20 de março de 2019

Publicação: Automotivebusiness

Volgren, da Marcopolo, fecha contrato de 900 ônibus na Austrália

Empresa fornecerá os veículos em até dez anos, prevendo receita a partir de R$ 110 milhões

REDAÇÃO AB

A Volgren, fabricante australiana pertencente à Marcopolo, assinou o acordo de fornecimento de 900 ônibus em até dez anos, com opção de renovação após cinco anos. Trata-se do maior negócio de sua história de quatro décadas, estendendo seu contrato com a Autoridade de Transporte Público (PTA) da Austrália Ocidental, operadora estatal de transportes do governo.

O contrato vai gerar receita de aproximadamente US$ 110 milhões e o total US$ 220 milhões se houver a renovação posterior. Segundo o diretor de negócios internacionais e estratégia da Marcopolo, André Armaganijan, todos os ônibus serão montados na fábrica da empresa em Perth, na Austrália Ocidental, sobre chassis fornecidos pela Volvo.

“O negócio está alinhado com a estratégia da Marcopolo de expandir suas atividades em todo o mundo”, recorda Armaganijan.

A Volgren começou a fabricar veículos para a companhia de transporte australiana em 1999 e vendeu nestes 20 anos mais de 1,8 mil ônibus. A entrega do primeiro protótipo está programada para agosto. A produção começa em outubro e 66 ônibus serão fornecidos à PTA nos primeiros 12 meses.

19 de março de 2019

Publicação: Automotivebusiness

Governo paulista promete parar de reter créditos de ICMS das montadoras

E estuda formas de devolver o volume retido que pode chegar a R$ 7 bilhões

PEDRO KUTNEY, AB

Para além do IncentivAuto criado há 10 dias para estimular novos investimentos de fabricantes de veículos nos Estado de São Paulo, o governo paulista promete pagar o que já deve às montadoras e parar de reter créditos de ICMS obtidos pelas montadoras nas exportações e vendas em outros estados, que segundo cálculos já estão perto de R$ 7 bilhões. Durante cerimônia no Palácio dos Bandeirantes na terça-feira, 19, para anunciar o investimento de R$ 10 bilhões da GM em suas fábricas paulistas, o governador João Doria afirmou que a intenção é encontrar uma solução para o problema o mais rápido possível.

“Nossa orientação é avançar no pagamento [dos créditos de ICMS] e não mais adiar essas quitações aos fabricantes, que se frustram com isso. Vamos regularizar dentro de nossas possibilidades orçamentárias e não mais segurar os créditos”, prometeu o governador João Doria.

Os créditos de ICMS são gerados principalmente toda vez que os fabricantes instalados no Estado exportam veículos. Isso porque as montadoras recolhem o imposto estadual quando compram as peças usadas na produção. Quando vendem os carros fora do País, as montadoras têm por lei isenção de todos os tributos e assim podem pedir o ressarcimento daqueles que tenham sido recolhidos na cadeia produtiva. Como nos últimos quatro anos houve crescimento das exportações, o volume de créditos acumulados e não pagos em São Paulo também cresceu na mesma proporção.

O vice-governador Rodrigo Garcia, que acumula o comando da Secretaria de Governo, explicou que o Estado abriu diálogo com os interessados e no momento negocia uma forma de restabelecer o cronograma de pagamentos trimestrais dos créditos de ICMS. “Estamos negociando para devolver dentro do orçamento”, disse.

Já Henrique Meirelles, secretário estadual da Fazenda e Planejamento, explicou que há dois problemas para quitar a dívida acumulada pelo Estado: “O primeiro é naturalmente nossa restrição orçamentária, não podemos pagar tudo de uma vez. O segundo é que esse é um cálculo difícil de fazer, que precisa ser auditado e aprovado pela Fazenda estadual, nem sempre as empresas conseguem fazer as contas corretamente ou mesmo recuperar os número de anos atrás”, disse.

Antonio Megale, presidente da associação dos fabricantes, a Anfavea, discorda da tese de que as empresas não sabem como fazer as contas. “Pagamos entre 14% e 18% de ICMS nas peças compradas e entregamos todos os meses esse cálculo do que foi exportado ou vendido em outros estados com imposto menor que o de São Paulo. O governo inclusive nos pede garantias bancárias para pagar, mas não recebemos”, diz. “Isso é um problema, porque depois de algum tempo temos de baixar como prejuízo no balanço esses créditos não recebidos”, acrescenta.

Megale dá exemplos do que ocorre em outros países: “Na Alemanha esse tipo de crédito sai em um mês em dinheiro. No México o governo devolve [o tributo pago a mais nas exportações] em 90 dias. No Estado de São Paulo temos de R$ 6 bilhões a R$ 7 bilhões retidos que não são devolvidos. É mais um exemplo de falta de competitividade do Brasil”, aponta.

Segundo o dirigente, a Anfavea tem trabalhado em três frentes para tentar regularizar a situação. A primeira seria a não geração de créditos com o abatimento do imposto já na compra da peça que será exportada junto com o carro – isso já acontece no Paraná. A segunda frente seria a negociação de um cronograma para receber tudo que é devido pelo Estado. A terceira é a criação de programas como o Pró-Veículos (já existente há anos) e o recentemente anunciado Pró-Ferramentaria: uma fórmula em que os fabricantes pagam investimentos (em ferramentas ou linhas de produção) com os créditos de ICMS retidos. Mas Megale admite que são “programas bons, mas limitados, não conseguem restituir tudo que é devido”.

20 de março de 2019

Publicação: Automotivebusiness

Daniel sucederá David na presidência das Empresas Randon

David será o novo presidente do conselho administrativo

REDAÇÃO AB

O atual vice-presidente das Empresas Randon, Daniel Randon, sucederá o irmão David como presidente da companhia a partir de 8 de maio. Por sua vez, David Randon, que está na função de presidente desde 2009, assumirá a presidência do conselho de administração.

Para ocupar a vice-presidência no lugar de Daniel, a empresa indicou Alexandre Randon. A sucessão, cuja decisão é dos acionistas controladores da companhia, faz parte do processo de governança da empresa. Todas as mudanças serão confirmadas em reunião do conselho agendada para o dia 8 de maio próximo.

“Temos uma governança que permite a transição de forma planejada e organizada. É um processo natural”, afirma em nota David Randon, que continuará com responsabilidades no relacionamento com clientes e novos negócios. O próprio David sucedeu ao pai e fundador do grupo, há 10 anos, como presidente. Seu pai, Raul Randon, iniciou em 1999 a estruturação de uma governança que desse suporte adequado às esperadas transições no comando do conglomerado, hoje formado por onze empresas e que completa 70 anos neste 2019.

