16 de janeiro de 2019

Publicação: Valor Econômico

As lições deixadas pela Autolatina estão vivas na memória.

O engenheiro paulistano Rogelio Golfarb trabalhava na Ford em 1987 quando as direções regionais da montadora americana e da alemã Volkswagen tiveram uma ideia para estancar os prejuízos que se acumulavam, sobretudo, por conta do controle de preços, pelo governo, na época. Criaram uma holding, batizada de Autolatina, que funcionaria como o guarda-chuva, na América do Sul, de operações locais de companhias que continuariam separadas em seus países de origem.

Naquela época, Golfarb atuava na área de planejamento e foi escalado pela chefia para trabalhar na fusão de sinergias com o time alemão. "Aprendemos com os acertos e com o que não funcionou", afirma o executivo, hoje vice-presidente da Ford na América do Sul. Para Golfarb, o momento da criação da Autolatina foi "completamente diferente" de hoje, quando Volks e Ford voltam a se unir numa parceria, agora global. "A aliança de agora não é uma joint venture como foi a Autolatina. É um acordo em áreas de cooperação global", destaca.

"Esta não é uma volta aos tempos da Autolatina", disse ontem o presidente da Ford na América do Sul, Lyle Watters, logo depois que os presidentes mundiais de Volks e Ford, Herbert Diess e Jim Hackett, formalizaram a nova parceria, em Detroit. "Trata-se, agora, de uma oportunidade para redução de custos e de desenvolvimento de produtos", disse.

O mundo mudou. E o Brasil também. Quando a Autolatina surgiu havia um rígido controle de preços por conta de um plano econômico criado para tentar conter uma inflação que no ano da sua criação, em 1987, chegou perto de 400%.

Nessa política de controle, 80% da inflação era o limite de aumento de preços nos automóveis. Em setembro daquele ano, a Autolatina decidiu elevar os preços acima do teto e entrou com uma ação contra o governo. Naquele momento a Autolatina detinha 60% do mercado brasileiro. O resultado vitorioso da empresa, que pelo seu gigantismo tinha mais condições de tomar a frente nesse tipo de atitude, acabou por beneficiar as demais montadoras.

Na joint venture, a Volkswagen ficou com 51% das ações e a Ford, com 49%. As duas montadoras passaram a utilizar plataformas em comum para produzir veículos das duas marcas e as redes de concessionários também continuaram separadas. Um modelo semelhante foi lançado em Portugal, a AutoEuropa, sem sucesso.

Os executivos que trabalharam na holding preferem não comentar o assunto. Mas as coisas começaram a se complicar quando Fernando Collor de Mello assumiu a Presidência da República, em 1990. A abertura do mercado provocou uma reviravolta na oferta de veículos no Brasil.

A cooperação, que cada vez cresce mais na industria automobilística, hoje, está inserida num cenário global completamente diferente. Não se trata mais de reduzir custos para produzir os mesmos carros de sempre. O automóvel se transformou numa extensão da vida conectada das pessoas, como costumam dizer os executivos do setor. Por isso, a rapidez na inovação tecnológica já colocou em xeque todos os fabricantes de veículos.

16 de janeiro de 2019

Publicação: Valor Econômico

Ford e Volkswagen anunciam hoje sua nova aliança.

Há uma grande expectativa, em Detroit, de que a parceria entre a americana Ford e a alemã Volkswagen, que será anunciada hoje, envolva uma cooperação que vá além do segmento de veículos comerciais, como inicialmente previsto. A soma de esforços entre as duas empresas poderia avançar no desenvolvimento conjunto de novas tecnologias, como veículos autônomos. As características do entendimento serão conhecidas a partir das 11h30 (horário de Brasília).

Até a noite de ontem, o assunto era tratado pelas duas montadoras como um segredo guardado a sete chaves. Mas declarações recentes de executivos à imprensa americana deram conta de que as conversas começaram em junho com a perspectiva de compartilhamento de desenvolvimento e produção de veículos comerciais. Mas, no decorrer da discussão apareceram oportunidades em outras frentes.

