Conjuntura do Agronegócio

1. Balança tem superávit de US$ 721 milhões na 4ª semana de março

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 721 milhões na considerada quarta semana de março, resultado de exportações no valor de US$ 4,340 bilhões e importações de US$ 3,619 bilhões, informou nesta segunda-feira (25) a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

No mês, as exportações somam US$ 14,252 bilhões e as importações, US$ 9,998 bilhões, com saldo positivo de US$ 4,254 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 49,158 bilhões e as importações, US$ 39,006 bilhões, com saldo positivo de US$ 10,152 bilhões.

A média das exportações da quarta semana chegou a US$ 868 milhões, 21,2% abaixo da média de US$ 1,101 bilhão até a terceira semana, em razão da queda das exportações nas três categorias de produtos: básicos (-24,1%, de US$ 609,2 milhões para US$ 462,4 milhões, por conta de petróleo em bruto, soja em grão, farelo de soja, café em grão, carnes de frango e bovina); manufaturados (-23,0%, de US$ 367,6 milhões para US$ 283,0 milhões, em razão de máquinas e aparelhos para terraplanagem, automóveis de passageiros, óxidos e hidróxidos de alumínio, veículos de carga, tubos flexíveis de ferro ou aço) e semimanufaturados (-1,5%, de US$ 124,5 milhões para US$ 122,6 milhões, em razão de ferroligas, ouro em formas semimanufaturadas, alumínio em bruto, madeira serrada ou fendida, açúcar em bruto).

Nas importações houve crescimento de 2,1% sobre igual período comparativo (média da quarta semana, US$ 723,8 milhões sobre a média até a terceira semana, US$ 708,8 milhões), explicada, principalmente, pelo aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, cereais e produtos da indústria da moagem, farmacêuticos, peixes e crustáceos, alumínio e suas obras.

Mensal

Nas exportações, comparadas as médias até a quarta semana de março (US$ 1,018 bilhão) com a de março de 2018 (US$ 939,4 milhões), houve crescimento de 8,4%, em razão do aumento nas vendas de produtos básicos (+17,8%, de US$ 472,6 milhões para US$ 556,8 milhões, por conta, principalmente, de petróleo em bruto, soja em grão, café em grão, algodão em bruto, minério de ferro, farelo de soja) e produtos semimanufaturados (+2,6%, de US$ 120,7 milhões para US$ 123,8 milhões, por conta de produtos semimanufaturados de ferro ou aço, ouro em formas semimanufaturadas, ferro fundido, alumínio em bruto, ferro-ligas).

Já os produtos manufaturados apresentaram queda nas vendas (-2,5%, de US$ 346,1 milhões para US$ 337,4 milhões, por conta de veículos de carga, óleos combustíveis, automóveis de passageiros, tratores, laminados planos de ferro ou aço, açúcar refinado).

Relativamente a fevereiro/2019, houve crescimento de 25,0%, em virtude do aumento na venda das três categorias de produtos: básicos (+33,2%, de US$ 418,1 milhões para US$ 556,8 milhões); semimanufaturados (+25,5%, de US$ 98,7 milhões para US$ 123,8 milhões) e manufaturados (+13,3%, de US$ 297,8 milhões para US$ 337,4 milhões).

Nas importações, a média diária até a quarta semana de março, de US$ 714,2 milhões, ficou 8,6% acima da média de março do ano passado (US$ 657,6 milhões). Nesse comparativo, cresceram os gastos, principalmente, com cereais e produtos da indústria da moagem (+87,0%), adubos e fertilizantes (+53,9%), plásticos e obras (+15,3%), combustíveis e lubrificantes (+13,3%) e equipamentos eletroeletrônicos (+8,1%).

Ante fevereiro/2019, houve crescimento de 13,2%, pelos aumentos em veículos automóveis e partes (+42,1%), combustíveis e lubrificantes (+37,2%), equipamentos eletroeletrônicos (+16,7%), plásticos e obras (+14,6%) e equipamentos mecânicos (+11,8%).

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Fonte: Valor Econômico

2. Meio Ambiente e BNDES se reúnem para tratar do Fundo Amazônia

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, reuniram-se nesta sexta-feira, 22, no Rio de Janeiro para tratar do Fundo Amazônia, informou, em nota, o BNDES. O fundo, resultado de doações dos governos da Noruega e Alemanha e da Petrobras, foi estabelecido em 2008 e, desde então, já desembolsou mais de R$ 1 bilhão em mais de 100 projetos executados por órgãos da administração direta federal e estadual, universidades, e instituições da sociedade civil. Ele é gerido por representantes dos governos federal e estaduais (da região da Amazônia Legal) e da sociedade civil.

