Conjuntura do Agronegócio

1. Ministra inicia viagem à Ásia em busca de novos mercados

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, partiu ontem para uma viagem de 16 dias à Ásia levando na bagagem a intenção de ampliar as exportações de carnes do Brasil para a China. Em seu périplo asiático, a ministra também quer aproveitar janelas de oportunidades para a abertura do mercado chinês para frutas e lácteos brasileiros, além de explorar o potencial de mercados como Japão, Vietnã e Indonésia.

A comitiva, que inclui mais de 100 pessoas, faz o primeiro desembarque na quarta-feira em Tóquio. Lá, a ministra participará de eventos para promover o café brasileiro. Na agenda da ministra no Japão, também estão incluídas reuniões com os ministros de Agricultura e Saúde do país asiático. Em pauta, a abertura do mercado japonês para as exportações brasileiras de material genético, abacates, extrato de carnes e carne bovina.

Em Tóquio, onde Tereza Cristina ficará até o dia 10, também estão previstos encontros com industriais para discutir investimentos em infraestrutura de transporte e armazenamento de grãos e com dirigentes da JICA, agência japonesa de cooperação internacional.

"O Japão apostou no Brasil no passado e nós tivemos uma quebra de confiança. Precisamos retomar isso. Acho que o Brasil está num bom momento de fazer mea culpa", afirmou ontem a ministra na Federação das Indústrias do Estado São Paulo (Fiesp), em São Paulo.

De Tóquio, Tereza segue para Niigata, ainda no Japão, onde tratará no próximo fim de semana de agendas bilaterais com autoridades de governo dos Estados Unidos e da Rússia, em encontro dos ministros de Agricultura do G-20. Com os russos, a pauta será a ampliação dos embarques brasileiros de soja, pescado e farinhas. Do seu lado, Moscou deve apresentar pleito para exportar trigo e pescado para o Brasil.

A partir da semana que vem, o destino será a China. A ministra chegará no dia 13 a Xangai para compromissos na SIALChina -- maior feira de alimentos do país asiático e onde o Brasil marcará presença com 51 estandes --, encontros com investidores, e ainda um evento com empresários no escritório do Rabobank.

No dia seguinte, a ministra segue para Pequim, onde ficará por dois dias para as agendas de maior interesse do empresariado brasileiro. Na capital chinesa, a ministra terá, nas palavras dela, uma reunião "importantíssima" com autoridades sanitárias do país. O objetivo do encontro é habilitar até 79 frigoríficos brasileiros e abrir os mercado chinês para melão e pêra.

Depois de passar pela China, a ministra visitará o Vietnã, no dia 16, para discutir a abertura para as vendas externas de bovinos vivos, melão e farinha do Brasil. No dia 20, a última agenda será em Jacarta, capital da Indonésia. Frigoríficos brasileiros de carne bovina e de frango querem exportar para o país do Sudeste Asiático.

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Fonte: Valor Econômico

2. ONU alerta para rápido declínio da biodiversidade mundial

A vida na Terra sofreu um declínio catastrófico na diversidade como resultado da atividade humana nos últimos 50 anos, segundo a análise mais abrangente já feita do ecossistema mundial.

Um relatório divulgado nesta segunda-feira pela Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES, na sigla em inglês) concluiu que a “natureza está decaindo globalmente a taxas sem precedentes na história humana”. As espécies estão desaparecendo a um ritmo “pelo menos dezenas de centenas de vezes mais rápido do que a média nos últimos 10 milhões de anos”. Das 8 milhões de espécies de plantas e animais que se estimam existir na Terra, 1 milhão correm risco de extinção.

“Estamos erodindo as próprias fundações de nossas economias, meios de vida, segurança alimentar, saúde e qualidade de vida no mundo”, disse sir Robert Watson, presidente da IPBES, que é financiada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

São necessárias “mudanças transformadoras” em todos os níveis da sociedade para estancar o declínio na biodiversidade, acrescentou. “Os países membros da IPBES agora reconhecem que mudanças transformadoras, por sua própria natureza, podem encontrar oposição entre aqueles que têm interesses estabelecidos no status quo, mas também que tal oposição pode ser superada em nome do bem público mais amplo.”

Suas palavras foram reforçadas por Audrey Azoulay, diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que serviu de sede para o encontro em Paris que aprovou o relatório da IPBES. “Depois da adoção deste relatório histórico, ninguém vai ser capaz de dizer que não sabia”, disse. “Proteger a biodiversidade é tão vital quanto o combate às mudanças climáticas.”

IPCC

A IPBES foi idealizada no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) para proporcionar uma base científica para as decisões da Convenção de Diversidade Biológica da ONU, cuja próxima grande conferência será em Pequim em 2020. O relatório, compilado por 145 especialistas de 50 países, usou 15 mil fontes científicas e informações de populações indígenas e comunidades locais.

