Conjuntura do Agronegócio

1. Índice da FAO para preços de alimentos volta a subir

O índice de preços globais de alimentos da FAO, o braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, alcançou 170 pontos em abril, com variação positiva de 1,5% (2,5 pontos) em relação a março e maior patamar desde junho de 2018. Na comparação com abril do ano passado, houve retração de 2,3%.

Com exceção dos cereais, todos os demais grupos de produtos que compõem o indicador da FAO registraram valorização sobre março. A maior, de 5,2%, foi a dos lácteos, cujo sub-índice específico atingiu 215 pontos, maior nível desde maio do ano passado.

"As cotações internacionais de manteiga, leite em pó integral e queijo aumentaram, uma vez que a demanda global continuou robusta, antecipando um aperto na oferta de exportação da Oceania, por causa do clima seco. Por outro lado, os preços do leite em pó desnatado caíram pelo segundo mês consecutivo", afirma a FAO em comunicado.

No grupo formado pelas carnes, houve alta de 3% na comparação mensal, para 169 pontos, maior resultado desde abril de 2018. O salto foi puxado pelas carnes suína e bovina. Para a primeira, pesou a redução da oferta na China em consequência do surto de peste suína africana. As carnes de aves e ovina também subiram, mas moderadamente.

Mais modestas também foram as valorizações observadas nos óleos vegetais - grupo que inclui a soja - e do açúcar. No primeiro, a alta em abril foi de 0,9% em relação a março; no segundo, de 0,7%. E para os cereais houve baixa, de 2,8%, determinada sobretudo pelo comportamento das cotações de trigo, cuja oferta mundial continua confortável. Com a queda, o índice do grupo desceu ao menor nível do ano.

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Fonte: Valor Econômico

2. Senado aprova projeto de lei que facilita o georreferenciamento rural

O Senado Federal aprovou na quarta-feira (8/5) um projeto de lei que facilita o georreferenciamento de imóveis rurais no Brasil, agora será enviado para sanção presidencial. O PLC 120/2017 foi aprovado de forma unânime e, em suma, altera um trecho da Lei de Registros Públicos (nº 6.015 de 1973), que permitirá o descarte da carta de anuência de vizinhos, dentro do processo, necessitando somente da declaração do requerente de que respeitou os limites e as confrontações. O projeto é de autoria do senador Irajá Abreu, do Tocantins.

O georreferenciamento é um processo de mapeamento de imóveis rurais que propõe-se definir a área e a posição geográfica para obter a certificação correta para o proprietário, e tem como principal objetivo resolver as questões de divisas de propriedades que sempre existiram, pois antigamente esse cálculo não era preciso, o que gerava uma série de discussões e insegurança jurídica em várias propriedades de todo o Brasil.

“A dispensa da carta de anuência dos vizinhos no georreferenciamento vai acabar com uma longa espera. O Brasil precisa se livrar de amarras burocráticas que só atrapalham a vida de quem quer produzir e gerar riquezas”, afirmou o senador Irajá.

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Fonte: Revista Globo Rural

3. Veja como foi o primeiro dia de agenda da comitiva brasileira na Ásia

A agenda oficial de compromissos da ministra da Agricultura Tereza Cristina e das associações do setor que a acompanham numa comitiva enviada à Ásia começou nesta quinta-feira (9/5) em Tóquio, no Japão, com uma visita a JICA (Japan International Cooperation Agency), entidade japonesa de cooperação internacional para o meio ambiente e desenvolvimento.

A relação da JICA com o Brasil vem de longa data, com incentivos à irrigação e ao cultivo de soja no cerrado. Um dos principais objetivos do encontro, que contou com a participação da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), foi estreitar as parcerias.

Depois do almoço, a comitiva seguiu para a Keindanre, a federação das indústrias do Japão, que reúne 1.376 empresas e 109 associações setoriais. Durante a reunião, foram discutidas oportunidades de negócios para o agronegócio brasileiro no Japão. “Constatamos que há potencial de exportações de uma série de produtos, como abacate e café”, diz Ligia Dutra, superintendente de relações internacionais da CNA, que participa da viagem. “Os japoneses estão colocando abacate até no sashimi. Está na moda”, disse ela, por telefone, à Globo Rural.

