêmios de seguro rural alcançou quase R$ 4,6 bilhões no ano passado, enquanto a subvenção governamental prevista pelo Plano Safra em curso totaliza R$ 660 milhões. Há uma forte pressão das lideranças do setor agrícola e da bancada ruralista no Congresso para que a subvenção, por meio da qual o governo assume 35% do valor do prêmio, supere R$ 1 bilhão este ano.

Embora subsídios às expensas do Tesouro Nacional sejam opostos à filosofia liberal da equipe econômica, o argumento é o de que a subvenção evita gastos maiores com o salvamento de agricultores insolventes em decorrência de eventos climáticos adversos. "É mais barato bancar o seguro do que renegociar dívidas com recursos públicos", diz o head de agronegócios da Swiss Re, Gabriel Bruno de Lemos. Nos últimos 20 anos, houve cerca de 15 megaprocessos de renegociação de dívidas agrícolas, consumindo do Tesouro entre R$ 15 bilhões a R$ 20 bilhões.

Para um país que se pretende o celeiro do mundo, o Brasil gasta proporcionalmente muito pouco em subvenção de seguro rural comparativamente a outras potências agrícolas. Enquanto aqui o aporte foi equivalente na atual safra a US$ 107 milhões, a Índia gastou US$ 1,5 bilhão, a China, US$ 2,3 bilhões e os EUA, cerca de US$ 10 bilhões. O vice-presidente da Comissão de Seguro Rural da Federação Nacional dos Seguros Gerais (Fenseg), Daniel Nascimento, acredita que os recursos para a subvenção irão subir dos R$ 660 milhões liberados para a safra atual para algo perto de R$ 1 bilhão.

"O rural é o ramo de seguros que mais cresce. Evolui em taxas superiores aos segmentos de pessoas, patrimoniais e empresariais. Mas só fornece proteção para cerca de 13% da área plantada. A subvenção significativa é o caminho mais rápido para a massificação do seguro" diz o executivo. O juro médio cobrado hoje pelo seguro rural é de 6% ao ano.

Para o diretor de agronegócios do Santander, Carlos Aguiar, a existência de uma política governamental de concessões de pesados subsídios é fundamental para fazer deslanchar a cultura do seguro. "Nos EUA, a prática foi de oferecer seguro com subsídio elevado de forma localizada e de prazo mais curto até que fosse criado um volume de operações que tornou possível o barateamento e a retirada gradual da subvenção."

As lideranças agrícolas pleiteiam um aumento expressivo no volume de subvenção ao seguro rural também sob o argumento de que um produtor com cobertura poderá, no mercado de taxas livres, obter financiamento ao custeio por juros mais baixos dos que seriam cobrados se não tivesse seguro. "Não podemos fazer exigências que prejudiquem o agricultor. Se ele tomar o crédito oficial a 7% e nele incorporar uma taxa de seguro de 5%, seu custo final de 12% pode até superar os juros do financiamento privado", compara Aguiar.

Quem mais demanda seguro são os pequenos e médios produtores, sobretudo do Sul e Sudeste. No ano passado, nas safras de milho e soja, as seguradoras tiveram de arcar com uma sinistralidade superior a R$ 1 bilhão, pelas contas de Lemos, da Swiss Re, empresa que faz seguro agrícola em parceria com o Bradesco.

As grandes empresas do agronegócio, por possuírem vastas fazendas, são as que menos contratam seguro de safra própria, pois uma perda sofrida no Sul poderá ser compensada por ganhos obtidos no Centro-Oeste. O agronegócio empresarial adere mais a uma outra modalidade, a apólice que cobre perdas futuras de faturamento decorrentes de oscilações internacionais de preços. Na Brasilseg, uma empresa BB Seguros, essa modalidade já representa 49% dos prêmios de seguros agrícolas para as culturas de soja, milho e café, segundo o seu superintendente de seguros rurais, Paulo Hora.