Durante sua gestão, David liderou a expansão e globalização das empresas, que hoje contam com 21 unidades industriais e presença em mais de cem países. Com parcerias e aquisições a fim de diversificar o portfólio, antecipou transformações para manter sua posição de líder nos mercados em que atua ao conduzir a companhia em momentos adversos da economia nacional e internacional.

Por sua vez, Daniel como vice-presidente tem sob sua responsabilidade as áreas de RH, serviços financeiros, compras, TI e CSC (centro de soluções compartilhadas). Até recentemente, também respondia pela área financeira, como CFO. Antes disso, foi presidente da Fras-le entre 2010 e 2014, quando liderou a expansão da empresa nos mercados internacionais, com aberturas de fábricas nos Estados Unidos e China, além da inauguração de um centro de distribuição na Alemanha.

Daniel também participa da coordenação do Conselho de Inovação e Tecnologia (CITEC) da FIERGS (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), é presidente do Conselho Superior do PGQP (Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade) e é um dos membros do conselho de administração do Sindipeças.

“Estou muito feliz ao assumir a posição neste ano tão especial, em que a empresa está celebrando seus 70 anos. Vamos dar continuidade à execução da estratégia, com foco no crescimento e muito atentos aos movimentos do mercado como um todo. Certamente, a Randon será cada vez mais movida pela inovação e que dá oportunidades de desenvolvimento e realização para as pessoas”, disse Daniel em nota.

19 de março de 2019

Publicação: Automotivebusiness

IncentivAuto poderá ser usado para investimentos em curso

Descontos no ICMS vão variar de 2,27% a 25% e dependem do tamanho do aporte

PEDRO KUTNEY, AB

Em tempo recorde, o governo paulista desenhou o IncentivAuto sob medida para a GM. O programa, proposto após a empresa dizer que ia fechar suas duas fábricas paulistas, prevê descontos de ICMS para novos projetos de veículos a serem feitos no Estado, que começam em 2,7% para investimentos mínimos de R$ 1 bilhão com a criação de pelo menos 400 empregos. O abatimento sobe gradualmente até o teto de 25% para aportes acima de R$ 10 bilhões – justamente o caso da GM que anunciou o aporte na terça-feira, 19, nas plantas de São José dos Campos e São Caetano do Sul. A cifra é superior aos investimentos que todas as montadoras fizeram na última década em São Paulo.

Ao anunciar o novo ciclo da GM no Estado, o governador João Doria admitiu que o IncentivAuto foi desenhado a partir do risco de perder as fábricas da empresa no Estado, mas ponderou que o estímulo é destinado a qualquer fabricante de veículos em São Paulo, especialmente os que já estão instalados. Segundo Doria, em tese, o desconto do ICMS poderá ser concedido também a outras montadoras que recentemente anunciaram investimentos mas ainda não finalizaram os aportes, com produtos que serão lançados nos próximos meses ou ano. “O incentivo é para os novos produtos que nascem dos novos investimentos. Portanto, se ainda não lançou, poderá participar do IncentivAuto”, admitiu Doria.

Portanto, outra montadora deve ser prontamente beneficiada pelo IncentivAuto. É o caso da Toyota que em setembro passado anunciou investimento de R$ 1 bilhão para modernizar e trazer novos modelos para a fábrica de Indaiatuba (SP). Representantes da empresa já fizeram visitas ao governador e é possível até que o aporte seja aumentado para fazer na planta paulista a nova geração do Corolla, incluindo uma versão híbrida bicombustível etanol-gasolina.

A Volkswagen também pode inscrever projetos no IncentivAuto, caso faça o recorte dos investimentos que faz atualmente em São Bernardo do Campo para produzir lá um novo modelo já em 2020. Em Taubaté a montadora estuda um novo ciclo para fazer seu novo carro de entrada, que em tese seria beneficiado pelo programa estadual.

O IncentivAuto não animou a Ford (ao menos por enquanto), que permanece firme em sua decisão de encerrar as operações industriais em São Bernardo, não quer mais investir na unidade. Mas um possível comprador poderá ser beneficiado, em negócio intermediado pelo governo Doria que promete um anúncio para breve.

O desconto do ICMS previsto no IncentivAuto é progressivo, mas não linear, conforme explicou Henrique Meirelles, secretário estadual da Fazenda e Planejamento: “Começa em 2,7% e vai a 25%, mas os projetos deverão ser aprovados antes e vamos estudar caso a caso para conceder o porcentual”, disse. “O incentivo é só para os novos produtos que surgem com o investimento e valem pelo tempo que ele estiver no mercado”, acrescentou.

GOVERNO PAULISTA NEGA GUERRA FISCAL

O governador Doria fez questão de enfatizar que o IncentivAuto não coloca São Paulo na chamada “guerra fiscal” praticada por outros estados, que já tiraram muitas indústrias do território paulista ao oferecer generosos descontos e deferimentos de impostos estaduais, como o ICMS.

“Queremos incentivar quem já está aqui para ampliar a produção. Em São Paulo nós vamos defender empregos, não queremos deixar ninguém ir embora nem fechar fábricas. Mas vamos fazer sem guerra fiscal, somos contra isso e nenhum passo será dado nessa direção”, reforçou o governador João Doria.

Por seu lado, o secretário Henrique Meirelles – que foi um duro opositor à concessão de incentivos fiscais à indústria automotiva quando era ministro da Fazenda do governo Temer –, negou que o IncentivAuto poderá desequilibrar as contas do Estado. “O que estamos fazendo é dar incentivo somente para novos investimentos que não existiriam. Com isso também estamos igualando o ICMS de São Paulo ao de outros estados que hoje cobram menos”, explicou.

“Este é o primeiro resultado concreto das negociações de um novo ciclo de investimentos no Estado de São Paulo. O momento é favorável ao crescimento, mas são necessários investimentos para crescer. Hoje precisamos competir não entre estados, mas entre países em uma economia global. A escolha da GM por investir em São Paulo é natural porque já tem fábricas aqui, mas também porque criamos condições mais competitivas para manter empregos no País e criar instalações mais produtivas”, avalia o secretário Henrique Meirelles.

19 de março de 2019

Publicação: Automotivebusiness

Fras-le supera faturamento de R$ 1 bi em 2018

Segundo a empresa, aquisições ao longo do ano ajudaram a impulsionar o resultado

REDAÇÃO AB

A Fras-le, uma das Empresas Randon, registrou faturamento líquido de R$ 1,14 bilhão em 2018, representando aumento de 37% sobre o resultado do ano anterior, que foi de R$ 832,8 milhões. Em comunicado divulgado na terça-feira, 19, a companhia informa que o lucro líquido aumentou 38% no comparativo anual, para R$ 88,6 milhões.