Conforme a nota do BNDES, a área técnica do banco de fomento reviu todo o material relativo ao Fundo Amazônia e esclareceu dúvidas do MMA sobre a metodologia de prestação de contas existente no passado, incluindo os mecanismos de acompanhamento de gastos e desembolso de recursos. O ministro do MMA, por sua vez, disse que agora "o objetivo é olhar para a frente" e que o governo deverá propor novos elementos de orientação para o fundo com foco reforçado, entre outros, no monitoramento do desmatamento, aceleração do cadastro ambiental rural (CAR) e programas de regularização ambiental.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Revista Globo Rural

3. Ministro não descarta novas usinas na Amazônia; critica "ideologia" de licenças

O Brasil está aberto a avaliar novos projetos hidrelétricos na região daAmazônia, mas a decisão por eventuais empreendimentos tem que se basear em uma análise técnica, disse nesta segunda-feira o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, criticando o que apontou como interferência "ideológica" em processos de licenciamento ambiental.

Ao falar durante seminário da Associação Brasileira de Relações Institucionais (Abrig), Sallesdefendeu que o órgão ambiental Ibama avalie projetos e riscos a eles relacionados "em uma base estritamente técnica".

"É importante lembrar: licenciamento ambiental não é um instrumento para dizer não. Ele é um instrumento para dizer em que condições sim".

Segundo o ministro, o trabalho do Ibama é pesar benefícios e riscos de cada projeto para ao final da análise decidir se há medidas que possam ser impostas para mitigar os riscos, permitindo o avanço do empreendimento.

Ele reconheceu que a Amazônia é uma região "sensível" devido à sua biodiversidade, ressaltando ainda que a construção de hidrelétricas ali não deve ser analisada da mesma maneira que em outras regiões do país.

O ministro ainda criticou decisões de governos anteriores em processos de licenciamento ambiental, que segundo ele foram baseadas em "dogmas" e em uma visão "completamente ideológica", o que teria na prática prejudicado o meio ambiente.

Um desses exemplos, de acordo com o ministro, está no caso de um linhão de transmissão projetado para conectar o Estado de Roraima ao sistema elétrico interligado brasileiro, que aindanão obteve licença ambiental.

Sem a linha, Roraima segue dependente de térmicas e importações de energia da combalida Venezuela, o que resultou anteriormente em blecautes constantes no Estado.

"Sob o ponto de vista ambiental, a pior decisão foi ter impedido a construção do linhão", disse Salles.

"A energia gerada no local (Roraima) é a mais anti-ambiental, que é a energia gerada de combustível fóssil."

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Fonte: Reuters/Notícias Agrícolas

Insumos

4. Insatisfação entre caminhoneiros pode disparar nova greve, diz entidade

Uma das entidades que representam caminhoneiros autônomos do país, Abcam, informou nesta segunda-feira que o nível de insatisfação da categoria está "muito grande" e que isso poderá resultar em uma nova greve dos motoristas, em meio a rumores sobre paralisação no final deste mês.

Segundo a entidade, fundada em 1983 e que afirma representar 600 mil caminhoneiros autônomos do país, "são inúmeros telefonemas e mensagens de insatisfação com o atual piso mínimo de frete, bem como a falta de fiscalização para o seu cumprimento".

"A entidade vem percebendo uma insatisfação muito grande da categoria o que pode refletir em uma possível nova paralisação."

A Abcam afirmou que espera para 10 de abril a divulgação de estudos pelo Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (Esalq-Log), da Universidade de São Paulo (USP), sobre uma nova metodologia para a tabela de fretes, criada no governo de Michel Temer no ano passado como forma de encerrar a greve que paralisou o país por 11 dias no final de maio.

"Antes disso acontecer, qualquer medida seria intempestiva", informou a Abcam.

