Conjuntura do Agronegócio

1. Índice da FGV de produção de agroindústrias caiu em abril

O Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) encerrou abril com variação negativa de 2,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, pressionado por uma redução da produção física do grupo de produtos alimentícios e bebidas (2,9%).

O indicador é calculado com base em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV.

Segundo levantamento recém-concluído, os produtos não-alimentícios fecharam abril em queda de 1,3% na comparação com o mesmo mês de 2018. Nesse grupo, o segmento têxtil é o mais importante, seguido por produtos florestais, insumos agropecuários, fumo, borracha e biocombustíveis.

No grupo de produtos alimentícios e bebidas, os primeiros registraram queda de 4,8%, mas as bebidas tiveram variação positiva de 5,1%. Os produtos alimentícios se dividem entre os de origem animal e vegetal, ao passo que as bebidas incluem alcoólicas e não-alcoólicas.

O FGV Agro lembra que, dado o peso dos setores de alimentos e bebidas na composição do PIMAgro, o comportamento do indicador costuma acompanhar a evolução da indústria em geral.

No primeiro quadrimestre, o PIMAgro registrou baixa de 1,6% na comparação com igual intervalo de 2018. Assim, o braço da FGV passou a esperar que a produção agroindustrial do país em 2019 varie de uma retração de 0,56% a um incremento de 3,41%.

"Contudo, para que as projeções fiquem mais robustas, é fundamental observar os números de maio, que serão divulgados no próximo mês, uma vez que o setor foi fortemente impactado, no ano passado, pela greve dos caminhoneiros", avalia o FGV Agro.

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Fonte: Valor Econômico

2. Produção agrícola puxará desmatamento global até 2020, diz Greenpeace

Relatório “Contagem Regressiva para a Extinção”, divulgado ontem pelo Greenpeace Internacional, indica que pelo menos 50 milhões de hectares de florestas, o equivalente a uma área quase do tamanho de Minas Gerais, terão sido destruídos em todo o mundo para a produção de commodities entre 2010 e 2020.

Segundo o relatório, desde 2010 a produção e o consumo de commodities agropecuárias como gado, soja, óleo de palma, borracha e cacau vêm aumentando, e cerca de 80% do desmatamento global é resultado direto desses avanços.

No Brasil, diz o relatório, o Cerrado perdeu 2,8 milhões de hectares de florestas naturais e 1,8 milhão de hectares de pastagens naturais entre 2010 e 2017.

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Fonte: Valor Econômico

3. Alemanha e Noruega se posicionam contra alteração do Fundo Amazônia

A Noruega e a Alemanha se colocaram contra a proposta do governo brasileiro de alterar o Fundo Amazônia. Os países se posicionaram por meio de uma carta enviada ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e ao ministro da Secretaria de Governo, general Santa Cruz.

Ambos os países defenderam a continuidade do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (BNDES) no Fundo Amazônico. Eles apontaram que nunca foram encontrados indícios de irregularidades nas auditorias dos contratos e afirmaram que “governos sozinhos não conseguem reduzir o desmatamento”. Os países dizem acreditar também na competência e independência do BNDES na gerência do fundo pois isso eleminaria qualquer conflito de interesse.

A carta foi assinada na quarta-feira passada (5/6), Dia Mundial do Meio Ambiente, quando houve um encontro da embaixada norueguesa e a alemã com Ricardo Salles visando discutir o assunto. Este documento é uma resposta à carta enviada no dia 30 de maio, pelo governo federal, formalizando a proposta de alteração do Fundo. Na ocasião, o ministro do Meio Ambiente disse que o governo só editará um novo decreto que altere o Fundo Amazônia quando existir um acordo entre “todas as partes”.O documento assinado pela Noruega e Alemanha, cujas doações ao Fundo somam 99%, rejeita as propostas apresentadas pelo governo brasileiro para mudar a estrutura do comitê organizador de destinar parte dos recursos para indenizar proprietários rurais situados em unidades de conservação.

O Fundo Amazônia foi criado em 2008 para receber doações para a conservação da floresta. O gerenciamento é do BNDES, que mantém projetos focados na redução de emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e da degradação florestal. O Fundo tem contratos com ONGs e entes governamentais.

Em maio deste ano, a chefe do departamento responsável pelo Fundo Amazônia no BNDES, Daniela Baccas, foi afastada pelo ministro Ricardo Salles. Sem apresentar dados, Salles afirmou que o Ministério do Meio Ambiente havia encontrado indícios de irregularidades e "inconsistências" em contratos que recebem apoio do fundo.