A crise de biodiversidade chega acompanhada pelos fatos de que a população humana dobrou desde 1970 para um total hoje estimado em 7,6 bilhões, a economia mundial quase quadruplicou e o comércio mundial decuplicou.

Essa pressão provoca mudanças globais na natureza de várias formas interconectadas, segundo a IPBES. A mais importante é a mudança do uso humano da terra e dos mares por meio da agricultura, pesca, corte de árvores e urbanização; mais de 30% das terras do mundo e quase 75% dos recursos de água doce atualmente são usados para produzir animais ou plantações.

Reiterando a posição do IPCC, a IPBES sustenta que as mudanças climáticas têm exacerbado o impacto de outros fatores prejudiciais à natureza. As temperaturas mais altas — já 1°C acima dos níveis pré-industriais — combinadas a condições climáticas mais extremas e ao aumento do nível do mar em 3 milímetros por ano impactam a vida selvagem pelo mundo. As mudanças climáticas já alteraram a distribuição de quase metade dos mamíferos em terra.

Invasão de espécies exóticas

Um dos principais motivos para a perda de diversidade, destacado no relatório, é a disseminação de espécies fora de seu habitat original como resultado da ampliação do comércio e dos deslocamentos humanos. Essas espécies não nativas, como ervas, ratos e piolhos, podem devastar as espécies nativas nesses novos habitats, onde não sofrem controles naturais e há ausência de predadores.

A vida nos oceanos é particularmente vulnerável ao impacto humano, segundo mostrou o relatório. A poluição dos mares com plásticos aumentou dez vezes desde 1980 e agora afeta 86% das tartarugas, 44% das aves marinhas e 43% dos mamíferos marinhos. Paralelamente, 33% dos peixes estão sendo pescados de forma não sustentável.

De acordo com Louisa Casson, que faz campanha pela defesa dos oceanos no Greenpeace, o relatório mostra que os mecanismos existentes para proteger os mares não têm funcionado, sendo que apenas 1% dos oceanos estão protegidos da exploração humana e não há mecanismos legais existentes para criar santuários em águas internacionais. É preciso criar um tratado mundial para proibir a pesca em 30% dos oceanos até 2030, acrescentou, Casson.

Watson, da IPBES, que foi cientista-chefe do Departamento do Ambiente do Reino Unido, disse que o novo espírito do ativismo ambiental entre os jovens pelo mundo lhe dá esperanças de que as “mudanças transformadoras” possam salvar o planeta. “Há uma onda crescente de compreensão de que, se quisermos garantir que qualquer coisa tenha um futuro sustentável, são necessárias ações urgentes”, disse.

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Fonte: Valor Econômico

3. Ameaça de Trump à China derruba preços

Mais uma vez as cotações das commodities agrícolas caíram nas bolsas de Chicago e Nova York após ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à China. Usando o Twitter, como de costume, Trump reacendeu a disputa comercial com os chineses, que parecia caminhar para um armistício.

No domingo, o presidente americano postou que a alíquota sobre importações de produtos do país asiático no valor total de até US$ 200 bilhões deverá aumentar de 10% para 25% a partir da próxima sexta-feira, e que o montante total a ser afetado poderá ser ampliado para US$ 325 bilhões em breve.

Segundo analistas, a tendência, se a ameaça se confirmar, é que produtos agrícolas americanos sejam prejudicados como retaliação de Pequim e o cenário anterior, de incertezas mais agudas sobre o futuro da disputa, volte a dar o tom.

A notícia surpreendeu os mercados e pressionou sobretudo soja e milho em Chicago e o algodão em Nova York. Os contratos mais negociados (julho) da soja caíram 1,4%, ou 12 centavos de dólar, e fecharam ontem a US$ 8,3025 o bushel. A reboque, os papéis do milho também para julho registraram queda de 1,8%, para US$ 3,6425 o bushel.

"O mercado todo foi pego de surpresa, o sentimento sobre as negociações era positivo", disse Ana Luiza Lodi, analista da INTL FCStone. Para Luiz Fernando Roque, da consultoria Safras & Mercado, a nova ameaça americana pode ser mais uma forma agressiva de negociação. "É uma maneira para pressionar por um acordo, que pode sair neste trimestre".

Na avaliação de Victor Ikeda, analista do Rabobank, o "jogo de xadrez do comércio de soja tem ficado cada vez mais complexo". "Mesmo que China e EUA entrem em acordo, a China pode levar anos para cumprir o combinado e chegar no volume de compras acordado", afirmou.

Em Nova York, os lotes do algodão com vencimento em julho registraram desvalorização de 2,81% (213 pontos) e encerraram o pregão a 73,55 centavos de dólar por libra-peso. De acordo com o analista Keith Brown, da consultoria DTN, "nesse cenário, os investidores seguram a respiração para ver se os chineses vão a Washington esta semana, como estava agendado previamente", disse, em nota. Nos cálculos de Jack Scoville, analista da Price Futures, o algodão ainda pode cair para 72 a 71 centavos de dólar por libra-peso.