O aumento da produção da cadeia de pescados no Brasil também esteve em pauta. “Empresários e investidores japoneses demonstraram interesse em colaborar com o ganho de escala desse segmento”, diz Dutra. Os japoneses explicaram estratégias para o crescimento da produtividade de peixes e frutos do mar, como ostras, bastante consumidos no Japão. Apesar de ser um dos maiores produtores mundiais de ostras, o país importa o produto dos Estados Unidos e da Austrália para atender a alta demanda interna.

Segundo a CNA, também existe um forte interesse no Japão por cafés especiais. “Em Tóquio, há uma cafeteria em cada esquina”, diz Dutra. Nesta sexta (10/5), a CNA deverá participar de um encontro na cooperativa agrícola Zen-Noh e de um evento de degustação de cafés brasileiros na UCC Coffee Academy, em Tóquio.

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Fonte: Revista Globo Rural

Insumos

4. Desembolsos do Plano Safra somam R$ 142 bi

Faltando dois meses para o fim da safra 2018/19, os desembolsos de crédito rural cresceram 5,5% no acumulado da temporada, que teve início em julho do ano passado. Nos primeiros dez meses da safra, R$ 142 bilhões foram liberados. O montante equivale a 74,3% do volume total de recursos programados pelo Plano Safra que está em vigor até junho (R$ 191 bilhões), mas cálculos preliminares do Ministério da Agricultura indicam que devem ser liberados cerca de R$ 180 bilhões.

Enquanto os empréstimos para custeio agropecuário tiveram incremento de 4%, para R$ 78 bilhões, as linhas de crédito para comercialização e industrialização recuaram 6%, para R$ 27 bilhões, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério da Agricultura.

As linhas de crédito rural para investimentos seguiram aquecidas. No acumulado da safra até o abril, os bancos liberaram R$ 36,5 bilhões, alta de 21%. O grande destaque foi o Moderfrota (linha para aquisição de máquinas agrícolas), que já consumiu R$ 7,6 bilhões dos 8,9 bilhões colocados à disposição para o ciclo 2018/19.

Para o secretário de Política Agrícola do ministério, Eduardo Sampaio Marques, a grande demanda registrada no crédito para investimentos "reflete o otimismo do setor e as condições de financiamento satisfatórias".

Como já informou o Valor, diante da forte demanda por financiamentos pelo setor de agronegócios e de mudanças regulatórias feitas pelo governo que retiraram bilhões de reais do crédito rural nesta safra, várias linhas com juros controlados chegaram se esgotar em março - portanto, três meses antes do fim deste ciclo.

Entre as fontes usadas para as concessões de crédito rural, destaca-se as Letras de Crédito do Agronegócios (LCAs), títulos captados pelos bancos para financiar o setor rural. As operações baseadas em captações de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) somaram R$ 25,8 bilhões, 40% superior ao verificado no período anterior. Apenas parte dos recursos que tem as LCAs como lastro são emprestados com juros controlados.

Conforme o Ministério da Agricultura, entre as instituições financeiras que operam com crédito agrícola, as cooperativas de crédito ampliaram as concessões de empréstimos em 19,8%, para R$ 24,2 bilhões. No acumulado da safra, os desembolsos dos bancos públicos aumentaram 2% (R$ 75,7 bilhões) e o dos privados, 3,6% (R$ 40,1 bilhões).

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Fonte: Valor Econômico

5. Governo corre para 'garantir' Plano Safra

A dificuldade de articulação do governo para a votação de um projeto de lei que pede aval do Congresso para garantir o pagamento de despesas com INSS e diversos subsídios federais acendeu o sinal amarelo na equipe econômica, que passou a alardear sobre o risco "real" e "imediato" de faltar recursos para o Plano Safra 2019/20, que entrará em vigor em 1º de julho.

O Valor apurou que o Ministério da Economia considera que ainda há muitas incertezas no Congresso em relação à aprovação do PL às vésperas do lançamento do Plano Safra, marcado pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para 12 de junho. Para evitar que os agricultores fiquem sem crédito com taxas controladas - mas também como forma de pressionar a bancada ruralista no Congresso -, a Pasta iniciou uma mobilização para alertar parlamentares sobre esse risco.