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Fonte: Revista Globo Rural

Insumos

4. Momento favorece transição para crédito rural a juros livres

O fim da era do crédito rural subsidiado está próximo. Disso, ninguém mais tem dúvidas. O que ainda não está claro é como será a continuidade da transição para os financiamentos a juros de mercado. Às vésperas do anúncio do Plano Safra 2019/20, executivos do setor bancário avaliam que este é o melhor momento para o corte de juros subsidiados.

“Temos condições hoje com essa taxa [Selic] e inflação baixa de financiar o agronegócio sem essa necessidade tão grande que tivemos no passado de subsídio. Isso é uma oportunidade para os bancos privados”, disse Carlos Aguiar, diretor de agronegócio do Santander, durante evento promovido pela Syngenta em Campinas (SP).

Atualmente, a taxa básica de juros (Selic) está em 6,5% ao ano, a mais baixa da série histórica, e o IPCA — principal índice que mede a inflação do país - ficou em 2,22% no acumulado do ano até o maio.

“Nunca tivemos uma taxa Selic a 6,5%, e ela pode baixar ainda mais”, disse. “É saudável a gente ter taxas de juros baixas e o crédito ficar um pouquinho acima da taxa, se houver necessidade”, completou o executivo.

De acordo com Aguiar, este é o melhor momento macroeconômico para fazer a transição das taxas subsidiadas. “Essa é a oportunidade que nós vemos de entrar no setor com força e fazer diferente do que foi feito até hoje — e com taxas finalmente em níveis aceitáveis para a produção agrícola”.

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Fonte: Valor Econômico

5. Mapa quer estimular agricultura digital para aumentar produtividade no campo

Utilizar a precisão da agricultura digital para uniformizar o padrão de produtividade no Brasil, tendo como referência as culturas de soja, milho e algodão é a meta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “A agricultura digital é a grande revolução daqui para a frente. Estamos em um limiar de processo de mudança de paradigma da agricultura e pecuária”, afirmou o secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Fernando Silveira Camargo, dedurante o Fórum Regional de Inovação Agropecuária, promovido pela ministério em nesta terça-feira (11/6) em Carambeí (PR).

O fórum antecedeu a abertura da Digital Agro, feira promovida pela Frísia Cooperativa Agroindustrial em parceria com a Fundação ABC, que será realizada nesta quarta e quinta-feira no Parque Histórico de Carambeí com expositores e programação voltada a debater soluções digitais integradas para o campo.

Essa foi a primeira edição do fórum, que deve acontecer em todas as regiões do país com o objetivo de mapear demandas e compor uma pauta para a promoção de um evento nacional em 2020.

Entre os desafios apontados por Camargo para a agricultura digital estão a desburocratização e o fomento a startups e a projetos que possam contribuir para o fortalecimento do ecossistema necessário para a inovação.

Na visão de Filipe Cassapo, gerente de Inovação do Sistema Fiep-PR, entre as diretrizes para desenvolver o ambiente regional de inovação é preciso simplificar as regras para o empreendedor iniciante e estimular a parceria público-privada. “O governo precisa capitalizar fundos de investimentos”, acrescentou, durante um dos painéis.

Já o diretor de Operações do Sebrae-PR, Júlio Cezar Agostini, acredita que é necessário investir em conhecimento aplicado, por meio da implantação de centros de pesquisa com padrão internacional.

O evento contou com três painéis voltados ao tema e reuniu representantes de universidades, cooperativas, iniciativa privada e setor público.

Demandas

Uma série de demandas em inovação foram apontadas durante o evento, entre elas a necessidade de acesso a informações, gestão financeira, orientação e consultoria para aumento de produtividade. Além disso, a conectividade e a expansão da rede de internet no campo e a criação de soluções adequadas ao público-alvo. “A ideia deve ser simples e aplicável para poder ser assimilada pelo produtor rural”, enfatizou Emerson Moura, CEO da Frísia Cooperativa Agroindustrial, que também defendeu a abertura de linhas de crédito específicas para a inovação do setor.

Segundo o secretário Fernando Camargo, não dá para falar em investimentos para a área sem a aprovação da Reforma da Previdência. "O Brasil quebrou. Neste momento, a gente tem que ter engenho e arte para fazer essas coisas. Não existe dinheiro para um grande investimento em inovação. Primeiro, temos que fazer o dever de casa e resolver o problema fiscal do país”, considerou.

