Conjuntura do Agronegócio

1. Falta regulação nos sistemas alimentares, diz diretor-geral da FAO

É aí que o carro está patinando". Essas são as palavras do engenheiro agrônomo José Graziano, o primeiro brasileiro a dirigir a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a FAO, ao tratar da regulamentação dos sistemas alimentares ao redor do mundo. Para Graziano, que chega ao fim do segundo mandato em julho deste ano, a obesidade é hoje um problema de má nutrição até mais grave do que a fome em alguns países.

"O Brasil é um dos países onde a obesidade vem crescendo mais rapidamente, sobretudo entre crianças e mulheres. Uma geração de obesos será uma geração de pessoas doentes, o que vai comprometer não só o sistema público de atenção à saúde, mas também a vida dessas futuras gerações", disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo na qual faz um balanço de seu mandato e aponta os desafios da instituição.

Para Graziano, a interferência do poder público na alimentação é necessária para que os consumidores entendam o que estão comendo e para que haja prevenção do aumento da obesidade. Hoje, há 33 milhões de obesos no Brasil e 670 milhões no mundo. "Dietas saudáveis carecem de mecanismos legais de promoção, seja pela rotulagem e taxação de produtos ricos em açúcares, sal e óleos saturados, seja pela coibição de propagandas de alimentos não saudáveis destinadas a crianças", avalia. Abaixo, os principais trechos da entrevista.

A segurança alimentar está na agenda internacional de maneira satisfatória? E no Brasil?

A segurança alimentar tem crescido muito na agenda internacional. Não por acaso, o objetivo número 2 do desenvolvimento sustentável da agenda 2030 trata da erradicação da fome e de todas as formas de má nutrição. Ao longo desses sete anos, conseguimos apontar a todos os países, inclusive aos mais pobres, de que há um caminho, há uma direção para se erradicar a fome: com políticas públicas, com regulamentação e com exercício de direitos adquiridos.

No entanto, essa realidade não se verifica quando falamos de obesidade, o que sem dúvida é o grande mal desse século XXI. Estamos falando de milhares de mortes associadas à hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes. E com um custo exorbitante para os sistemas nacionais de saúde. Podemos fazer muito mais para regular os nossos sistemas alimentares. Está faltando regulação. E é aí que o carro está patinando.

Há muitos avanços tecnológicos em curso na produção, consumo e a distribuição de alimentos e, do lado da regulamentação, da presença do poder público, isso está muito atrasado. Há quem continue achando que o problema da alimentação é um problema apenas das famílias, mais especificamente das mães, que preparam a comida. Não é.

As pessoas hoje não sabem o que comem, não sabem o que cozinham. E isso precisa ter uma interferência do poder público na sua regulamentação, para dar aos consumidores melhores condições de saber o que comem.

Como avalia que as dietas atuais contribuam para esse problema? O que fazer para mudar?

A obesidade é, atualmente, um problema ainda mais preocupante do que a fome. Trata-se de um trabalho de prevenção. Além dos exercícios, temos de criar sistemas alimentares sustentáveis que promovam dietas mais saudáveis. Isso significa valorizar o consumo de produtos locais e naturais e a prevenção do consumo de produtos ultraprocessados.

Esse tipo de produto, como a salsicha, é daquele que não se consegue identificar o que tem dentro, e por isso não se sabe quanto açúcar, sal e gordura se está consumindo. A dieta mediterrânea e a dieta japonesa, que valorizam muito os peixes, as verduras e os legumes, são duas boas referências de cardápios saudáveis com as quais temos trabalhado.

O sr. costuma dizer que não se pode tratar alimentos apenas como "commodities financeiras". Como difundir esse entendimento?

Recentemente, estive em um evento no Brasil e afirmei que a tendência mundial não é o crescimento apenas das commodities. Há um espaço consideravelmente grande, cada vez maior, para as "não-commodities": são os produtos locais, que não estão disponíveis no mercado internacional tradicional.

E são produtos diferenciados, na maioria das vezes mais nutritivos e produzidos de maneira mais sustentável, por agricultores familiares. Hoje, a alimentação não é mais baseada unicamente em commodities, apesar de a maior parte dos alimentos que nós consumimos (trigo, milho, soja e arroz) serem commodities. Há uma tendência crescente do consumo de frutas, verduras e carnes.

Muitas destas não são commodities. Isso abre um espaço muito importante para a diversificação das dietas, e é uma aposta importante, principalmente se queremos promover uma dieta de qualidade nutritiva.

Quais principais desafios a nova gestão da FAO deve enfrentar?

Diria que o impacto das mudanças climáticas e dos conflitos na segurança alimentar dos países em desenvolvimento. Nos conflitos, a FAO tem um papel relativamente limitado, que é assistir as populações afetadas e acompanhar sistematicamente os resultados obtidos. Nós já temos evidências suficientes para afirmar que quando aumentam os conflitos, aumenta a insegurança alimentar.

Sabe-se que há produção de alimentos suficiente para alimentar todo o planeta. Qual o caminho para levar alimentos àqueles que não conseguem obtê-los hoje em dia?

