Conjuntura do Agronegócio

1. COP25 termina sem decisões importantes sobre clima

Prevista para encerrar na sexta-feira (13/12), a Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP25, avançou pelo final de semana e terminou na segunda-feira (16/12) sem a definição dos compromissos dos quase 200 países participantes para reduzir as emissões de poluentes. A decisão sobre mercado de carbono, tema central, foi adiada para a próxima edição, marcada para novembro de 2020, em Glasgow, na Escócia.

De acordo com especialistas e executivos de entidades que estiveram em Madri, foi uma conferência marcada pela participação mais ativa dos diversos segmentos da sociedade. Na chamada Green Zone, indígenas, representantes de organizações não-governamentais (ONG’s), jovens ativistas, buscavam, cada um a seu modo, dar seu alerta sobre a atual situação do planeta, enquanto na Blue Zone, reservada para as representações diplomáticas, autoridades do mundo todo discutiam o futuro dos efeitos da mudança do clima.

O ministro Ricardo Salles disse, em post no Twitter, que a “COP 25 não deu em nada” e criticou os países ricos por não abrirem seus mercados de crédito de carbono, exigindo medidas e apontando “o dedo para o resto do mundo” e se recusando a colocarem “a mão no bolso”. No evento, Salles havia cobrado recursos dos países desenvolvidos pela conservação da floresta Amazônica.

“Infelizmente, apesar de todos os esforços do Brasil para ajudar na regulamentação do Artigo 6 (Acordo de Paris), não foi possível encontrar um texto que fosse de comum acordo. Prevaleceu, infelizmente, uma visão protecionista, de fechamento do mercado, e o Brasil e outros países que poderia fornecer créditos de carbono, em razão de suas florestas e boas práticas ambientais, saíram perdendo. Ainda assim, o Brasil segue firme no seu trabalho de atrair recursos para o Brasil e os brasileiros”, disse, em mensagem de vídeo publicada no sábado (14/12), de Madri.

Críticas

A participação oficial do Brasil foi alvo de críticas. Protagonista das discussões ambientais desde a Eco 92, há 25 anos, no Rio de Janeiro, o país teve sua representatividade política considerada tímida em um ano em que foi alvo de questionamentos, principalmente, por conta do avanço das queimadas e do desmatamento na Amazônia. Pela primeira vez, o Brasil recebeu, em uma mesma edição da COP, duas vezes o Fóssil do Dia, “prêmio” dado por uma rede internacional de ONGs aos países que ela entende ser os que mais atrapalham as negociações e a implementação do Acordo de Paris. Na primeira, foi “agraciado pelo fato de o governo de Jair Bolsonaro culpar os ambientalistas pelas queimadas na Amazônia".

A segunda foi pela Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro que trata da regularização fundiária no país. Na visão das organizações internacionais, o texto legitima a grilagem de terras e anistia o desmatamento. Desta vez, o país ficou em segundo lugar, atrás do Japão.

“Quem salvou o Brasil nesta COP foi a sociedade civil, os povos indígenas, os senadores e deputados, pelos governadores que participaram, com destaque para os governadores do Nordeste, prefeitos, secretários de Estado que voltam de lá com a possibilidade concreta de construir pontes entre os estados, cidades e os países que têm os mesmos dilemas que nós de países da América do Sul”, destacou Caio Magri, diretor presidente do Instituto Ethos, que esteve na COP25.

Carlos Ritti, secretário executivo do Observatório do Clima, avaliou que a política ambiental do Brasil diminuiu sua importância na discussão global. "Transformou um ex-campeão do meio ambiente em um pária climático, cujo envolvimento na luta contra a catástrofe climática corre o risco de se limitar a uma assinatura em um acordo global”, afirmou.

Delegação menor

A delegação oficial brasileira nesta COP foi uma das menores já vistas. André Ferretti, gerente de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo O Boticário e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, que desde 2000 participa da conferência, disse que, em anos anteriores, atribuiu isso a uma postura que classificou como excludente.

“Todos os outros governos sempre incentivaram o debate, facilitaram a liberação de credenciais para que todos os setores da sociedade viessem aqui, aprender e ajudar ao país a evoluir nessas questões e buscar soluções para esses desafios e se destacar na economia de baixo carbono. E o que a gente viu aqui foi restrição, ex-ministros e cientistas sem credenciais, tendo que correr atrás até mesmo de outros países para terem acesso”, contou Ferretti.