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Fonte: Valor Econômico

Insumos

4. Kimberlit inaugura fábrica de defensivos biológicos

De olho num mercado que cresceu quase 80% em 2018, os sócios da empresa de fertilizantes especiais Kimberlit Agrociências inauguraram na terça-feira a fábrica de defensivos biológicos Bionat.

Com sede em Olímpia, no interior de São Paulo, a Bionat nasce em um ambiente promissor. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio), o segmento faturou R$ 464,5 milhões em 2018 e a perspectiva é de avanço de 20% neste ano. Daí porque os donos da Kimberlit decidiram diversificar os investimentos.

"Os investimentos na primeira fase da Bionat devem ficar em R$ 25 milhões, com desenvolvimento e montagem da fábrica", disse Luciano de Gissi, sócio e diretor industrial da Kimberlit. Segundo ele, já foram aportados R$ 5 milhões e outros R$ 20 milhões serão destinados à expansão. Além de recursos próprios, R$ 2,3 milhões vêm da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

"É um mercado muito promissor. Há a questão da resistência aos químicos e não existe nenhum registro de resistência de pragas a biológicos", disse Gissi, lembrando que os investimentos para desenvolver novos produtos biológicos são mais atrativos. "Para desenvolver uma nova molécula química, é preciso investir de US$ 450 milhões a US$ 500 milhões. O biológico vai de R$ 2 milhões a R$ 10 milhões", afirmou.

A nova fábrica está funcionando em fase de testes e deverá entrar em produção em escala em junho. A expectativa é iniciar a comercialização de dois fungos que funcionam como inseticidas biológicos - um para mosca-branca e outro para cigarrinha - em agosto, mirando a safra de grãos 2019/20. Os produtos são genéricos e, assim, o tempo de registro é mais curto, de cerca de seis meses.

O número de produtos biológicos no país tem crescido vertiginosamente, apontou o executivo. Segundo ele, saltou de 19, em 2010, para cerca de 200 neste início de ano.

Até 2020, a Bionat deverá pedir o registro de outros fungos que funcionam como defensivos biológicos e desenvolverá, por meio de parcerias, produtos a partir de bactérias. Hoje, a Bionat tem parcerias com o Instituto Biológico de Campinas, com a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen) e com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

Para o primeiro ano de operação, Gissi espera que o faturamento da Bionat alcance R$ 5 milhões. "Mas a fábrica tem capacidade para faturar R$ 12 milhões na primeira fase".

Enquanto a startup Bionat engatinha, a Kimberlit celebra 30 anos. A empresa familiar - 90% do controle está nas mãos da família Gissi - teve receita de R$ 100,8 milhões em 2018, em um segmento que faturou R$ 7,6 bilhões com a venda de fertilizantes especiais - complementares aos NPK -, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo). O faturamento da Kimberlit em 2018 foi 25% maior que em 2017.

Assediada por potenciais compradores, os sócios da Kimberlit não descartam negociar, mas avaliam que podem melhorar os múltiplos de seu negócio. "Nossa margem Ebitda está em 30% e estamos crescendo em nível adequado. Dá para crescer muito ainda", disse Gissi.

Para 2019, a empresa calcula crescer novamente 25% em faturamento. O avanço deverá vir das vendas dos 32 novos produtos registrados em 2018 - a empresa tem cerca de 200 produtos no portfólio. No fim de 2018, a companhia adquiriu 50% de uma fábrica em Barretos (SP) - a Embrafós, avaliada em R$ 39 milhões. A Kimberlit investe entre 5% e 5,5% de sua receita anual em pesquisa e desenvolvimento.

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Fonte: Valor Econômico

5. Levantamento aponta mais de 300 startups dedicadas ao agronegócio

O Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto, entre a prefeitura do município paulista, a Universidade de São Paulo (USP), e a Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, divulgou na Agrishow que o número de startups atuantes do setor de agronegócios já chega a 307.

Segundo os dados levantados pela iniciativa, que é gerida pel Fipase, essas startups se dividem em 18 categorias, incluindo gestão de fazendas, biotecnologia, bioenergia, veículos aéreos não tripulados, drones e geoprocessamento, e-commerce e economia compartilhada.

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Fonte: Valor Econômico

6. Aumenta a competição na captação de poupança rural

O sinal verde do Conselho Monetário Nacional (CMN) para que cooperativas de crédito também possam captar poupança rural a partir de 1º de julho é considerada pelo governo federal como uma medida que antecipa o "espírito" do próximo Plano Safra (2019/20), que está sendo negociado entre os ministérios da Economia e da Agricultura e deflagrará mudanças estruturais importantes. O aval foi confirmado pelo CMN na quinta-feira.