O Ebitda consolidado encerrou o ano em R$ 183,9 milhões, avanço expressivo de 72,8% sobre 2017, com margem de 16,1%, alta de 3,4 pontos porcentuais.

Em nota, a empresa confirma que as aquisições feitas ao longo do ano passado ajudaram a compor os resultados. No início de 2018, a Fras-le concluiu a aquisição das empresas argentinas Armetal e Farloc, além da Fanacif no Uruguai, adquiridas em dezembro de 2017. Em janeiro, concluiu também a sociedade com a Federal Mogul, que deu o controle de 80,1% à Fras-le. Em fevereiro a empresa assinou com os indianos da ASK uma nova sociedade que formou a empresa ASK Fras-le, na Índia, da qual a companhia detém 51%. Por fim, em outubro foi concluída a compra de 100% da Fremax, uma das principais fabricantes de discos de freios com liderança no Brasil no segmento premium e com importante presença em mercados externos.

Além disso, melhor desempenho também reflete os maiores volumes de vendas na maioria dos segmentos e nos principais mercados de atuação. O câmbio também beneficiou para o resultado, além da composição do mix de vendas que foi mais favorável na comparação com o ano anterior.

No mercado externo, o faturamento em dólar atingiu US$ 163 milhões, incremento de 25,9% sobre 2017. O valor inclui a receita com as novas aquisições no exterior, que corresponderam a US$ 25,5 milhões.

“Os dois últimos anos foram de crescimento acelerado, e este ritmo intenso de expansão resultou em ganhos de experiência e permitiu atingir um público consumidor maior”, afirma em nota o CEO Sérgio Carvalho.

No entanto, a Fras-le confirma que o desempenho no exterior só não foi melhor por causa da Argentina, onde a crise econômica se agravou e determinou forte redução da atividade econômica no país. Já as vendas para a América do Norte mantiveram bom desempenho, superando a previsão de vendas para a região. No Oriente Médio, a Fras-le também obteve um desempenho considerável em suas exportações, da mesma forma que as vendas para a América Central e para o Caribe. Com estes cenários, as exportações a partir do Brasil somaram US$ 84,3 milhões em 2018, alta de 13,5% sobre o ano anterior.

19 de março de 2019

Publicação: Automotivebusiness

GM investirá R$ 10 bi nas duas fábricas paulistas após receber incentivos do Estado

Será o primeiro aporte incentivado com desconto máximo de 25% no ICMS

PEDRO KUTNEY, AB

Sem disfarces, apenas 10 dias após o governo de São Paulo anunciar a criação do IncentivAuto para estimular novos projetos de fabricantes de veículos no Estado, a GM foi a primeira a se candidatar a receber o desconto máximo de ICMS, de 25%, previsto no programa, ao anunciar que investirá R$ 10 bilhões em suas duas fábricas paulistas, em São José dos Campos e São Caetano do Sul, no período 2020-2024. O anúncio foi confirmado na terça-feira, 19, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, pelo presidente da GM América do Sul, Carlos Zerlenga, e o governador João Doria, que disse ter conseguido “reverter a decisão da empresa, que em dezembro era de fechar as duas fábricas”, enfatizou.

“Pensei que este dia não iria chegar. Em dezembro tínhamos um problema sério, que era o destino das nossas fábricas no Estado de São Paulo. Graças a negociações com os governos, fornecedores, concessionários e sindicatos, conseguimos hoje anunciar este investimento de R$ 10 bilhões, que serão aplicados em novos projetos e tecnologias”, disse Carlos Zarlenga.

Falando para uma sala lotada de concessionários, empregados e sindicalistas, sentado ao lado do governador e seus secretários, Zarlenga elogiou o que chamou de “velocidade de reação deste governo, que nunca vi antes em 30 anos pelos diversos países onde trabalhei”. Também relatou que o presidente da GM Americas, Barry Engle, havia dito que “duvidava que o acordo no Estado de São Paulo iria sair”. Engle, que já trabalhou no Brasil como presidente da Ford e depois voltou para presidir a GM Soutn America, estava confirmado para o anúncio da terça-feira, mas não pôde vir.

Zarlenga disse que os aportes nas duas fábricas deverão consumir partes quase que equivalentes do programa de investimentos. Após duas semanas de negociações, no início de fevereiro a GM conseguiu fechar acordo com os empregados de São José e o sindicato local informou que a planta receberá R$ 5 bilhões, em troca de congelamento de reajustes salariais e redução de benefícios. Segundo apurou Automotive Business, lá será fabricada a nova geração da picape S10 e um SUV derivado, o que já estava planejado com fornecedores no ano passado. A unidade, que hoje emprega 4,8 mil pessoas, foi a única da empresa no Brasil a ficar de fora do programa de R$ 13 bilhões que a empresa diz ter aplicado de 2015 a 2019.

Em São Caetano a GM já tinha fechado em 2017 acordo até 2020 com os 9,3 mil empregados de sua mais antiga fábrica em operação no País, inaugurada em 1930, em troca de investimentos de R$ 1,2 bilhão na unidade, que passou por reformas para ampliar sua capacidade de 250 mil para 330 mil veículos/ano e vai produzir, possivelmente a partir de dezembro, o primeiro SUV compacto nacional da fabricante. As negociações trabalhistas na unidade serão retomadas no ano que vem.

AMEAÇA ERA FECHAR AS FÁBRICAS

O governador Doria revelou que as negociações com a GM começaram antes mesmo de sua posse. “Em dezembro, quando já estava eleito mas só assumiria em janeiro, o Marcos Munhoz (vice-presidente da empresa) me ligou e disse que tinha um assunto urgente a tratar. No dia seguinte nos reunimos e ele comunicou que a direção global da GM tinha decidido fechar suas duas fábricas no Estado. Não trouxe pedidos, era só o comunicado de uma decisão tomada. Disse então que tentaria reverter e o Munhoz duvidou que isso fosse possível, pois era uma determinação da CEO Mary Barra”, contou Doria. “Liguei então para o Henrique Meirelles (secretário estadual da Fazenda) que estava de férias em Miami (EUA) e ele ligou para o Barry Engle, presidente da GM Américas. Pedimos 60 dias para negociar e achar uma solução. Assim conseguimos não só revertemos o que seria uma péssima notícia, de a empresa sair do Estado, como agora teremos este investimento de R$ 10 bilhões anunciados hoje”, relatou.

Em janeiro, após regressar de reuniões na matriz da GM nos Estados Unidos, Zarlenga enviou e-mail a funcionários dizendo que seriam tomadas duras decisões que exigiriam “o sacrifício de todos” para estancar prejuízos por anos seguidos da empresa no Brasil que “não poderiam mais se repetir”. Dias depois, em reunião com sindicalistas e prefeitos de São José e São Caetano, o executivo negou o fechamento de fábricas, mas disse que elas ficariam sem investimentos caso a reestruturação não fosse feita. Contudo, pelo que Doria contou, a intenção era sim fechar as unidades.