Na reta final da COP, a União Europeia anunciou um pacto verde para atingir a neutralidade nas emissões de carbono no bloco até 2050. Isso significa que os países do bloco não emitirão mais gases de efeito estufa do que conseguem absorver.

“Um ponto de destaque e que pode funcionar como uma barreira tarifária é a decisão do bloco em aplicar uma taxa aos produtos externos que não respeitem as mesmas exigências climáticas que as empresas europeias”, ressaltou Karen Oliveira, Gerente de Infraestrutura na The Nature Conservancy (TNC) Brasil.

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Fonte: Revista Globo Rural

2. Boris Johnson e Trump discutem acordo comercial ambicioso, diz gabinete de premiê

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disseram que esperam ansiosamente para continuar a estreita colaboração e a negociação de um "ambicioso acordo de livre comércio" durante um telefonema nesta segunda-feira, disse o gabinete de Johnson em Downing Street.

"O primeiro-ministro conversou com o presidente Trump, que o parabenizou pelo resultado das eleições gerais", disse um porta-voz de Downing Street em comunicado.

"Eles discutiram a enorme importância do relacionamento entre o Reino Unido e os EUA e esperam continuar a estreita colaboração em questões como segurança e comércio, incluindo a negociação de um ambicioso acordo de livre comércio."

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Fonte: Reuters/Notícias Agrícolas

3. Principal negociador comercial dos EUA elogia acordo enquanto China continua cautelosa

O principal negociador comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou a "fase um" do acordo comercial com a China, que deve quase dobrar as exportações norte-americanas para a China nos próximos dois anos, enquanto o país asiático continua cauteloso antes da assinatura do pacto.

O representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, falando no programa "Face the Nation" da CBS no domingo, disse que haverá alguns ajustes de rotina no texto, mas que "ele está totalmente concluído, absolutamente".

O acordo, anunciado na sexta-feira depois de mais de dois anos e meio de negociações entre Washington e Pequim, reduzirá algumas tarifas dos EUA sobre produtos chineses em troca do aumento das compras pela China de produtos agrícolas, manufaturados e de energia dos EUA, no valor de 200 bilhões de dólares, pelos próximos dois anos. A China também se comprometeu no acordo a proteger melhor a propriedade intelectual dos EUA, a coibir a transferência forçada de tecnologia norte-americana para empresas chinesas, a abrir seu mercado de serviços financeiros a empresas dos EUA e a evitar a manipulação de sua moeda.

Está sendo determinada uma data para as principais autoridades norte-americanas e chinesas assinarem formalmente o acordo, disse Lighthizer.

As compras chinesas de produtos agrícolas devem aumentar para 40 bilhões a 50 bilhões de dólares anualmente nos próximos dois anos, disse Lighthizer.

Embora a delegação comercial da China tenha expressado otimismo sobre o acordo, alguns funcionários do governo estão cautelosos.

"(O acordo) é uma conquista em fases e não significa que a disputa comercial esteja resolvida de uma vez por todas", disse uma fonte em Pequim com conhecimento da situação. Essa fonte disse que assinar e implementar o pacto continua sendo a principal prioridade para que haja sucesso.

Várias autoridades chinesas disseram à Reuters que a redação do acordo continua sendo uma questão delicada e que é necessário cuidado para garantir que as expressões usadas no texto não aumentem as tensões e aprofundem as diferenças.

A China enfrenta uma enorme pressão para cumprir a fase um do acordo, disse Shi Yinhong, professor da Universidade Renmin e assessor do gabinete.

Shi sugeriu que as importações de alguns produtos agrícolas dos EUA, como a soja, estariam muito acima da demanda da China.

"Olhe para Trump e Lighthizer, eles estão muito felizes. Mas nosso governo apenas relatou fatos, não comemoramos", disse Shi em um fórum em Pequim.

O acordo suspendeu uma rodada de tarifas dos EUA sobre uma lista de 160 bilhões de dólares em importações chinesas, que estava programada para entrar em vigor no domingo. Os Estados Unidos também concordaram em reduzir pela metade, para 7,5%, as tarifas sobre uma lista de 120 bilhões de dólares em produtos chineses.