A equipe econômica entende que, ao abrir a possibilidade para que cooperativas como Credicitrus e Credicoamo usem cadernetas de poupança de produtores rurais como mais uma fonte para seus financiamentos, haverá mais injeção de crédito para a agricultura e a concorrência entre as instituições financeiras aumentará. Hoje, essas cooperativas só podem utilizar essas aplicações financeiras para o crédito agrícola em nome de bancos cooperativos.

Banco do Brasil, outros bancos públicos e privados e os bancos cooperativos (Sicoob e Sicredi) já operam com poupança rural. Com o aval do CMN, as cooperativas de crédito entrarão na disputa e,a partir da próxima temporada agrícola, já terão que direcionar 20% do que captarem de poupança para operações de crédito rural. Esse percentual será ampliado progressivamente até alcançar 60%. Segundo estimativas do BC, a ideia é que, num primeiro momento, a medida libere R$ 1,1 bilhão adicionais ao crédito rural.

Uma fonte da equipe econômica explica que a liberação significa mais disputa pelos recursos equalizados pelo Tesouro, mas que as cooperativas também poderão usar esse funding de poupança rural para financiamentos a juros livres. Vale lembrar que a tendência é que o governo federal subsidie cada vez menos operações de crédito, sobretudo para grandes produtores - a disposição de apoiar médios e pequenos permanece.

"Era um pedido antigo nosso e será muito importante para movimentar recursos nas cooperativas de crédito que atuam no meio rural, onde a poupança é uma realidade", disse ao Valor o presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Freitas.

Ademiro Vian, consultor financeiro e ex-diretor da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), analisa que a medida mira a desconcentração do sistema financeiro e será fundamental para destravar e aumentar a oferta de crédito rural no país. "A decisão do governo vem ao encontro do aumento da competição no mercado de crédito rural, e esse é só o começo", afirmou Vian.

As cooperativas de crédito são as instituições que mais vêm crescendo proporcionalmente na liberação de crédito rural no país na atual safra (2018/19), que se encerrará em 30 de junho. Nos primeiros nove meses deste ciclo (julho do ano passado a março últimos), os desembolsos das cooperativas ao campo aumentaram em relação ao mesmo período do ciclo anterior e superaram a marca de R$ 18 bilhões. No caso dos bancos públicos, houve incremento de 2,8%, e no dos privados, de 8,8%.

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Fonte: Valor Econômico

Proteína Animal

7. 'Briga' de frigoríficos sobre habilitações para vender à China incomoda ministra

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, se disse "perplexa" diante das queixas da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) sobre a lista de 24 unidades de carne bovina que será entregue por ela ao governo chinês em busca de novas habilitações para ampliar as exportações do produto ao país asiático.

Segundo a Abrafrigo, a lista privilegiou JBS, que tem sete frigoríficos na lista, e Minerva, com quatro. Das grandes companhias brasileiras que lideram o mercado de carne bovina, apenas a Marfrig faz parte da associação. JBS e Minerva, além da própria Marfrig, fazem parte da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

A Abrafrigo reclamou do critério imposto recentemente pela China no processo de habilitação, que prevê a apenas a participação de plantas autorizadas a vender para a União Europeia, cujas regras sanitárias são consideradas rigorosas. Mas, segundo Tereza, trata-se apenas de mais um critério, não o único que será analisado por Pequim para autorizar a ampliação do número de unidades aptas a exportar.

Na missão comercial à Ásia que terá início nesta segunda-feira - e que também inclui Japão, Vietnã e Indonésia - a meta do ministério é habilitar na China até 79 novos estabelecimentos brasileiros de carnes em geral. Em novembro, uma auditoria do serviço veterinário chinês visitou dez plantas brasileiras para ampliar o número de habilitações, mas alegou inconformidades técnicas e nada aconteceu.

Das 79 plantas que o ministério espera habilitar, 33 exportam para a UE. A ministra também negou que a exigência chinesa abra precedentes para negociações futuras.

"Quanto à nota da Abrafrigo fico meio perplexa com isso. Todos sabemos que a China vive hoje um problema sério com a peste suína africana, e há oportunidade e temos espaço para colocarmos mais nossas proteínas à disposição do governo chinês. Mas, para isso, temos que ter estratégia, conversa. Não é na primeira visita que vamos abrir para 300 plantas", afirmou a ministra em entrevista coletiva na sexta-feira passada, em Brasília.

Tereza lembrou que na aproximação com a China o foco não está apenas nas carnes, mas também em produtos como algodão, açúcar, melão, pera, material genético e farinhas. Participarão da comitiva que acompanhará a ministra à Ásia mais de 100 empresários, parlamentares e funcionários do ministério. "Estamos indo pra lá [China] para sentir o mercado. E temos que estudar estratégias de mercado".