A procura por seguro rural, em suas diversas modalidades apresenta crescimento ininterrupto nos últimos 13 anos. Em 2006, representava 0,66% de todos os prêmios do mercado de seguro de danos. Em 2018, correspondeu a 4,27%. O valor indenizado avançou de R$ 24 milhões em 2006 para R$ 1,5 bilhão em 2018.

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Fonte: Valor Econômico

6. Fertilizantes seguem curva de crescimento

Produtor capitalizado e a busca por maior produtividade devem garantir um crescimento do mercado de fertilizantes superior a 2% neste ano, mantendo a tendência histórica de alta.

A desvalorização do real frente ao dólar pesa nas importações dos insumos, mas garante melhor resultado nas exportações de grãos. A observação é de analistas e entidades do setor de fertilizantes, como a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).

Segundo a entidade, o crescimento foi de 3,3% nas entregas de fertilizantes entre o acumulado de janeiro a novembro de 2018 em relação a igual período do ano anterior. Embora não faça estimativas, a Anda cita consultorias e bancos, como o Rabobank e a MacroSector, que projetam incremento de 1,5% a 2,5% em 2019 sobre o ano passado. "Se estas estimativas se concretizarem, teremos mais um recorde de entregas de fertilizantes", diz David Roquetti Filho, diretor executivo da Anda.

Floris Bielders, vice-presidente comercial da Mosaic Fertilizantes, aposta em no número mais modesto: 1,5%. "Apesar da taxa ser menor que 2018, devido à maior pressão pela rentabilidade de algumas culturas, o setor tende a continuar crescendo, devido à capitalização dos produtores nos últimos anos e à rentabilidade positiva das culturas que mais consomem fertilizantes", diz, citando a soja, milho, trigo, cana-de-açúcar e algodão.

Em sua opinião, alguns fatores, como a taxa de câmbio, deverão ditar o comportamento de compras. "A desvalorização do real onera o custo de produção, mas, ao mesmo tempo, traz uma maior rentabilidade, principalmente para a exportação", prevê. Outro fator que deve ser considerado, ressalta Bielders, é a disponibilidade de crédito e a guerra comercial entre Estados Unidos e China, que também influencia todo o cenário.

Líder no ramo, com 25% de market share, a norueguesa Yara Brasil, projeta em um cenário de boa rentabilidade, com a desvalorização do câmbio garantindo receitas reais. "A relação de troca é a rentabilidade do agricultor. Boa parte das culturas brasileiras tem um foco de exportação e, se o ganho se mantiver como os atuais, nos dá a certeza que teremos bons negócios em 2019", afirma Cleiton Vargas, vice-presidente de vendas e marketing da Yara Brasil.

"O mercado brasileiro tem registrado crescimento histórico entre 2% e 3% ao ano e a Yara acompanha a taxa Não acredito em um mercado menor neste ano", diz o executivo. Caso a projeção se confirme, as entregas devem somar 35,5 milhões de toneladas.

Um reflexo da importância do segmento é a duplicação e modernização do Complexo de Rio Grande (RS), que será o maior da América Latina em fertilizantes, com aportes de R$ 1,5 bilhão, reforça Vargas, e irá suprir a demanda dos agricultores brasileiros nos próximos 25 anos. "Esse projeto significa um grande passo frente ao potencial de crescimento do mercado no Brasil."

Em outra frente, para aumentar a extração do fosfato, reduzindo a dependência de importações, a companhia está investindo no Complexo Mineroindustrial de Serra do Salitre (MG). Em plena operação prevista para 2021, o projeto terá capacidade de produção de um milhão de toneladas anuais de rocha fosfática.

Outro estudo, feito pela Yeb Inteligência de Mercado para a Associação Brasileira de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), mostra que entre os fertilizantes especiais, o foliar é o segmento mais representativo, somando 71% do total faturado pelo setor, que somou R$ 7,6 bilhões no ano passado. Já o organomineral representam 12% da receita, seguido dos condicionadores de solo com 10%; orgânicos 4% e o 3% da receita global.