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Fonte: Reuters/Notícias Agrícolas

Insumos

4. Agrotóxicos irregulares lideram as inconformidades em vegetais

O Ministério da Agricultura encontrou inconformidades em 8% das 4.828 amostras de produtos vegetais analisadas entre 2015 e 2018. O uso de agrotóxicos não autorizados para as culturas avaliadas é a principal causa das irregularidades. As análises também verificaram resíduos de contaminantes químicos ou biológicos nos alimentos, como arsênio, salmonella ou micotoxinas. Foram verificados 42 produtos, como grãos, frutas e verduras.

Na avaliação do diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Pasta, Glauco Bertoldo, o índice está dentro do padrão internacional e o consumo desses alimentos é seguro. “Os produtos não apresentam risco crônico e têm baixíssimo risco agudo”. Ele sugeriu que os consumidores busquem produtos com rastreabilidade, o que diminui a possibilidade de irregularidades.

Na análise exclusiva de resíduos de agrotóxicos, o índice foi de 11% de inconformidades. Desses, 6,6% por uso de produtos não permitidos para a cultura, 2,8% com produtos acima do limite máximo de resíduos e 1,5% por uso de agrotóxicos proibidos no Brasil. O ministério informou que trabalha para registrar defensivos para culturas sem suporte suficiente, como as minor crops, e para diminuir as inconformidades.

Dos 92% de amostras regulares, mais da metade não apresentou nenhum resíduo. Em 39%, os resíduos foram menores ou iguais ao Limite Máximo de Resíduo (LMR) da legislação nacional.

Sobre as divergências de informações em relação aos resultados divulgados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na semana passada (inconformidades em 23% dos produtos pesquisados), o Ministério da Agricultura informou que há focos e metodologias diferentes nos trabalhos e que os vegetais analisados pela Pasta têm maior nível de rastreabilidade, pois são coletados nas propriedades rurais.

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Fonte: Valor Econômico

5. Governo formou gabinete para monitorar greve de caminhoneiros

O governo está atento ao movimento de uma possível greve de caminhoneiros, mas a cada dia que passa se convence que a paralisação que ocorreu em 2018 não vai se repetir. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, um gabinete formado por vários ministérios vem acompanhando as ameaças feitas pela categoria nas últimas semanas, mas a indicação é de que não haverá greve.

"Estamos em um gabinete de acompanhamento que participam vários ministérios, de Infraestrutura, Minas e Energia, Segurança Institucional, Casa Civil, Segurança Pública, ou seja, todos estão acompanhando o movimento e possíveis outros movimentos, e as informações que eu recebi hoje cedo e ao longo do final de semana é que a situação está sob controle", disse hoje ao participar de evento na sede do Serviço Geológico do Brasil, no Rio.

Segundo ele, até o momento não há registro de problemas "no ir e vir", segurança energética (combustíveis) ou nas questões econômicas (abastecimento). De acordo com Albuquerque, a alta do preço do diesel não é o ponto central da insatisfação da parcela de caminhoneiros que acenam com uma possível greve. Ele afirma que a fraqueza da economia, que diminuiu os fretes, também entra na conta dos insatisfeitos.

"Às vezes o motivo não é aquilo que determina a greve, é apenas um estopim, não é a questão do preço do diesel. Não vai ser o preço do combustível mais baixo que vai permitir que o frete fique mais barato, porque se você não tem o que transportar, não adianta o preço do frete cair", avaliou o ministro. "A dinâmica da economia, o crescimento da economia é que vai permitir uma maior demanda e um maior emprego dessa categoria", completou.

Albuquerque participou nesta segunda-feira da assinatura de parceria estratégia entre Petrobras, Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para execução de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), seguindo um protocolo de intenções assinado durante o governo Michel Temer.