O ideal, na leitura da equipe econômica, é que o PL seja aprovado pelo Legislativo antes do anúncio do Plano Safra para que o Tesouro possa se programar para subsidiar as operações de crédito rural previstas. "É votar ou votar, não tem outra saída", afirma uma fonte do governo que acompanha as negociações. O PL prevê um crédito suplementar de R$ 248,9 bilhões no Orçamento de 2019, que na prática autoriza o governo a descumprir a chamada "regra de ouro", dispositivo previsto na Constituição que proíbe o Executivo de emitir dívida pública para pagar gastos com benefícios previdenciários e salários, por exemplo.

Ainda num cenário de aperto fiscal, o governo Bolsonaro enviou o PL ao Congresso e conta com essa verba extra para pagar até o fim do ano benefícios sociais como Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e também para garantir gastos com a equalização das taxas de juros de diversas linhas de crédito do Plano Safra, como custeio e investimento, e do Pronaf (agricultura familiar).

Os ministérios da Economia e da Agricultura ainda não bateram o martelo em relação ao exato montante de gastos com equalização que estará disponível para o próximo ano-agrícola. Mas a ideia é manter o patamar de R$ 10 bilhões observado neste ciclo (2018/19), que terminará em 30 de junho.

A Economia avalia que, caso o Congresso abra alguma exceção como parte das negociações mas não aprove o PL como um todo, a tendência natural é que as despesas com a Previdência encabecem a fila de prioridades, já que concentram quase a totalidade do orçamento suplementar previsto. Nesse caso, o Plano Safra poderá ficar de fato comprometido.

Uma fonte do Ministério da Agricultura afirmou que existe realmente uma preocupação, mas que acredita que a Economia resolverá o problema e que o plano não sofrerá qualquer abalo.

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Fonte: Valor Econômico

6. Escassez de crédito contém venda de máquinas agrícolas

Depois de arrefecerem em abril, as vendas de máquinas agrícolas deverão retomar o ritmo de crescimento em maio, projetou ontem a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). De acordo com dados da entidade, foram comercializadas 3.111 unidades no mês passado (o número também inclui retroescavadeiras), 17,5% menos que em março e quantidade 24,8% inferior a de abril de 2018.

A demanda aquecida registrada desde o segundo semestre do ano passado caiu diante das dúvidas sobre a liberação de recursos adicionais com juros controlados para o Moderfrota, principal linha de crédito para a compra de tratores e colheitadeiras do país cujo valor inicialmente programado (R$ 8,9 bilhões) se esgotou.

"Em abril, várias linhas de crédito do Plano Safra estavam suspensas por falta de recursos, como o Pronaf e o Moderfrota, e havia uma expectativa em relação à Agrishow [feira agropecuária realizada em Ribeirão Preto], o que fez muitos produtores esperarem para fechar negócios", disse Ana Helena de Andrade, vice-presidente da Anfavea.

Segundo ela, a verba adicional de R$ 536 milhões anunciada na feira para o Moderfrota certamente vai se refletir nas vendas do segmento neste mês de maio, que deverão crescer na comparação com abril. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a expectativa é de estabilidade.

Apesar do tropeço, as vendas subiram 6,4% de janeiro a abril sobre o mesmo período de 2018 e chegaram a 12.404 unidades. A Anfavea mantém a perspectiva de crescimento de 10,8% ao todo este ano, para 53 mil unidades.

Para o novo Plano Safra (2019/20), que deverá ser anunciado em 12 de junho, a perspectiva da entidade é de manutenção dos patamares atuais de recursos e de juros. "Mas ainda não temos certeza do que virá", afirmou Andrea Park, vice presidente da Anfavea.

Na semana passada, contudo, o governo aventou a possibilidade de aumentar os juros do Moderfrota, que neste ciclo oscilaram entre 7,5% e 9,5% ao ano.

Até que o novo plano entre em vigor, o cenário de recursos escassos para financiamentos deverá persistir. "Existe um esforço dos bancos privados para atender à necessidade do mercado com a falta de recursos do crédito rural, mas não é possível afirmar se isso será suficiente", acrescentou Ana Helena. Para ela, ainda que os bancos privados estejam se esforçando, o segmento é extremamente refratário a taxas de juros variáveis. "Acho que isso represa os negócios e reduz investimento", disse ela.