Por tipo de cultura, a pesquisa da Abisolo constatou que 47% das vendas totais tiveram como destino a lavoura da soja. Em seguida vieram as frutas, hortaliças e legumes, com 11%. O milho recebeu 11% do total, o café 9%; e a cana-de-açúcar, 6%. O restante foi dividido entre citros, algodão, feijão, pastagem, arroz, reflorestamento e plantas ornamentais.

Ainda segundo o estudo, das 504 indústrias registradas hoje como fabricantes de fertilizantes no Ministério da Agricultura, 255 possuem organominerais em seus portfólios, enquanto 254 delas dispõem de fertilizante foliar. Em média, as empresas dispõem 37 produto.

Há uma concentração de pequenas e médias empresas no setor. Segundo o estudo, 4% das empresas de tecnologia em nutrição vegetal possuem receita bruta superior a R$ 110 milhões. A grande maioria, 53% delas, faturam entre R$ 2 e R$ 20 milhões. Uma parte desse faturamento, 3,6% em média, são investidos pelas empresas do setor em Pesquisa e Desenvolvimento de inovações para o mercado.

Ainda, de acordo com a Abisolo, nada menos que 97% das empresas reportaram aumentos nos seus custos de produção em 2018. Na média, os reajustes ficaram na faixa dos 13%, sendo que os aumentos nos valores das matérias-primas representaram 50% do total dos custos.

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Fonte: Valor Econômico

Proteína Animal

7. Fazenda da Minerva no Pará é interditada por problemas ambientais

Uma fazenda de bovinos da Minerva Foods em Abaetuba, no Pará, foi interditada por decisão da Secretaria do Meio Ambiente do Estado.

Segundo a pasta, a Minerva construiu, sem autorização, uma vala para escoar os dejetos dos animais no meio ambiente. "O material sem tratamento chegou a um igarapé", informou a secretaria, em nota.

Devido aos problemas ambientais no Pará, a Secretaria de Meio Ambiente do Estado já lavrou dois autos de infração contra a companhia. Uma terceira multa ainda pode ser aplicada. O valor máximo de cada multa é de R$ 5 milhões, segundo a secretaria.

Procurada, a Minerva informou que não comenta "casos jurídicos em andamento, mas reitera que adota as melhores práticas na condução de suas atividades e atua em colaboração permanente com os órgãos de controle ambiental e social".

Com faturamento anual de mais de R$ 16 bilhões, a Minerva é a terceira maior produtora de carne bovina do país.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. Cenário positivo para os produtores de leite

Os produtores de leite do país tendem a ter margens de lucro melhores em 2019 que em 2018, principalmente se as condições favoráveis à atividade observadas nos primeiros meses do ano persistirem no segundo semestre.

Enquanto os preços pagos aos pecuaristas aumentaram quase 20% de janeiro a abril, para R$ 1,49 o litro, em média, os custos de produção subiram marginalmente (de 1% a 1,5% até março), segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Na comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado, os preços pagos registraram alta de 34%. "O ano começou atípico para o segmento. O aumento de preços, que costuma ocorrer entre fevereiro e maio, quando a captação é menor, começou em janeiro", afirmou Thiago Rodrigues o assessor técnico da CNA.

Essa antecipação é resultado da safra do Sul do país em 2018, menor que a esperada, e do veranico de janeiro deste ano, que afetou a produção no Sudeste e reduziu o volume de captação.

O índice de captação de leite do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) caiu 3,05% em janeiro e 4,73% em fevereiro. Em março, a queda foi de 1,6% ante fevereiro. Em 2018, a captação de leite com inspeção somou 24,5 bilhões de litros no Brasil, alta de 0,5% sobre 2017, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Tudo indica que o movimento de recuperação dos preços pagos aos produtores perderá força até junho, com a entrada da nova safra da região Sul do país, mas mesmo assim os valores deverão continuar mais elevados que os praticados no ano passado.