A parceria estratégica prevê investimentos de R$ 220 milhões e visa impulsionar pesquisas na área de petróleo e gás natural, além de ampliar o conhecimento geológico das bacias sedimentares brasileiras. Os projetos que serão beneficiados pelos recursos são a revitalização do Museu de Ciências da Terra e seu conjunto de laboratórios; a construção da Rede SGB de PD&I com Rochas e Fluidos de Bacias Petrolíferas, composta por três litotecas (RJ, BA e AM) e o Centro de Referências em Geociências, com laboratórios de alto desempenho.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Revista Globo Rural

6. Bayer: “Se agricultor não quer, não vamos investir em inovação”

Os questionamentos judiciais sobre a patente da tecnologia Bollgard II provocou o adiamento do lançamento da tecnologia Bollgard III RR Flex para sementes de algodão, que estava prevista para esta safra 2019/20. A informação foi confirmada pelo presidente da divisão Crop Science da Bayer no Brasil, Gerhard Bohne.

“Se o próprio produtor, via suas associações, está processando a Bayer por ter patente, nós estamos chegando à conclusão de que o agricultor não quer inovação ou não quer pagar por inovação, e a reação da Bayer é não investir em inovação. Estamos aguardando o que vai sair desses processos. Vamos fazer áreas controladas, a tecnologia estará em alguns produtores, mas não estamos lançando este produto este ano”, declarou Bohne.

A decisão vem na esteira da judicialização proposta pela Ampa (Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão). Segundo o processo que corre na Justiça Federal, foi solicitada a anulação da patente do algodão transgênico Bollgard II RR Flex com o argumento de que “não há inovação relevante” na tecnologia, sendo apenas uma combinação da segunda geração do Bollgard com o Roundup Ready, tolerante ao glifosato.

“Toda empresa que investe alguma coisa precisa de retorno, para isso existe patente intelectual. Você demora para trazer uma tecnologia para o mercado, tanto em biotecnologia como defensivos, em média 10 anos, com investimento de 200 milhões a 300 milhões de euros. Vamos continuar com todas as nossas atividades de pré-lançamento, que são as safras 2019/20 e 2020/21. Não estamos reduzindo nossos esforços no pré-lançamento da Intacta 2 Xtend. Não tem mudança de planos ainda”, conclui Bohne.

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Fonte: Agrolink

Proteína animal

7. Volume das exportações de carne de frango deverá crescer até 2,4% em 2019

Puxadas pela maior demanda da China e pelo custo elevado de aquisição de grãos, as indústrias de carnes de frango e suína aumentaram o faturamento com exportações neste ano, apontou hoje a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em evento realizado na capital paulista.

Entre janeiro e novembro (últimos dados disponíveis), a receita com as exportações de carne de frango aumentou 6,1%, totalizando US$ 6,3 bilhões, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela ABPA. Em volume, as vendas nesse mesmo período somaram 3,8 milhões de toneladas, crescimento de 2%.

Pelas estimativas da ABPA, o Brasil deve fechar o ano com exportações de 4,2 milhões de toneladas de carne de frango, aumento de até 2,4%.

No caso da carne suína, a receita com exportações entre janeiro e novembro aumentou quase 28%, para US$ 1,4 bilhão. O faturamento dos exportadores de carne suína foi impulsionado pela disparada das cotações no mercado internacional. Os preços registraram forte valorização em razão da epidemia de peste suína africana que assola a produção chinesa.

Em volume, as exportações brasileiras de carne suína atingiram 674 mil toneladas, aumento de 14,4% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. A expectativa da ABPA é que, com as exportações de dezembro, os frigoríficos brasileiros enviem ao exterior 740 mil toneladas de carne suína em 2019. Se confirmado, será a maior volume exportado da história brasileira.

Produção

Neste ano, a produção de carnes também aumentou. De acordo com a ABPA, a produção de carne de frango totalizou 13,15 milhões de toneladas, aumento de 2,3% na comparação com as 12,85 milhões de toneladas do ano passado.

Com maior produção, a disponibilidade per capita no Brasil aumentou 2,2%, o que resultou em consumo de 42,6 quilos de carne de frango ao ano.

A produção de carne suína, por sua vez, cresceu 2,5% neste ano, para 3,9 milhões de toneladas. O consumo per capita no Brasil, no entanto, caiu, o que reflete a menor disponibilidade no mercado interno, tendo em vista que o volume exportado aumentou de forma expressiva. Nesse cenário, o consumo per capita deve cair entre 1% e 2%, para algo próximo de 15,7 quilos ao ano.