O foco inicial nos veículos comerciais ficou claro no convite enviado ontem à imprensa e assinado pelas duas montadoras para uma teleconferência hoje. Além dos presidentes mundiais - Jim Kackett, da Ford, e Herbert Diess, da Volks -, estará presente o executivo que comanda a área de veículos comerciais da Volkswagen, Thomas Sedran, além de Jim Farley, que comanda os mercados globais da Ford.

Acordo não envolve fusão e nem tampouco troca de participações acionárias entre as duas montadoras

As empresas já deixaram claro que não haverá fusão e nem tampouco troca de participações. Trata-se de uma aliança global que, ao que tudo indica, visa reduzir custos na pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. As primeiras apostas, em Detroit, voltam-se para o desenvolvimento conjunto de sucessores da van Transit, da Volks, e da picape Ranger, produzida pela Ford, inclusive na Argentina.

A nova parceria entre alemães e americanos provocou muita curiosidade entre outros concorrentes ontem, primeiro dia de apresentação do salão do automóvel de Detroit à imprensa.

"Amanhã vamos descobrir do que se trata, mas parcerias sempre trazem benefícios; a mais clássica é o compartilhamento de custos", disse, a um grupo de jornalistas, Mike Manley, presidente da Fiat Chrysler. Para ele, a indústria automobilística tende a continuar fazendo acordos entre empresas do próprio setor e de outras indústrias.

"A experiência de estar dentro de um carro, hoje, envolve um tipo de tecnologia que prevê maior integração à vida pessoal", disse. Por isso, destacou o executivo, aos poucos a indústria automobilística deixa de ter a característica padrão do passado.

No cargo desde julho, o inglês Manley substituiu o italiano Sergio Marchionne, que planejava aposentar-se quando morreu, aos 66 anos, vítima de complicações numa cirurgia. Ontem em uma das suas primeiras entrevistas desde então, Manley, que por vários anos esteve no comando da marca Jeep, comentou o "choque" no processo dessa transição. "Uma das lições que aprendi com Sergio é que você tem a obrigação de mostrar sua liderança", destacou.

Foi de Marchionne, uma das maiores lideranças da história do setor, a ideia de a Fiat adquirir a Chrysler. Na época, ninguém queria ficar com a montadora americana, que já havia recebido empréstimos do governo americano para não ir à bancarrota. Uma nova empresa, a FCA, foi formada e hoje as vendas da Chrysler ajudam a Fiat a brilhar em vários mercados, inclusive no Brasil. Antes de morrer, Marchionne conseguiu quitar as dívidas dos empréstimos.

O interesse nas alianças está por todos os lados. Ontem, em Detroit, o presidente mundial da Toyota, Akio Toyoda, apareceu no palco dirigindo a nova versão de um esportivo que havia deixado de ser produzido há 17 anos. O renascimento do modelo, o Supra, que volta, agora, a ser fabricado, foi possível graças a uma parceria entre a montadora japonesa e a alemã BMW, algo que pareceria improvável há alguns anos. Nesse caso, trata-se de uma cooperação.

Para Manley, da Fiat Chrysler, é importante, em parcerias como a que ele comanda, manter a identidade das marcas. É o que vinha sendo feito na aliança Renault-Nissan-Mitsubishi até o escândalo que envolveu o executivo Carlos Ghosn, preso no Japão há mais de dois meses, acusado de não declarar ganhos na Nissan.

José Luis Valls, presidente da Nissan na América Latina, que há poucos dias passou a acumular o cargo com a vice-presidência na América do Norte, reconhece que "ruídos" como esse atrapalham. Mas ele garante que a aliança entre as três empresas continua forte. "O ritmo dos negócios continua e temos reforçado as sinergias, que são importantes para as operações, inclusive na América Latina", afirma.

11 de Janeiro de 2019 (14:01)

Publicação: Zero Hora - Mundo

General Motors comercializará veículos de baixo custo em países emergentes

O grupo automotivo General Motors (GM) anunciou nesta sexta-feira que vai vender veículos de baixo custo para países emergentes a partir deste ano.

Também anunciou sua intenção de converter sua marca Cadillac em uma fabricante de carros elétricos de luxo para competir com a Tesla.