Caminhoneiros têm protestado há meses sobre problemas na implementação da tabela. Em dezembro, um bloqueio interditou parcialmente a BR-116 no Rio de Janeiro, depois que o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter concedido liminar impedindo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de multar transportadores que não seguirem os fretes rodoviários mínimos. [nL1N1YF091]

"A Abcam espera que não seja necessário chegar uma nova e traumática paralisação. A entidade conta com o diálogo e a aproximação com o novo Governo Federal (...) Apesar disso, a entidade entende que a categoria é soberana em suas escolhas", afirmou a entidade.

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Fonte: Reuters/Notícias Agrícolas

5. Mudanças no zoneamento agrícola e no direcionamento do serviço meteorológico vão reforçar seguro rural

Mudanças em curso, como o aprimoramento do zoneamento agrícola e o direcionamento dos serviços de meteorologia para a atividade agrícola, fazem parte da reestruturação do seguro rural, que deverá ter seu valor aumentado no Plano Safra deste ano a atender a um maior número de produtores. “Estamos focando nossa energia na política agrícola, em modernizar o zoneamento e inserir novos modelos de produção. Hoje, as pessoas fazem rotação de culturas diferenciadas para tentar se adaptar ou ficar mais resilientes à mudança climática. E isso tem que ser incorporado ao zoneamento, porque impacta diretamente no seguro. E isso tudo bebe da fonte da meteorologia”, declarou o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eduardo Sampaio.

O secretário participou nesta segunda-feira (25) no Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) de seminário, que marcou o Dia Meteorológico Mundial, ocorrido sábado (23). Sampaio destacou a importância de intensificar o uso de informações climáticas do Inmet para facilitar o trabalho dos agricultores e para a definição de políticas do setor.

“Há um consenso entre nós todos, no nível técnico e político, de que temos que reforçar o seguro rural e isso não pode ser feito sem reforçar a base que é o zoneamento agrícola de risco climático”, avaliou.

O zoneamento agrícola permite ao produtor rural identificar o melhor período de plantio de culturas nos diferentes tipos de solo para evitar riscos de perdas relacionadas a fenômenos climáticos adversos. “Em um cenário de mudanças do clima, o governo precisa tomar decisões com base em informações científicas fidedignas, que impactam no desenho das políticas públicas”, afirmou o secretário.

Equilíbrio entre produção e a proteção

O secretário adjunto de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Pedro Correa Neto, que participou do evento no Inmet, lembrou da responsabilidade humana no monitoramento e adaptação às mudanças do clima. “O nosso combate é diário para que a produção brasileira seja reconhecida como sustentável, adotando as melhores práticas agropecuárias que contemplam o equilíbrio entre a produção e a proteção”.

O diretor do Inmet, Francisco Diniz, que representa a Organização Meteorológica Mundial (OMM) no Brasil, alertou para o aumento da frequência de situações climáticas extremas no mundo. “Se a gente pegar os últimos 30 anos, houve aumento de eventos extremos na Terra, saindo de algo de 300 por ano para 600 por ano. Um aumento muito significativo”.

Participaram do seminário representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), dos serviços de monitoramento climático da Aeronáutica, da Marinha, da Agência Nacional de Águas (Ana), além da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

O Dia Mundial da Meteorologia, celebrado em 23 de março, foi instituído pela OMM para destacar os serviços diários de previsão do tempo e monitoramento do clima. O tema deste ano é “O Sol, a Terra e o Tempo”, com o objetivo de ressaltar a fonte solar de energia para a vida na terra e sua influência no tempo, nas correntes oceânicas e no ciclo hidrológico.

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Fonte: Mapa/Notícias Agrícolas

6. Grande maioria dos microrganismos ainda não foram estudados

Um estudo publicado na mSystems descobriu que os microrganismos desconhecidos podem responder por até 81% dos gêneros bacterianos que vivem fora do nosso corpo. De acordo com a pesquisa, realizada pela Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos, tais organismos poderiam esconder a chave para novas drogas ou nos ajudar a entender a vida em ambientes extremos, como aqueles em outros planetas.

Para estimar o número aproximado desses microrganismos, Karen Lloyd, microbiologista da Universidade do Tennessee, e seus colegas, compararam as sequências conhecidas de DNA microbiano com o conjunto de espécies que já foram cultivadas. De lá, eles deduziram que uma fração de microrganismos teria sido sequenciada, mas nunca estudada em laboratório. "Estamos descobrindo numericamente que a maioria dos micróbios terrestres são seres sobre os quais não aprendemos nada", ressalta a pesquisadora.