A próxima edição do Fórum de Inovação Agropecuária deve acontecer em Natal (RN). "Cada evento como esse nos dará ideias e obrigações, teremos subsídios e impressões vindos de regiões completamente diferentes do Brasil”, frisou Camargo.

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Fonte: Revista Globo Rural

6. Lei Kandir: FPA quer recursos do pré-sal para compensar isenções

A Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) acredita ter encontrado uma forma de compensar as isenções dadas ao agronegócio por meio da Lei Kandir. Criada em 1996, a legislação desonera de ICMS os produtos primários e semielaborados que são exportados — a União deixa de arrecadar R$ 40 bilhões ao ano com a renúncia.

“Estamos trabalhando com a equipe econômica do governo para que esse recurso venha do pré-sal — a camada de rochas com matéria orgânica acumulada, que, ao longo dos anos, transforma-se em petróleo. Se não todo o montante, ao menos 40%, que chega próximo a R$ 16 bilhões”, conta o deputado federal Neri Geller (PP-MT). O projeto de lei complementar 511 de 2018 prevê que 25% dos recursos levantados sejam destinados aos municípios e 75%, aos estados.

Parlamentares têm se articulado após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar que o Congresso deve votar, até fevereiro do ano de 2020, uma lei para regulamentar os repasses. A Corte foi acionada por governadores e prefeitos, que alegam precisar da fonte de arrecadação devido à crise econômica.

O presidente da FPA, deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), defende que as exportações não podem ser taxadas, pois isso tiraria a competitividade no mercado internacional. “A análise é muito bem feita, tem dados todos disponíveis”, diz.

Para o economista Newton Marques, o governo sinaliza que ainda pode acabar com as desonerações. “A médio prazo, ele não terá outra solução. Caso contrário, será um problema para a economia no ano que vem”, afirma. “É como se dissessem assim: ‘Olha, o setor terá que se virar, deixar as regras de mercado funcionarem’. Essa é a mensagem do governo liberal”, completa.

Segundo Marques, 2019 está “praticamente perdido”. “Não vai ter crescimento do PIB este ano. Sem isso, não há crescimento da receita. É um problema muito sério! Se o governo não começar logo a tentar desamarrar aquilo que está amarrado e não ficar só apostando na reforma da Previdência, vai ser a maior frustração”, finaliza. Na opinião do especialista, é preciso aquecer a economia.

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Fonte: Canal Rural

Proteína Animal

7. Uma fusão das mais complexas

Enquanto os conselheiros da BRF discutem se é um bom negócio fundir as operações da empresa com as da Marfrig - operação que criaria a quarta maior empresa de proteínas do mundo, com faturamento de R$ 80 bilhões-, Pedro Parente, CEO e presidente do conselho da dona das marcas Sadia e Perdigão, evita dar detalhes sobre o andamento das discussões. Em evento em Campinas (SP), Parente se limitou a dizer que tem a aprovação do conselho de administração para que a transação continue a ser avaliada.

"Foi aprovado pelo conselho que os estudos para a fusão continuem. Não tenho condição de falar se é uma transação que tem pouca ou muita chance de acontecer", disse. Segundo ele, há muitas "complexidades" que precisam ser avaliadas. "Estamos avaliando, mas se tem chances ou não de fechar essa transação é muito complicado de dizer". Questionado sobre quais seriam essas complexidades, o executivo afirmou que é necessário confirmar a visão de que a fusão seria adequada estrategicamente.

"São duas empresas muito grandes. Embora ambas sejam de proteína animal, têm diferenças importantes na cadeia. Têm mercados diferentes que são objetos da ação comercial com essas empresas, que constituem essa complexidade", disse. "Precisa confirmar a visão de que há uma relevância estratégica para fazer essa transação. A única coisa que aconteceu foi que o conselho concedeu aval para a continuidade desses estudos".

Conforme informou o Valor, ao menos quatro conselheiros da BRF já levantaram suas ressalvas sobre o melhor caminho para a companhia ser uma fusão com a Marfrig. Conforme três fontes, os indicados pelos fundos de pensão Petros e Previ - Francisco Petros e Walter Malieni, respectivamente -, além de Luiz Fernando Furlan estariam reticentes. O ex-ministro Roberto Rodrigues, por sua vez, teria feito algumas ressalvas sobre a união. Nenhum deles, no entanto, teria "posição final e imutável", apurou a reportagem.