Conforme estimativa da CNA, em abril o preço médio nacional do litro ficou de R$ 1,56, ante R$ 1,38 no mesmo mês do ano passado. Para maio, o valor projetado para o litro é R$ 1,59, ante R$ 1,45 em maio de 2018, e para junho a entidade espera que os R$ 1,59 se repitam - em junho do ano passado, a média foi R$ 1,47 por litro. Em um mercado em que cada centavo faz a diferença, já será uma boa notícia.

"Com isso, as margens dos produtores deverão ser maiores que as do ano passado", afirmou Valter Galan, analista do Milkpoint. "Mas isso vai depender de quanto será a queda depois de junho".

Como a economia não está crescendo como esperado, as indústrias deverão segurar os reajustes nas gôndolas para estimular o consumo. Ao mesmo tempo, tendem a diminuir os preços pagos aos pecuaristas para preservar suas próprias margens.

Essa dificuldade das empresas em elevar os preços dos lácteos sem prejudicar tanto as margens já limitou a valorização no campo em abril, segundo avaliação do Cepea. A "Média Brasil" líquida de abril, referente à captação de março, aumentou 0,92% (praticamente um centavo) em relação a março, para R$ 1,4920 por litro.

"Não há nenhum indicativo de que o consumo vai melhorar e, mais cedo ou mais tarde, a indústria vai pressionar o produtor", acrescentou Rodrigues, da CNA.

Assim, os custos de produção também farão muita diferença para a manutenção das contas dos pecuaristas no azul. "Os preços do milho estão favoráveis e a perspectiva é de uma safra farta. Mas, se houver algum problema climático, esse cenário pode mudar", afirmou Rodrigues.

Com a menor oferta no mercado interno no começo do ano, as importações ocuparam parte do mercado, que se abriu. No entanto, as produções de leite da Argentina e do Uruguai recuaram no primeiro trimestre do ano - 8,5% e 9%, respectivamente. E a alta do dólar reduziu a atratividade das importações. "Isso abriu espaço para essa maior de oferta do produtor de leite nacional", disse Galan, do Milkpoint.

As importações brasileiras recuaram 36,5% em março ante fevereiro, para 80,9 milhões de litros, de acordo com dados do Cepea. Ante ao mesmo período do ano passado, a retração é de 26%.

O Brasil tem histórico de importar leite em pó dos dois países vizinhos e um longo processo de negociações para reduzir os volumes adquiridos. E, nos últimos três anos, essa redução vem ocorrendo. No ano passado, o país importou 96,68 mil toneladas, ante 103,44 no ano anterior, segundo dados da Viva Lácteos.

De acordo com Marcelo Martins, diretor executivo da Viva Lácteos, entidade que representa os principais laticínios que atuam no mercado brasileiro, se a aprovação da reforma da Previdência se concretizar, o cenário para o segmento será "extremamente positivo" neste ano.

Para ele, a grande volatilidade dos preços do mercado interno, que oscilaram 52% em 2018 e 29,5% no ano anterior, também prejudica o produtor. E a saída é ampliar o consumo interno e as exportações. "A gente vem fazendo um trabalho para melhorar a commodity. O avanço tem acontecido na exportação de produtos de produtos de maior valor agregado, como queijos".

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Fonte: Valor Econômico

9. Bolsonaro diz que China autorizou compra de gordura de porco do Brasil

Em postagens feitas no Twitter neste domingo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo da China autorizou exportadores de carne de porco do Brasil a embarcar também a gordura comestível do animal. A medida, segundo Bolsonaro, atende a um pedido da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Segundo o presidente, a importação vai suprir uma lacuna de demanda deixada pela peste suína na China. Bolsonaro diz que, de acordo com informações da ABPA, a gordura tem valor de mercado superior ao das carnes tradicionais. “Até o fim de 2019, a China pode ter um déficit de oferta de 1 milhão a 2 milhões de toneladas no processamento de suínos. Podemos avançar muito neste setor”, escreveu Bolsonaro na rede social.

