28 de janeiro de 2019

Publicação: Automotivebusiness

Controladora da 99 firma parceria com a Baic para carros elétricos

Didi Chuxing e Baic terão joint venture para desenvolver veículos com novas fontes de energia

REDAÇÃO AB

A Didi Chuxing, plataforma chinesa de transporte que detém o controle da brasileira 99, estabeleceu parceria com a (Beijing Electric Vehicle), empresa focada em carros elétricos que integra o grupo Baic, a 19ª maior montadora do mundo em volume de vendas, com quase 1 milhão de veículos emplacados no ano passado. As duas companhias fundaram a joint venture JingJu, que nasce para desenvolver automóveis que combinem novas fontes de energia com soluções de inteligência artificial.

Desde 2016 a Didi trabalha no desenvolvimento de parcerias para criar uma rede de serviços e soluções para os clientes. Na China, em um só aplicativo, a empresa já entrega recursos como locação de carros, vendas, abastecimento e manutenção, além do serviços de transporte sob demanda.

A parceria combina os interesses das duas empresas. Enquanto a Didi garante já possuir a maior rede de carros elétricos do mundo, com 400 mil unidades, a Baic anunciou o plano de deixar de produzir veículos movidos a combustíveis fósseis a partir de 2025.

28 de janeiro de 2019

Publicação: Automotivebusiness

BMW faz recall de 33 veículos para troca de cardã

Montadora descobriu que a peça pode se soltar do diferencial, trazendo risco de acidentes

REDAÇÃO AB

Uma possível falha no sistema de transmissão levou a BWM a fazer um recall de 33 carros vendidos no Brasil para a troca do cardã de fibra de carbono. A convocação envolve os modelos M4 Coupé, M4 GTS e M3 Sedan fabricados entre 30 de junho e 26 de setembro de 2016. O M4 Coupé e o M4 GTS tiveram apenas uma unidade envolvida cada. Todos os outros são M3 Sedan.

A montadora descobriu que a pouca resistência do material utilizado no dispositivo de acoplamento do cardã ao diferencial pode resultar no desprendimento da peça. A falha pode resultar em danos físicos e materiais aos ocupantes do carro e a terceiros.

A troca da peça é gratuita e deve ser agendada em uma concessionária BMW a partir do dia 31 de janeiro. O tempo estimado para o serviço é de duas horas. Outras informações podem ser obtidas pelo site www.bmw.com.br/recall ou no telefone 0800 019 7097, de segunda a sexta-feira, das 8 às 19 horas.

24 de janeiro de 2019

Publicação: Automotivebusiness

Bosch incorpora negócios da fabricante de motores elétricos EM-motive

Até então, controle da empresa era compartilhado com a Daimler

REDAÇÃO AB

A Bosch investiu para assumir controle total da EM-motive, que produz motores elétricos e desde 2011 tinha o comando compartilhado entre a fabricante de componentes e tecnologia e a Daimler como uma estratégia das duas marcas para evoluir rápido no segmento, mas dividindo os custos.

Segundo Stefan Hartung, membro do conselho de administração da Bosch com responsabilidade pela divisão de soluções de mobilidade, comprar a outra metade da empresa foi um passo lógico dentro do plano de tornar a sistemista líder no mercado de eletromobilidade, estabelecendo presença mais ampla.

Em comunicado, a organização esclarece que a mudança no controle não terá efeito imediato na estrutura da EM-motive, apenas vai integrar os negócios da empresa à Bosch. A companhia já fabricou mais de 450 mil motores, que foram fornecidos a empresas como Daimler, Porsche, Fiat, Volvo e Peugeot.

O valor da compra das ações não foi revelado e a negociação ainda precisa ser aprovada por órgãos regulatórios.

24 de janeiro de 2019

Publicação: Automotivebusiness

Waymo investe em fábrica de carros autônomos em Detroit

Será a primeira planta do mundo dedicada à montagem de veículos com nível 4 da tecnologia

REDAÇÃO AB

Enquanto as montadoras tradicionais se esforçam cada vez mais para parecer com empresas do Vale do Silício, há quem faça o movimento contrário: a Waymo empresa de carros autônomos da Alphabet, holding do Google. Em paralelo com o lançamento de seu serviço de táxis autoguiados Phoenix nos Estados Unidos, a companhia trabalha na construção de uma fábrica na região de Detroit, o berço da indústria automotiva no país.