Sobre outras transações que estão sendo consideradas, Parente reforçou que a BRF continua trabalhando no desenvolvimento de parcerias com mercados de carne halal. "Especialmente na Arábia Saudita e Turquia. É um trabalho permanente de prospecção. Sempre estamos avaliando isso. Em algum momento, essas coisas amadurecem e nós anunciamos, mas não estamos parados", disse a jornalistas.

Fazendo um balanço das operações da BRF - maior exportadora de frango do mundo e a segunda maior produtora -, Pedro Parente destacou as dificuldades com que iniciou na companhia no ano passado. "Compramos 15% do milho do Brasil e uma parcela importante de farelo de soja. O ano de 2018 foi um ano difícil para a companhia. Terminamos o ano perdendo de quatro ou cinco a zero", disse.

Segundo ele, dentre as dificuldades houve a desabilitação de plantas para exportação da BRF, fechamento de mercado russo para as exportações de suínos em 2017, paralisação dos caminhoneiros e aumento de custos de grãos. "Somente nos grãos, tivemos custos 35% superiores em 2018 em relação ao ano anterior". Afora problemas de mercado, o executivo citou como complicador a Operação Trapaça, fase da Carne Fraca que atingiu em cheio os executivos da BRF.

"Me perguntam se a situação estava mais complicada na Petrobras ou na BRF. As duas situações estavam complexas, mas especialmente complexa na BRF porque operamos com cadeia longa. Mais de um ano para frangos e, para suínos, três ou mais", disse. O executivo assumiu a presidência da Petrobras em 2016, no auge da crise da companhia.

"Internamente, nos reorganizamos, contratamos só craques na BRF. Fizemos nosso planejamento estratégico e 2019 está começando melhor. Acho que a gente vai empatar o jogo e acho que a gente vai ganhar o jogo", afirmou. De acordo com o executivo, uma das melhores perspectivas que se abrem no mercado é a peste suína africana na China.

"Mas é muito difícil fazer uma avaliação quantitativa de como isso será benéfico. Vamos aproveitar toda a capacidade instalada para atender essa demanda, mas não há transparência enquanto a China foi atingida por esse problema e como o governo vai enfrentá-lo", ponderou Parente.

Na guerra comercial entre Estados Unidos e China, aumentam as oportunidades de o Brasil negociar com a China, acredita Parente. "Evidente, existe a complementaridade entre China e Brasil. Temos sorte de não estarmos no meio da confusão geopolítica entre China e EUA. É importante para estabelecermos ligações de longo prazo para suprir o mundo", afirmou.

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Fonte: Valor Econômico

8. Minerva dará férias coletivas temporárias a funcionários de Barretos

A Minerva Foods anunciou que concederá férias coletivas aos funcionários da unidade de Barretos (SP) entre os dias 17 e 30 de junho. Segundo a companhia, o objetivo é realizar manutenção preventiva nas instalações.

A iniciativa acontece em um momento em que seguem suspensas as exportações de carne bovina para a China após um caso atípico de vaca louca atípica em Mato Grosso.

Porém, a empresa afirmou, como já divulgado anteriormente, que as vendas para a China serão atendidas pela sua subsidiária Athena Foods, no Paraguai ou na Argentina.

"As encomendas de carne bovina para a China poderão ser redirecionadas para a sua subsidiária Athena Foods, que tem capacidade 6,7 vezes maior para atender as demandas do país asiático, por meio de três plantas de abate no Uruguai, têm capacidade total de 3.200 cabeças por dia, além da planta de Rosário [na Argentina], que possui capacidade diária de abater 2.400 cabeças", disse a Minerva, em nota.

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Fonte: Valor Econômico

9. Executivos veem oportunidade para Brasil com peste suína na China

É inegável para o mercado de carnes no Brasil que o surto de peste suína africana na China cria uma grande oportunidade para as exportações brasileiras de proteínas, mas a dúvida de executivos do segmento é como o país vai tirar proveito dessa situação.

"Conseguiremos fornecer e estabelecer relações de longo prazo com os chineses? É uma oportunidade única para que o Brasil se torne fornecedor de longo prazo. Se não fizermos parcerias, podemos perder mercado”, disse Paul Fribourg, CEO e presidente do conselho da trading Continental Grain Company (CGC), durante evento promovido pela Syngenta em Campinas (SP).