Temos feito um esforço de programa de ajuda alimentar aos países em conflito junto com o PMA, com foco a áreas específicas. Um dos programas mais bem-sucedidos da FAO, por exemplo, é o programa de alimentação escolar com compras locais da agricultura familiar. É uma maneira criativa de promover circuitos locais de produção e consumo de produtos frescos, como frutas e verduras, além de levar o alimento de maior qualidade, mais nutritivo. É muito mais barato e impulsiona as economias locais.

Como a FAO e outras entidades podem trabalhar para pacificar esses ambientes?

A FAO não tem mandato para atuar na pacificação de conflitos. Mas temos trabalhado diuturnamente para ajudar as populações afetadas. A FAO nunca saiu da Síria. Aliás, a FAO nunca saiu de nenhum país em conflito. Esse é um dos maiores orgulhos que tenho de nosso trabalho. Nós continuamos produzindo na Síria hoje, em pleno conflito, 50% do que se produzia antes do conflito. Imagine a importância disso? Metade do alimento hoje consumido na Síria é produzido em regiões de conflito. Isso minimiza consideravelmente o alto custo da ajuda alimentar externa.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Revista Globo Rural

2. Bolsonaro diz que relação com a China vai melhorar

Em encontro com o embaixador da China, Yang Wanming, o presidente da República, Jair Bolsonaro, aceitou convite para fazer uma visita oficial ao país, principal parceiro comercial do Brasil, ainda este ano. Bolsonaro também falou ao embaixador que quer manter o "melhor relacionamento possível" com a China. A conversa ocorreu durante cerimônia de entrega de credenciais a embaixadores na manhã desta sexta-feira (8/3), no Palácio do Planalto. Após o encontro, o presidente disse à imprensa que a relação entre Brasil e China "vai melhorar com toda a certeza". "Queremos nos aproximar do mundo todo, ampliar nossos negócios, abrir novas fronteiras e assim será o nosso governo. Essa foi a diretriz dada a todos os nossos ministros", declarou Bolsonaro em coletiva de imprensa.

O presidente afirmou que possui muitas viagens marcadas no primeiro semestre e que, "talvez", a viagem à China ocorra apenas no segundo semestre. O presidente já possui visitas programadas aos Estado Unidos, Chile e Israel. Outras viagens ainda não foram confirmadas.O embaixador da China disse que saiu "muito satisfeito" do encontro com Bolsonaro e que sentiu que há intenção de ampliar as relações entre os países por parte de todos os integrantes da cúpula do governo.

Ele reforçou que o Brasil é o principal parceiro comercial do seu país e que, com as mudanças políticas, iniciará agora uma nova etapa de relação bilateral. Em outubro, ainda como candidato, Bolsonaro queixou-se de que a China "não está comprando no Brasil, ela está comprando o Brasil".

Em novembro, após o pleito, a China fez um alerta a Bolsonaro sobre os riscos econômicos do Brasil seguir a linha do presidente Donald Trump e romper acordos comerciais com Pequim. Em editorial publicado pelo jornal estatal China Daily, Bolsonaro foi descrito como "menos que amigável" em relação à China durante a campanha e foi advertido sobre o custo do eleito querer ser um "Trump tropical".

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Fonte: Estadão Conteúdo/Revista Globo Rural

3. Mulheres tomam à frente nas fazendas e grandes empresas do agro

O número de mulheres à frente de estabelecimentos rurais cresceu seis pontos percentuais entre 2006 e 2017. O último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que elas comandam 18,6% das fazendas — quase 950 mil mulheres.

A pesquisa revela que a maioria delas têm mais de 45 anos e grande parte nunca estudou. Cerca de 190 mil cursaram até o ensino fundamental, 50 mil frequentaram o ensino superior e apenas duas mil têm mestrado ou doutorado.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural tenta melhorar essas estatísticas com cursos voltados ao público feminino. Segundo a coordenadora de Formação e Promoção Social da entidade, Deimiluce Coaracy, é histórico o problema na questão de gênero. “Elas engravidam muito cedo e, geralmente, saem muito precocemente da escola. Isso impacta na vida adulta”, afirma.

Deimiluce conta que o desafio é atingir essa classe que ainda não tem escolaridade. “Promovê-la socialmente precisa ser o foco da nossa instituição. Podemos mostrar que, nas atividades rurais, elas podem ser empreendedoras”, diz.

Mais de seis mil mulheres foram especializadas pelo Senar em 2018. De acordo com a coordenadora, cerca de 47% do público da instituição é feminino. “Elas têm se interessado em atividades que antigamente eram extremamente masculinas, como a mecanização agrícola”, declara.

A coordenadora do curso de agronomia da UPIS Faculdades Integradas, Janine Camargo, conta que a primeira turma tinha apenas 10 alunas. Hoje, são maioria na sala e no mercado de trabalho também.

“Elas têm conquistado espaço em grandes empresas do setor agro em geral. Quando ganham espaço, ficam e crescem rapidamente, alcançando postos de maior importância”, afirma Janine. Segundo ela, áreas como controle de qualidade dão inclusive preferência para mulheres, pois são mais detalhistas.