A Anfavea também informou que as exportações de máquinas cresceram 12,5% em abril ante ao mesmo mês de 2018 e 13,8% em relação a março, para 1,2 mil unidades. A produção somou 4,5 mil unidades, queda de 10% em relação a abril de 2018 e alta de 1% ante março deste ano. No primeiro quadrimestre, houve queda de 9,9%.

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Fonte: Valor Econômico

Proteína Animal

7. Nova proposta para reduzir os subsídios à pesca chega à OMC

O Brasil terá que limitar seus subsídios ao segmento pesqueiro a US$ 5 milhões por ano ou entrar em negociações com seus parceiros comerciais sobre um novo limite caso uma proposta apresentada por Estados Unidos e Austrália seja aprovada na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Os 164 países-membros da entidade estão tentando alcançar até dezembro um acordo global para proibir algumas categorias de subsídios ao segmento. Ajudas governamentais estimadas em US$ 20 bilhões por ano são concedidas por grandes países como China e Japão, entre outros. Cerca de 85% do apoio é destinado a grandes frotas industriais e terminam por gerar excesso de capacidade e de oferta.

A proposta apresentada por EUA e Austrália é a mais abrangente até agora, pela fixação de limites monetários em três grupos, de acordo com a fatia de cada país na captura e exportação de produtos da pesca marinha.

O primeiro grupo inclui 25 países, que capturam 0,7% ou mais do total global. Eles teriam que entrar em uma negociação de "oferta-demanda" sobre o montante máximo de subsídios que poderiam conceder - mas, em todo o caso, ficariam obrigados a reduzir os volumes atuais.

A segunda categoria atinge os países com participação na captura total de entre 0,5% e 0,7% do total, como é o caso do Brasil. Segundo a proposta, ou o país teria que aceitar um limite de subsídios de US$ 5 milhões ou precisaria sentar para negociar.

Ocorre que somente o Programa de Renovação da Frota, que nunca deslanchou e está inoperante, tinha previsão de gasto de R$ 140 milhões, ou US$ 35,5 milhões, com recursos provenientes do Fundo da Marinha Mercante. Atualmente, o volume de subsídios concedido pelo Brasil é de aproximadamente US$ 1 milhão por ano, com equalização do preço do combustível.

O terceiro grupo, com menos de 0,5% de captura em relação ao total global, não teria limite de subsídios, desde que mantidos seus dados atualizados para controle por parte dos parceiros.

A receptividade à proposta de Estados Unidos e Austrália foi "morna", mas ninguém a rechaçou. Uma das preocupações é que o plano mantém a assimetria no segmento de pesca. Mesmo se a China cortar 50% dos subsídios, por exemplo, ainda continuará oferecendo um montante enorme. Estima-se que Pequim forneça US$ 6 bilhões por ano somente em ajuda para o combustível das frotas.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. Peste suína africana: Brasil deve vender menos soja e mais carnes à China

O surto de peste suína africana que vem castigando os rebanhos de suínos na China deve matar entre 125 milhões e 175 milhões de animais em 2019, segundo levantamento feito pelo Rabobank. Se os dados se confirmarem, a produção chinesa deve cair até 35% e, junto com ela, a necessidade de compra de ração.

O Brasil deve diminuir o embarque de soja para o país de 88 para 84 milhões de toneladas. De acordo com o analista de grãos da instituição, Victor Ikeda, a sojadeve se manter em baixa, mas o cenário internacional pode equilibrar os valores.

“A perspectiva, caso Chicago se mantenha pressionado em função da guerra comercial, é que a gente possa ter uma certa compensação nos prêmios. Então, basicamente, o que temos conversado com os produtores de uma maneira geral é para aguardar os próximos meses, pois o mercado ainda pode gerar alguma oportunidade. Por outro lado, é importante frisar que não se deve ter um preço em mente, pois o movimento de alta pode ser muito curto”, contou.

Os reflexos da doença só começaram a ser sentidos no Brasil, de fato, a partir do mês de abril. O país embarcou 25 mil toneladas de carne suína para China e para Hong Kong, o que representa 50% a mais na comparação com o mesmo período do ano passado.