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Fonte: Valor Econômico

8. 'Peste suína tem impacto global', reforça CEO da Tyson

A Tyson Foods, maior companhia de carnes dos Estados Unidos, registrou lucro líquido de US$ 430 milhões no segundo trimestre de seu ano-fiscal 2019 (encerrado em março), alta de 36,1% em relação ao mesmo período do exercício anterior (US$ 316 milhões). De outubro de 2018 a março de 2019, o lucro líquido acumulado ficou em US$ 982 milhões, queda de 49,6% na comparação com igual intervalo do ano-fiscal 2018 (US$ 1,9 bilhão).

As vendas da Tyson somaram US$ 10,4 bilhões no segundo trimestre, alta de 6,9% na relação anual. No semestre encerrado em março, subiram 3,2% e alcançaram US$ 20,6 bilhões. O segmento de bovinos foi responsável por 37,2% das vendas totais do segundo trimestre, com US$ 3,9 bilhões, e o de carne de frango por 32,6%, ou US$ 3,4 bilhões. As vendas de "alimentos preparados" somaram US$ 2 bilhões, 19,4% das vendas totais do trimestre, e foram responsáveis por cerca de 40% do lucro do período. A divisão de bovinos rendeu um lucro operacional de US$ 156 milhões, ou 25% do total.

"Estou satisfeito com nossa direção", disse Noel White, CEO da Tyson, em nota. "O segmento de alimentos preparados produziu seu segundo trimestre consecutivo de retorno recorde de vendas. Os segmentos de carne bovina e suína foram sólidos, enquanto o segmento de frango está pronto para melhorias, já que acreditamos estar apresentando margens baixas", completou White.

De acordo com o executivo, a peste suína africana, que afeta sobretudo a China, tem impacto global no setor de proteínas e a companhia estará apta a capitalizar as oportunidades de vendas. Para ele, a queda de oferta global de suínos oferecerá um significativa oportunidade para a área de carne suína da companhia, bem como para as carnes de frango e bovina como proteínas substitutas. O movimento, contudo, elevará os custos das comidas processadas. A projeção de lucro por ação entre US$ 5,75 e US$ 6,10 no ano fiscal 2019 não inclui potencial ganho com a queda de produção de suínos na China.

No segundo trimestre fiscal de 2019, as vendas de suínos da Tyson somaram US$ 1,2 bilhão, queda de 7,3% na relação anual, e gerou lucro operacional de US$ 100 milhões, alta de 50% na mesma base de comparação. Já a margem operacional passou de 5,3% para 8,5%.

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Fonte: Valor Econômico

9. Lucro líquido da Tyson cresceu 36,1% no 2º trimestre do exercício

A Tyson Foods, maior companhia de carnes dos Estados Unidos, registrou lucro líquido de US$ 430 milhões no segundo trimestre de seu ano-fiscal 2019 (encerrado em março), alta de 36,1% em relação ao mesmo período do exercício anterior (US$ 316 milhões).

De outubro de 2018 a março de 2019, o lucro líquido acumulado ficou em US$ 982 milhões, queda de 49,6% na comparação com igual intervalo do ano-fiscal 2018 (US$ 1,9 bilhão).

As vendas da Tyson somaram US$ 10,4 bilhões no segundo trimestre, alta de 6,9% na relação anual. No semestre encerrado em março, subiram 3,2% e alcançaram US$ 20,6 bilhões.

O segmento de bovinos foi responsável por 37,2% das vendas totais do segundo trimestre, com US$ 3,9 bilhões, e o de carne de frango por 32,6%, ou US$ 3,4 bilhões. As vendas de “alimentos preparados” somaram US$ 2 bilhões, 19,4% das vendas totais do trimestre, e foram responsáveis por cerca de 40% do lucro do período. A divisão de bovinos gerou lucro operacional de US$ 156 milhões, ou 25% do total.

“Estou satisfeito com nossa direção”, disse Noel White, presidente do conselho e CEO da Tyson, em nota. “O segmento de alimentos preparados produziu seu segundo trimestre consecutivo de retorno recorde de vendas. Os segmentos de carne bovina e suína foram sólidos, enquanto o segmento de frango está pronto para melhorias, já que acreditamos estar apresentando margens baixas”, completou.

De acordo com o executivo, a peste suína africana, que afeta sobretudo a China, tem impacto global no setor de proteínas e a companhia estará apta a capitalizar as oportunidades de vendas. Para ele, queda de oferta global de suínos oferecerá um significativa oportunidade para a área de carne suína da companhia, bem como para as carnes de frango e bovina como proteínas substitutas. O movimento, contudo, elevará os custos das comidas processadas. A projeção de lucro por ação entre US$ 5,75 e US$ 6,10 no ano fiscal 2019 não inclui potencial ganho com a queda de produção de suínos na China.

No segundo trimestre fiscal de 2019, as vendas de suínos da Tyson somaram US$ 1,2 bilhão, queda de 7,3% na relação anual, e gerou lucro operacional de US$ 100 milhões, alta de 50% na mesma base de comparação. A margem operacional passou de 5,3% para 8,5% no período.