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Fonte: Valor Econômico

8. Preços das carnes de frango e suína deverão aumentar em 2020

Os preços das carnes de frango e suína deverão ficar mais elevados no ano que vem, avaliou hoje diretor-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, em entrevista a jornalistas, sem fazer projeções.

De acordo com ele, as exportações brasileiras estão crescendo em ritmo maior do que a produção brasileira e os preços do milho estão altos, o que tem reflexos nos preços.

Apesar disso, não há risco de falta de carnes no Brasil, afirmou. Conforme os preços aumentam no país, também há um estímulo para que as indústrias vendam o produto no mercado doméstico, argumentou Santin.

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Fonte: Valor Econômico

9. Camex poderá avaliar pedido de painel contra UE na OMC por barreiras ao frango

A Secretária-Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex) pode avaliar ainda neste mês o pedido da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) para a abertura de um painel na Organização Mundial de Comércio (OMC) contra a União Europeia por barreias à carne de frango brasileira, afirmou hoje o diretor-executivo da ABPA, Ricardo Santin, em entrevista a jornalistas.

“O setor continua querendo entrar com o painel”, disse Santin. Os exportadores brasileiros de carne de frango questionam o critério europeu para detecção de salmonela no frango salgado. A União Europeia exige zero de salmonela no produto.

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Fonte: Valor Econômico

Agroenergia

10. Na esteira da gasolina, etanol sobe nos postos da maior parte dos Estados

Mais uma vez acompanhando a alta dos preços da gasolina no varejo, os preços do etanol hidratado (que abastece diretamente nos tanques) tiveram alta para os motoristas da maior parte dos Estados na semana passada, sem perder competitividade.

De acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizado na semana móvel encerrada dia 14, os preços médios do etanol vendido nos postos subiram em 20 Estados e no Distrito Federal, caíram em cinco unidades federativas e só ficou estável no Amapá. A gasolina, por sua vez, subiu em 22 unidades federativas e também só caiu em cinco.

Como o biocombustível acompanhou o movimento do combustível fóssil, o produto não perdeu competitividade nos Estados onde seu preço tem se apresentado mais vantajoso para os motoristas de carros flex.

Se levado em conta o patamar de 70% de paridade, historicamente considerado como o nível em que etanol e gasolina se equivalem em rendimento, o biocombustível continuou mais competitivo do que o fóssil (abaixo de 70%) em quatro Estados: São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás.

Se for levado em consideração o patamar de paridade de 73%, que vem sendo divulgado pela União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica) nas últimas semanas, o etanol torna-se mais competitivo em mais três Estados: Paraíba, Paraná e Sergipe.

A correlação mais vantajosa é observada em Mato Grosso, onde o litro do etanol estava em média R$ 2,827 na semana passada, o equivalente a 61% do preço da gasolina, mesmo com alta de 3,63% em uma semana.

A alta mais expressiva do etanol na semana analisada pela ANP foi observada em Alagoas, onde o preço médio nos postos subiu 4,06%, para 3,461 o litro.

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Fonte: Valor Econômico

11. Fixação de açúcar para a safra 2020/21 avança para 5,5 milhões de toneladas, diz Archer

As usinas brasileiras haviam fixado o preço de exportação de 5,485 milhões de toneladas de açúcar para a safra 2020/21 (que começa em abril) até 30 de novembro, um avanço de 2,227 milhões de tonelada em apenas um mês, de acordo com dados da Archer Consulting.

Apesar da aceleração das fixações no mês, o volume de comercialização antecipada ainda está menor do que um ano atrás, quando 6,860 milhões de toneladas da safra atual haviam sido fixadas.

Considerando que o Brasil deve exportar 19,5 milhões de toneladas de açúcar na próxima safra, o volume de exportação já fixado estaria em 28,13%. Arnaldo Corrêa, diretor da Archer, comentou, em relatório semanal divulgado no fim da semana passada, que o percentual baixo de fixação em comparação com o usual a essa época do ano parece refletir a preocupação das usinas com o limite que o preço do açúcar pode encontrar no mercado internacional. "Se o açúcar em Nova York não encostar na paridade do preço do [etanol] hidratado, nós vamos assistir a uma redução substancial da disponibilidade de açúcar do Centro-Sul. E isso vai empurrar [o preço em] Nova York para cima", disse.