As mulheres também estão tomando o protagonismo na área de pesquisas. No quadro de funcionários da Embrapa, elas são mais de 2,8 mil, sendo que 330 ocupam cargos de chefia. Quase 900 profissionais têm doutorado ou pós-doutorado. Desde de 2007, mais de 1,9 mil projetos foram ou estão sendo liderados por pesquisadoras.

A diretora de Gestão Institucional da Embrapa, Lúcia Gatto, comemora os avanços. “São várias áreas com a coordenação das mulheres: nanotecnologia, biotecnologia, pastagens e diversas outras”, diz.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, segunda mulher a comandar a pasta, também enaltece o papel feminino no agro. “Antigamente, elas mandavam de dentro de casa. Hoje, muitas estão à frente, estudando e tocando os seus negócios, e tocando de maneira moderna”, ressalta.

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Fonte: Canal Rural

Insumos

4. Cotonicultor importa máquina usada para a colheita

A expressiva ascensão do Brasil no comércio mundial de algodão nos últimos três anos pode custar bem mais caro do que os cotonicultores imaginavam. A multinacional americana John Deere, que produz a máquina colhedora mais moderna do mercado - o equipamento é feito nos EUA-, não está dando conta da demanda. Diante disso, os agricultores têm recorrido à importação de máquinas usadas, um nicho que começa a enfrentar escassez e preço mais alto.

Com o avanço da área de algodão no país - cerca de 1,6 milhão de hectares foi semeado na atual temporada, aumento de 40% ante a safra 2014/15 -, a demanda por máquinas cresceu e a John Deere, única fabricante que vende as colhedoras enfardadoras (que já fazem o rolo do algodão colhido), não teve condições de atender à demanda mesmo tendo dobrado a oferta em relação à safra passada (2017/18). A companhia importa as unidades dos EUA e não revela o valor pelo qual o produto é vendido no Brasil, mas produtores estimam que seja próximo de US$ 1 milhão.

Desde antes de começar o plantio da atual safra, em dezembro, a John Deere já não dispunha do produto disponível para a venda no Brasil. "O mercado está muito aquecido com a entrada de novos produtores na atividade e pela safra recorde", afirmou ao Valor o diretor de vendas da empresa no Brasil, Rodrigo Bonato. De acordo com o executivo, não há data certa para que a empresa volte a ofertar as colhedoras. "Mas já estamos recebendo encomendas para 2020", acrescentou.

Sem máquinas novas disponíveis, a saída tem sido importar colhedoras usadas. Essa alternativa já foi mais barata, mas com a demanda aquecida e o dólar valorizado, o custo ficou mais pesado. Cada colhedora importada, usada e em bom estado, custa em torno de US$ 650 mil (R$ 2,5 milhões) para o produtor, de acordo com o presidente da Prime Importação e Exportação, Alan Borges. Do valor total, cerca de 35% é destinado para os impostos, frete, licenciamento e outros gastos de importação.

O produtor rural Carlos Augustin, da Fazenda Sementes Petrovina, no município de Pedra Preta (MT), está finalizando a aquisição de uma colhedora usada dos Estados Unidos por R$ 2,2 milhões. Ele espera receber a máquina em julho e pretende alugar outra para dar conta da colheita da área de 7,5 mil hectares cultivada em 2018/19.

Nesta safra, Augustin ampliou a área plantada em 50% e teve dificuldade para encontrar máquinas para a colheita, que começa em junho. "Essas máquinas importadas são caras e não conseguimos financiamento. Trabalho com algodão há dez anos e é a primeira vez que isso acontece dessa forma", lamentou.

"Os produtores compravam das revendedoras da John Deere nos EUA, mas agora tem faltado até máquina usada para trazer", disse o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Milton Garbugio.

Os números da Prime, principal empresa de importação em Mato Grosso - o Estado lidera o aumento do plantio de algodão - confirmam que a demanda está aquecida. A empresa iniciou o ano com a perspectiva de importar 25 colhedoras da pluma na safra 2018/19. Na temporada anterior, quando o movimento de ampliação da área plantada já estava em curso, a demanda foi de 23 unidades. "Devemos manter as 25 unidades na safra que vem", disse o presidente da Prime.

De acordo com o importador, a demanda costumava se concentrar em Mato Grosso, mas, de alguns anos para cá, ganhou reforço de cotonicultores da Bahia e de Goiás.

Como pano de fundo para a ampliação da produção de algodão no país, está o crescimento da demanda da Ásia, e a dificuldade dos concorrentes do Brasil, sobretudo a Austrália - o país da Oceania sofre com problemas climáticos. Nos últimos três anos, as cotações do algodão na bolsa de Nova York subiram 30%, segundo cálculos do Valor Data com base nos contratos futuros de segunda posição de entrega. Nesse período, o Brasil assumiu a segunda posição entre os exportadores, ultrapassando Índia e Austrália e ficando só atrás dos EUA, de acordo com as estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Apesar do bom momento, os produtores de algodão do país se queixam da taxação à exportação de Mato Grosso. Segundo Borges, da Prime, a medida tomada recentemente pelo governo estadual já está levando os produtores a reconsiderar as importações de máquinas usadas.