Doria e Zarlenga agradeceram de público os fornecedores, trabalhadores, prefeitos, concessionários e sindicalistas que também fizeram sua parte ao concordar com congelamento e reduções de preços e remunerações. “Iríamos perder algo como 15 mil empregos diretos e 65 mil indiretos. Com o entendimento que fizemos vamos preservar os empregos no Estado, além de gerar mais 400 a 800 vagas e a GM, que já é líder de mercado, poderá dar um salto de competitividade e inovação com este investimento”, avaliou Doria.

Zarlenga destacou que não falta competitividade às fábricas nacionais de veículos. “Temos aqui fábricas tão ou até mais eficientes que boa parte do mundo. O problema é a falta de eficiência fiscal. Quase 50% de nossas receitas são pagos em impostos. Os governos sabem disso e que precisam fazer algo para tornar o País competitivo globalmente. Veja o exemplo da Coreia que tem mercado de 1 milhão de veículos/ano mas produz 5 milhões, porque exporta. Imagine se pudéssemos fazer o mesmo no Brasil, que só internamente pode vender mais de 3 milhões”, comparou.

19 de março de 2019

Publicação: Automotivebusiness

Audi faz recall de 403 carros por risco de incêndio

Problema com tubulação de combustível atinge cinco modelos trazidos ao Brasil

REDAÇÃO AB

O risco de incêndio levou a Audi a fazer um recall para 403 carros no Brasil. A campanha envolve os modelos A6 sedã 3.0, A6 Allroad 3.0, A7 3.0, A8 3.0, Q7 e S5 SPB 3.0, anos 2015, 2016 e 2017. A montadora percebeu falha no processo de vedação dos tubos de distribuição de combustível do motor.

Segundo a Audi, com o passar do tempo existe a possibilidade de vazamento, trazendo risco de fogo e danos físicos e materiais ao motorista, passageiros e terceiros. A correção do problema será feita pela troca dos tubos em uma concessionária. O serviço é gratuito e deve ser agendado pelo 0800 777 2834 ou no site www.audi.com.br.

Veja abaixo a numeração de chassi dos carros envolvidos:

A6 sedã 3.0 ano e modelo 2015 a 2017, com chassis entre WAU 4G FN041840 e WAU 4G HN122592;

A6 Allroad sedã 3.0, ano e modelo 2015 a 2017, com chassis entre WAU 4G FN062765 e WAU 4G HN10715;5

A7 3.0, ano e modelo 2015 a 2017, com chassis entre WAU 4G FN038951 e WAU 4G HN118723;

A8 3.0, ano e modelo 2015 a 2017, com chassis entre WAU 4H FN011334 e WAU 4H HN015992;

Q7, ano e modelo 2016 e 2017, com chassis entre WAU 4M GD017646 e WAU 4M HD051175;

S5 SPB 3.0, ano e modelo 2015, com chassi WAU9GD8T4FA005629.

19 de março de 2019

Publicação: Automotivebusiness

Tupy reporta lucro líquido e receitas recordes em 2018

Ganhos atingem os R$ 4,8 bilhões, com lucro de R$ 271,7 milhões

REDAÇÃO AB

A Tupy reportou lucro líquido recorde em 2018 ao atingir os R$ 271,7 milhões, informa em comunicado. O resultado significou aumento expressivo de 77,1% sobre os ganhos do ano anterior. A receita total da empresa, que é a maior fundição de blocos de motor do Brasil, também foi a maior de sua história, com R$ 4,8 bilhões, crescimento de 30,3% no comparativo anual.

O Ebitda de 2018 também foi recorde, com avanço de 29,9%, alcançando R$ 677,1 milhões, com uma margem de 14%. Segundo a empresa, os bons resultados refletem o desempenho positivo do quarto trimestre, que registrou receita de R$ 1,2 bilhão, aumento de 27,7% sobre igual período de 2017.

A América do Sul e Central foram responsáveis por 18,2% de geração da receita, enquanto a América do Norte responde por 60,9%. Outros 15% foram feitos na Europa e os demais 5,9% foram provenientes da Ásia, África e Oceania.

Em nota, a empresa informa que a forte geração de caixa permitiu aumentar a distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio para os acionistas, que receberão pagamento de R$ 137,5 milhões em 28 de março próximo, valor que corresponde a 5,1% na relação entre dividendos pagos e o preço da ação.

19 de março de 2019

Publicação: Automotivebusiness

Vendas mundiais do Grupo VW caem 1,8% no bimestre

Retração no mercado chinês puxou para baixo os resultados da companhia

As vendas mundiais do Grupo VW somaram no primeiro bimestre 1,6 milhão de unidades, registrando queda de 1,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. A retração foi puxada pela China, onde as 621,7 mil unidades vendidas nos dois primeiros meses do ano resultaram em recuo de 4,6% na comparação interanual.

As vendas totais no continente europeu somaram 668,9 mil veículos, volume 0,8% maior que o anotado no primeiro bimestre de 2018. Essa tendência ligeiramente positiva ocorreu tanto no bloco ocidental como na porção central e Leste Europeu. O crescimento mais acentuado na Rússia (6,4%) reflete a recuperação gradativa daquele mercado.

A América do Norte recuou 5,5%. A região comprou 129,7 mil veículos do grupo. A retração foi puxada pelos Estados Unidos (-3,9%) e pelo México (-6,7%). As vendas na América do Sul anotaram alta de 10,2% no bimestre por causa do desempenho do Brasil, onde Grupo Volkswagen repassou 60,7 mil veículos e cresceu 45,7%.

DESEMPENHO POR MARCA

As entregas do grupo revelam que as duas marcas de maior volume de venda de automóveis, VW e Audi, influenciaram negativamente o resultado total. A divisão de automóveis da Volkswagen recuou quase 3% e a Audi, 5,5%. A retração de ambas foi influenciada pelo mercado chinês. A queda de 13,2% nas vendas da Porsche também é explicada por seu desempenho no país asiático, mas os quase 35 mil carros vendidos pela marca em apenas dois meses ainda formam um volume considerável.

A tcheca Skoda superou as 190 mil unidades no período e recuou apenas 1,6%, menos do que a média do grupo. A espanhola Seat se aproximou dos 90 mil veículos e cresceu quase 13%. Das divisões e veículos comerciais, somente a Scania anotou queda, e de apenas 1,5%.