Os carros de baixo custo, principalmente da marca Chevrolet, serão vendidos em países como Brasil, China, Índia e México, onde também serão fabricados, disse a GM em documentos direcionados a investidores.

Esses veículos também serão exportados para outros países emergentes, mas a GM descarta a comercialização deles na Europa e nos Estados Unidos.

A gigante de Detroit, que está no meio de uma fase de reestruturação, anunciou em novembro o fechamento de fábricas e a eliminação de milhares de empregos nos Estados Unidos, para frustração do presidente Donald Trump.

Com a produção e venda de veículos baratos em países emergentes, a GM espera reduzir seus custos e melhorar sua posição diante das tensões comerciais, limitando o impacto das flutuações cambiais.

A montadora, que se uniu à empresa pública chinesa SAIC, espera produzir pouco mais de dois milhões de carros de baixo custo por ano.

Chega tardiamente, no entanto, neste segmento do mercado em que a Renault-Nissan-Mitsubishi e a alemã Volkswagen já estão presentes.

O grupo americano, que investiu US$ 5 bilhões nessa iniciativa, espera incorporar as últimas tecnologias de segurança em seus veículos e promete que suas emissões de CO2 estarão em conformidade com os padrões exigidos. A GM não deu, no entanto, qualquer detalhe sobre o primeiro Cadillac elétrico.

Não se sabe onde serão montados ou a data de início de sua produção. Também não se sabe que tipo de carro eles serão, se um sedã, um SUV ou um crossover.

O grupo automotivo General Motors (GM) anunciou nesta sexta-feira que vai vender veículos de baixo custo para países emergentes a partir deste ano.

Também anunciou sua intenção de converter sua marca Cadillac em uma fabricante de carros elétricos de luxo para competir com a Tesla.

Os carros de baixo custo, principalmente da marca Chevrolet, serão vendidos em países como Brasil, China, Índia e México, onde também serão fabricados, disse a GM em documentos direcionados a investidores.

Esses veículos também serão exportados para outros países emergentes, mas a GM descarta a comercialização deles na Europa e nos Estados Unidos.

A gigante de Detroit, que está no meio de uma fase de reestruturação, anunciou em novembro o fechamento de fábricas e a eliminação de milhares de empregos nos Estados Unidos, para frustração do presidente Donald Trump.

Com a produção e venda de veículos baratos em países emergentes, a GM espera reduzir seus custos e melhorar sua posição diante das tensões comerciais, limitando o impacto das flutuações cambiais.

A montadora, que se uniu à empresa pública chinesa SAIC, espera produzir pouco mais de dois milhões de carros de baixo custo por ano.

Chega tardiamente, no entanto, neste segmento do mercado em que a Renault-Nissan-Mitsubishi e a alemã Volkswagen já estão presentes.

O grupo americano, que investiu US$ 5 bilhões nessa iniciativa, espera incorporar as últimas tecnologias de segurança em seus veículos e promete que suas emissões de CO2 estarão em conformidade com os padrões exigidos. A GM não deu, no entanto, qualquer detalhe sobre o primeiro Cadillac elétrico.

Não se sabe onde serão montados ou a data de início de sua produção. Também não se sabe que tipo de carro eles serão, se um sedã, um SUV ou um crossover.

11 de Janeiro de 2019

Publicação: Logweb - Notícias

Vendas de caminhões em 2018 sobem 46%

Ainda que a base de 2017 fosse pequena, os resultados de 2018 deixaram as montadoras animadas. Enquanto 2017 fechou com 51.941 caminhões vendidos, 2018 surpreendeu e fechou com 75.987 unidades, um crescimento de 46,3%. Os dados são da Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.

O crescimento foi bem maior que o esperado. Enquanto a Anfavea projetou para 2018 79,5 unidades licenciadas de caminhões e ônibus, o que traria um crescimento para o setor de pesados de quase 25%, o real foram 91.068 unidades, ou seja, um crescimento de 43%.