Segundo a consultoria, tanto a alta do dólar entre outubro e novembro como a elevação da cotação do açúcar na bolsa de Nova York “devem ter incentivado as usinas a acelerarem suas fixações”. O dólar médio de novembro ficou em R$ 4,1566, contra R$ 4,0837 no mês anterior, enquanto o preço médio dos contratos do demerara na bolsa de Nova York ficou em 12,69 centavos de dólar por libra-peso, ante o valor médio de 12,46 centavos de dólar a libra-peso em outubro.

Corrêa lembrou, em nota, que o volume de contratos negociados na bolsa de Nova York também pulou de 2 milhões de contratos para 2,239 milhões.

De acordo com o levantamento da consultoria, o valor médio apurado das fixações antecipadas até agora é de 13,01 centavos de dólar por libra-peso, ou 53,50 centavos de real por libra-peso, sem prêmio de polarização, equivalentes a R$ 1,229 por tonelada posto no porto de Santos (FOB, com polarização).

No ano passado, no mesmo período, o valor médio das fixações era de 13,12 centavos de dólar por libra-peso (sem polarização), que é equivalente a R$ 1,171 por tonelada posto no porto de Santos (FOB, com polarização).

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Fonte: Valor Econômico

12. São Martinho eleva produção de açúcar em 11,4% em 2019/20 e em 6,9% a de etanol

O grupo São Martinho, uma das maiores empresas do setor sucroenergético do Brasil, informou nesta sexta-feira que encerrou safra de cana 2019/20 com produção de açúcar 11,4% maior na comparação com a temporada anterior. O volume final foi de 1,106 milhão de toneladas, superior à expectativa de 1,055 milhão, que previa uma maximização da fabricação de etanol.

Aliás, a produção de etanol na safra 2019/20 atingiu 1,172 bilhão de litros de etanol, ante guidance de 1,145 bilhão de litros, o que representou um crescimento de 6,9% na comparação com o ciclo anterior.

A maior produção de açúcar e etanol ocorreu com um crescimento da moagem de cana de 10,7%, para 22,64 milhões de toneladas, que também ficou acima do guidance de junho de 22,6 milhões de toneladas.

“O aumento de aproximadamente 3% no volume de cana processada, em relação as estimativas iniciais, deve-se às melhores condições climáticas observadas durante a safra e, principalmente, à maior produtividade da cana de primeiro corte, plantada com o novo sistema de MPB com Meiose”, disse a São Martinho.

O Açúcar Total Recuperável (ATR) caiu 2% ante a safra passada, para 139,4 quilos por tonelada de cana, em média. Já o mix açúcar-etanol ficou em 37%-63%, versus 36%-64% na safra anterior.

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Fonte: Reuters/NovaCana

Grãos e grandes culturas

13. ‘Rei’ da soja em grão, país avançará em farelo e óleo

Se caminha para superar os Estados Unidos e assumir a ponta da produção mundial de soja em grão e para fortalecer sua liderança nas exportações da commodity nesta safra 2019/20, independentemente dos rumos das relações comerciais entre Washington e Pequim, o Brasil tem pela frente um cenário também positivo para as vendas dos principais derivados da oleaginosa, sobretudo em razão da tendência de aumento da demanda por farelo e óleo no mercado interno no próximo ano.

Foi o que sinalizou a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) em encontro com jornalistas nesta segunda-feira em São Paulo, quando questões como as elevação das tarifas sobre as exportações na Argentina, as incertezas que ainda cercam os preços dos frentes do país ou u eventual extinção do acordo que proíbe que as grandes tradings comprem a matéria-prima de áreas desmatadas na Amazônia depois de 2008 foram colocadas como pontos de atenção, mas não como fatores capazes de influenciar de forma importante o avanço do segmento.

Como informou na sexta-feira, a Abiove estima que a colheita nacional de soja alcançará 122,8 milhões de toneladas em 2019/20, 4,2% acima de 2018/19 e volume 27,1% maior que o previsto pela Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) para aquele país na temporada (96,6 milhões). Segundo a entidade, as exportações brasileiras do grão deverão crescer 3 milhões de toneladas e chegar a 75 milhões no ano que vem, ante as 48,3 milhões de toneladas projetadas pelo USDA para os embarques americanos. Como calcula um preço médio das vendas externas estável em US$ 360 por toneladas, a Abiove projeta a receita das vendas externas do grão do Brasil em US$ 27 bilhões, ante os US$ 25,9 bilhões previstos para 2019.