Essa oportunidade também é questionada devido à pouca confiabilidade dos dados chineses. Não está claro o quanto existe de perda real do plantel de suínos do gigante asiático, nem quanto tem recuado o consumo interno, ponderaram executivos.

“Mas o ponto importante é que hoje a carne suína é um problema muito grave na China. Estimativas conservadoras apontam que 25% dos suínos do país vão morrer. Eles não têm sido autossuficientes em alimento nos últimos 30 anos e é um problema para eles, mas é uma oportunidade para o Brasil, EUA, Argentina e Austrália", lembrou Fribourg.

Nesse contexto, os Estados Unidos perdem na competitividade em decorrência da guerra comercial estabelecida entre Pequim e Washington.

“Temos sorte de não estarmos no meio da confusão geopolítica entre China e Estado Unidos. É importante para estabelecermos ligações de longo prazo para suprir o mundo”, afirmou Pedro Parente, CEO e presidente do conselho da BRF — maior exportadora de carne de frango do mundo.

“É fundamental que a gente tenha um país altivo. Ter bom governo, boas regras que regulem a propriedade. Dessa forma, vamos tirar proveito dessa situação e tirar mais proveito da situação em que se meteram EUA e China. Eu acho que será extremamente benéfico no longo prazo”, completou Parente.

Para Erik Fyrwald, CEO da Syngenta — empresa de origem suíça controlada pela ChemChina —, a China procura hoje relações sólidas para garantir a segurança alimentar do país. Hoje, a China tem 13% da população mundial e 7% da terra agricultável em seu território.

“Somos uma empresa chinesa. A China nos comprou para ter a certeza de que nós vamos trazer a tecnologia necessária para que produtores ao redor do mundo possam produzir alimentos para todo mundo, inclusive, para os chineses. E o Brasil tem o potencial para a produção agrícola. Queremos ter a certeza de que vamos construir uma ponte forte entre o Brasil e a China e a Europa. E o Brasil tem uma capacidade tão grande”, avaliou Fyrwald.

Fribourg ponderou, contudo, que os negócios são feitos à base de confiança. “Negócios são feitos à base de confiança, e os americanos estão ferindo essa confiança”, lembrou o executivo.

Durante debate em evento, os CEOs destacaram que é importante lembrar que a China não tem capacidade para alimentar toda a população que segue em crescimento. “Lá falta água e terra para plantio. A China vai ser obrigada a importar mais comida e podemos mostrar que o Brasil é um país em que se pode confiar para isso. Eles precisam de nós assim como nós precisamos deles”, disse Fribourg.

“Temos a opção de investir em qualquer país no mundo e fizemos investimentos no Brasil, na Bunge, na cadeia de leite no Brasil, entre outros. Temos a oportunidade de criar uma grande rede de agronegócios no mundo. E vamos por mais dinheiro no Brasil”, continuou, ressaltando que os investimentos aconteceram apesar dos problemas econômicos enfrentados no país. “Investimos no Brasil mais que em qualquer lugar do mundo”, acrescentou.

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Fonte: Valor Econômico

Agroenergia

10. Volume de etanol vendido pelas usinas do Centro-Sul do país bate novo recorde

As usinas do Centro-Sul venderam em maio uma quantidade recorde de etanol ao mercado interno, superando até os níveis já elevados da safra passada (2018/19) diante da forte demanda doméstica e da menor competição com importações.

Somando o etanol hidratado (que compete com a gasolina) e o anidro (misturado ao combustível fóssil), foram vendidos 2,9 bilhões de litros, 51% a mais do que no mesmo mês do ano passado, segundo a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica). Apenas as vendas de hidratado no mercado interno alcançaram 2,1 bilhões de litros.

Conforme Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica, houve um aumento das vendas para a recomposição dos estoques das distribuidoras e também do etanolduto que capta biocombustível em Uberaba, Ribeirão Preto e Paulínia e o distribui a importantes centros, como a região metropolitana de São Paulo e Campinas.

De acordo com dados do site da Logum, consórcio que administra os dutos, o sistema recebeu 279,4 milhões de litros de etanol em maio, quase o dobro (95%) do recebido no mesmo mês do ano passado. No acumulado da safra 2019/20 (desde abril), o volume recebido pelos dutos foi 55,6% maior do que um ano atrás, somando 401,1 milhões de litros.