Outros segmentos também cresceram. Em 2017 foram 1,8 milhão de automóveis vendidos, já 2018 fechou com 2,1 milhões de unidades licenciadas, um crescimento de 13,1%. Comerciais leves passaram de 320 mil para 376 mil unidades, aumentando em 17,5%. Máquinas agrícolas também tiveram crescimento, alcançando 47.777 unidades. Caminhões

O setor de caminhões vinha amargando resultados muito baixos nos últimos anos, mas foi de longe o mercado com maior crescimento em 2018, 46,3%. Das quase 76 mil unidades vendidas, 34.782 foram de veículos pesados (mais de 40 toneladas de PBTC), o que representou 85,5% de alta. O agronegócio, mais uma vez, fez grande diferença no setor, porém, os números ainda estão muito abaixo do alcançado antes da crise.

Destaque também para os médios, caminhões com peso bruto total entre 10 e 15 toneladas, que venderam 7.664 unidades em 2018, um crescimento de 72,7% em relação a 2017.

Já as exportações não tiveram seu melhor ano. O principal fator foi a crise na Argentina, grande destino dos veículos produzidos aqui. Queda nas unidades enviadas ao México também afetaram o resultado. Ainda assim, mesmo retraindo quase 18%, 2018 ainda foi o segundo melhor ano para exportações desde 2008.

As expectativas são boas no setor para 2019. A Anfavea acredita em um crescimento de 15,3% no licenciamento de pesados (caminhões e ônibus) e 11,3% dos leves.

11 de Janeiro de 2019

Publicação: Folha - Economia

Ford lança sistema que faz carro 'conversar' com pedestres e sinais de trânsito

- A Ford vai conectar seus carros a quase tudo. O anúncio da tecnologia que a montadora batizou de C-V2X foi feito na feira de tecnologia CES, em Las Vegas, nos Estados Unidos.

O sistema estabelece a comunicação entre os carros e também desses veículos com os pedestres e as vias. Sinais de trânsito e alertas rodoviários também são reconhecidos e conectados pelo C-V2X.

Segundo executivos da Ford, a tecnologia estará presente em todos os veículos vendidos pela marca nos Estados Unidos a partir de 2022.

Don Butler, diretor da divisão de veículos conectados da Ford, explica que todas as funcionalidades só estarão disponíveis quando a rede 5G de transmissão de dados estiver implementada. Porém, os carros podem conversar entre sim e com os pedestres independentemente de haver alguma conexão via telefonia entre eles.

Por não precisar da interferência de uma torre com sinal de celular, o processamento é muito mais rápido. O mapa interativo que permite que os veículos interajam foi desenvolvido em parceria pela Ford com as empresas Qualcomm, Audi e Ducati.

Dan Butler explica que a tecnologia serve para, por exemplo, aumentar a segurança em cruzamentos sem sinalização semafórica. Os carros podem se comunicar para definir de quem é a preferência. O procedimento vale tanto para automóveis com motorista como para os futuros veículos autônomos.

Um pedestre que esteja prestes a atravessar uma rua distraidamente também pode ser detectado, desde que esteja com um celular reconhecível pelo sistema da Ford. Caso detecte o risco de atropelamento, o carro irá frear por conta própria. As informações são compartilhas em tempo real. O carro pode enviar automaticamente alertas sobre trechos em obras ou objetos na via.

Quando os carros autônomos estiverem nas ruas, Butler diz que outras funções poderão ser acessadas. Ele destaca o sistema de alarme para veículos de emergência. Uma vez acionado, o equipamento avisa aos demais automóveis a necessidade de seguir mais rápido. Os carros abrirão passagem automaticamente.

11 de Janeiro de 2019 (15:10)

Publicação: Maxpress - Releases

GM anuncia nova família global de veículos a partir de 2019

Mark Reuss, presidente da General Motors, confirmou hoje que a empresa irá lançar, a partir deste ano, uma nova família global de veículos de alto volume.

Resultantes de investimentos anunciados em 2015, os novos modelos vão otimizar o complexo portfólio atual e contribuir para que a GM expanda seus negócios em mercados considerados estratégicos.

Até 2020, estes novos produtos vão representar um em cada dez automóveis vendidos pela GM no mundo. Até 2023, esta proporção subirá para um em cada cinco veículos comercializados, sendo 75% do volume total da companhia na América do Sul e 20% na China.