Muitos habitam lugares escondidos, como os abismos oceânicos ou sob os solos gelados do Ártico. Além disso, alguns só conseguem crescer de forma muito mais complexa, em ambientes naturais, explica Laura Abraço, microbiologista ambiental da Universidade de Waterloo que não esteve envolvida no estudo. "Eles conseguem o que precisam de sua comunidade, por isso não é possível cultivá-los isolados", acrescenta.

"Fizemos grandes progressos com os microrganismos conhecidos e pode haver ainda mais descobertas esperando por nós entre eles [aqueles que não estão estudando]. Isso deixa a porta aberta para todos os tipos de descobertas notáveis”, finaliza Lloyd.

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Fonte: Agrolink

Proteína Animal

7. EUA marcam para junho visita a frigoríficos no Brasil

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) enviará uma missão sanitária ao Brasil entre os dias 10 e 28 de junho para avaliar a possível reabertura do mercado americano à carne bovina in natura do país, conforme antecipado nesta segunda-feira pelo Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.

Ontem, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, informou o presidente Jair Bolsonaro sobre a vinda dos técnicos do governo americano. Somente após a inspeção aos abatedouros é que os EUA poderão dar a palavra final ao Brasil.

“Temos que fazer nossa parte, mostrar que estamos fazendo tudo direitinho e que as plantas visitadas cumprem todos os requisitos. Mas a visita ao Brasil é o primeiro passo para a reabertura desse mercado, que esperamos reabrir ainda neste ano”, disse Tereza ao Valor.

A vinda dos técnicos americanos ao Brasil foi costurada durante a visita do presidente Jair Bolsonaro aos EUA, na semana passada. Após o encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os dois países anunciaram, em comunicado conjunto, avanços nas negociações para abertura de mercados agrícolas.

No caso da carne bovina in natura, os frigoríficos estão proibidos de exportar ao país desde junho de 2017. Na ocasião, os americanos suspenderam as compras do produto brasileiro após detectarem abscessos (acúmulo de pus) em lotes de carne provenientes do Brasil. Os problemas foram associados a uma reação do gado à vacina contra o vírus da febre aftosa, o que levou o Ministério da Agricultura a modificar a composição da vacina.

Desde então, o Ministério da Agricultura vem tentando convencer os americanos a reabrir o mercado. O então ministro, Blairo Maggi, chegou a prometer a abertura, mas as tratativas esbarraram no resistência dos pecuaristas dos EUA.

Até o fim do ano passado, o Ministério da Agricultura vinha declarando que não havia mais pendências sanitárias e que o fim do embargo dependia apenas de tratativas políticas entre os governos. Antes mesmo da viagem de Bolsonaro a Washington, porém, o USDA sinalizou que a última inspeção a frigoríficos brasileiros havia completado um ano e que seria preciso uma nova auditoria in loco, como adiantou o Valor.

Embora sejam grandes produtores de carne, os Estados Unidos possuem um mercado consumidor potencial para os cortes do dianteiro — muito demandados para a produção de hambúrguer.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. BNDES empresta R$ 24 milhões para projeto de expansão da Pamplona

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou hoje que aprovou um empréstimo de R$ 24 milhões para a catarinense Pamplona Alimentos, uma das principais exportadoras de carne suína do país.

Em nota, o BNDES informou que os recursos serão utilizados pela Pamplona para dobrar a capacidade de produção de salames e copas na unidade de Rio do Sul (SC). Atualmente, essa unidade tem capacidade para produzir 795 toneladas desses produtos por ano.

A expectativa é que 200 empregos sejam criados durante a fase de ampliação da unidade. Quando as obras estiverem prontas, serão criadas 37 vagas permanentes.

Além dos R$ 24 milhões emprestados pelo BNDES, a Pamplona investirá mais R$ 9 milhões de recursos próprios na ampliação, informou o banco estatal.

Fundada em 1948, a Pamplona tem capacidade para produzir cerca de 15 mil toneladas de alimentos processados (presunto, linguiça, entre outros) por ano.

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Fonte: Valor Econômico

9. Brasil vai poder exportar gado vivo para o Cazaquistão

O Brasil vai poder exportar animais vivos ao Cazaquistão. Na sexta-feira, dia 22, o secretário de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura, José Guilherme Leal, e a vice-ministra de Agricultura do Cazaquistão, Gulmira Isayeva, assinaram um certificado zoossanitário.