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Fonte: Valor Econômico

Agroenergia

10. Biosev confirma investimentos em usinas e amplia flexibilidade de mix

O Brasil atingiu o recorde de produção de etanol na última safra, um cenário que se reflete nos números da Biosev. Segundo a empresa, no acumulado dos nove meses da safra 2018/2019, a companhia atingiu recorde em produção de etanol, superando o volume total do ciclo anterior.

Conforme a Biosev, no período foram produzidos 1,4 bilhão de litros de etanol, contra 1,29 bilhão ao final da safra 2017/18. A Biosev apresentou um mix de produção entre os mais alcooleiro do setor: 64,6% da matéria-prima foi dedicada à produção de etanol, o maior índice registrado na história da companhia, e um aumento de 13,6 pontos percentuais em comparação ao período anterior.

Segundo Juan José Blanchard, presidente da Biosev, a decisão estratégica de produzir mais etanol esteve atrelada aos baixos preços de açúcar no cenário mundial. “Na safra 2018/19 a produção do etanol passou a ser economicamente mais interessante, cenário que deve ser parecido neste ano”, explica.

Ele ainda fala sobre suas estimativas para a atual temporada: “Para a safra 2019/20, a expectativa nas unidades de São Paulo e Minas Gerais é de iniciarmos com uma safra alcooleira, virar para um mix açucareiro no meio, e finalizar novamente com o etanol em alta”, afirma. Já no Mato Grosso do Sul, as duas usinas da Biosev devem se manter com máxima produção de etanol durante todo o ciclo.

“A possibilidade de alteração do mix produtivo de forma ágil e eficaz garante que a companhia possa aproveitar as melhores oportunidades de mercado em cada momento, acompanhando as flutuações de preço do açúcar e etanol e janelas de oportunidade econômicas de forma a trazer a maior geração de caixa possível”, afirma Blanchard.

Segundo a Biosev, para aproveitar os incentivos do mercado de forma eficiente na safra atual, a companhia realizou uma série de investimentos no período da entressafra, conforme anunciado em fevereiro.

Isso inclui a instalação de maquinários que permitem maximizar a eficiência operacional. Assim, somadas, as duas unidades no município de Rio Brilhante (MS) tiveram capacidade de moagem ampliada em 3 mil toneladas por dia.

Além disso, um novo aparelho de destilação instalado permite uma produção adicional de 250 metros cúbicos diários de etanol. Outro ganho foi o aumento da capacidade de estoque de melaço, que pode ser convertido em etanol em momentos oportunos, flexibilizando o mix de produção conforme estratégia da companhia.

Já a unidade Vale do Rosário, localizada em Morro Agudo (SP), ganhou mais uma coluna na destilaria, que elevou a capacidade de produção diárias de etanol anidro em 240 metros cúbicos. Por fim, a unidade Santa Elisa, em Sertãozinho (SP), recebeu um aparelho novo em sua destilaria, com capacidade para produção diária de 600 metros cúbicos de etanol.

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Fonte: Biosev/NovaCana

11. Postos do Nordeste têm etanol direto do produtor, mas mais caro

Os produtores de etanol do Nordeste, que em abril conseguiram uma liminar autorizando a venda do combustível diretamente das usinas para os postos, hoje cobram o preço mais alto do Brasil para o produto.

Desde o início de março, o litro do etanol na usina aumentou 17,2% em Alagoas (foi para R$ 2,21) e 16,9% em Pernambuco (chegou a R$ 2,22), de acordo com um levantamento inédito de uma das maiores empresas do setor.

Em São Paulo, o preço nas usinas caiu 0,5% nesse período – está em R$ 1,85.

Apesar da liminar, a venda direta não vale para todo o país. Um projeto, de autoria do senador Otto Alencar (PSD-BA), segue em tramitação na Câmara e ainda há incertezas sobre mudanças tributárias.

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Fonte: O Globo/NovaCana

12. Índia tende a produzir recorde de 33 milhões toneladas de açúcar em 2018/19, diz Isma

A produção de açúcar da Índia pode subir 1,5 por cento em 2018/19, para um recorde de 33 milhões de toneladas, aumentando os estoques no país e pressionando os preços locais, disse uma associação de produtores nesta sexta-feira.

A produção recorde pode forçar Nova Délhi a continuar incentivando as vendas de açúcar no exterior para a próxima temporada, pesando sobre os preços globais, que agora estão sendo negociados perto de mínimas em quatro meses.

Nos primeiros sete meses do ciclo 2018/19, iniciado em 1º de outubro, as usinas produziram 32,1 milhões de toneladas de açúcar, 3 por cento mais do que no mesmo período do ano anterior, disse a Associação de Usinas de Açúcar da Índia (Isma, em inglês) em comunicado.

A Índia produziu 32,5 milhões de toneladas de açúcar em toda a safra 2017/18.