Em sintonia com a estratégia da GM em alinhar sua linha de veículos às novas demandas do consumidor, esta nova família global de veículos será composta por uma série de produtos, incluindo sedãs e SUVs das marcas Chevrolet e Buick, que foram desenvolvidos e validados por um time internacional de especialistas, representantes dos clientes de suas respectivas regiões.

O primeiro modelo a ser revelado é um Chevrolet projetado para atender as peculiaridades do consumidor na China, atualmente o maior mercado em volume para a GM. O evento de apresentação acontece em março naquele país. Nos primeiros 13 meses de produção serão lançados cinco tipos de carrocerias, com oito variações regionais.

A GM está empenhada em oferecer os produtos certos nos mercados certos a fim de maximizar o retorno de seus investimentos. Modelos desta nova família de veículos vão chegar posteriormente a 40 diferentes países, entre eles da América do Sul e México, regiões onde a marca Chevrolet é líder de vendas há anos.

“Os novos modelos vão oferecer visual atrativo, elevada eficiência energética e excelente dirigibilidade, além das mais avançadas tecnologias de conectividade e segurança, muitas delas inéditas em seus respectivos segmentos", antecipa Reuss. General Motors

A General Motors está comprometida em oferecer às pessoas meios de locomoção melhores, mais seguros e sustentáveis. A GM, suas subsidiárias e entidades de joint venture vendem veículos sob as marcas Chevrolet, Cadillac, Baojun, Buick, GMC, Holden, Jiefang e Wuling. Mais informações sobre a empresa e suas subsidiárias, incluindo a OnStar, líder mundial em segurança de veículos, serviços de segurança e informações, a Maven, sua marca de mobilidade pessoal, e a Cruise, sua empresa de veículos autônomos e car sharing, podem ser encontradas em http://www.gm.com.

15 de janeiro de 19

Publicação: automotivebusiness

Déficit da balança de autopeças cresce 11,1% até novembro

Setor acumula saldo negativo de US$ 5,58 bilhões, crise na Argentina reduz crescimento das exportações

A balança comercial de autopeças registrou déficit de US$ 5,58 bilhões no acumulado de janeiro a novembro de 2018, resultado 11,1% acima do apurado em iguais meses do ano anterior. Enquanto as exportações somaram US$ 7,25 bilhões no período, aumento de 7,1% na mesma base de comparação anual, as importações representaram quase o dobro, US$ 12,8 bilhões, alta de 8,8%, segundo dados consolidados pelo Sindipeças, associação que reúne as empresas do setor.

Os três principais destinos de exportação foram Argentina, Estados Unidos e México, nesta ordem. As exportações de autopeças não foram melhores devido à queda de 6,9% do total de embarques para a Argentina, que responde por mais de 26% do total vendido no período. Para lá, o valor fechou em US$ 1,94 bilhão, sempre considerando os 11 meses de 2018 encerrados em novembro.

Já para Estados Unidos e México os resultados foram positivos: para o mercado norte-americano, o Brasil enviou o equivalente a US$ 1,36 bilhão, alta de 23% sobre o mesmo período do ano anterior. Já os mexicanos compraram 53,4% a mais, no total de US$ 884,2 milhões. Com isso, os países tiveram participação de 18,8% e 12,2%, respectivamente, nas exportações brasileiras de autopeças.

Pelo lado das importações, a China continua sendo o principal país de origem: até novembro do ano passado, o país respondeu por 13% das autopeças importadas, com US$ 1,66 bilhão, 17,2% acima do registrado de janeiro a novembro de 2017. A segunda maior exportadora de peças ao Brasil é a Alemanha, com US$ 1,59 bilhão comprados nos onze meses verificados: a alta é de 29,5% e a participação é de 12,4%.

15 de janeiro de 19

Publicação: automotivebusiness

Nissan já soma 300 mil motores produzidos em Resende

Marca foi atingida no fim de dezembro na fábrica brasileira, que opera em dois turnos

Perto do fim de dezembro passado a fábrica da Nissan em Resende (RJ) atingiu a marca de 300 mil motores produzidos. A unidade foi inaugurada em 2014 para fabricar inicialmente os modelos March e Versa e desde então produz sob o mesmo teto o motor 1.6 16V de quatro cilindros e 111 cavalos, um ano depois começou a fazer também o 1.0 12V três cilindros de 77 cavalos.