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Fonte: Valor Econômico

5. Atividade das startups agrícolas aumenta em 2018

A atividade de negócios das startups agrícolas aumentou 11% em 2018, contrariando a tendência das indústrias de capital de risco, onde esse índice caiu consideravelmente, de acordo com o VenturePulse. Além disso, segundo o mais recente relatório de investimentos da AgFunder, as AgriFood Techs levantaram cerca de US$ 16,9 bilhões em 2018, um aumento de 43% em relação ao ano anterior.

Em 2018, o tamanho dos negócios cresceu significativamente nos estágios finais, com o tamanho médio na Série D chegando a US$ 73 milhões. Nesse cenário, o número estipulado até aqui pode ser considerado como “muito à frente” de outras indústrias de capital de risco, onde o resultado era de US$ 50 milhões, segundo a VenturePulse.

O fato de que as startups de tecnologia agroalimentar podem levantar rodadas de investimento tão grandes destaca a presença de uma gama cada vez mais diversificada de dinheiro aplicado nesse setor. Investidores esses que incluem aqueles institucionais maiores, que estão começando a encontrar oportunidades bastante lucrativas para depositarem os seus recursos em empresas e negócios que estão presentes nesse setor.

O relatório também destaca a força da proposta de interromper ou melhorar os sistemas alimentares globais que já não estão rendendo como antigamente através do uso da tecnologia. Como exemplo disso é possível citar que a produção de alimentos é uma indústria que está valendo aproximadamente US$ 8 trilhões e consegue empregar um número bem superior a 40% da população global.

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Fonte: Agrolink

6. Presidente Bolsonaro reforça compromisso de asfaltar trecho da BR-163

Um dia depois de o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciar a liberação do tráfego de camimhões no trecho da BR-163, nos sentidos do Porto de Miritituba e de Santarém, no Pará, o presidente Jair Bolsonaro postou no Twitter trecho de um vídeo no qual o ministro garante a um grupo de caminhoneiros que até o ano que vem, o trecho estará asfaltado. “Essa rodovia foi aberta pelo General Geisel, e será concluída pelo Capitão Jair Bolsonaro ”, disse Tarcísio Gomes.

A via estave fechada nos últimos dias em razão de fortes chuvas na região. Há, atualmente, dois trechos da rodovia que não estão asfaltados: um, de 51 quilômetros, que chega a Miritituba, e outro, de 58 quilômetros, que leva a Santarém.

A BR-163 é uma das principais vias de acesso aos portos do chamado Arco Norte, usados para a exportação de soja e milho do país.

Governo vai exigir cumprimento de contratos em estradas, diz ministro

Durante visita ao Maranhão para vistoriar as obras de duplicação de parte da BR-135, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse hoje (8) que o governo não será tolerante com as empresas que ganham contratos e deixam as obras sem conclusão.

"Percorremos trechos duplicados e a duplicar da BR-135/MA: estamos montando uma série de providências para que o pavimento seja recuperado e a obra volte a andar. E mais importante: cobraremos cumprimento do contrato e requisitos de qualidade. Não vamos tolerar menos que isso", disse o ministro por meio de uma rede social.

Vistoria

As obras de duplicação da BR-135, no trecho que liga a capital São Luís ao interior do estado apresentam problemas. Durante a vistoria, o ministro constatou que trechos do pavimento já estão soltando. Iniciadas em 2012, o trecho, até a cidade de Bacabeira, no interior do estado, ainda não foi finalizado. “Não podemos concordar com um pavimento novo que já apresenta problemas de execução, como trincamentos e fadigas precoces de massas asfálticas”, disse.

Segundo o ministro, já há um diagnóstico das causas do problema com o asfalto e a pasta já está montando providências para que o pavimento seja recuperado e a obra volte a andar. "Cobraremos cumprimento do contrato e requisitos de qualidade", afirmou.

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Fonte: Agência Brasil/Notícias Agrícolas

Proteína Animal

7. Faturamento das exportações de carne bovina cai 2,8% no bimestre

A receita com as exportações de carne bovina no acumulado de janeiro a fevereiro apresentou queda de 2,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, para US$ 979,4 milhões, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes Bovinas (Abiec).

A redução dos preços dos produtos embarcados ofuscou o aumento de 6,8% no volume exportado, que somou 262,4 mil toneladas no bimestre.

A Abiec ressaltou que o resultado da exportação de fevereiro foi o melhor desde 2014, com incremento de 14,3% no volume embarcado (para 121,7 mil toneladas) e de 6,8% na receita (US$ 487,3 milhões).

Apenas em fevereiro, as exportações à China cresceram 24% na comparação anual, enquanto para a Rússia avançaram quase 18 vezes, ressaltou a associação. No bimestre, China e Rússia compraram 49,4 mil toneladas e 8,3 mil toneladas da carne brasileira no bimestre, respectivamente. O principal destino segue sendo Hong Kong, que respondeu por 57,2 mil toneladas de carne exportada.