Será a primeira planta do mundo dedicada completamente à produção de veículos com nível 4 de automação, em que o sistema é capaz de conduzir sem precisar de um condutor humano em quase todas as situações, com capacidade de estacionar de forma segura caso o motorista não assuma a direção em um momento crítico. Com isso, a empresa mostra que a tecnologia tem potencial para transformar a maneira como a indústria automotiva se organiza tradicionalmente.

FCA E JAGUAR LAND ROVER PRODUZIRÃO CARROS

A Waymo concentra esforços no desenvolvimento do hardware e do software de condução automatizada e, com isso, é a companhia que lidera os testes destes modelos em vias públicas, com mais de 10 milhões de quilômetros rodados. A empresa da Alphabet já admitiu que não tem planos de se posicionar como uma montadora, que fabrica carros completos, mas como uma fornecedora de serviços de mobilidade.

Sendo assim, o novo empreendimento reunirá esforços também de duas parceiras importantes da Waymo: a FCA – Fiat Chrysler Automobiles, e a Jaguar Land Rover. Enquanto as fabricantes produzirão os automóveis, a companhia do Vale do Silício se concentrará em desenvolver o software e as plataformas digitais necessárias para que os veículos pensem sozinhos.

INVESTIMENTO E CONTRATAÇÕES

A planta já está em construção, com inauguração prevista ainda para este ano. A unidade recebe investimento de US$ 13,6 milhões, com mais de US$ 8 milhões de incentivo do governo. Segundo a Waymo, a região de Detroit foi escolhida para sediar a unidade por causa da ampla oferta de mão de obra qualificada e do clima que oferece diversidade de condições para os testes e desenvolvimento dos carros.

A empresa já conta com uma estrutura tímida de desenvolvimento ali com cerca de 20 funcionários. A fábrica, no entanto, deve empregar 400 pessoas. A região tradicional da indústria automotiva também garante fácil acesso a fornecedores. A Magna, por exemplo, já está entre as empresas confirmadas

24 de janeiro de 2019

Publicação: Automotivebusiness

Vendas globais chegaram a 95,6 milhões de carros em 2018

Grupo Volkswagen manteve o posto de maior montadora do mundo, com 10,8 milhões de emplacamentos

REDAÇÃO AB

As vendas globais de carros de passeio ficaram estáveis em 2018, com crescimento singelo de 0,2%, para 95,6 milhões de veículos. Os dados são da Focus2MoveFocus2Move. A consultoria aponta que a tendência positiva consolida a expansão dos últimos anos.

A primeira metade do ano, aponta a empresa, apresentou crescimento robusto e fortaleceu projeções que indicavam um mercado mundial com recorde histórico de 100 milhões de carros. O segundo semestre, no entanto, frustrou as expectativas, com contrações em regiões importantes para o segmento, como Europa e Estados Unidos.

MAIORES MONTADORAS

As cinco primeiras posições do ranking de montadoras que mais venderam veículos foram mantidas em 2018. O Grupo Volkswagen foi líder com 10,8 milhões de carros emplacados globalmente de todas as suas marcas. Com isso a organização alemã garantiu participação de 11,4% no mercado global.

A Toyota aparece logo atrás, na vice-liderança, com 10,5 milhões de unidades entregues aos consumidores e fatia um pouco menor de market share, de 11,1%. Em seguida, na terceira colocação em vendas está a Aliança Renault-Nissan, que parece ter fechado o ano sem sentir nas vendas o impacto da prisão de seu maior executivo global, Carlos Ghosn. O conglomerado vendeu 10,3 milhões de veículos.

Na quarta posição aparece a General Motors. Apesar de ter se sustentado entre as maiores montadoras, a companhia teve leve contração em seus negócios ao longo de 2018, de 2% para 8,7 milhões de unidades. Em quinto lugar no ranking aparece o grupo coreano Hyundai-Kia, com 7,5 milhões de carros negociados e o maior crescimento entre as cinco maiores fabricantes, de 3,2%.