A partir de amanhã, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, inicia viagem de 16 dias à China e mais três da Ásia: Japão, Vietnã e Indonésia. Na sexta-feira, ela disse que pretende ampliar a presença de produtos brasileiros no continente asiático.

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Fonte: Valor Econômico

Agroenergia

10. Copersucar tem revés na Justiça em caso de arresto de etanol

A Cooperativa dos Produtores de Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Copersucar) perdeu o último recurso que apresentou no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para evitar a perda do arresto de um estoque de etanol da Usina Rio Verde, em recuperação judicial. Com isso, aparentemente chegou ao fim uma disputa iniciada em 2015 que colocava em questão qual das partes - cooperativa ou cooperada - tem o direto à propriedade do bem negociado.

No início de abril, o presidente do STJ, ministro João Otávio de Noronha, negou um agravo em recurso especial da Copersucar que pedia a revisão de uma decisão do próprio tribunal que cancelou o arresto de um estoque de 22 milhões de litros de etanol da Rio Verde, localizada no município goiano de mesmo nome.

O arresto (apreensão para futura execução judicial) havia sido obtido pela Copersucar em janeiro de 2015 e foi a gota d'água em uma relação já desgastada. Ante a medida, a Rio Verde passou a questionar na Justiça a capacidade da Copersucar de garantir os contratos que realiza com as associadas.

Em 2014, a seguradora que oferecia seguro-performance para as usinas entregarem seus produtos à cooperativa deixou de oferecê-lo depois que a Aralco, então sócia da Copersucar, deu calote e pediu recuperação judicial. Segundo a Rio Verde, diante da postura da seguradora, a Copersucar exigiu que as demais associadas buscassem fiança bancária. A usina se negou, argumentando que as taxas dos bancos eram muito elevadas, e decidiu sair do sistema cooperado.

Frente à decisão da Rio Verde, a cooperativa pediu o arresto do estoque da usina, argumentando que esta havia firmado contrato de penhor, o que definia que o produto servia de garantia para um adiantamento de crédito concedido por ela. A Copersucar também argumentava que a usina havia garantido a entrega dos produtos a serem produzidos da safra 2014/15 à 2016/17. Tais acordos de fornecimento são feitos entre as usinas e a cooperativa, que não tem vínculo societário com a Copersucar SA, embora a trading seja controlada pelos mesmos sócios.

A usina passou a culpar o arresto por boa parte das dificuldades financeiras que passou a viver e pediu recuperação judicial em junho de 2015. E também acusou a cooperativa de ter feito vendas de seu etanol abaixo dos preços combinados e de não priorizar a venda em Goiás, onde o setor tinha benefícios fiscais.

Seguiu-se então uma longa disputa, que foi parar tanto na Justiça como na Câmara de Arbitragem da Fiesp. Enquanto a Copersucar levantava o argumento dos contratos firmados com a Usina Rio Verde para justificar o arresto, esta argumentava que o ato cooperativo não transferia os bens dos cooperados à cooperativa e que, assim, a Copersucar teria apenas o mandato de comercialização. Além disso, a usina argumentava que o contrato de safra firmado com a cooperativa não tinha liquidez e não poderia ser executado.

Em 2018, após uma decisão parcial da corte arbitral, o STJ acolheu o argumento da usina e cancelou o arresto. Isso permitiu que a Rio Verde vendesse o volume de etanol no ano passado, obtendo receita de R$ 36 milhões.