“Os resultados desse primeiro bimestre são positivos e vão de encontro com as projeções de crescimento das exportações para o ano de 2019”, ressaltou o presidente da Abiec, Antônio Camardelli, em nota.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. FAO: entre as carnes, só a de frango sofreu retração de preço em fevereiro

O índice mensal de preços dos alimentos da FAO atingiu, em fevereiro passado, 167,5 pontos, resultado que significou aumento de 1,7% em relação ao mês anterior, mas que permanece 2,31% abaixo dos 171,4 pontos registrados em fevereiro de 2018.

A contribuição principal para o aumento mensal veio dos lácteos, cujos preços aumentaram mais de 5% em relação ao último janeiro. As carnes também tiveram variação de preço positiva, mas em bases mais modestas, de menos de 1%.

Poderia ter sido mais não fosse a carne de frango ter puxado esse resultado para baixo. Ou seja: enquanto as carnes suína e bovina alcançaram preços 0,70% e 1,62% superiores aos do mês anterior, a carne de frango viu sua cotação recuar quase meio por cento.

Por sinal, a carne de frango é a única, até aqui, a registrar resultado negativo não apenas no mês, mas também em relação aos valores registrados um e dois anos atrás ou, mesmo, no primeiro bimestre de 2019 (base, aqui, preço médio de dezembro de 2018).

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Fonte: AviSite

9. Procura pela raça Angus leva otimismo ao setor de inseminação artificial de bovinos

A busca de criadores de bovinos pela raça europeia Angus tem trazido otimismo para o mercado de sêmen de bovinos no Brasil.

Segundo dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial, a Asbia, o país vendeu mais de 13,8 milhões de doses em 2018. O número é 14% mais alto do que o de 2017.

Para Diego de Carvalho, gerente comercial de uma central de coleta de sêmen em Campo Grande, este deve ser mais um ano positivo.

Para Diego de Carvalho, gerente comercial de uma central de coleta de sêmen em Campo Grande, este deve ser mais um ano positivo. "Nós tivemos um crescimento de 20% nas vendas sobre 2017, e as perspectivas para 2019 não são diferentes", diz.

Mistura

A busca pelo gado Angus é reflexo de uma exigência maior dos criadores, principalmente no Centro-Oeste do país.

Eles têm feito inseminação artificial em vacas da raça Nelore. Os animais frutos desses cruzamentos são chamados de Meio Sangue, e possuem características que prometem mais rentabilidade aos criadores.

Os resultados podem ser vistos na fazenda da pecuarista Ana Paula Santin, de Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul. Há 8 anos, ela investiu no melhoramento genético, com o objetivo de aumentar os ganhos em peso e qualidade da carne. Agora, os animais são abatidos 12 meses mais cedo, gerando uma economia anual de R$ 300 por cabeça.

"São animais que em um curto período de tempo, a gente consegue extrair um material de carcaça e marmoreio muito superior", afirma a pecuarista.

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Fonte: Globo Rural

Agroenergia

10. Com etanol, BP se estrutura para vender créditos de carbono no Brasil

A transição para fontes de energias renováveis não deve ficar apenas no discurso da gigante petroleira britânica BP, que ficou marcada no início da década pela explosão de uma plataforma no golfo do México. Embora o lucro da multinacional, que atingiu o recorde de US$ 12,8 bilhões no ano passado, ainda seja impulsionado pela produção de óleo de xisto nos EUA, a companhia quer ser uma referência em eficiência energética — frente na qual a produção de etanol no Brasil tende a ser cada vez mais importante.

Em entrevista ao Valor, o principal executivo da BP no Brasil, Mario Lindenhayn, afirmou que a empresa está se preparando para sair na frente quando for dada a largada da Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio. O programa, que entra em vigor em 2020, poderá ser uma relevante fonte de renda para as usinas sucroolacoleiras do país, com a venda de créditos de carbono às distribuidoras de combustíveis.

"Estamos preparando nossas três usinas para participarem do programa”, disse Lindenhayn. A BP possui três usinas, duas em Goiás e uma em Minas Gerais, com potencial de processar 10 milhões de toneladas de cana por safra, o que a coloca em uma posição mediana no setor. O maior grupo sucroalcooleiro do Brasil é a Raízen Energia, joint venture entre Cosan e Shell que possui capacidade para moer 73 milhões de toneladas por safra. A BP não divulga o faturamento do negócio de etanol no Brasil, mas a área é pequena. Em 2018, petróleo e derivados responderam po mais de 90% do faturamento global de US$ 299 bilhões da multinacional.

As usinas da BP em Itumbiara (GO) e Ituiutaba (MG) têm, junto ao Conselho de Recursos do Ar da Califórnia (CARB), a menor intensidade de carbono registrada dentre todas as usinas brasileiras cadastradas no programa californiano. “Nossa expectativa é também ter uma das menores intensidades de carbono no RenovaBio”, disse Lindenhayn.