19 de março de 2019

Publicação: Automotivebusiness

Grupo PSA contrata vice-presidente de vendas e marketing da Renault

Thierry Koskas que assume o mesmo cargo na concorrente em 26 deste mês se reportará ao presidente mundial Carlos Tavares

REDAÇÃO AB

O Grupo PSA anuncia a contratação do então vice-presidente de vendas e marketing da concorrente Renault, Thierry Koskas, para assumir o mesmo cargo, criado pela companhia em janeiro de 2015. Ele sucederá Albéric Chopelin, que se despediu do grupo.

Sob sua chancela, Koskas será o responsável por reforçar a eficiência comercial do grupo, contribuindo para o desenvolvimento global das suas cinco marcas Peugeot, Citroën, DS Auomobiles, Opel e Vauxhall, bem como aumentar as habilidades das equipes de vendas de veículos e também de peças e serviços.

Koskas assumirá o novo cargo em novo grupo no dia 26 de março e se reportará diretamente ao presidente mundial do Grupo PSA, Carlos Tavares.

19 de março de 2019

Publicação: Automotivebusiness

Livre comércio de veículos entre Brasil e México entra em vigor

A partir de terça-feira, 19, não há mais tarifas ou regime de cotas que limitavam importação e exportação entre os países

REDAÇÃO AB

A partir da terça-feira, 19, passa a vigorar o livre comércio de veículos leves entre Brasil e México, pondo fim ao acordo firmado entre os dois países há quatro anos, em 16 de março de 2015, que determinou limites de cotas sem imposto de importação. Aquilo que superou esse total foi taxado à alíquota de 35% ao longo desse período.

Em comunicado divulgado nesta mesma terça-feira, os Ministérios de Relações Exteriores e da Economia informam que a medida de livre comércio está prevista no Acordo de Complementação Econômica nº 55 (ACE-55), que desde 2002 regula o comércio automotivo e a integração produtiva entre os dois países. Com isso, também deixa de vigorar a lista de exceções, que previa regras de origem específicas para autopeças.

Em paralelo ao fim do regime de cotas, o acordo também prevê a partir desta data, conforme protocolo adicional ao apêndice II do ACE-55 novo conteúdo regional para o comércio de automóveis e autopeças entre os dois países.

Para veículos pesados, como caminhões e ônibus e suas autopeças, o livre comércio é previsto somente a partir de 2020.

Ainda na nota, os ministérios reforçam que é interesse do governo brasileiro ampliar o livre comércio com o México para outros setores, tanto industriais quanto agrícolas, com a inclusão de matérias sanitárias e fitossanitárias, além de facilitação de comércio e barreiras técnicas ao comércio, conforme compromisso assumido anteriormente nas negociações do Acordo de Complementação Econômica nº 53 (ACE-53). A pasta também menciona que quer retomar as negociações de um acordo mais abrangente de livre comércio com o México, paralisadas desde 2017.

Segundo a Anfavea, associação das fabricantes de veículos, em 2018 o balanço foi de R$ 500 milhões exportados em veículos do Brasil para o México e cerca de R$ 1,2 bi na mão contrária, sendo que nenhum dos dois mercados tenha atingido o limite da cota.

Outro aspecto é que durante o acordo que vigorou de 2015 até agora, o mínimo de conteúdo local exigido era de 35%. Um protocolo adicional reduzia esse índice para até 10% para algumas autopeças. Com o fim do acordo essa redução também terminou e por ora vale o mínimo de 40% de conteúdo local.

O presidente da entidade, Antonio Megale, avalia que os mexicanos terão dificuldades para enquadrar seus veículos exportados para o Brasil na regra de conteúdo regional, cujo mínimo é de 40% em valor FOB, uma vez que a indústria no México importa grande parte de suas autopeças. Já o Brasil possui um parque industrial mais abrangente em termos de autopeças.

Ainda de acordo com Megale, há possibilidade de negociação de outros protocolos em separado, se houver necessidade.

19 de março de 2019

Publicação: Automotivebusiness

Autopeças começam ano com alta de 8,2%

Vendas às montadoras responderam por 63% dos negócios em janeiro

REDAÇÃO AB

As fabricantes de autopeças instaladas no Brasil faturaram 8,2% a mais em janeiro de 2019 que no mesmo mês do ano passado. A variação acumulada nos últimos 12 meses revela alta ainda maior, de 15,6%. O fornecimento para as montadoras em janeiro cresceu 9,2% e representa 63% dos negócios. Os números foram divulgados pelo Sindipeças, entidade que reúne fabricantes do setor.

As exportações avançaram 5% quando analisadas na moeda brasileira, mas caíram 9,9% em dólares. Ainda assim as vendas externas mantêm parcela significativa do faturamento, 18,3%. Os negócios com o mercado de reposição avançaram 4% e detêm 14% das vendas do segmento.

O maior crescimento em janeiro, 22,2%, ocorreu nas vendas intrassetoriais, aquelas entre os fabricantes do próprio setor, mas sua participação é de apenas 4,3% no faturamento total.

Os empregos na indústria de autopeças tiveram variação positiva de 7,5% nos últimos 12 meses e a utilização da capacidade instalada em janeiro foi de 67%, a mesma de janeiro de 2018. Tende a crescer de cinco a sete pontos porcentuais na análise de fevereiro.

20 de Março de 2019 (14:58)

Publicação: Abril - Veja.COM

Setor automotivo teme fuga de investimentos para o México

O acordo de livre comércio para automóveis leves e autopeças entre Brasil e México preocupa a indústria automotiva nacional. Para a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), apesar de positiva a abertura econômica no setor, há o temor que as montadoras prefiram investir no mercado mexicano, o que prejudicaria a produção nacional.

Segundo a Anfavea, o México tem condições mais atrativas para empresas, como a carga tributária menor. Outros motivos apontados são “infraestrutura mais eficiente e maior escala, já que exporta para os Estados Unidos", afirmou em nota.

O acordo de livre comércio assinado pelos dois países passou a valer na terça-feira, 19. Na prática, Brasil e México podem importar e exportar peças e carros uns para os outros sem cobrança de tarifas ou limitação quantitativa.

Dados da Organização Internacional de Veículos Automotores (OIVA), de 2017, mostram que o México exportou 410 bilhões de dólares em automóveis, em comparação com os 218 bilhões de dólares exportados pelo Brasil. Apesar disso, o Brasil fabrica mais carros que o México, aproximadamente 2,2 bilhões de veículos por ano, cerca de 300 milhões a mais do que os mexicanos.

“Se tivermos uma abertura e não competitividade, isso pode prejudicar os investimentos futuros no país no setor", conta Antônio Megale, presidente da Anfavea.