A última decisão do STJ não encerrou toda a disputa entre as partes, que segue na corte arbitral, mas assentou o caminho para que a usina obtivesse, em abril, aprovação dos credores para seu plano de pagamento dos R$ 140 milhões de dívida inscritas na recuperação judicial.

Mesmo que a corte arbitral reconheça que a usina deve à Copersucar por causa do etanol não entregue, o valor entrará na lista dos créditos da companhia e, conforme prevê o plano recém-aprovado, sofrerá deságio de 65% e terá o pagamento parcelado em dez anos. Como a disputa arbitral segue em curso, não foi permitida à cooperativa participar da assembleia que aprovou o plano. Sem a Copersucar na lista de credores, o maior credor é o Banco do Brasil, com R$ 25 milhões em crédito.

Para o advogado Murillo Lobo, que representa a Usina Rio Verde, ao perder o arresto do estoque da ex-cooperada, "a Copersucar ficou descoberta de garantia". Procurada, a Copersucar afirmou, em nota, que "a Cooperativa não se manifesta sobre processos em discussão judicial". Procurada, a Copersucar não comentou.

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Fonte: Valor Econômico

11. ANP aprova Instituto Totum como terceira firma inspetora do RenovaBio

A diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou ontem (2) o credenciamento do Instituto Totum de Desenvolvimento e Gestão Empresarial como firma inspetora do RenovaBio.

A função das firmas inspetoras é realizar a certificação da produção eficiente de biocombustíveis, que caracteriza a entrada das usinas no RenovaBio e permite a emissão de créditos de descarbonização (CBios).

Conforme a ANP, com a publicação no Diário Oficial da União (DOU), a empresa já está apta a atender demandas de certificação de produtores. Esta é a terceira empresa aprovada pela agência, que já havia autorizado a Green Domus Desenvolvimento Sustentável e a SGS ICS Certificadora.

O Instituto Totum não é desconhecido do setor sucroenergético, especialmente por coordenar o programa de Certificado Internacional de Energia Renovável (I-REC, ou International Renewable Energy Certificate). Em março de 2018, a unidade Conquista do Pontal, da Atvos, foi a primeira empresa geradora de energia de biomassa do Brasil a obter o certificado.

O I-REC possui uma lógica similar ao RenovaBio. De acordo com a companhia, trata-se de uma plataforma internacional de transações que permite aos consumidores adquirirem o certificado de uma energia de fonte renovável rastreada para compensar as emissões pelo consumo de energia de origem fóssil ou de difícil comprovação de origem.

Desta forma, grandes empresas podem alcançar metas de aumento de energia renovável sem a necessidade de investimento em geração de energia própria. Cada I-REC equivale a 1 MWh de eletricidade produzida. Dentro do RenovaBio, por sua vez, cada CBio equivale a uma tonelada de carbono que deixa de ir para a atmosfera por meio de biocombustíveis.

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Fonte: NovaCana

12. Brasil espera que China não renove tarifas de importação de açúcar, diz secretário

O Brasil espera que o governo chinês não renove certas tarifas de importação sobre o açúcar, disse nesta sexta-feira o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Orlando Leite Ribeiro.

Quando anunciadas em 2017, as tarifas adicionais para açúcar deveriam durar pelo menos três anos.

“O tema do açúcar tem sido discutido pelas delegações da China e Brasil em Genebra. E as conversas têm caminhado bem. A nossa expectativa é que as salvaguardas não sejam renovadas”, disse ele a jornalistas.

O governo chinês, desde maio de 2017, vem aplicando medidas de salvaguarda às importações de açúcar, algo que atinge diretamente o Brasil, maior exportador global.

Os brasileiros costumavam ser grandes fornecedores do produto aos chineses, antes das tarifas adicionais, de 45 por cento, serem aplicadas.

Atualmente, a China vem aplicando na prática uma tarifa final de importação de 90 por cento, segundo o ministério.

Uma redução na taxa é esperada para este mês, e a tarifa total passaria a ser de 85 por cento.