Nas posições mais distantes do ranking de vendas, a empresa que mais cresceu em 2018 foi a chinesa Saic. Apesar de ter ficado na 20ª posição entre as que mais vendem, a montadora ampliou suas entregas em 36% sobre o ano passado, se aproximando cada vez mais de emplacar 1 milhão de unidades em todo o mundo.

24 de janeiro de 2019

Publicação: Automotivebusiness

Renault confirma renúncia de Ghosn, Bolloré é o novo CEO, Senard o chairman

Conselho aprova mudanças na administração do grupo e na relação com Nissan

REDAÇÃO AB

A Renault confirmou a renúncia de Carlos Ghosn dos postos de CEO e presidente do conselho da quinta-feira, 24, os conselheiros se reuniram para formalizar a separação dos dois cargos de agora em diante. Na mesma reunião, Thierry Bolloré foi nomeado oficialmente o novo CEO – ele era o vice de Ghosn e vinha ocupando o comando interinamente desde que o executivo foi preso no Japão. E Jean-Dominique Senard, de saída da presidência da Michelin, foi escolhido para ser o novo chairman (presidente do conselho). O movimento de destituição de Ghosn e ambos os nomes para substituí-lo em seus caros já tinham sido antecipados pela imprensa no início desta semana.

A divisão dos cargos acumulados havia cerca de uma década por Ghosn acontece na esteira da prisão, há dois meses, do executivo no Japão, onde é acusado pela justiça do país e pela Nissan de sonegar seus ganhos e usar indevidamente fundos da empresa para fins pessoais. O escândalo motivou a Renault a separar as funções e dar definições mais claras a elas.

O conselho de administração definiu que seu novo chairman deverá avaliar e, se necessário, alterar a governança administrativa da Renault. Ele foi escalado para apresentar suas propostas antes da próxima assembleia geral dos acionistas. O conselho declarou ainda que também irá supervisionar ativamente o funcionamento da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, confiando a Senard a responsabilidade de pilotar a relação no empreendimento em nome da Renault, que detém perto de 40% do controle acionário da Nissan.

Desta forma, segundo comunicado da empresa, Senard será “o principal interlocutor do sócio japonês e dos outros parceiros da Aliança para qualquer discussão sobre a organização e evolução da parceria, submetendo ao conselho de administração qualquer novo acordo que lhe pareça benéfico ao futuro da Renault”. O chairman também será o “representante da companhia francesa junto à direção da Aliança e na Nissan para apresentar qualquer proposta da Renault”.

Ao novo CEO Bolloré caberá um papel mais prático. Segundo comunicado do conselho, ele coordenará para a Renault as atividades operacionais da Aliança, sob a autoridade do chairman Senard.

Sem citar o nome de Ghosn no comunicado, o conselho diz apenas que tomou “conhecimento da renúncia de seu atual presidente e CEO” e “elogiou o percurso da Aliança [Renault-Nissan-Mitsubishi], que a permitiu alcançar o posto de líder mundial de vendas entre as montadoras de automóveis”.

24 de janeiro de 2019

Publicação: Automotivebusiness

Iveco vende lote de 40 Daily ao governo do ES

Unidades móveis montadas sobre o furgão 30S13 têm capacidade para nove pessoas

REDAÇÃO AB

A Iveco entregou ao governo do Espírito Santo 40 unidades do furgão Daily 30S13. Os veículos foram montados para atuar como unidades móveis, cada uma com capacidade para oito ocupantes mais o motorista. O lote foi adquirido por uma parceria entre a Secretaria de Direitos Humanos, a Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Militar daquele Estado.

“Ergonomia, baixo custo operacional e robustez foram decisivos para nos destacarmos em diversos segmentos da administração pública como infraestrutura, obras, saúde e segurança”, afirma o diretor de vendas diretas e governamentais da Iveco, Osmar Hirashiki. O Daily City 30S13 tem altura reduzida em relação ao solo, que facilita o acesso do motorista à cabine e as operações de carga e descarga. Recebe um motor 2.3 a diesel de 130 cavalos com tecnologia EGR de recirculação dos gases de escape, que dispensa o uso de Arla 32.