Um dos riscos para a indústria brasileira é o de uma uma montadora, por exemplo, optar por fazer um determinado veículo no México, ao invés do Brasil. Para que isso não ocorra, a Anfavea já enviou ao governo uma série de solicitações que, na visão da associação, tem potencial para aumentar a competitividade do setor no país.

Entre essas medidas estão questões de infraestrutura, de encargos, logística, de simplificação tributária e de desburocratização. Segundo Megale, as sugestões valeriam para todo o setor industrial e não apenas o automotivo.

O acordo entre México e Brasil também prevê, a partir de 2020, o livre comércio para veículos pesados (caminhões e ônibus) e suas autopeças.

Crise no setor

Antes da assinatura do acordo, as montadoras instaladas no Brasil começam a apresentar sinais de crise. Desde o começo do ano, duas gigantes do ramo já ameaçaram ou anunciaram o fechamento de plantas no país, especificamente no Estado de São Paulo.

A primeira foi a General Motors. Com fábricas em São Caetano do Sul e São José dos Campos, além de Gravataí (RS) e Joinville (SC), a empresa informou, em janeiro, que poderia acabar com suas atividades no país caso seus lucros não voltassem.

No entanto, depois de diversas negociações com sindicatos, prefeituras, estados e governo federal, a empresa voltou atrás. Na terça-feira, anunciou um novo investimento no estado de São Paulo no valor de 10 bilhões de reais. A decisão ocorreu onze dias depois de o governador João Doria (PSDB) oficializar um novo programa de incentivo às montadoras, que agora podem conseguir até 25% de dedução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) se realizarem aportes de pelo menos 1 bilhão de reais e que gerem um mínimo de 400 empregos.

Depois da GM, foi a vez de a Ford anunciar o fechamento de sua fábrica em São Bernardo do Campo. Dessa vez, no entanto, a decisão parece ser mais concreta. Diversas instâncias do governo já trabalham com a possibilidade de venda da planta, para uma outra empresa automotiva. Os incentivos anunciados por Doria também podem beneficiar esse possível comprador.

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC ainda negocia com a Ford, em busca de reverter o quadro. Porém, em reunião na matriz da empresa nos Estados Unidos, foi sinalizado que a planta, que produz modelos Cargo, F-4000, F-350 e Fiesta, vai realmente fechar. Os trabalhadores, agora, procuram maior protagonismo nas negociações de uma possível venda da fábrica.

20 de Março de 2019 (12:48)

Publicação: Agência IN - Tempo Real

CAPITAL ABERTO: Randon anuncia receita bruta de R$ 6 bilhões em 2018

SAO PAULO, 20 de março de 2019 - A Randon S.A - Implementos e Participações (B3 - RAPT3 e RAPT4), controladora de dez empresas que atuam nos segmentos de veículos e implementos, autopeças e serviços financeiros, anunciou seus resultados do quarto trimestre de 2018 (4T2018) e do acumulado de 2018 (2018), encerrado em 31/12/2018. As informações financeiras e operacionais da Companhia, exceto quando indicadas de outra forma, são consolidadas de acordo com as normas internacionais IFRS - International Financial Reporting Standards e os valores monetários estão expressos em Reais.

A empresa anunciou receita bruta total em 2018, antes da consolidação, de R$ 6,0 bilhões, aumento de 43,4% em relação a 2017. A receita líquida consolidada de 2018 foi de R$ 4,3 bilhões, 45,1% maior que a receita obtida em 2017 (R$ 2,9 bilhões).

O EBITDA 2018 foi de R$ 559,8 milhões, com margem EBITDA de 13,1% e EBITDA ajustado 2018 de R$ 546,3 milhões, com margem EBITDA ajustada de 12,7%. A empresa apresentou R$ 151,7 milhões de lucro líquido 2018 e margem líquida de 3,6%, contra lucro líquido de R$ 46,7 milhões ao final de 2017.

Os principais destaques do quarto trimestre foram:

A Receita Líquida Consolidada atingiu R$ 1,2 bilhão no 4T2018, 42,1% superior ao 4T2017 (R$ 853,2 milhões).

EBITDA 4T2018 de R$124,6 milhões (10,3% Margem EBITDA) e EBITDA ajustado 4T2018 de R$ 126,8 milhões (10,7% Margem EBITDA).

As vendas consolidadas para o mercado externo somaram US$ 55,0 milhões no trimestre, aumento de 37,9% em relação ao mesmo trimestre de 2017.

Lucro Líquido de R$ 35,4 milhões no 4T2018 e margem líquida de 2,9%, contra lucro líquido de R$ 3,6 milhões no 4T2017.

20 de Março de 2019

Publicação: Diario ABC - Economia

GM garante fábrica na região até 2024

A GM (General Motors) confirmou ontem o investimento de R$ 10 bilhões nas fábricas de São Caetano e São José dos Campos. Após negociação que evitou o fechamento das plantas e a saída da marca do País, o montante será aplicado entre 2020 e 2024, o que consequentemente garantirá o funcionamento das fábricas pelo menos por mais cinco anos.

O anúncio foi feito ontem, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Além do valor aplicado com o objetivo de ser convertido na produção de novos produtos nas unidades, a expectativa é a de que as plantas preservem os 15 mil empregos (apenas na região são 8.500 postos de trabalho) e também contratem 400 funcionários diretos e 800 indiretos para as duas plantas.

Os investimentos têm basicamente três fases. A primeira é a engenharia, depois vem a construção de máquinas e equipamentos na fábrica e, a terceira, é a que realmente iniciamos a produção. Portanto, para a gente ver carros novos, oriundos deste investimento aqui em São Caetano, vai demorar de dois a três anos, afirmou o vice-presidente da GM no Brasil, Marcos Munhoz.

Apesar de a empresa não confirmar o valor que será aplicado em cada unidade, nem os produtos que serão desenvolvidos, a expectativa é a de que o montante seja divido pela metade. O prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) falou em R$ 5 bilhões para a unidade de São Caetano e destacou a manutenção dos empregos da cidade. Fora a garantia de pelo menos mais uma década, com estes novos produtos, para a planta da cidade, disse ele, referindo-se ao programa de incentivo ao setor lançado ontem, do qual a GM faz parte leia mais abaixo.

Vão ser grandes produtos e que o consumidor vai gostar, essa é a informação que eu posso dar agora. Em relação ao investimento, são partes significativas para as duas fábricas, disse o presidente da GM na América Latina, Carlos Zarlenga, que destacou que os investimentos estão focados em produtos para os mercados do Brasil e da Argentina. Nós tínhamos essas duas fábricas com produtos que iam sair de linha nos próximos anos. Com esse investimento, a gente viabiliza o futuro das unidades, complementou Zarlenga.