Segundo a Nissan, o volume de motores produzidos ano a ano tem crescido exponencialmente: em 2017 foram 79.573 unidades e em 2018 foram 105.223, expansão de 33%. A montadora credita o rápido avanço ao sucesso de vendas do SUV compacto Kicks, que usa somente o motor 1.6 com 114 cavalos.

O Kicks é fabricado em Resende desde maio de 2017, vendido no Brasil e também exportado atualmente para Argentina e Paraguai. Já o hatch March e o sedã compacto March produzidos em Resende têm versões que usam ambos os motores (1.0 e 1.6) e além do mercado brasileiro vão para oito países da América Latina.

15 de janeiro de 19

Publicação: automotivebusiness

Daimler aplica € 500 milhões em caminhões autônomos

Companhia vai desenvolver veículo com nível quatro da tecnologia para em circuitos controlados

A Daimler Trucks anunciou que investirá € 500 milhões no desenvolvimento de caminhões autônomos de nível 4, em que o sistema é capaz de conduzir o veículo sozinho em quase todas as situações e, se necessário, estacionar em um lugar seguro para que o condutor assuma o volante. Segundo a companhia, o plano é fornecer a tecnologia primeiro para rodar em circuitos controlados.

A fabricante aposta no potencial da automação de elevar a segurança viária, reduzir os custos operacionais e melhorar a produtividade das operações. A Daimler trabalha no desenvolvimento de caminhões autônomos há alguns anos. Em 2014 apresentou pela primeira vez o Future Truck 2020, um conceito que já indicava a aposta em veículos autoguiados para o futuro.

No Brasil a companhia também investe na tecnologia. A exemplo do que já fazia a Volvo Caminhões em Maringá (PR), a Mercedes-Benz desenvolveu caminhões Axor 3131 para atuar de forma automatizada na colheira de cana-de-açúcar.

14 de janeiro de 19

Publicação: automotivebusiness

Concessionários dos EUA projetam vender 16,8 milhões de veículos em 2019

Número significa queda de 3% sobre os 17,3 milhões de unidades vendidas em 2018

Os concessionários estimam que este ano 16,8 milhões de veículos leves novos devem ser vendidos dos Estados Unidos. Se acertarem a previsão, o desempenho vai ficar cerca de 3% abaixo das 17,3 milhões de unidades comercializadas em 2018, que foi o quarto melhor resultado da história do mercado americano. “Esperamos que o momento positivo continue este ano, com muitos lançamentos e promoções chegando às lojas ainda no primeiro trimestre”, avalia Patrick Manzi, economista sênior da Nada, a associação dos revendedores franqueados dos EUA.

No ano passado os consumidores do país continuaram a abandonar o segmento de automóveis, que representou 31% das vendas (contra 35% em 2017), e seguem comprando mais picapes e SUVs (incluindo os crossovers), que totalizaram 69% dos negócios (ante 65% um ano antes). Há 10 anos essa proporção era de 52% para carros e 48% para os chamados light trucks.

Manzi aponta que um dos principais fatores para o crescimento das picapes e SUVs é o preço baixo do petróleo e da gasolina, aliado ao fato de que alguns crossovers são quase tão econômicos quanto sedãs de grande porte. “Temos visto o aumento da economia de combustível para além dessa ivisão, não apenas em crossovers, mas também em SUVs e picapes tradicionais”, ele destaca.

O economista espera que os preços da gasolina continuem baixos em 2019, não tanto quanto agora, mas o suficiente para não causar pânico e uma volta do consumidor aos automóveis

14 de janeiro de 19

Publicação: automotivebusiness

Wabco vai fornecer à Daimler novo câmbio automatizado

Caminhões da fabricante irão usar nova geração do módulo de controle da transmissão

A Wabco anunciou que vai fornecer à Daimler nova geração de seu módulo de controle de câmbio automatizado para caixas manuais. Segundo o fornecedor, o novo sistema vai equipar diversos tipos de transmissões, com funcionalidades específicas para várias versões de caminhões e ônibus da fabricante no mundo todo, que agrega as marcas Mercedes-Benz, Fuso, Freightliner, Western Star, Thomas Built Buses e BharatBenz, com mais de 500 mil veículos vendidos em 2018.