24 de janeiro de 2019

Publicação: Automotivebusiness

Toyota inicia recall de quase 380 mil carros no Brasil

Corolla, Fielder, Etios, Hilux e SW4 formam a 3ª maior convocação da marca no País

REDAÇÃO AB

A Toyota do Brasil começa um grande recall envolvendo 379,7 mil veículos e a realização de mais de 500 mil reparos por causa de deflagradores de aibag fornecidos pela Takata. Corolla, Fielder, Etios (hatch e sedã), Hilux e SW4 são os veículos envolvidos na terceira maior convocação da marca no País. No caso do Corolla há unidades montadas a partir de 2002. A campanha ocorre pela possibilidade de o deflagrador das bolsas infláveis se romper quando acionado em caso de impacto do veículo e projetar estilhaços para dentro da cabine, com risco de ferimentos graves e até fatais ao motorista e passageiros.

A investigação feita pela Takata no Japão revelou a ocorrência de degradação da substância propelente do deflagrador após longos períodos de exposição dos veículos a altas temperaturas ou grandes variações de temperatura ou mesmo alta umidade relativa do ar. Em todo o mundo o problema resultou na substituição de 100 milhões de itens e levou a Takata a entrar com pedido de recuperação judicial em 2017.

Nesta nova campanha, o tempo de reparo dos veículos na concessionária é estimado entre uma hora e meia e cinco horas. As substituições começam no dia 28 de janeiro, segunda-feira. Os proprietários deverão entrar em contato com a rede Toyota para agendamento prévio. A relação de concessionárias está no site http://www.toyota.com.br. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 0800 703 0206.

28 de janeiro de 2019

Publicação: Valor Econômico

Após sindicatos e governos, GM negocia com fornecedor

Por Marli Olmos | De São Paulo

O plano de enxugamento de custos da General Motors no Brasil entra em nova etapa. O Valor apurou que o presidente da companhia no Mercosul, Carlos Zarlenga, terá uma reunião, hoje, com dezenas de fabricantes de peças com potencial para ser escolhidos como fornecedores dos futuros lançamentos de carros. O desenvolvimento dos projetos desses veículos está atrelado a um novo ciclo de investimentos no país que, segundo Zarlenga tem dito a sindicalistas e integrantes do governo, só será liberado pela matriz mediante uma drástica redução de custos.

Na área trabalhista, os planos do executivo são mais ambiciosos do que inicialmente aparentavam. As negociações para uma revisão de contratos trabalhistas e benefícios não envolvem apenas as duas fábricas da montadora em São Paulo - São Caetano do Sul, no ABC, e São José dos Campos, no interior do Estado. Segundo fontes ouvidas pelo Valor, a direção da empresa já iniciou conversas com representantes dos sindicatos dos metalúrgicos de Gravataí (RS) e de Joinville (SC), onde estão as outras duas fábricas brasileiras da companhia. Em Gravataí são produzidos automóveis e em Joinville, motores.

Assim como em São Caetano do Sul, essas duas fábricas receberam investimentos recentemente, que fazem parte do último pacote de investimentos da GM, de R$ 13 bilhões, para o período entre 2014 e 2020. Trata-se do maior pacote de investimentos da história da montadora no país e um dos maiores da indústria automobilística.

A unidade de São Caetano do Sul acaba de receber R$ 1,2 bilhão para a total modernização das linhas de produção. Com aporte de R$ 1,9 bilhão, em Joinville a produção de motores está sendo quadruplicada. Em Gravataí, que recebeu R$ 1,4 bilhão, foram abertos novos postos de trabalho no fim de 2017 e desde então a fábrica opera em três turnos.

Em São José dos Campos, a situação é mais complicada, o que enfraquece negociações do lado dos trabalhadores. Num histórico relacionamento tenso com o sindicato local, há anos a GM não inclui a fábrica de São José, onde são produzidas picapes, nos programas de investimentos. São José estaria inserida nos próximos programas de investimentos. Mas, para isso, a empresa deve jogar duro com o sindicato.