As usinas devem exportar apenas 3 milhões de toneladas de açúcar no atual ano de comercialização devido a uma queda nos preços globais, de acordo com estimativas da Isma.

Isso significa que os níveis de estoques de açúcar da Índia aumentarão para 14,7 milhões de toneladas no início da nova temporada em 1º de outubro de 2019, um aumento de 37,4 por cento em relação ao ano passado, disse o órgão.

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Fonte: Reuters/NovaCana

Grãos e Grandes Culturas

13. Exportação de soja deve ser US$ 10 bilhões menor no ano

A tendência de queda das importações chinesas de soja em um cenário de oferta global confortável levou a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) a novamente diminuir sua estimativa para as exportações do grão do país neste ano. Mas, segundo analistas, o cenário ainda poderá melhorar a depender do rumo das disputas comerciais entre Washington e Pequim, revigoradas por novas ameaças de Donald Trump de aumentar as taxações sobre as importações americanas de produtos chineses. Segundo maior produtor de soja, atrás dos EUA, o Brasil lidera os embarques mundiais do grão.

Em novo cenário divulgado ontem, a Abiove passou a projetar os embarques em 68,1 milhões de toneladas, 2 milhões a menos que o previsto em março e volume 18,5% menor que o de 2018, que foi recorde. Como a entidade reduziu em US$ 20 o valor médio da tonelada a ser exportada, para US$ 360 (queda de 9,3% em relação ao ano passado), a receita estimada para 2019 recuou para 24,5 bilhões, 5,3% abaixo do resultado da conta de março e montante 26,1%, ou US$ 8,7 bilhões, inferior ao de 2018.

Os ajustes da Abiove, que trabalha com a perspectiva de que a colheita nacional chegará a 117,6 milhões de toneladas nesta safra 2018/19, 4,5% abaixo do total do ciclo 2017/18, derivam sobretudo da piora das expectativas das exportações á China. Responsável por quase 60% das importações mundiais do grão, o país registra desaceleração do crescimento de sua economia e sofre com um grave surto de peste suína africana, o que reduzirá sua demanda para a produção de ração animal.

Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), as importações totais da China cairão para 88 milhões de toneladas na safra internacional 2018/19, que terminará em agosto, ante 94,1 milhões no ciclo 2017/18 - as importações globais na atual temporada estão dimensionadas pelo USDA em 151,2 milhões de toneladas, cerca de 2 milhões a menos que na safra passada. Com mais uma retração em março, as compras da China no exterior somaram 16,8 milhões de toneladas no primeiro trimestre, 14,4% menos que em igual período de 2018. Mas até agora, em razão das disputas comerciais entre Pequim e Washington, revigoradas por novas ameaças de Donald Trump (ver Ameaça de Trump à China derruba preços), são os EUA que estão pagando essa fatura, já que os chineses continuam a privilegiar o produto brasileiro.

Conforme levantamento da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), de janeiro a março os embarques brasileiros totalizaram 18,3 milhões de toneladas, 2,8% mais do que no mesmo período de 2018. Em abril o ritmo seguiu forte - foram mais 10,1 milhões de toneladas, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) - e é esperado um arrefecimento, cuja dimensão agora dependerá dos próximos rounds da briga sino-americana.

"Na verdade a gente não sabe o que vai acontecer. Mas tem trading que já está pagando entre 10 e 15 centavos [de dólar] a mais pelo bushel da soja brasileira", afirmou Ana Luiza Lodi, analista da INTL FCStone. Em mais um tweet com força para derreter mercados, Trump anunciou no domingo que alíquotas sobre importações da China no valor de US$ 200 bilhões deverão aumentar de 10% para 25% a partir da próxima sexta-feira. Cerca de US$ 50 bilhões em produtos chineses de alta tecnologia já pagam 25% para entrar nos Estados Unidos há dez meses - o mesmo acontece com a soja em grão.

Para Luiz Fernando Roque, da consultoria Safras & Mercado, de qualquer forma a queda das compras chinesas de soja em geral prevalecerá e, mesmo que o Brasil substitua uma parcela maior do fornecimento dos EUA, os embarques do país vão recuar de maneira expressiva. Afora a questão da desaceleração chinesa, o banco holandês Rabobank , por exemplo, aponta que o surto da peste suína provocará uma redução da produção de suínos na China entre 25% e 35% - ou seja, essa é a queda que o país registrará em sua produção de ração.

Para o "complexo soja" como um todo (inclui grão, farelo e óleo), a Abiove passou a projetar a receita das exportações brasileiras em 2019 em US$ 30,7 bilhões, US$ 2,2 bilhões a menor que o projetado em março e montante 25,1%, ou US$ 10,3 bilhões, menor que o de 2018.