O Brasil está conduzindo negociações sobre a questão com a China na Organização Mundial do Comércio (OMC).

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Fonte: Reuters/NovaCana

Grãos e Grandes Culturas

13. M. Dias Branco avança em processo de verticalização

Dois anos após iniciar a construção e investir R$ 300 milhões com recursos próprios, a M. Dias Branco vai inaugurar até o fim deste semestre seu novo moinho em Bento Gonçalves, município gaúcho situado a 121 quilômetros de Porto Alegre. No local, a empresa já conta com uma fábrica de biscoitos e massas da marca Isabela, que agora terá o abastecimento de matéria-prima garantido exclusivamente pela empresa.

Com esse moinho, a M. Dias passará a garantir o fornecimento de farinha de trigo para 100% das operações, o que confere tranquilidade maior previsibilidade aos negócios, diz Geraldo Luciano Mattos Júnior, vicepresidente de investimentos e controladoria da companhia. Atualmente, a verticalização é capaz de atender de 90% a 92% da demanda total.

Dona de cinco outros moinhos e dez fábricas no país, onde produz biscoitos e massas com as marcas Adria, Puro Sabor, Piraquê e Basilar, entre outras, a M. Dias Branco faturou R$ 6 bilhões no ano passado, quando registrou lucro líquido de R$ 723 milhões. Segundo a consultoria Nielsen, a empresa tem participação de 36% do mercado nacional de biscoitos.

Além de atender à demanda total de farinha da fábrica dos produtos Isabela, a capacidade de produção de 1,3 mil toneladas por dia da nova unidade permitirá à empresa ter um excedente de farinha para comercializar no Sul e no Sudeste do país. Hoje, a M. Dias Branco é quase inexpressiva nesse mercado. Atua em apenas alguns Estados do Nordeste, região responsável por 70% da receita da empresa.

"Teremos mais um produto no portfólio e entraremos no mercado de farinha de trigo no Sul e Sudeste", reforça Mattos Júnior. O novo moinho permite a extração de 80% de farinha e 20% de farelo para cada tonelada de trigo, enquanto em plantas mais antigas a relação é de 70%/30%. "A tecnologia garante 10 pontos percentuais de ganho para cada tonelada de trigo em um produto de maior valor", afirma.

A farinha a ser moída deverá ser adquirida sobretudo da Argentina, que normalmente já abastece os cinco outros moinhos da companhia, mas também há compras no Brasil e, pontualmente, importações do Canadá e dos EUA.

"A farinha americana é melhor para alguns produtos, por isso vale a pena trazer algum volume de lá, apesar da distância", diz Mattos Júnior. Nesse sentido, o executivo espera com ansiedade que seja regulamentada a cota de importação sem tarifa de 750 mil toneladas de trigo de países de fora do Mercosul, anunciada pelo governo em março.

A companhia também trabalha com a expectativa de que o preço do trigo caía no mercado mundial e no Brasil no segundo semestre, como sinalizado por analistas diante dos altos estoques mundiais e das previsões de grandes produções em diversos países.

O trigo representa entre 30% e 35% dos custos de produção da M. Dias Branco e a alta de preços no fim do ano passado pressionou as margens da empresa. "Com a situação econômica atual, não pudemos repassar todos os aumentos de custos para os nossos clientes", afirma o executivo.

No último trimestre de 2018, o lucro da companhia caiu 31% em relação ao mesmo período de 2017, para R$ 139,8 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 190 milhões, 2,3% menos na comparação e 16% abaixo das estimativas de mercado.

"O problema é que o trigo, como outras commodities, virou um ativo financeiro e, dessa forma, não tem o preço apenas correlacionado aos fundamentos. O valor é sempre uma incógnita", diz Mattos Júnior.

Para 2019, a expectativa é investir em manutenção e modernização, mas sem grandes tacadas. "Não é possível comprar uma Piraquê o por ano", brinca o executivo sobre a aquisição da marca de biscoitos, por R$ 1,55 bilhão, em janeiro de 2018.