O plano foi traçado no ano passado e parte das negociações começou há várias semanas. O projeto de enxugamento foi, no entanto, mantido em sigilo até o dia 18 deste mês, quando cópias de uma carta de Zarlenga dirigida aos funcionários, explicando a situação, foram espalhadas pelos murais das fábricas. Em tom de desabafo, a carta, que chegou para muitos também por e-mail, relatou aos empregados que a matriz ameaçava não investir mais na América do Sul caso não conseguisse reverter os prejuízos na região.

O encontro com os fabricantes de componentes, hoje, tende a ser claro, direto e óbvio. Como em qualquer negociação dessa natureza, ganha o contrato para ser o fornecedor de novo projeto de veículo aquele que oferecer qualidade e menor preço. Desta vez, porém, há o envolvimento direto do presidente da companhia na conversa.

Segundo o Valor apurou, em torno de 70 fabricantes de autopeças estarão na reunião com Zarlenga. Por meio da assessoria de imprensa, a GM mantém a posição adotada desde o início de não comentar o assunto.

A esse quadro se soma a aproximação com o Poder Público, que visa a conquista de incentivos tributários estaduais. Na esfera governamental, fontes informam que as negociações envolvem várias opções. A mais aguardada não apenas pela GM como por todas as montadoras que operam em São Paulo é obter os créditos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Bens de Serviços) que se acumulam na cadeia que envolve a produção de um veículo. O crédito ocorre por conta de diferenças de alíquotas do ICMS das peças e dos veículos, por operações interestaduais na venda direta de veículos e nas exportações.

O secretário da Fazenda, Henrique Meirelles, já disse estar disposto a autorizar a antecipação desse crédito. A declaração chamou a atenção de toda a indústria. Na quinta-feira, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, disse ao Valor que pretende procurar o novo governo paulista para buscar maneira não apenas para que esses créditos não se acumulem mais como para também recuperar o que foi se acumulando nos últimos Segundo ele, cálculos da Anfavea indicam que cerca de R$ 7 bilhões estão retidos nos cofres do Estado de São Paulo. Nos últimos anos, com a aposta das montadoras nas exportação como resultado de queda de vendas no mercado interno, o acúmulo de créditos se acelerou. O governador João Doria já prometeu estender benefício à GM a todas as montadoras.

Os fabricantes de veículos sabem que dificilmente vão recuperar o total dos créditos de ICMS acumulados. Uma forma de recuperar os recursos indiretamente é por meio de um programa lançado em novembro, que permite às montadoras usar acúmulo desses créditos em compras de peças de ferramentaria produzidas em território paulista.

A GM é uma das mais interessadas numa aproximação com o governo paulista para pedir benefícios tributários porque boa parte da sua produção se concentra no Estado. Como outras montadoras com fábricas em São Paulo, a GM sofre a concorrência de fábricas de outras marcas localizadas em Estados cujos governos ofereceram longos prazos para pagamentos de tributos como forma de atrair investimentos.

A direção da GM parece estar com pressa. A agenda da semana já começa carregada. Hoje, enquanto Zarlenga estiver reunido com fabricantes de autopeças, outros diretores da montadora vão comandar mais uma reunião com os dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.

25 de janeiro de 2019

Publicação: Valor Econômico

Volkswagen vai produzir estações de carregamento de veículos elétricos

Por Dow Jones Newswires

BERLIM - O grupo alemão Volkswagen informou nesta sexta-feira que a recém-criada divisão de componentes da empresa vai começar a produzir estações de carregamento de veículos elétricos a partir de 2020.

Cada estação terá capacidade para carregar até quatro veículos por vez e fará parte de um sistema modular do grupo para veículos elétricos.

Por volta das 9h20 (horário de Brasília), as ações da Volkswagen registravam alta de 1,82% em Frankfurt, negociadas a 151,10 euros. No ano, os papéis acumulam avanço de 8,63%.

25 de janeiro de 2019

Publicação: Valor Econômico

‘Se precisar fechar, fecha’, diz secretário de Paulo Guedes sobre a GM

Por Raquel Landim | Folhapress

SÃO PAULO - O governo de Jair Bolsonaro (PSL) dá sinais de que pretende resistir a eventuais investidas da General Motors de pleitear incentivos tributários ou qualquer outro tipo de apoio federal para manter operações no Brasil.