Também houve mais vendas ao Nordeste e ao Norte - regiões que estão em entressafra -, em um espaço deixado pele recuo da importação de etanol. Desde que começou a safra do Centro-Sul, em abril, o país reduziu em 17% o volume de etanol importado (que costuma ir majoritariamente para os mercados nortista e nordestino), apesar de um crescimento em maio, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia.

O aumento das vendas ocorre em meio a preços mais altos do etanol, dada a alta demanda. Desde o início da safra, o valor médio do indicador Cepea/Esalq para o hidratado em São Paulo está 9,7% maior do que um ano antes, em R$ 1,73 o litro.

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Fonte: Valor Econômico

11. Moagem de cana sobe 35% na 2ª quinzena de maio, diz Unica

As usinas sucroalcooleiras do Centro-Sul aumentaram sua produção na segunda quinzena de maio desta safra (2019/20) em relação ao mesmo período da temporada passada, época em que a greve dos caminhoneiros prejudicou então as atividades. Segundo a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica), a moagem de cana alcançou 44,01 milhões de toneladas na última quinzena, um aumento de 34,9% na comparação anual.

De acordo com nota da entidade, o índice de produtividade da cana nas lavouras em todo o mês de maio foi superior ao de maio do ano passado. De acordo com levantamento do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) com 75 empresas, a produtividade do mês ficou em 88,81 toneladas por hectare, 5,58% a mais do que um ano antes.

Por outro lado, a concentração de sacarose na cana foi menor na quinzena. O índice de açúcares totais recuperáveis (ATR) ficou em 125,49 quilos por tonelada de cana processada, queda de 5,92%.

Ainda assim, a produção de açúcar da quinzena cresceu 38,5%, para 1,86 milhão de toneladas. Esse crescimento foi favorecido pelo maior volume de matéria-prima, mas também pela tendência mais açcuareira da última quinzena, quando 35,43% do caldo da cana processada foi direcionada à produção do adoçante, ante 32,45% um ano atrás.

A produção de etanol também foi maior. A fabricação de anidro subiu 32,2%, para 723 milhões de litros, e a de hidratado aumentou 17,5%, a 1,42 bilhão de litros.

Apesar do melhor desempenho na segunda quinzena de maio, os resultados da produção desde o início da temporada ainda são menores do que os do mesmo o período da safra 2018/19.

A moagem do acumulado desta temporada está em 128,4 milhões de toneladas, queda de 5% em relação ao mesmo perídodo do ciclo 2018/19. A produção de açúcar está 12% abaixo, acumulando agora 4,84 milhões de toneladas, enquanto a produção de etanol anidro está 6,1% menor, em 1,68 bilhão de litros, e a de etanol hidratado, 6,5% inferior, em 4,5 bilhões de litros.

A concentração de sacarose (ATR) do acumulado da safra está 4,1% menor, em 118,52 quilos por tonelada de cana. A produtividade nas lavouras, por sua vez, está apenas 3% melhor, alcançando 84,28 toneladas por hectare.

“Apesar do crescimento observado na produtividade acumulada, a maior retração na qualidade da matéria-prima ainda leva a uma redução próxima a 1,3% ou 120 quilos de ATR por hectare colhido até 1 de junho”, afirmou Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica em relatório.

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Fonte: Valor Econômico

12. ANP credencia mais uma firma inspetora no RenovaBio

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou ontem (11), no Diário Oficial da União, o credenciamento da Fundação Carlos Alberto Vanzolini para a certificação da produção eficiente de biocombustíveis, nos termos da Resolução ANP nº 758/2018. Com a aprovação, já são quatro as firmas inspetoras credenciadas no RenovaBio.

O Instituto Totum de Desenvolvimento e Gestão Empresarial Ltda., a SGS ICS Certificadora Ltda. e a Green Domus Desenvolvimento Sustentável Ltda. também já estavam aptas a atender demandas de certificação de produtores e importadores de biocombustíveis.

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Fonte: ANP/NovaCana

Grãos e Grandes Culturas

13. Conab eleva estimativa para produção de grãos no país em 2018/19

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua estimativa para a produção brasileira de grãos e fibras na safra 2018/19 para 238,9 milhões de toneladas. ante as 236,7 milhões previstas em maio. Se confirmado, o volume será o segundo maior da história, 4,9% maior que o ciclo 2017/18.