“Teremos uma demanda mais forte na metade do ano e segundo semestre. Eles (chineses) abateram boa parte do rebanho sadio para evitar uma perda ainda maior, o que aumenta a demanda por produtos importados seja do Brasil, Estados Unidos ou União Europeia“, avaliou o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra.

O Brasil sairá ganhando com esta crise?

O quanto o nosso país vai vender a mais com este cenário vai depender da habilitação de mais plantas para exportar para a China. Atualmente, temos nove plantas autorizadas de carne suína, 31 de frango e 15 de carne bovina.

Com a viagem da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, aos países asiáticos, a ABPA espera que mais 50 plantas de aves e suínos sejam autorizadas a exportar. O interesse para que isso aconteça também é dos chineses, que estão pagando caro na guerra comercial com os Estados Unidos.

De acordo com o analista de carnes da MB Agro, César de Castro, os chineses já estão pagando 62% a mais de sobretaxa na carne suína norte-americana.

“A primeira coisa a se fazer seria esperar que a tarifa caia entre os dois países, já que os EUA possuem uma produção muito maior do que a nossa. No entanto, para o Brasil, faria todo sentido aumentar o número de plantas para conseguir originar mais carne”, concluiu.

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Fonte: Canal Rural

9. Exportações de carne suína crescem 44,3% em um ano, diz ABPA

As exportações brasileiras de carne suína, considerando todos os produtos, entre in natura e processados, totalizaram 58,1 mil toneladas em abril deste ano, segundo informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O volume é 44,3% superior às 40,2 mil toneladas exportadas no mesmo período do ano passado.

De acordo com a instituição, entre diversos fatores, um dos que mais contribuiu com a alta nos resultados foi o avanço da peste suína africana na China. Desde agosto de 2018, quando o primeiro foco da doença foi registrado no país asiático, já foi abatido mais de 1 milhão de suínos, segundo dados do Rabobank.

Em receita, houve incremento de 27,6%, com US$ 119,7 milhões no quarto mês neste ano, contra US$ 93,8 milhões em abril de 2018. No acumulado do ano, entre os meses de aneiro a abril, o setor exportou 215,7 mil toneladas, volume 10,29% superior às 195,5 mil toneladas embarcadas no primeiro quadrimestre do ano anterior.

No mesmo período, a receita das exportações alcançou US$ 418,1 milhões, saldo 2,2% acima do alcançado no ano anterior, com US$ 409,2 milhões.

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Fonte: Canal Rural

Agroenergia

10. [Entrevista] Tereos está em busca da usina de cana digital

Segundo maior produtor de açúcar do mundo, com 49 usinas distribuídas por 17 países, o grupo francês Tereos vai fazer da operação no Brasil um piloto em seus esforços para digitalizar a produção e ganhar eficiência.

Em entrevista a Exame, o presidente global, Alexis Duval, diz que pretende investir cerca de 50 milhões de reais aqui neste ano para adotar as novas tecnologias. “O futuro deste setor pertence a quem dominar as tecnologias agrícolas e a digitalização das usinas”, afirma Duval.

Como o senhor avalia o desempenho do setor de açúcar e etanol nos últimos anos?

Essa é uma indústria antiga, mas que passa por mudanças. Desde 2000, por exemplo, foram três grandes transformações. A primeira foi o crescimento do etanol, que levou à entrada de investidores estrangeiros no Brasil. Depois, houve uma revolução com a mecanização. E a terceira mudança foi a geração de energia a partir do bagaço de cana, reduzindo custos. Vejo que hoje há outra grande mudança, que é a digitalização e o uso de dados. Acho que o futuro desse setor pertence a quem dominar as tecnologias agrícolas e a digitalização das usinas.

Como seria uma usina de cana digital?

Dou um exemplo concreto. Uns dez anos atrás começamos a adquirir novas tecnologias para monitorar as operações. Hoje temos uma espécie de torre de controle que monitora as operações agrícolas em nossas sete usinas no Brasil. É uma operação grande, pois são 300 000 hectares monitorados ao vivo.

Qual é a vantagem desse modelo?