Em um encontro reservado com o alto escalão da montadora, Carlos da Costa, secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do ministério da Economia, foi assertivo: “se precisar fechar (a fábrica), fecha”.

Segundo relatos de fontes do setor privado, o comentário foi feito durante uma reunião de pouco mais de meia hora, em 4 de janeiro, entre o secretário e o vice-presidente de relações governamentais da GM no Brasil, Marcos Munhoz.

No encontro, Munhoz relatou a Costa que a chefia da montadora nos Estados Unidos considerava as fábricas de São Caetano do Sul (SP) e de São José dos Campos (SP) praticamente “inviáveis” por causa dos altos custos.

O executivo enfatizou, por exemplo, que, enquanto a PLR (participação nos lucros) chega a R$ 20 mil por funcionário em São Paulo, não passa de R$ 7 mil em Gravataí (RS).

A argumentação, contudo, não parecia sensibilizar o secretário, um dos principais auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes. Munhoz, então, foi direto: “Corremos o risco de fechar (as fábricas)”.

O secretario então devolveu: “Se precisar fechar, fecha”.

A declaração gerou mal-estar entre os presentes na reunião, já que a GM emprega mais de 13 mil pessoas em São Caetano do Sul e em São José dos Campos. A montadora não chegou a apresentar no encontro nenhum pleito específico ao governo federal.

A GM vem ameaçando deixar a América do Sul caso não rentabilize as suas fábricas na região, principalmente em São Paulo. Na semana passada, Carlos Zarlenga, presidente da montadora no Mercosul, enviou um e-mail aos funcionários sobre o assunto.

Na mensagem, Zarlenga dizia que a GM Brasil teve prejuízo de 2016 a 2018, e que 2019 seria um ano decisivo. Ele reproduzia ainda declarações da presidente global da companhia, Mary Barra, à imprensa americana, em que ela admitia a possibilidade de sair da América do Sul.

Pouco dias depois, a GM apresentou aos sindicatos uma extensa pauta de negociação dos direitos trabalhistas para que possa continuar operando. O secretário da Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, também já admitiu que estuda a possibilidade de socorrer a GM antecipando crédito de ICMS.

Já o presidente Jair Bolsonaro, que se elegeu com um discurso de redução de subsídios e abertura de mercado, ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto.

Segundo apuração da reportagem da "Folha de S. Paulo", técnicos do governo federal veem as reclamações da montadora com estranheza, pois, quando a GM enfrentou uma forte crise nos EUA entre 2008 e 2012, as operações na América do Sul seguraram os resultados.

Quatro dias após o encontro com representantes da GM, o secretário Carlos da Costa disse em uma reunião com diferentes representantes do setor produtivo que havia três temas proibidos no governo: subsídios, proteção e mais gasto público.

Procurado pela reportagem da "Folha de S. Paulo", o secretário afirmou em nota que se reúne “rotineiramente” com representantes do setor privado e que vem afirmando aos empresários que “precisamos tornar o Brasil produtivo e competitivo, retirando os entraves que os impedem de produzir mais e melhor”.

A GM não retornou os contatos da reportagem.

25 de janeiro de 2019

Publicação: Valor Econômico

Nissan Kicks híbrido pode ser fabricado no Brasil

Por Marcus Vinicius Gasques | De Las Vegas

O mercado automotivo brasileiro deve contar com a versão híbrida do Nissan Kicks a partir de 2020 ou 2021. A informação foi obtida durante a maior feira de tecnologia do mundo, a CES 2019, realizada em Las Vegas e encerrada dia 11. A opção mais econômica do SUV compacto poderá também ser produzida na linha de montagem da montadora em Rezende (RJ).

Há um ano, "Autoesporte" já havia adiantado que a Nissan registrara o sistema e-power no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) e que o carro poderia ser fabricado no Brasil. A tecnologia pode equipar o Kicks ou outro modelo da montadora no país.