Tendo em vista que em 2018 as exportações do grão bateram o recorde de US$ 33,2 bilhões, referentes a 83,3 milhões de toneladas, a recuperação será apenas parcial, mas ainda porque a demanda da China, que lidera com folga as importações mundiais de soja, deverá continuar menor do que já foi em virtude da epidemia de peste suína africana que tem reduzido o plantel de porcos do país de forma expressiva — e, com isso, também a demanda chinesa por farelo para rações para alimentar os animais. A Abiove manteve sua previsão apesar de EUA e China terem anunciado na sexta-feira um armistício na guerra comercial que travam desde meados de 2018, num sinal de que não acredita que o Brasil perderá espaço no mercado de seu maior parceiro no segmento.

A entidade também garante que o volume previsto continuará a ser garantido com a continuidade da moratória da soja na Amazônia, já que as tradings continuam a não comprar o grão de área desmatadas no bioma depois de 2008. E vê fretes mais caros no ano que vem, mas sem interrupções no escoamento.

Mesmo em relação aos preços, afirmou André Nassar, presidente da entidade, o entendimento sino-americano poderá provocar mudanças apenas modestas, já que uma possível valorização mais sustentada na bolsa de Chicago tende a ser compensada pela redução dos prêmios nos portos brasileiros. “De qualquer forma, defendemos desde o início que uma guerra comercial entre EUA e China é ruim, porque gera distorções no nosso mercado, até pelos subsídios concedidos por Washington a seus produtores, e incertezas na economia global”, disse.

E, se não teme perder mercado para a soja em grão na China mesmo que o arrefecimento da guerra, a Abiove renovou suas esperanças de que o país asiático abra seu mercado para o farelo de soja brasileiro. Aparentemente existe boa vontade para tal, mas o fato é que o acordo fitossanitário necessário para que a porta seja aberta ainda não foi assinado. Enquanto isso não acontece, as boas perspectivas para o derivado se concentram no mercado doméstico, já que as exportações de carnes de frango e suína estão em alta — por causa da China —, o que tem estimulado o incremento da produção desses animais no Brasil.

Nesse contexto, a Abiove projeta que a produção doméstica de farelo somará 33,5 milhões de toneladas em 2020, 1,1 milhão a mais que o volume estimado para este ano. Como as exportações deverão cair de 15,8 milhões para 15,3 milhões de toneladas na comparação, o aumento tende a ficar no país. No caso do óleo de soja, é o aumento do percentual obrigatório da mistura de biodiesel no diesel para 12% a partir de março que anima a indústria — a entidade prevê que a produção vai crescer de 8,6 milhões para 8,8 milhões de toneladas, enquanto calcula que as exportações deverão recuar de 1 milhão para 300 mil toneladas.

“O cenário é mais favorável para os derivados, mas a indústria ainda enfrenta problemas com créditos de ICMS acumulados que não consegue utilizar — 100% do farelo vendido no mercado doméstico é desonerado, e há crédito presumido, por exemplo. Esperamos que a reforma tributária em discussão resolva esse problema, caso contrário as margens serão reduzidas”, afirmou Nassar. Dado o atual panorama do mercado doméstico, a Abiove não acredita que as novas taxas sobre as exportações argentinas terá influência relevante sobre os negócios das companhias instaladas no Brasil.

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Fonte: Valor Econômico

14. Trigo argentino é mais barato que americano mesmo com nova taxa, diz analista

Mesmo com a decisão do governo argentino de criar novos impostos para exportação de grãos, o trigo do país vizinho continuará mais competitivo que o americano ou de outros países para os importadores brasileiros avalia o analista Luiz Pacheco, da T&F Consultoria.