É uma mudança radical, porque antigamente tínhamos sete usinas pilotadas isoladamente. Agora estamos buscando pilotá-las em uma rede. Como qualquer rede, isso cria oportunidades de melhoria, porque ajuda a planejar a logística, o uso dos equipamentos. Temos uma equipe que, dependendo das condições, adequa a produção para buscar melhor a eficiência.

As usinas no Brasil foram as primeiras a adotar o sistema?

Sim. Inclusive nós acabamos de definir que o Brasil será o centro mundial de desenvolvimento de novas tecnologias. A operação aqui vai ser um grande piloto para o grupo implementar as tecnologias de usina digital. Vai começar aqui, mas há potencial de a experiência ser levada do Brasil para o mundo. A gente vai fazer um grande investimento de digitalização. Na produção de açúcar e etanol, temos um custo fixo alto, então qualquer redução percentual dos gastos representa valores significativos.

Qual é o ganho esperado?

Estamos começando agora, mas por enquanto esperamos que o uso dessas tecnologias possa trazer uma economia de 100 milhões de euros por ano.

Quanto tempo deve levar para alcançar esse patamar?

Ainda não está definido. A gente está trabalhando com uma primeira fase de 12 a 18 meses. Depois, há um plano a ser implementado que vai durar de dois a três anos, dependendo das premissas. De todo modo, estamos investindo 50 milhões de reais no Brasil neste ano para essa primeira fase.

Trata-se apenas de uma questão de reduzir custos?

Não. Além do ganho de eficiência, temos outras metas, como a sustentabilidade. Monitorando melhor a produção, podemos reduzir o consumo de água, de energia etc. Achamos que, daqui a três ou quatro anos, os clientes vão nos cobrar por nossas emissões de carbono. A gente está começando a se preparar para isso.

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Fonte: Exame/NovaCana

11. Usinas Batatais e Lins anunciam cisão a partir de 1º de março de 2020

O grupo de usinas Batatais e Lins anunciou a cisão em duas unidades independentes a partir de 1º de março de 2020. Em comunicado, a companhia sucroenergética informou que os atuais acionistas, Bernardo Biagi, presidente do conglomerado, e o vice-presidente, Lourenço Biagi, manterão “o atual modelo de governança e gestão” na atual safra e, em seguida, ocorrerá a separação.

A partir da safra 2020/21, quando ambas terão capacidade de moagem de 4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar cada, as usinas terão estrutura independentes. Bernardo Biagi ficará com o controle da Usina Batatais e Lourenço Biagi com a Usina Lins.

“Ambas estarão com estrutura financeira adequada e os investimentos para a expansão das operações, nas duas usinas, serão mantidos visando o crescimento sustentável das empresas”, informou a companhia.

O documento relata que o processo de cisão contará com equipe dedicada e terá o suporte de consultorias especializadas para que a separação ocorra “de forma consistente, sistêmica e tempestiva”.

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Fonte: Agência Estado/NovaCana

12. Brasil deve colher 688,6 milhões de toneladas de cana em 2019, diz IBGE

O Brasil deve colher 688,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em 2019, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 9. O volume representa um crescimento de 1,7% em relação ao previsto no mês de março.

Segundo o IBGE, o retorno das chuvas em algumas regiões tem proporcionado a recuperação dos canaviais, principalmente aqueles que serão colhidos no terço final da safra.

As principais alterações em abril ocorreram em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, que aumentaram suas produções em 15% e 3,1%, respectivamente. Ainda de acordo com o levantamento, o aumento da área plantada foi o principal motivo do crescimento da produção nessas unidades da federação.

Neste cenário, Minas Gerais passa a ser o segundo maior produtor de cana (11,3% do total produzido no País), seguido por Goiás (11,1%). São Paulo continua sendo o maior produtor nacional (51,8% da produção nacional).

A produção mineira (77,6 milhões de toneladas), ainda a se confirmar até o fim da safra, é um recorde para o Estado, que registrou uma maior expansão da cultura entre os anos de 2008 e 2012.

Em relação ao ano passado, a estimativa da produção apresenta crescimento de 2,1%, com aumento de 1,8% no rendimento médio. O clima favorável este ano e a adoção de novas técnicas, que protegem o solo e tendem a diminuir a falha de brotação, têm favorecido o desenvolvimento dos canaviais.