José Luis Valls, vice-presidente da Nissan para a América Latina, e Marco Silva, presidente da empresa no Brasil, parecem divergir um pouco no grau de otimismo e nos prazos para a chegada do modelo ao mercado brasileiro. Mas, como lembra uma fonte, o grande interesse pelo Kicks híbrido por aqui deve garantir sua oferta dentro de no máximo dois ou três anos.

Essa versão do utilitário esportivo hoje não existe. Ela será baseada no Note e-power japonês, versão híbrida da minivan compacta que é uma espécie de "Honda Fit" da Nissan, e com a qual o Kicks compartilha plataforma. Há pouco mais de dois anos, o modelo passou a ser equipado com o sistema e-power. E mesmo sendo um projeto mais antigo, o carro conquistou a liderança de vendas no Japão.

Por aqui, o Note está servindo como uma plataforma de testes. Segundo uma fonte ligada ao fabricante, o projeto do Kicks e-power está com um andamento muito bom, porém ainda está em estudo de viabilidade e de custos. O chamado "business case" ainda não fechou.

No sistema e-power, acelerador e freio são acionados em um único pedal. Quando o motorista ergue o pé, o carro desacelera ou para. É nesse momento as baterias são recarregadas.

Diferentemente dos veículos híbridos tradicionais, seu motor à gasolina apenas carrega as baterias, enquanto a tração é garantida pelo motor elétrico. A arquitetura avançada resulta em médias de consumo bem baixas e num autonomia de até 600 km. E isso, sem a necessidade de recarga na tomada.

Conforme apuramos, no carro japonês o propulsor elétrico gera o equivalente a 110 cv, bem menos que os 150 cv gerados pelo novo Leaf. Já o torque instantâneo de 25,9 kgfm deve ser suficiente para dar uma tocada bem mais ágil ao compacto em comparação ao carro com motor 1.6. (Colaborou Alexandre Izo)

24 de janeiro de 2019

Publicação: Valor Econômico

Vendas da Ford no Brasil sobem 17% no 4º trimestre

Por Ivan Ryngelblum | Valor

SÃO PAULO - As operações brasileiras da montadora americana Ford foram destaque do resultado da companhia no quarto trimestre de 2018, com as vendas crescendo pelo sétimo trimestre consecutivo.

Nos últimos três meses de 2018, a montadora registrou um crescimento de 17% da taxa anual de vendas ajustada sazonalmente no país, para 2,3 milhões de unidades, segundo apresentação feita ontem (23) pela diretoria a analistas, após a divulgação dos resultados trimestrais.

Na América do Sul, as vendas sazonalmente ajustadas subiram 2%, a 4,4 milhões de veículos, com queda de 44% na Argentina. Considerando todas as operações, a taxa anual de vendas ajustada sazonalmente caiu 9%, prejudicada pelo recuo das vendas na China, além de quedas de menor intensidade na Europa e na América do Norte.

A montadora informou, na apresentação, que após o lançamento da nova linha do modelo Ka no Brasil, a versão compacta se tornou o segundo carro mais vendido em 2018.

Apesar do crescimento da taxa anual de vendas, a participação de mercado da Ford no Brasil recuou em 1,4 ponto percentual no quarto trimestre, para 8,6%. O único mercado que registrou aumento de participação na América do Sul foi o Peru. O continente registrou recuo de 1,3 ponto, a 7,6%.

Em termos financeiros, a América do Sul registrou um prejuízo operacional de US$ 200 milhões, aumento de 5,3%, com a volatilidade cambial e aumento de custos com commodities ofuscando os reajustes nos preços e redução dos custos.

24 de janeiro de 2019

Publicação: Valor Econômico

Apple demite 200 funcionários de projeto voltado para carros autônomos

Por Dow Jones Newswires

MADRI - A gigante da tecnologia Apple demitiu mais de 200 funcionários do seu projeto de veículos autônomos, chamado de Titan, informou a rede de televisão “CNBC” nesta quinta-feira (24).

Questionada sobre possíveis planos de abandonar o projeto, a Apple informou que não pretende interrompê-lo.