Em um exercício simples, levando em consideração os valores atuais de negociação, o preço do trigo argentino FOB (custos de transporte pagos pelo comprador) passaria dos atuais US$ 199 para US$ 216,91 a tonelada. Com um preço médio do frete de US$ 18 a tonelada, o cereal chegaria ao Brasil a US$ 234,19 a tonelada. O produto americano chega atualmente aos portos do Nordeste a US$ 279,74, se considerada a tarifa de importação (TEC) de 10%, e a US$ 249,10 dentro da cota de 750 mil toneladas sem TEC, esclarece Pacheco.

Além disso, ele lembra que, para não perder mercado, é possível que as tradings argentinas não repassem os impostos aos compradores e que o custo adicional fique com o produtor argentino. “E ainda temos dúvida se as retenciones serão cobras a partir dos novos embarques ou dos registros”.

Com medo das medidas do peronista de centro-esquerda Alberto Fernández, as tradings argentinas já tinham acelerado as compras de trigo dos produtores locais, segundo o analista. Foram 11,6 milhões de toneladas registradas até a semana passada, das quais 2,9 milhões negociadas com o Brasil e 1 milhão de toneladas já entregues até o fim de novembro, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

“A necessidade brasileira será de 5,5 milhões de toneladas, pelo menos, então haverá necessidade de vender ao Brasil mais 2,6 milhões de toneladas. Se a Argentina não puder fornecer esse volume, o governo brasileiro poderá aumentar (dobrar? triplicar?) a atual cota libre de TEC para países de fora do Mercosul, como EUA, Canadá e Rússia”, diz Pacheco em relatório.

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Fonte: Valor Econômico

15. Com acordo “fase 1” entre China e EUA, preços da soja, trigo e milho disparam

O recente anúncio do fechamento de um acordo, considerado “fase 1” entre China e Estados Unidos gerou fortes elevações em todos os contratos de commodities agrícolas negociadas nesta segunda-feira, 16, na Bolsa de Chicago.

Os Estados Unidos e a China devem assinar a fase um do acordo comercial na primeira semana de janeiro, em Washington, afirmou o representante de comércio norte-americano, Robert Lighthizer, no último domingo, 15;

“O acordo será assinado por ministros e não pelos presidentes Donald Trump e Xi Jinping”, disse.

Lighthizer ainda afirmou que não haverá a imposição de tarifas enquanto os dois países estiverem esperando o acordo, que não tem um prazo inicial de vigência.

“As negociações da segunda fase devem começar em breve e, embora não tenha data definida, devem começar antes das eleições de novembro de 2020”, afirma.

O representante dos Estados Unidos também confirmou algumas informações indicando que as compras de produtos norte-americanos pela China devem somar US$ 200 bilhões. Deste total, US$ 40 bilhões serão de produtos agrícolas.

Preços disparam

Os contratos da soja em grão registram preços significativamente mais altos nas negociações desta segunda-feira, 16, na Bolsa de Chicago (CBOT). A oleaginosa avança cerca de 1% e atinge o melhor patamar em um mês, reflexo da “fase um” do acordo fechado entre Estados Unidos e China, que deve representar um aumento na demanda chinesa pelos produtos agrícolas norte-americanos.

Os contratos com vencimento em janeiro de 2020 operam cotados a US$ 9,16 por bushel, alta de 8,50 centavos, ou 0,93%, em relação ao fechamento anterior.

Os contratos do milho têm preços bem mais altos na sessão desta segunda-feira,16, na Bolsa de Chicago (CBOT). O mercado chegou a atingir o melhor patamar desde 4 de novembro, reflexo no fechamento da “fase um” do acordo entre os Estados Unidos e a China, que deve elevar a demanda pelos produtos agrícolas norte-americanos.

Os contratos com vencimento em março de 2020 operam cotados a US$ 3,87 por bushel, alta de 6,25 centavos, ou 1,64%, em relação ao fechamento anterior.

Os contratos do trigo operam com preços mais altos nas negociações desta segunda-feira, 16, na Bolsa de Chicago (CBOT). Mais cedo, o cereal chegou a bater no melhor nível desde 3 de dezembro, em meio ao fechamento da “fase um” do acordo entre os Estados Unidos e China, que deve representar um aumento na demanda pelos produtos agrícolas norte-americanos.

A posição março de 2020 registra avanço de 7,75 centavos, ou de 1,42%, a US$ 5,40 por bushel.

Notícia na íntegra.

Fonte: Canal Rural

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