“Esse acordo representa mais uma abertura de mercado para a exportação de gado brasileiro. É um reconhecimento do alto padrão genético do Brasil”, comentou Leal.

O encontro aconteceu na secretaria de defesa agropecuária com a participação de representantes da secretaria de comércio e relações internacionais, que receberam a comitiva da República do Cazaquistão para negociar os requisitos zoossanitários previstos para a exportação de bovinos vivos.

“Para o nosso país é muito importante desenvolver a cooperação com o Brasil na área agropecuária. A assinatura abre caminho para cooperação no comércio entre os países”, afirmou a vice-ministra de Agricultura do Cazaquistão, Gulmira Isayeva.

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Fonte: Canal Rural

Agroenergia

10. Preço do etanol sobe para motoristas, mas cai para produtores

Os preços do etanol hidratado (que abastece diretamente os tanques dos veículos) subiram para os motoristas da grande maioria dos Estados do país na semana passada, acompanhando a valorização da gasolina, mas os valores pagos aos produtores continuaram em queda.

De acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizado na semana móvel encerrada no dia 23, o biocombustível registrou alta em 22 Estados no período e caiu em apenas em três Estados e no Distrito Federal.

Como o movimento acompanhou a alta da gasolina, o etanol manteve sua vantagem econômica nos quatro Estados onde vem sendo mais competitivo: São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Desde o início do mês, a Petrobras já elevou em 10,81% o preço médio da gasolina A (vendida às distribuidoras, ainda sem mistura ao etanol anidro) nas refinarias. No ano, o reajuste já chegou a 22,9%.

Para os produtores, porém, os preços do etanol hidratado continuam em queda. Na semana entre os dias 18 e 22, o indicador Cepea/Esalq para o etanol pago às usinas de São Paulo ficou em R$ 1,7686 o litro. Foi uma queda de 4,57% em apenas uma semana, e o valor médio voltou ao menor patamar desde a segunda semana de fevereiro, quando o mercado doméstico ainda estava pressionado por estoques elevados.

Em Goiás, os preços pagos aos produtores também vêm registrando consecutivas quedas nas últimas semanas. O indicador Cepea/Esalq para o etanol hidratado entre os dias 18 e 22 recuou 6,67% ante a semana anterior, para R$ 1,4794 o litro - o menor valor também desde a segunda semana de fevereiro.

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Fonte: Valor Econômico

11. Tereos reduz custo e se adapta ao novo perfil de consumo de açúcar

Há dois anos navegando em meio a preços historicamente baixos do açúcar, o grupo francês Tereos, que alcançou a segunda posição no ranking global de produção da commodity na safra passada (2017/18), com 5,3 milhões de toneladas, deu início no ciclo atual (2018/19) a mudanças tanto em sua estrutura produtiva como na comercialização. Com a estratégia em curso, a empresa, com forte presença no Brasil, quer obter uma redução de custos de € 200 milhões até 2022 e busca se ajustar à nova geografia de consumo do adoçante.

O objetivo dos investimentos que estão sendo feitos para isso, de valor não revelado, é garantir a competitividade das operações em um momento em que "a queda dos preços [do açúcar] demanda esse tipo de esforço", afirmou Alexis Duval, CEO global da Tereos, ao Valor. Para financiar os aportes, a Tereos, que faturou € 5 bilhões na safra 2017/18, continua estudando a possibilidade de abrir capital, já apresentada em assembleia de acionistas em 2018. Um estudo sobre um IPO segue em andamento e sua conclusão deverá ser apresentada aos acionistas na próxima assembleia, em junho.

Um dos pontos centrais do plano prevê o ingresso da estrutura produtiva da companhia - hoje composta de 49 fábricas espalhadas por 13 países - na quarta revolução industrial ("indústria 4.0"), que deverá responder por 15% da meta de redução de custos. A digitalização da estrutura produtiva se somará a outras mudanças que já vem sendo adotadas. Uma delas é a implantação de sensores nas usinas para captar informações, que posteriormente poderão ser analisadas para melhorar o desempenho industrial. Outra é o uso de inteligência artificial capaz de complementar informações posteriormente interpretadas por equipes especializadas para auxiliar trabalhadores do chão de fábrica. Segundo Duval, os aportes em digitalização já realizados garantem economias da ordem de R$ 100 milhões a R$ 150 milhões anuais.