Porém, na ponta do lápis, a planta da região deve ser mais beneficiada, já que dentro de pacote anterior anunciado pela GM ela já foi contemplada com R$ 1,2 bilhão, injetado entre 2014 e 2020, para a produção de novo veículo, cujo nome não foi revelado. No entanto, é esperado para dezembro o início da produção de modelo de SUV, que segundo fontes do mercado deverá ser o Tracker, hoje importado do México. A unidade de São Caetano é responsável pela produção de quatro modelos atualmente: Cobalt, Spin, Montana e Onix Joy.

TERCEIRO TURNO - Em relação às contratações, que também serão feitas nas duas unidades, Munhoz destaca que devem ser iniciadas primeiro na região, que concentra o setor de engenharia. com praticamente 4.000 trabalhadores. Começam sempre antes essas contratações, depois vêm para o setor de ferramental, afirmou.

O executivo também afirmou que há possibilidade de retomar o terceiro turno da fábrica da região. Quando você faz um produto, há quatro coisas fundamentais: que ele seja bem feito, seja robusto, tenha qualidade e o consumidor goste. Por exemplo, o Onix é sucesso tão grande que ele é produzido em Gravataí (no Rio Grande do Sul) e em São Caetano. Ou seja, todo produto depende da gente acertar no gosto do consumidor, celebrou.

Nessa perspectiva de criação de terceiro turno, a grande probabilidade é de que todos esses trabalhadores sejam contratados em São Caetano, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, ao completar que isso pode ocorrer no segundo semestre. Em relação às negociações com os trabalhadores da região, a GM e a entidade mantiveram acordo coletivo entre as partes válido até 2020.

INCENTIVOS - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), destacou o programa IncentivAuto, anunciado na última semana. A iniciativa prevê desconto em até 25% no ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), faixa que a GM é contemplada. Isso porque o benefício é concedido mediante investimento a partir de R$ 1 bilhão e criação de pelo menos 400 empregos.

Além disso, o governador destacou, junto ao secretário da Fazenda e Planejamento Henrique Meirelles (MDB), que está discutindo com as empresas e, internamente, cronograma de liberação dos créditos do ICMS, um pleito das montadoras, impulsionados pelo aumento nas exportações no último ano. A orientação é avançar no pagamento gradual, mas evitar acúmulo que foi feito no passado e causou este desconforto, disse.

No anúncio também estiveram presentes representantes do Legislativo estadual da região. O deputado Thiago Auricchio (PR) comemorou a notícia. Para quem estava num cenário desolador no fim do ano passado, a notícia é para comemorar mesmo. A gente fica contente por conta da nossa participação ativa. Participei da primeira reunião da GM junto às prefeituras e sindicatos, e também pude debater na Prefeitura de São Caetano sobre os incentivos que seriam dados na cidade.

A deputada Carla Morando (PSDB) destacou a atuação de Doria para reverter a situação da empresa. O governador atuou de maneira decisiva para que a GM ficasse no nosso País. Esse anúncio é fundamental para o Grande ABC, mas também beneficia todo o Estado porque movimenta a economia, assinalou.

Prefeitura anuncia programa de incentivo voltado a montadoras

A Prefeitura de São Caetano anunciou o ProAuto (Programa de Incentivo à Indústria Automobilística) na Câmara dos Vereadores, na tarde de ontem. A expectativa é a de que o projeto de lei seja aprovado pelo Legislativo na próxima sessão, terça-feira que vem. Apesar de ter sido desenhada especificamente para a GM (General Motors), a iniciativa também vai contemplar outras empresas que integram o segmento e se instalarem na cidade.

As companhias terão isenção total de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e redução da alíquota do ISS (Imposto Sobre Serviços) de 5% para 2% durante período de oito anos, ou seja, entre 2019 e 2027. A tarifa de esgoto terá desconto de até 80%. A de água também será diferenciada, baseada na média de consumo de cada empresa. No caso da GM, a cobrança será sobre do consumo mínimo de 38 mil m³ em vez de 45 mil m³.

Considerando todos os impostos, a administração pública da cidade terá renúncia fiscal de R$ 100 milhões em oito anos. Porém, o retorno previsto para o mesmo período é de R$ 1,1 bilhão, principalmente por conta do IPM (Índice de Participação dos Municípios). Fundamentalmente, vamos ganhar no aumento da produtividade ao longo desses oito, dez anos, no recolhimento de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Um ganho de escala de pelo menos dez por um (ao abrir mão de R$ 100 milhões, deverá receber R$ 1,1 bilhão), afirmou o prefeito da cidade José Auricchio Júnior (PSDB).

Segundo o vice-presidente da GM no Brasil, Marcos Munhoz, logo após apuração das dificuldades nas plantas da marca no País o que a longo prazo acarretaria o fechamento das unidades , a Prefeitura foi procurada. E a resposta foi: Estamos juntos. Isso realmente é um investimento e um incentivo que vão trazer ganhos à cidade.

A medida também visa aumentar o número de empresas na cidade, já que outras montadoras que se instalarem em São Caetano poderão fazer uso do ProAuto, desde que, passados dois anos, tenham aumento de 20% na produção. Para manter o benefício, após oito anos este número deve ser 80% maior em relação ao ano de instalação.

Também foi criada uma comissão de análise de incentivos fiscais, que vai analisar os pleitos das empresas e assegurar as condições durante a vigência do ProAuto. Caso a companhia não atinja os percentuais de crescimento previstos no programa, ela passará a ser cobrada das alíquotas regulares. É uma medida de segurança para o município. Se ela completar dois biênios sem atingir os resultados, os benefícios são anulados, explicou o secretário da Fazenda do município, Jefferson Cirne da Costa.

19 de Março de 2019 (10:00)

Publicação: COMPUTERWORLD

ABB e Aldo firmam parceria em prol da mobilidade elétrica no Brasil

A suíça ABB, empresa global em tecnologias de energia e automação, e a maringaense Aldo, distribuidora de equipamentos para geração de energia solar, TI e drones, firmaram parceria em prol da mobilidade elétrica por meio da importação e da distribuição de inversores de energia e carregadores para carros elétricos para todo o Brasil.

De acordo com dados do mercado, estima-se que a frota mundial de carros elétricos chegue a 13 milhões de unidades até 2020. No Brasil, em 2018 a venda de carros elétricos cresceu 20,4%, em comparação a 2017 totalizando 3.970 veículos elétricos ou híbridos emplacados. Atualmente, são cerca de 5 mil veículos do tipo circulando pelo país, e a expectativa é de que eles sejam 360 mil até 2026, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O número crescente faz com que aumente a atenção com a infraestrutura necessária para carregar esses automóveis.

Entre as vantagens dos carros elétricos está o fato que a energia é uma terço mais barata por quilômetro rodado em relação aos demais combustíveis, além de diminuir o impacto ao meio ambiente com a emissão quase zero de poluentes.