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Fonte: Valor Econômico

14. INTL FCStone: 1ª safra 2018/19 de milho no Brasil é revisada para 28,3 milhões de toneladas

A INTL FCStone elevou as suas previsões de produção de milho tanto na primeira como na segunda safra do Brasil em 2018/19. Para a safra de verão, a consultoria elevou a projeção de colheita, de 28 milhões de toneladas para 28,3 milhões de toneladas. Segundo a consultoria, houve ajuste na produtividade do cereal no Paraná e em Santa Catarina.

Para a segunda safra, a FCStone aumentou a previsão de 66,391 milhões de toneladas para 68,5 milhões de toneladas. "Além do plantio mais cedo do milho safrinha, o clima foi e continua sendo bastante favorável ao desenvolvimento das lavouras. Assim, caso esse nível de produção seja confirmado, configurará um recorde de produção no inverno", observou a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi, em nota

Com os ajustes, a produção total das duas safras foi revisada pela consultoria de 94,4 milhões de toneladas para 96,8 milhões de toneladas. A produção do País em 2017/18 foi de 80,8 milhões de toneladas. A projeção de exportação foi mantida em 32 milhões de toneladas, volume, que se confirmado, será recorde. Entretanto, a INTL FCStone ponderou que a competição do cereal brasileiro no mercado externo tende a ser acirrada, com Argentina, Ucrânia e EUA.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Revista Globo Rural

15. Lucro líquido da illycaffè cresce 39% em 2018, para US$ 20,2 milhões

A illycaffè, empresa familiar italiana, registrou lucro líquido de 18,1 milhões de euros (cerca de US$ 20,2 milhões) em 2018, representando crescimento de 39,1% na comparação com 2017. As receitas consolidadas atingiram 483 milhões de euros, com alta de 3,5% em relação à 2017. Os lucros calculados antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado alcançou 75,3 milhões de euros, crescendo 10,7% em comparação com o ano anterior, informa a empresa, em comunicado.

Os mercados estrangeiros continuam a ter um papel crescente: as vendas fora da Itália representaram 65% da receita total, mais do que no ano anterior, com destaque para Estados Unidos e China. O setor de varejo monomarca continuou a crescer, já que a illy reúne agora um total de 259 pontos de venda em 43 países, diz a empresa.

"No ano passado, fomos capazes de alimentar esse crescimento ao focar nossa estratégia em três pilares: ampliação da liderança global como fornecedor de produtos de qualidade no setor de hospitalidade premium; continuação do desenvolvimento global do nosso canal de varejo de marca única; aumento da participação de mercado no setor de sistemas monodose. Neste último ponto, assinamos um importante acordo com a holding JAB para produzir e distribuir globalmente cápsulas de alumínio da marca illy por meio da plataforma JDE. Esse novo produto aumentará nossa participação de mercado na Itália e no exterior, consolidando ainda mais nosso posicionamento na faixa mais alta do mercado", afirma no comunicado o CEO da illycaffè, Massimiliano Pogliani.

Na reunião anual de acionistas, realizada em 29 de abril, foi designado o novo Conselho de Diretores, que permanecerá no cargo até 2020. Andrea Illy foi confirmado como presidente do Conselho, enquanto Massimiliano Pogliani foi novamente apontado como CEO. Enrico Tommaso Cucchiani, sócio-fundador e CEO da TGI ('Think Global' Investments), é o novo vice-presidente.

A illycaffè é marca global de café, produzindo um único blend de café espresso 100% arábica, com grãos provenientes de 9 países fornecedores, sendo o Brasil o principal. São consumidas mais de 7 milhões de xícaras de café illy por dia, em cafeterias, restaurantes, hotéis, escritórios e residências de mais de 140 países.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Revista Globo Rural

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