Segundo ele, a BP quer obter a certificação de intensidade de carbono de suas três unidades até o fim deste ano, para que, em janeiro de 2020 — o primeiro ano de validade do RenovaBio — já comece a vender os créditos de descarbonização (CBios). De acordo com Lindenhayn, a companhia ainda não tem investimentos em curso para buscar uma melhora da intensidade de carbono porque ainda precisa avaliar quais medidas podem ter maior impacto na redução da “pegada de carbono” da produção. “Mas certamente vamos buscar mais eficiência”, acrescentou o executivo da BP.

Alguns passos para aumentar a eficiência já estão sendo realizados, mas concentrados nas atividades cotidianas. Nos canaviais, a BP começou a adotar, nos últimos dois anos, tecnologias digitais que incluem o controle e gestão em tempo real por satélite de todas as atividades agrícolas, além de automação das máquinas. Em cinco meses, a companhia reduziu sua necessidade de colhedoras em 20%. Os aportes na parte agrícola ainda devem se estender por mais três anos.

No momento, porém, o foco da operação sucroalcooleira da BP no Brasil é o crescimento “vertical”, indicou o executivo. Na prática, as usinas da empresa ainda estão operando abaixo da capacidade. Para Lindenhayn, a empresa ainda precisa avançar em produtividade nas lavouras de cana. Ele diz ter ainda “longo caminho a percorrer” para melhorar “custeio e performance”.

Diante dessas necessidades mais básicas para melhora a rentabilidade do negócio sucroalcooleiro, a BP ainda não vislumbra investimentos de grande porte para reduzir a intensidade de carbono de suas usinas. “Existem muitas ideias e desenvolvimentos acontecendo, por exemplo, com cana energia, mas que ainda não estão com rentabilidade adequada provada. No momento certo, se [essas ideias] se provarem rentáveis, podemos fazer o investimento”, disse. Porém, se iniciativas como essa tiverem impacto significativo no aumento da capacidade de emissão de CBios, “podem passar na frente da fila”, admitiu.

O impulso que o RenovaBio pode dar ao mercado doméstico de etanol também é visto pela BP como oportunidade para atuar em outra frente: na logística do combustível. Depois de fechar parceria com a Copersucar em 2017 para operar o Terminal de Comercialização de Etanol, em Paulínia (SP), a companhia está “atenta a outras oportunidades” na área, sobretudo na região Sudeste, maior polo consumidor, e na ligação com os portos. “Se conseguirmos combinar grandes centros de consumo com logística e conectividade com os portos, é um espaço onde queremos estar presentes”, afirmou.

De acordo com o executivo, o objetivo da atuação da BP em logística não é ter uma atuação isolada, mas “a serviço do braço comercial de etanol” da companhia. Atualmente, a empresa vende não apenas o etanol que produz em suas três usinas como também comercializa volumes de terceiros que superam sua fabricação própria em 30%. Para isso, a BP transforma o etanol hidratado comprado de outras usinas em etanol anidro (usado para ser adicionado à gasolina), vendido tanto no exterior como no mercado brasileiro.

Em relação às perspectivas para a próxima safra brasileira de cana-de-açúcar, que começa oficialmente em 1º de abril, Lindenhayn acredita em recuperação. No atual ciclo (2018/19), o clima adverso afetou a produção de cana, o que também a explicar o fato das unidades da BP terem processado menos matéria-prima que a capacidade total. Para a temporada 2019/20, o executivo acredita que a moagem pode atingir a capacidade máxima da BP, o que deve representar uma produção de 750 milhões de litros de etanol, 400 mil toneladas de açúcar e a geração de 950 megawatts-hora (MwH) a partir do bagaço de cana.

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Fonte: Valor Econômico

11. BR, Raízen e Ipiranga concentram demanda

Cerca de dois terços da meta nacional de redução de emissão de gases do efeito estufa prevista na Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), que entra oficialmente em vigor em 2020, deverá ser cumprida pelas três maiores distribuidoras de combustíveis do país: BR (Petrobras), Raízen (Cosan e Shell) e Ipiranga (Grupo Ultra).

Na prática, as três distribuidoras deverão concentrar a demanda pelos créditos de carbono que serão vendidos pelos produtores de biocombustíveis como etanol (ver Com etanol, BP busca crédito de carbono) e biodiesel.

Se a meta de redução de emissões do RenovaBio já estivesse em vigor, BR, Raízen e Ipiranga seriam, juntas, responsáveis por 65% da meta de redução para 2019 de 16,8 milhões de toneladas de gás carbônico. Em volume, isso significa que essas empresas teriam que reduzir as emissões em 10,9 milhões de toneladas.

Os volumes foram estimados, a pedido do Valor, pela consultoria Green Domus, uma das empresas autorizadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para realizar a atribuição da nota de eficiência dos produtores de biocombustíveis que quiserem participar do RenovaBio.

O cálculo da consultoria foi feito com base na participação de mercado das distribuidoras nas vendas de combustíveis fósseis (gasolina e diesel) em 2018, a partir de dados divulgados em fevereiro pela ANP.