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Fonte: O Estado de S. Paulo/NovaCana

Grãos e Grandes Culturas

13. Clima colabora e safrinha de milho deve ser recorde

A antecipação do plantio de soja neste ciclo 2018/19 provocou perdas de produtividade nas lavouras da oleaginosa em diversos Estados do país, mas será responsável pela maior safrinha de milho da história. Isso porque praticamente 100% da área de inverno do cereal foi plantada dentro da "janela ideal" de semeadura - que vai até o fim de fevereiro -, o que garantiu bom rendimento.

Levantamento divulgado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirma o que já vinham sinalizando agricultores, analistas e consultorias: a safrinha será recorde. Conforme a estatal, o volume alcançará 69,1 milhões de toneladas, quase 30% maior que o do ciclo 2017/18, quando o clima foi desfavorável e provocou quebra em diversos polos produtivos, e volume superior ao recorde atual, de 2016/17 (67,4 milhões). Em relação à estimativa de abril, a de ontem apresenta aumento de 1 milhão de toneladas.

"As estrelas se alinharam e favoreceram a safrinha", brincou Guilherme Bellotti, analista sênior de agronegócio do Itaú BBA. Afora a janela ideal de plantio propiciada pela antecipação da semeadura de soja - que, geralmente, é a primeira cultura produzida na safra por agricultores que plantam milho safrinha -, o clima tem ajudado no desenvolvimento das lavouras.

"O clima acabou favorecendo bem. Não é à toa que temos visto sucessivas revisões de produção para cima", completou Bellotti. A própria Conab sinalizou que poderá efetuar novas correções para cima nos próximos meses.

Isso porque, conforme o diretor de política agrícola e informações da estatal, Guilherme Bastos, as condições de solo e umidade estão "muito boas".

Nesta semana, a consultoria AgRural já foi mais otimista que a Conab, ao projetar a segunda safra de milho em 73,5 milhões de toneladas em 2018/19, 6 milhões de toneladas acima da projeção que divulgou em abril.

Se os sucessivos aumentos das projeções dão ânimo aos produtores, por outro faz cair as cotações do milho no mercado interno. Segundo o indicador de preços do milho da Esalq/BM&FBovespa, a saca de 60 quilos do cereal recuou 15% neste ano no mercado doméstico e cerca de 20% no acumulado de 12 meses.

No mercado externo, o cenário também não é muito animador, com cotações em queda em Chicago, refletindo impasses nas negociações entre Estados Unidos e China e as boas estimativas de produção no Brasil e na Argentina. Somente neste ano, a commodity acumula queda de 4,9% na bolsa de Chicago. Em 12 meses, a desvalorização é de 9,7%.

Ontem, a Conab manteve a perspectiva de abril de exportação de 31 milhões de toneladas de milho da safra 2018/19. Apesar de representar um aumento de pouco mais de 6 milhões de toneladas sobre o ciclo 2017/18, ainda será insuficiente para balancear a oferta de 110 milhões de toneladas - 95,3 milhões de toneladas de produção total no ciclo e estoques iniciais de 14,2 milhões de toneladas. O consumo interno do cereal está projetado em 62,5 milhões de toneladas.

"O Brasil teria de exportar mais para segurar quedas nos preços do milho, mas o cenário não é favorável", ponderou o analista do Itaú BBA. De acordo com ele, a questão do tabelamento do frete segue pressionando o preço do milho direcionado ao mercado exportador.

Ele pontua que atualmente, se a tabela fosse aplicada, representaria um aumento de entre R$ 5 e R$ 6 em relação ao valor precificado pelo mercado na rota de Sorriso (MT) até o porto de Paranaguá (PR). "Mas a verdade é que não temos milho para exportar neste momento. O que sabemos é que há um compromisso de maior fiscalização do frete aplicado e isso deve pesar na formação do preço do milho", disse.

Enquanto os fundamentos de oferta e demanda pelo cereal são baixistas, o produtor pode ter esperanças no cenário cambial. O dólar comercial tem flertado com a cotação de R$ 4, refletindo questões macroeconômicos e políticas, especialmente, o andamento da reforma da Previdência, que está na Comissão Especial da Câmara dos Deputados.