De acordo com a Wabco, a nova unidade eletrônica de controle da caixa de câmbio robotizada é mais compacta e robusta, mostra avanços no desempenho de trocas de marchas e aumenta o conforto do motorista.

Com mais de 4 milhões de unidades vendidas globalmente desde 1986, quando lançou o sistema, a Wabco informa que lidera o fornecimento do dispositivo de controle de câmbios automatizados. O maior conforto do motorista e a operação mais otimizada traz economia de combustível, o que tornou a automação das transmissões uma tendência mundial, inclusive no Brasil, onde quase 100% dos caminhões pesados e perto de 80% dos semipesados vendidos são atualmente com caixas robotizadas, a maioria equipada com o módulo de controle da Wabco.

“Confirmando nossa liderança de mercado, este último acordo com a Daimler ajudará a Wabco a sustentar seu desempenho acima da média, à medida que avança a penetração global de nosso controle de caixas automatizadas e nós elevamos o padrão tecnológico do sistema para apoiar nossos clientes globalmente”, afirmou Nick Rens, presidente da empresa nas regiões EMEA (Europa, Oriente Médio e África).

14 de janeiro de 19

Publicação: automotivebusiness

FCA aceita pagar US$ 800 milhões para encerrar processo sobre fraude de emissões

Valor inclui US$ 311 milhões em penalidades civis e até US$ 280 milhões para cobrir queixas de proprietários

A FCA Fiat Chrysler aceitou pagar o valor de US$ 800 milhões ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos e da Califórnia para encerrar ações que envolvem acusações de fraude nos testes de emissões em motores diesel, com o uso de software para “enganar” testes de bancada – mesmo motivo pelo qual ficou conhecido o escândalo dieselgate do Grupo Volkswagen, que eclodiu em setembro de 2015 quando a companhia admitiu usar a mesma manobra em mais de 11 milhões de veículos vendidos em todo o mundo.

Segundo informações da agência Reuters, o acordo com a FCA inclui valor US$ 311 milhões em penalidade civis e até US$ 280 milhões para cobrir queixas de donos desses veículos, além de outros US$ 100 milhões em prorrogações de garantias. A Bosch, que forneceu alguns componentes para os motores e o próprio software, também vai pagar US$ 27,5 milhões para encerrar processos.

Pelo acerto, está previsto que os proprietários dos veículos fraudados vão receber US$ 2,8 mil em média para acesso à atualização do software.

Em um comunicado, a FCA afirmou que “mantém a posição de que a companhia não promoveu qualquer esquema deliberado para instalar dispositivos defeituosos para fraudar testes de emissões”.

O Departamento de Justiça afirmou que o acordo não encerra a investigação criminal sobre a conduta da montadora, que está em curso. A SEC, órgão regulador dos mercados de capitais dos EUA, também está investigando o caso. Pelo mesmo motivo, a FCA enfrenta acusações na Comissão Europeia.

14 de janeiro de 19

Publicação: automotivebusiness

CNH Industrial reestrutura operação em todo o mundo

Com maior foco nos cinco segmentos em que já opera, companhia quer acelerar crescimento do lucro

O Grupo CNH Industrial anunciou a reestruturação de toda a sua organização global a fim de acelerar os ganhos e o crescimento de sua lucratividade a partir de maior foco nos cinco segmentos de atuação: agricultura, veículos comerciais e especiais, construção, powertrain e serviços financeiros. Por meio de novas funções e líderes de cada segmento, a empresa prevê uma atuação mais centrada no cliente, com redução da complexidade das operações e gestão, ao mesmo tempo em que quer se tornar uma empresa mais ágil e enxuta, simplificando os processos de decisão, com foco também na inovação de mercado, incluindo modelos de negócio.

“Nosso setor está experimentando uma aceleração e uma magnitude crescente de mudanças alimentadas por megatendências, como digitalização, automação, eletrificação e novos serviços. As empresas precisam se adaptar, mudar e revitalizar continuamente para responder a esses desafios de negócios e gerar valor a longo prazo com sucesso”, disse em nota o CEO da CNH Industrial, Hubertus Mühlhäuser.