Neste sentido, a Aldo que atua desde 2016 na distribuição de equipamentos para energia solar fotovoltaica, passa a distribuir inversores e carregadores veiculares da ABB de olho no mercado promissor da energia solar, seguindo a realização do sonho de apoiar a diversificação da matriz energética do nosso país aumentando a segurança e a autonomia no suprimento de energia.

“A Aldo entra como um parceiro estratégico da ABB na expansão da geração da energia fotovoltaica e impulsionamento do mercado de mobilidade elétrica brasileiro. A parceria é mais um importante passo rumo à integração do sistema de energia renovável ao sistema de transporte. São as tecnologias das cidades inteligentes cada vez mais acessíveis", afirma Marcelo Vilela, diretor de marketing e vendas da divisão de Produtos para Eletrificação da ABB Brasil.

De acordo com Aldo Teixeira, fundador e presidente da Aldo, diversas cidades do Brasil têm postos de abastecimento de carros movidos à energia elétrica, mas todos ligados à rede oficial de distribuição de energia. “O grande diferencial da parceria é que passamos a distribuir uma solução completa da ABB composta por inversores e carregadores elétricos que proporcionará que os carros sejam abastecidos com a eletricidade gerada pelo sol", explica. “A parceria com a ABB marca mais um importante passo para o mercado brasileiro de energia solar fotovoltaica com a força de duas empresas líderes em seus segmentos", complementa.

Carreira

Totvs lança plataforma de serviços para desenvolvedores

Aldo acredita que “investir no Programa de Mobilidade Elétrica é uma maneira de difundir essa tecnologia e oferecer condições do brasileiro se interessar, aprender mais e utilizar opções de energia limpa e mais barata", finaliza.

Para demonstrar o uso de equipamentos como os que passam a ser distribuídos para a ABB e oferecer a solução em larga escala, a Aldo anunciou em 2018 a primeira garagem pública para abastecimento de carros elétricos e/ou híbridos alimentada por energia solar do sul do País.

19 de Março de 2019

Publicação: Diario ABC - Economia

Volks vai adaptar planta para produzir novo carro

Na contramão da Ford Motors Company, montadora norte-americana que anunciou, há um mês, que irá fechar unidade em São Bernardo em novembro, a alemã Volkswagen vai dar férias coletivas aos 4.500 trabalhadores da planta na mesma cidade a partir de segunda-feira, o que representa 49,45% do total de trabalhadores (cerca de 9.100 pessoas), para ampliar sua linha de produção. A unidade Anchieta será adequada para receber o quarto veículo fabricado no local, possivelmente um crossover do Polo cujo nome não foi divulgado.

A expectativa é a de que o modelo seja lançado no mercado em 2020. Informações de bastidores do setor e do SMABC (Sindicato dos Metalúrgicos do ABC) indicam que será um CUV, automóvel que utiliza a base de um carro de passeio, mas com adaptações que possibilitam características de um SUV, ou seja, um SUV compacto. Há a chance de que o modelo aproveite os entre-eixos do Polo, mas com mudanças na carroceria.

Acredito que no meio do ano nós já começaremos a produzir alguns veículos da chamada série zero, que são utilizados para testes, afirmou o coordenador da CSE (Comitê Sindical de Empresa) da Volkswagen de São Bernardo, Wagner Lima, ao destacar que não há mais informações sobre o veículo. Segundo ele, a decisão da Volks vai ao encontro as exigências do mercado. As montadoras precisam renovar seus modelos. A estratégia da Volkswagen está sendo acertada e vem focando bastante nisso, disse.

Atualmente, a unidade fabril é responsável pelo Saveiro, novo Polo e Virtus. Em 2016, a montadora anunciou investimento de R$ 7 bilhões R$ 2,6 bilhões em São Bernardo no desenvolvimento e lançamento de 20 modelos até 2020. Até o momento, saíram da forma 12 deles, sendo que os oito restantes devem ser anunciados entre este ano e o próximo.

FÉRIAS COLETIVAS - A empresa afirmou, em nota, que fará parada técnica de 12 dias, de 25 de março a 5 de abril, em sua unidade produtiva da Anchieta, para alterações em sua linha de montagem para a chegada de novo produto. Os empregados ligados à fábrica ficarão em férias coletivas neste período.

A informação foi confirmada pelo SMABC. De acordo com Lima, o período já estava previsto em acordo coletivo entre os trabalhadores e a empresa assinado em 2016.

Segundo ele, a expectativa é a de que a fábrica trabalhe com a capacidade máxima de produção (1.100 veículos diários), que está sendo quase atingida, já que por dia são feitas 1.092 unidades. Estamos no limite, mas a ideia é manter essa produção, até porque, se um outro veículo registrar queda nas vendas, conseguiremos manter o nível de emprego. Com mais um modelo, o importante é trabalhar com dias adicionais. A ideia é que também utilizemos o sábado, já que estamos trabalhando de segunda a sexta-feira. O excedente pode ser produzido na fábrica de Taubaté (Interior do Estado), destacou Lima.

Segundo o sindicalista, a maior parte das adequações será feita na parte de funilaria da linha. Depois do retorno dos trabalhadores à fábrica, em 8 de abril, uma pequena parcela da empresa, entre 50 e 100 pessoas, também deve tirar férias para que a adaptação termine de ser feita.

GM faz anúncio e Prefeitura divulga programa de incentivos

Ao meio-dia de hoje, a GM (General Motors) fará anúncio importante no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. A expectativa é a de que a empresa anuncie os investimentos no País, e o montante que deve ser aplicado na fábrica de São Caetano (dos R$ 10 bilhões, a metade ficará em São José dos Campos). Estarão presentes o presidente da GM na América do Sul, Carlos Zarlenga, e o governador João Doria (PSDB).

À tarde, o prefeito da cidade, José Auricchio Júnior (PSDB), anuncia detalhes do projeto de lei sobre benefícios para a indústria automotiva, na Câmara Municipal, em dia de sessão. O ProAuto (Programa de Incentivos à Indústria Automobilística) deve conceder descontos no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), nas contas de água e esgoto e deve unificar o piso do ISS (Imposto Sobre Serviços). A montadora passou por período de incertezas no início do ano, quando declarações de executivos e informes apontaram a dificuldade de investimentos nas plantas da América Latina.

FORD - Paralisados há um mês, desde que a empresa anunciou que vai fechar unidade de São Bernardo em novembro, os trabalhadores da Ford participam de assembleia hoje às 6h30. Na ocasião, o SMABC (Sindicato dos Metalúrgicos do ABC) vai orientar sobre os próximos passos da mobilização.

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