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Fonte: Valor Econômico

14. Colheita total de grãos será farta

A partir das correções que efetuaram nas estimativas para a safrinha de milho, que deverá bater um novo recorde no país, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) elevaram também suas projeções para a colheita total de grãos no país neste ciclo 2018/19.

De acordo com a Conab, o volume somará 236,7 milhões de toneladas, 1,4 milhão a mais que o previsto em abril e volume 4% superior ao calculado para a temporada 2017/18. Se confirmada, a safra será a segunda maior da história, menor apenas que a de 2016/17 (237,7 milhões). Conforme o IBGE, a colheita chegará a 231,5 milhões de toneladas, 2,2% mais que no ano passado.

Apesar da robusta recuperação prevista para a produção total de milho após os problemas climáticos de 2018 - juntas, primeira e segunda safra deverão atingir 95,3 milhões de toneladas, 18% acima da temporada anterior, segundo a Conab -, a soja continua a encabeçar a oferta nacional de grãos. Segundo os novos números da estatal, serão 114,3 milhões de toneladas da oleaginosa em 2019/20, 4,2% menos que em 2018/19.

O "trio de ferro" do mercado brasileiro de grãos é completado pelo arroz, cuja produção deverá alcançar, segundo a Conab, 10,6 milhões de toneladas, com uma queda de 12,2% em relação ao volume colhido na temporada passada. Na planilha do IBGE, soja, milho e arroz, responderão por 92,8% da produção total de grãos neste ano, ou 87,3% da área a ser colhida.

No levantamento divulgado ontem, a Conab passou a estimar as exportações brasileiras de soja em grão em 68 milhões de toneladas na temporada 2019/20, 2 milhões a menos que em 2018/17 e menor volume desde o ciclo 2015/16. No caso do milho, prevê a estatal, serão 31 milhões, sem variação em igual comparação. O Brasil lidera os embarques globais de soja e é o segundo maior exportador de milho, atrás dos Estados Unidos.

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Fonte: Valor Econômico

15. Lucro líquido da SLC caiu 34% no 1º trimestre

A SLC Agrícola, uma das maiores produtoras de grãos e fibras do país, registrou lucro líquido de R$ 111,4 milhões no primeiro trimestre deste ano, 34,2% menos que no mesmo período de 2018.

Segundo relatório divulgado ontem, a queda refletiu a antecipação do reconhecimento de vendas de soja. Como o plantio foi antecipado no ciclo 2018/19 em relação ao ritmo observado na temporada 2017/18, parte das vendas foram reconhecidas em dezembro.

“Salientamos também que, desde a marcação realizada (em fim de março), houve incremento na produtividade da cultura, fazendo com que a variação do valor justo da soja ainda venha sofrer ajustes positivos no próximo trimestre”, apontou relatório.

A receita líquida do primeiro trimestre do ano ficou em R$ 618,8 milhões, alta de 46,2% na comparação com a receita de R$ 423,3 milhões do mesmo período do ano passado. Cerca de 70% do montante veio das vendas de soja (R$ 439,8 milhões), praticamente o dobro do total de janeiro a março de 2018. O algodão em pluma gerou R$ 185,2 milhões, alta de 1,4% na comparação.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 206,2 milhões no primeiro trimestre, queda de 27% ante os três primeiros meses de 2018.

O endividamento líquido subiu de R$ 943 milhões, no fim de 2018, para R$ 1,2 bilhão no encerramento de março deste ano, basicamente em função de maior necessidade de capital de giro devido ao aumento de área plantada, especialmente de algodão. A alavancagem — relação entre dívida líquida e Ebitda em 12 meses — ficou em 1,68 vez.

Em 23 de abril, a SLC informou ao mercado a emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). A companhia prevê captar R$ 350 milhões.

O vencimento dos títulos será em 14 de junho de 2022 e 14 de junho de 2023. A remuneração máxima será de 100,5% da taxa DI, com pagamento semestral de juros. E a amortização do principal ocorrerá em duas parcelas, sendo 50% no terceiro ano e 50% no quarto ano.

A coordenação é do Banco Bradesco BBI (líder) e BB Banco de Investimentos. A operação que visa o alongamento da dívida.

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Fonte: Valor Econômico

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