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Fonte: Valor Econômico

14. Tereos amplia fábrica e reforça investimentos na divisão de amidos

A Tereos está reforçando seus investimentos na divisão de amidos e adoçantes, sediada em Palmital, no interior paulista. A unidade industrial no município está passando por modificação de instalações e ampliação da capacidade produtiva, para diversificar mais o catálogo de produtos e aumentar a presença de mercado.

“Nossa estratégia está baseada em diversificação de mercados, clientes e produtos. Estamos investindo bastante nisso e vamos continuar neste ano”, afirma o presidente da Tereos Amidos e Adoçantes do Brasil, Kwami Samora Alfama Corrêa. O ano fiscal da subsidiária segue o calendário da cana-de-açúcar, negócio principal da Tereos: de 1º de abril de um ano a 31 de março do ano seguinte.

A Tereos entrou no mercado de amido no Brasil entre 2010 e 2011, quando foi adquirida a fábrica de Palmital, até então, concentrada em mandioca, em 2014, foi construída uma processadora de milho. A capacidade atual é de cerca de 100 mil toneladas da raiz - plantada em 5 mil hectares na região - e 150 mil a 180 mil do cereal, originado de vários locais de produção.

Manter as estruturas juntas na planta baseou-se na ideia de que há complementaridade em alguns usos dos dois tipos de amido. Na visão da empresa, o investimento em processamento de milho, mais recente, ainda está em fase de maturação. Na parte da mandioca, mesmo sem revelar números, a avaliação é de que a rentabilidade do negócio está próxima do esperado.

No atual ciclo de investimentos, uma das principais apostas está no segmento de alimentação animal. Foi construída no complexo de Palmital uma unidade para produzir uma dieta à base de amido das duas matéria-primas, já testada em campo, em um rebanho de cerca de cem cabeças de gado, no interior paulista.

A Tereos explica que o produto, chamado de Tapigold, é uma mistura pronta, voltada, principalmente, para pequenos produtores, que, segundo a empresa, muitas vezes, têm dificuldades de adquirir os ingredientes de forma separada. A processadora deve iniciar a produção até o dia 15 de maio.

“Dará mais competitividade ao amido. Quando você tem mais produtos, diminui o custo de produção”, explica o diretor da Região Brasil da Tereos, Jacyr Costa Filho.

Com uma estrutura própria, a ração reforça a iniciativa de ter um catálogo mais diversificado. A estratégia inclui ainda adaptações nas fábricas de amido de milho e de mandioca. Antes voltadas para segmentos industriais, como papel, estão sendo cada vez mais direcionadas para o setor alimentício.

Kwami Corrêa explica que, na indústria de alimentos, os protocolos de segurança e as certificações são mais exigentes. Assim, quem consegue atender o setor atende também o industrial, mas o contrário, nem sempre acontece. Daí a necessidade das adaptações para ampliar o atendimento, tanto com o chamado amido nativo quanto com o modificado, direcionado a uma finalidade específica.

“O amido modificado tem uma gama gigantesca. De um tipo, pode ter 10 a 15 variações diferentes. Para iogurte é um, maionese é outro, casquinha de sorvete é outro. Às vezes, é uma modificação sutil, mas importante para atender o cliente”, explica o presidente da Tereos Amidos e Adoçantes do Brasil.

A empresa está iniciando ainda a importação de derivados de trigo produzidos na Europa. Com a proteína, já está sendo atendida a demanda no Brasil e outros países da América Latina por um distribuidor, mas a intenção é comercializar diretamente. Está nos planos também vender o amido de trigo.

Para promover esses produtos, a companhia está integrando as equipes comerciais das divisões de amido e adoçantes e de açúcar e etanol, semelhante ao feito na Europa. Os executivos explicam que há clientes que demandam produtos das duas áreas. A ideia é preparar representantes para oferecer todo o portfólio da empresa.

Jacyr Costa Filho justifica a decisão de investimentos na divisão de amido em uma visão otimista do mercado. Mesmo ponderando que seu otimismo é moderado. O diretor da Região Brasil da Tereos explica que o setor é bastante correlacionado ao aumento do poder aquisitivo da população.

“Tivemos um grande boom de crescimento quando houve o crescimento da classe média. Há um consumo maior de produtos em que há aplicação de amido. Acreditamos que o Brasil pode entrar em uma era de crescimento importante. Isso deve refletir em crescimento do mercado de amido”, diz ele.

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Fonte: Revista Globo Rural

15. Abiove eleva previsão para produção de soja do Brasil em 2019 a 117,6 mi t

A produção de soja do Brasil em 2019 deve alcançar 117,6 milhões de toneladas, projetou nesta segunda-feira a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), revisando levemente para cima previsão anterior de 116,9 milhões.

Quanto às exportações da oleaginosa neste ano, a entidade reduziu a estimativa para 68,1 milhões de toneladas, de 70,1 milhões previamente. O Brasil é o maior exportador mundial de soja.

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Fonte: Reuters/Canal Rural

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