Embora de DNA francês, a Tereos elegeu o Brasil para abrigar seu polo global de inovação. O país hoje representa cerca de 20% da receita global da companhia, pouco atrás dos 26% de participação da França. As novas tecnologias serão testadas em uma das oito plantas da companhia no país e depois serão "exportadas" às demais unidades no mundo. Mudanças na área agrícola também estão em curso para elevar a produtividade. No Brasil, a companhia francesa ambiciona alcançar uma produtividade de 100 toneladas de cana colhidas por hectare, ante uma média nacional inferior a 80 toneladas por hectare.

Além de reduzir custos e melhorar a produtividade, a aposta na digitalização também visa a aperfeiçoar a qualidade de produtos e processos - nesse sentido, Duval destaca a economia de água, por exemplo. Mas os ajustes da Tereos em sua organização não são apenas "da porta para dentro". A companhia também está engendrando esforços para se adaptar às transformações da demanda por açúcar, que tem diferentes perfis em cada região do globo.

"De modo geral, o consumo de açúcar no mundo está caindo. Isso tem duas consequências: temos que saber como atender ao novo perfil de demanda dos consumidores em mercado tradicionais e como vender para os mercados que estão crescendo. Por isso, a exportação deve ser mais importante do que no passado", explicou. Em 2018, a Tereos abriu escritórios comerciais no Vietnã e na África do Sul, um ano depois de ter inaugurado representações no Quênia e na Índia. Neste ano, a ordem é continuar a expandir rede comercial com foco na Ásia e na África, que são as regiões onde o consumo tende a continuar em expansão.

A participação da Tereos na comercialização global de açúcar ainda é pequena, se comparado ao tamanho da empresa no mundo da produção. Na safra passada, a recém-criada Tereos Commodities, braço de trading da companhia, comercializou 1,5 milhão de toneladas de açúcar, ou apenas 2,5% do comércio global. Com o início da parceria com a operadora ferroviária VLI no Brasil, a empresa espera aumentar sua fatia no mercado internacional de açúcar bruto "no médio prazo", disse Duval.

Já nos mercados mais desenvolvidos, como a Europa, onde os consumidores estão buscando substitutos naturais para o açúcar, o plano da Tereos não é virar as costas, mas buscar atender ao novo perfil da demanda. "Antes, a escolha por produtos naturais era só uma questão de custo para os consumidores. Mas em três a quatro anos, as coisas mudaram", afirmou o executivo.

Mesmo em mercados emergentes o grupo quer se aproximar dos consumidores para atender à demandas específicas. Atualmente, a Tereos conta com laboratórios no mundo nos quais realiza testes de novas receitas e produtos em conjunto com as indústrias de alimentos que atende. São três laboratórios, um na Europa e dois na Ásia. E, conforme Duval, "provavelmente em 2020" a companhia abrirá seu quarto laboratório, no Brasil.

O executivo acredita que os baixos preços de açúcar não serão eternos, mas avalia que é preciso mais de um ano com déficit de oferta para justificar investimentos em capacidade produtiva. Sua principal expectativa para o mercado, agora, é com o RenovaBio no Brasil, que pode dar direcionamento não apenas ao mercado de etanol no país, mas também ao de açúcar, observou.

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Fonte: Valor Econômico

12. São Martinho aprova entrada de recursos que somam mais de R$ 350 milhões

Nesta segunda-feira (25), o grupo São Martinho, importante empresa do setor sucroenergético do Brasil, informou que seu conselho de administração aprovou uma captação de 75 milhões de dólares (aproximadamente R$ 290 milhões de reais), com prazo de vencimento em até sete anos, a contar do primeiro desembolso.

O conselho da São Martinho também aprovou contratação de financiamento de até 64 milhões de reais, com prazo de vencimento em até 15 anos.

Juntos, os recursos equivalem a, aproximadamente, R$ 354 milhões.

O anúncio foi realizado algumas horas após a Raízen divulgar a captação de 900 milhões de reais por meio de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e a contratação de uma nova linha sindicalizada, no valor de 500 milhões de dólares.

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Fonte: Reuters/NovaCana

Grãos e Grandes Culturas

13. ADM estima perdas operacionais com inverno rigoroso nos EUA

O inverno causou mais problemas que o normal para a Archer Daniels Midland Company (ADM) no primeiro trimestre na América do Norte, principalmente no Meio-Oeste americano.