Segundo a empresa, os cinco segmentos operacionais serão totalmente responsáveis pelo crescimento global e pelo desempenho de seus respectivos negócios. No geral, a gestão global será simplificada pelo fortalecimento de seus segmentos de atuação apoiados por funções que foram modernizadas. A antiga estrutura regional (presente nos continentes) será em grande parte absorvida pela nova estruturação.

Além disso, recursos e fundos foram realocados, permitindo que a empresa acelere suas atividades nas áreas de automação, veículos elétricos, digitalização e de novos serviços, entre outras.

Para cada segmento, a CNH Industrial apontou um líder global. No de agricultura, que inclui as marcas Case IH e New Holland Agriculture, juntamente com a marca regional da Steyr (presente só na Europa), será comandado por Derek Neilson, com o cargo de presidente para agricultura. Anteriormente ele foi COO da região EMEA (Europa, Oriente Médio e África), função que exerceu desde 2015.

Para veículos comerciais e especiais – que inclui caminhões e ônibus Iveco, ônibus Heuliez Bus, veículos fora de estrada e mineração da Iveco Astra, da marca de combate a incêndios Magirus e da Iveco Veículos de Defesa – terá Gerrit Marx com o cargo de presidente para veículos comerciais e especiais. Ele chegou ao grupo recentemente tem um sólido histórico no setor automotivo, incluindo no setor de veículos comerciais, com passagens pela Daimler Trucks e na Volkswagen em diferentes regiões do mundo.

O segmento de construção, que considera as marcas Case COnstruction Equipment e New Holland Construction, será liderado por Carl Gustaf Göransson, com o cargo de presidente. Ele já era o responsável pelo setor de construção da empresa desde 2016.

A área de powertrain, que concentra a marca FPT Industrial, continuará a ser liderada por Annalisa Stupenengo, agora denominada presidente de powertrain, função que assumiu em 2015.

Para serviços financeiros (Banco CNH Industrial), que engloba todos os serviços financeiros para os setores de máquinas agrícolas, de construção e veículos comerciais do grupo, a companhia determinou que continuará a ser liderado por Oddone Incisa, no cargo de presidente, função que exerce desde 2013.

Segundo a CNH Industrial, devido ao foco aprimorado dos cinco segmentos operacionais globais e a transferência relacionada de responsabilidade de negócios, o número e o tamanho das funções corporativas foram reduzidos e suas áreas de responsabilidade simplificadas. Além disso, a reestruturação busca fortalecer o Comitê Executivo Global (GEC), anteriormente chamado de conselho executivo do grupo. O órgão é responsável pela tomada de decisão operacional do grupo e por supervisionar o desempenho operacional dos segmentos de atuação.

A empresa simplificou sua estrutura elencando novas funções e seus líderes globais, membros do GEC:

Max Chiara continuará à frente de finanças, sustentabilidade, fusões e aquisições – com as mesmas atribuições de suas funções anteriores de CFO, que exerce desde 2013, e Chief Sustainability Officer, que exerce desde 2016;

Andreas Weishaar chega no grupo para liderar a área que engloba estratégia, digital, talentos e tecnologia da informação e comunicação;

O setor de tecnologia continuará sob a responsabilidade de Alan Berger, assumindo formalmente o cargo de CTO (Chief Technology Officer) da empresa; Supply chain ficará a cargo de Tom Verbaeten, que era o chief manufacturing officer;

Soluções em pós-venda será liderada por Luc Billiet, anteriormente o presidente de autopeças e serviços;

Nos mercados considerados de alto crescimento AMEA (Ásia, Oriente Médio e África) Stefano Pampalone, que era o Chief Operating Officer (COO) da região composta pela Ásia e pelo Pacífico, assumirá a função de diretor geral e será responsável por todas as joint ventures e alianças estratégicas da região.

Na América do Sul, Vilmar Fistarol, que era o Chief Operating Officer (COO) para América Latina, agora assume o cargo de diretor geral para América do Sul, Central e Caribe.

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