A estimativa de área de plantio também foi elevada pela estatal em 0,1%, para 62,91 milhões de hectares; 1,9% mais que na última temporada. Com o clima favorável nas principais regiões produtoras, a Conab ajustou para cima seu cálculo para a produtividade média das lavouras. A estimativa passou a ser de 3.797 quilos por hectare, ante a média de 3.768 estimada no mês passado e os 3.689 quilos por hectare de 2017/18.

A soja continuará a puxar a colheita brasileira, com 114,8 milhões de toneladas em 2018/19, 0,5% mais que o estimado do mês passado mas volume ainda 3,7% inferior ao recorde registrado em 2017/18.

Já a produção de milho agora é prevista em 97,01 milhões de toneladas, sendo 26,33 milhões no verão (queda de 1,8% ante 2017/18) e 70,68 milhões no inverno (alta de 31,1% na comparação com a safrinha passada, que teve forte quebra).

No caso do trigo, a área cultivada deverá mesmo ficar em 1,97 milhão de hectares, como calculado no mês passado, o que representa uma queda de 3,4% ante 2017/18.

Mas mesmo com essa queda a produção brasileira do cereal tende a crescer na comparação entre safras devido ao aumento de rendimento. Para a Conab, a produtividade média ficará em 2.774 quilos por hectare, 0,2% mais que o previsto no mês passado e 4,4% maior que em 2017/18.

Com isso, a produção nacional de trigo foi prevista em 5,47 milhões de toneladas, o mesmo que o calculado mês passado e 0,9% superior à colheita do ciclo 2017/18.

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Fonte: Valor Econômico

14. IBGE eleva em 1,4% sua estimativa para colheita de grãos em 2019

Como a Conab, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou para cima sua estimativa para a colheita brasileira de grãos este amp, basicamente por causa de um ajuste para cima na produção da segunda safra de milho.

Segundo levantamento divulgado hoje, a produção deverá totalizar 234,7 milhões de toneladas, 3,2 milhões a mais do que o estimado no mês passado (1,4%) e volume 3,6% superior ao de 2018.

A segunda safra de milho de 2019 foi estimada 68,2 milhões de toneladas, 2,4 milhões mais que a projeção divulgada em maio Se confirmada a previsão, a safrinha será 22,6% maior que a do ano passado e baterá um novo recorde histórico.

O gerente da pesquisa do IBGE, Carlos Antônio Barradas, diz que o aumento na produção se deve a uma série de fatores. “O ano agrícola começou mais cedo. As chuvas previstas para outubro caíram na segunda quinzena de setembro, antecipando o plantio da soja. Isso expandiu a janela de plantio do milho, que por sua vez pegou um clima favorável por mais tempo. E o aumento nos preços na época do plantio completou o quadro positivo”, avaliou.

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Fonte: Valor Econômico

15. Abiove eleva estimativas para produção e exportação de soja no Brasil

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) elevou sua estimativa para a produção de soja no Brasil em 2019 em 1 milhão de toneladas, para 117,6 milhões de toneladas, ante o recorde de 123 milhões de toneladas colhido no ano passado.

Os dados foram atualizados hoje em evento comemorativo dos 38 anos da entidade, em São Paulo. "Havia uma incerteza grande em relação ao clima, mas agora ficou mais claro como será a safra", afirmou André Nassar, presidente-executivo da Abiove.

Segundo a entidade, o processamento do grão deverá alcançar 43,2 milhões de toneladas este ano, ante 43,5 milhões de toneladas em 2018. Para as exportações, a estimativa passou a ser de 68,1 milhões de toneladas, bem abaixo das 83,6 milhões de toneladas do ano passado.

O volume de embarques estimado pela Abiove é superior às 62 milhões de toneladas projetadas pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). A expectativa anterior era de 65 milhões de toneladas.

"Soja para nós é China, e os chineses estão comprando da mão pra boca em razão da peste suína africana. Então ficamos sem perspectiva para estimar o quanto isso pode crescer", afirmou Sérgio Mendes, diretor geral da Anec.

Para o milho, a expectativa da Anec é de embarques de 31 milhões de toneladas. "A alegria do milho é que ele não depende da China. Mandamos apenas 1 navio para lá por ano." Há, para ele, uma perspectiva de que esse volume aumente em razão das dificuldades de plantio nos Estados Unidos.

Segundo Mendes, os exportadores do grão seguem atuando apesar do tabelamento de fretes, que encarece os custos de transportes. "Se o tabelamento for mantido como está você acaba com milho."

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Fonte: Valor Econômico

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