Em nota, a multinacional, uma das maiores de agronegócios do mundo, informa que fortes tempestades de neve e chuva no início deste mês afetaram suas operações de originação e de soluções de carboidratos.

A companhia estima que o impacto negativo desses problemas em seus lucros operacionais antes de impostos ficará entre US$ 50 milhões a US$ 60 milhões no primeiro trimestre.

“O transporte ferroviário foi interrompido em toda a região. Nosso complexo de processamento de milho em Columbus, Nebraska (EUA), foi desativado devido a inundações e atualmente está operando a taxas reduzidas, e condições fluviais desfavorávei desde dezembro estão limitando severamente os movimentos de transporte de barcaças e as atividades portuárias”, apontou comunicado.

Ainda de acordo com a ADM, no início do trimestre temperaturas frias severas e tempestades de neve afetaram algumas das instalações de processamento de soluções de carboidratos no Centro-Oeste dos EUA.

Em 2018, a ADM registrou lucro líquido de US$ 1,8 bilhão, crescimento de 13,5% na comparação com 2017. No ano passado, as vendas da trading renderam US$ 64,3 bilhões, aumento anual de 5,7%, e o lucro operacional ficou em US$ 546 milhões em originação, avanço de 35% na comparação o ano anterior.

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Fonte: Valor Econômico

14. Josapar, dona da marca Tio João, lucrou R$ 30,3 milhões em 2018

A Josapar, empresa de alimentos dona das marcas de arroz Tio João e Meu Biju e da linha SupraSoy, registrou lucro líquido de R$ 30,3 milhões no ano passado, 19,7% mais que em 2017 (R$ 25,31 milhões). A receita líquida de vendas aumentou 3,5% na comparação, para R$ 1,11 bilhão.

Balanço publicado pela empresa indica que o Ebitda (resultado da atividade operacional antes de juros impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 81,4 milhões, ou 7,4% das vendas líquidas. No exercício anterior, o Ebitda ficou em R$ 82,8 milhões e representou 7,8% das vendas líquidas.

“A pressão nas margens, ocasionadas pelo movimento de queda no preço da matéria-prima colaboraram para o menor resultado operacional permitindo, no entanto, uma menor necessidade de capital de giro operacional no decorrer do exercício”, diz o texto que acompanhou a divulgação dos resultados.

No encerramento de 2018, o endividamento bancário líquido, considerando os financiamentos para investimentos, somavam R$ 432 milhões. As despesas financeiras líquidas no exercício foram de R$ 29,2 milhões.

Considerando o saldo do endividamento bancário líquido da empresa e subtraindo deste valor as contas de clientes, estoques e adiantamentos a fornecedores, o saldo ajustado é um capital de giro próprio de R$ 159 milhões, ante R$ 176 milhões em 2017. “O nível de endividamento da empresa está em linha com a estratégia operacional”, alega a Josapar.

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Fonte: Valor Econômico

15. Louis Dreyfus Company lucrou quase 6% mais em 2018

A francesa Louis Dreyfus Company (LDC), uma das maiores empresas de agronegócios do mundo, informou hoje que registrou lucro líquido de US$ 335 milhões em 2018, 5,7% mais que em 2017. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de operações contínuas da companhia cresceu 31% na comparação e atingiu US$ 1,048 bilhão.

Em comunicado, a LDC afirma suas divisões de negócios tiveram forte desempenho, com resultados operacionais totais de US$ 1,33 bilhão, aumento de quase 25,8% em relação ao ano anterior. As vendas de ativos, em particular dos negócios globais de metais e de fertilizantes e insumos na Austrália, e a racionalização do portfólio de ativos americanos e australianos de grãos levaram a uma redução dos volumes vendidos na ordem de 8,8%.

Nesse cenário, parcialmente compesnado por preços médios das vendas mais elevados, o faturamento líquido da multinacional caiu 4,1%, para US$ 36,5 bilhões em 2018. “Apresentamos um desempenho muito bom em 2018, apoiados por um forte segundo semestre, como esperado, apesar de vendas e volumes menores devido aos desinvestimentos ”, afirmou, em nota, Ian McIntosh, CEO da Louis Dreyfus Company.

“Continuamos a redirecionar o foco em nossos negócios principais em 2018, enquanto buscamos investimentos estratégicos para crescimento nos principais mercados de originação e destino, e fizemos nossos primeiros investimentos em inovação em alimentos”, completou.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

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