Pela estimativa da Green Domus, a BR ficaria responsável por 25,2% da meta do país de 2019, o equivalente a uma redução de emissões de 4,2 milhões de toneladas de carbono. Em segundo lugar ficaria a Raízen, respondendo por 20,3% da meta nacional, com 3,4 milhões de toneladas de carbono evitadas. O terceiro lugar seria ocupado pela Ipiranga, que seria responsável pela redução de 19,9% da meta, ou 3,3 milhões de toneladas de carbono.

Procurada pela reportagem, a Raízen informou que "estará preparada para atender aos requisitos" do RenovaBio. As demais distribuidoras não responderam.

A determinação das metas individuais é uma atribuição da ANP e terá que ser realizada até 1º de julho deste ano, como prevê resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de 2018.

Ainda que seja pro forma, já que não há obrigatoriedade de redução das emissões em 2019, a meta deste ano é passível de ajustes, já que ainda estão sendo feitos cálculos para avaliar se a intensidade de carbono da matriz de combustíveis de 2018 foi a projetada. Segundo Miguel Ivan Lacerda, diretor do departamento de biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), os cálculos ainda estão em andamento.

Na resolução, o CNPE estimava que os combustíveis teriam uma "pegada de carbono" de 73,55 gramas de gás carbônico por megajoule de energia gerada em 2018. Para 2019, a meta é reduzir essa intensidade de carbono em 1%. De acordo com Lacerda, o MME terá até o fim deste ano para definir a meta de 2029 - o programa RenovaBio prevê metas decenais. "Todo ano teremos que incluir meta para daqui dez anos", afirmou.

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Fonte: Valor Econômico

12. Biomassa do Setor Sucroenergético é responsável por 82% da bioeletricidade ofertada no Brasil

Em 2018, a bioeletricidade se destacou como a terceira fonte mais importante na Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE) no Brasil. O Setor Sucroenergético contribuiu de forma efetiva para esse resultado, uma vez que do total de bioeletricidade ofertada para a rede, 82% foram produzidos a partir do bagaço da cana-de-açúcar. A informação consta no Boletim Mensal de Energia, divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

Os números indicam que a geração hídrica permanece na liderança com 67% do total da OIEE, seguida pelo gás natural com 8,5%, com a fonte biomassa aparecendo na terceira posição, que gerou 52,5 TWh.

Apesar do resultado favorável no último ano, o gerente em Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Zilmar Souza, acredita que o desempenho poderia ter sido ainda melhor, não fosse a falta de regulação na metodologia de revisão da garantia física das usinas à biomassa, variável que determina a quantidade máxima de energia que uma usina pode comercializar no mercado.

Em nota, o dirigente da entidade ressalta que resolvidas tais questões judiciais, o setor de biomassa de canapode ser crescer ainda mais na matriz.

"Recentemente, apresentamos propostas ao Ministério de Minas e Energia para melhorar esta questão da garantia física e estamos aguardando a avaliação. Acreditamos que resolvendo a judicialização no Mercado de Curto Prazo e com a definição de uma garantia física mais aderente às usinas, a bioeletricidade tenha capacidade para produzir 20% ou mais nas próximas safras, sem aumentar a capacidade instalada, apenas maximizando as possibilidades de geração com a biomassa própria e de terceiros", avalia Souza.

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Fonte: Datagro/Udop

Grãos e Grandes Culturas

13. EUA reduzem previsão de estoques de soja no fim da temporada 2018/2019

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu levemente sua estimativa para estoques domésticos de soja ao fim da temporada 2018/19. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, divulgado nesta sexta-feira, 8, o USDA disse que as reservas do país devem somar 900 milhões de bushels (24,5 milhões de toneladas), de 910 milhões de bushels (24,77 milhões de t) na previsão de fevereiro.

Analistas consultados pelo Wall Street Journal esperavam um número levemente menor, de 898 milhões de bushels (24,44 milhões de t). A previsão de exportações dos EUA na atual temporada foi mantida em 1,875 bilhão de bushels (51 milhões de t).

Milho

Quanto ao milho, o USDA projetou que os estoques nos EUA ao fim de 2018/19 devem totalizar 1,835 bilhão de bushels (46,6 milhões de t), contra 1,735 bilhão de bushels (44,07 milhões de t) na estimativa de fevereiro. Analistas projetavam um volume menor, de 1,755 bilhão de bushels (44,6 milhões de t).

A estimativa de uso de milho para fabricação de etanol foi reduzida em 25 milhões de bushels (635 mil t), para 5,55 bilhões de bushels (141 milhões de t). A projeção para estoques domésticos de trigo foi aumentada de 1,010 bilhão para 1,055 bilhão de bushels (27,49 milhões para 28,7 milhões de t). O mercado esperava um aumento menor, para 1,024 bilhão de bushels (27,9 milhões de t).

Mundo

A estimativa para estoques mundiais de soja foi elevada de 106,7 milhões para 107,2 milhões de toneladas, enquanto analistas previam 106,3 milhões de toneladas. O USDA reduziu sua previsão de estoques globais de milho de 309,8 milhões para 308,5 milhões de toneladas. O mercado projetava 309,1 milhões. Já os estoques mundiais de trigo foram projetados em 270,5 milhões de toneladas, de 267,5 milhões no relatório anterior. Analistas previam 267,8 milhões de toneladas.Além disso, o USDA reduziu sua estimativa para a produção brasileira de soja, de 117 milhões para 116,5 milhões de toneladas.

O mercado esperava um corte maior, para 115,4 milhões de toneladas.O relatório veio "exatamente como esperado, com exceção dos estoques de milho nos EUA, que vieram um pouco acima", disse Sal Gilbertie, presidente e diretor de investimento da Teucrium Trading.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Revista Globo Rural

14. Algodão brasileiro deve bater recorde de produção nesta safra

Mato Grosso, além de líder na produção de grãos, também é o maior produtor de algodão do país. Para esta safra, a área destinada para o cultivo da pluma ficou ainda maior, passando de 794,3 mil hectares para mais de 1 milhão, de acordo com o Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o que representa um aumento de 32,5% se comparado ao ciclo passado.

“Hoje, Mato Grosso representa cerca de 70% da produção brasileira de algodão’’ conta o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Milton Garbugio. Em entrevista ao programa Direto ao Ponto deste domingo, dia 10, Garbugio destacou a grande participação de Mato Grosso e o potencial produtivo da pluma no país.

Segundo ele, neste ciclo o Brasil atingirá o recorde na produção da pluma. “Teremos uma safra recorde brasileira esse ano, a expectativa de produção e qualidade de algodão é uma das melhores que já tivemos.”

e acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a expectativa para a safra 18/19, é de que haja um incremento na área destinada a cotonicultura nacional, com estimativa de crescimento de 33% se comparado aos 174,7 mil hectares cultivados no ciclo passado.

Milton destacou que apesar do país ter grande potencial para aumentar sua área de produção, fatores como logística, infraestrutura e beneficiamentos precisam ser melhorados. Em relação à produtividade, Milton conta que a média nacional gira em torno de 1,5 toneladas por hectare de pluma, enquanto o maior produtor mundial, que é os Estados Unidos, produz em média 0,8 toneladas por hectare.

O presidente da Abrapa conta que o brasil é o maior produtor de algodão certificado do mundo, por este motivo a associação vem trabalhando para promover a pluma fora do Brasil. “Estamos buscando parcerias para melhorar a promoção do algodão na Ásia, já que o país é o nosso maior exportador. Por isso, precisamos trabalhar mais e mostrar a qualidade da pluma’’, explica.

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Fonte: Canal Rural

15. China reduz compras mundiais de soja, mas importa o dobro do Brasil

O embate comercial entre China e Estados Unidos, por enquanto, tem trazido vantagens para as exportações de soja do Brasil. Só em fevereiro o país asiático importou do Brasil mais de 5 milhões de toneladas, ou seja, mais que o dobro (134%) do comprado no mesmo período do ano passado (2,1 milhões de toneladas). O curioso é que a Administração Geral de Alfândegas e Portos da China divulgou que em fevereiro o país importou 18% menos soja do mundo.

Se somar os montantes vendidos em janeiro e fevereiro deste ano, o Brasil embarcou quase 7 milhões de toneladas para os chineses, bem acima dos 3,4 milhões de 2018. Isso rendeu ao país mais de US$ 2,5 bilhões só com a soja, 92% mais ante os US$ 1,3 bilhão obtidos nos dois primeiros meses do ano passado.

China importou menos do mundo

Segundo informações divulgadas pela consultoria Safras & Mercado, as importações de soja em grão da China totalizaram 4,46 milhões de toneladas em fevereiro, retração de 18% sobre igual mês de 2018. Os dados foram repassados pela Administração Geral de Alfândegas e Portos da China. No acumulado do ano, as importações somam 11,83 milhões de toneladas, decréscimo de 15% em relação a igual período do ano passado.

Analista aposta em falta de produto

O analista de mercado Carlos Cogo acredita que este aumento nas vendas no primeiro semestre pode gerar uma falta de produto no segundo semestre do ano. “Se o Brasil exportar nos próximos meses a mesma quantidade que fez no ano passado, somado o que fez no primeiro bimestre do ano, em agosto já terá vendido 68,5 milhões de toneladas. Ou seja, o limite. Já que a demanda interna brasileira é de 40 milhões de toneladas”, diz.

Segundo Cogo, boa parte dos produtores que ele conversou estão dispostas a esperar e não vender a soja agora, mas ele não recomenda isso. “Não assim, o ideal é dividir o que se colheu em lotes e vender uma parte agora e o restante mais pra frente, com preços melhores”, afirma.

Em resumo, o analista acredita que os exportadores não irão parar nos 70 milhões de toneladas e isso deverá gerar uma disputa no mercado interno brasileiro. “O mercado interno terá que disputar essa soja e pagar mais por ela”, finaliza.

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Fonte: Canal Rural

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