“Continuamos acreditando que há uma enorme oportunidade com sistemas de direção autônoma, que a Apple tem recursos exclusivos para contribuir e que esse é o projeto de inteligência artificial mais ambicioso de todos os tempos”, disse um porta-voz da empresa, segundo a reportagem.

A Apple informou ainda que funcionários afetados pela reestruturação do projeto Titan poderão continuar na empresa, mas em setores diferentes. A companhia estuda a criação de automóveis autônomos há, pelo menos, quatro anos.

28 de janeiro de 2019

Publicação: Valor Econômico

Anfavea calcula ter R$ 7 bi em crédito de ICMS com governo de São Paulo

Por Marli Olmos, Laura Ignacio e Marta Watanabe | De São Paulo

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, pretende procurar o novo governo do Estado de São Paulo para negociar formas de as montadoras deixarem de acumular créditos do Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e, ainda, recuperar o que foi se acumulando nos últimos anos. Cálculos da Anfavea indicam, segundo o dirigente disse ao Valor , que cerca de R$ 7 bilhões estão retidos nos cofres públicos do Estado.

Megale diz que, para resolver o problema, a entidade trabalha em mais de uma frente. A principal, diz, é encontrar uma maneira de que isso não mais aconteça. Uma forma que vem sendo discutida pelo setor prevê um ajuste de alíquotas. Isso deixaria de gerar mais créditos. Em São Paulo, a alíquota do ICMS das autopeças é 18% enquanto que a dos carros é 12%.

Um especialista ouvido pelo Valor diz que a falta de rastreabilidade dos componentes é um dos entraves. Numa operação de exportação, por exemplo, que é desonerada e, por isso, gera crédito, a sistemática para provar que tal peça foi realmente usada num veículo exportado é complicada. "Quanto mais a empresa exporta pior fica. Isso representa custo adicional, o que compromete a nossa competitividade", destacou o dirigente. Com a queda de demanda no mercado brasileiro, provocada pela crise, nos últimos anos a indústria reforçou as vendas ao exterior.

Os fabricantes de veículos sabem que dificilmente vão recuperar o total de créditos acumulados

Os fabricantes de veículos sabem que dificilmente vão recuperar o montante total de créditos acumulados. Por isso foram buscar alternativas. A que mais entusiasmou o setor foi um programa lançado em novembro, por meio de decreto assinado durante o salão do automóvel em São Paulo, que permite às montadoras usar acúmulo de créditos em compras de peças de ferramentaria produzidas em território paulista.

A ideia era incentivar a indústria de ferramentaria. Mas, até agora, o programa não entrou em vigor. Megale diz que pretende conversar também com o secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Henrique Meirelles.

Outra saída que já foi usada pelo setor e que também representa um caminho, diz Megale, é o chamado Pro-veículo, um programa por meio do qual o governo libera o créditos retidos quando a empresa investe numa nova fábrica. Com a crise, o setor deixou de expandir a produção e até passou a trabalhar com ociosidade. Mas é possível buscar novos formatos para o programa, a partir de outros tipos de investimentos, como numa nova linha de montagem numa fábrica já existente, por exemplo.

Depois de a General Motors ameaçar deixar o país caso trabalhadores, fornecedores, revendedores e governos não a ajudem a obter lucro, Meirelles acenou com a intenção de antecipar os créditos do ICMS.

Megale diz, no entanto, que a ação precisa envolver outras soluções no sentido de recuperar os créditos acumulados e também criar mecanismos para que o problema não volte a ocorrer.

O advogado Maurício Barros, do Gaia Silva Gaede Advogados, afirma que o maior motivo de acúmulo de créditos de ICMS é a exportação, que é desonerada. "Mas ao mesmo tempo em que a Constituição Federal desonera as exportações, também dá direito ao aproveitamento desses créditos", diz. Outro modo de acumular créditos de ICMS são as operações interestaduais. "Porque as alíquotas do imposto nos outros Estados são diferentes", afirma.

O que faz a liberação do saldo credor de ICMS demorar é a análise dessa documentação e a obrigação dos Estados de cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Para as empresas, o impacto dessa lentidão é grande. "As auditorias exigem a baixa desses ativos [créditos não liberados] no balanço das empresas, o que reduz o lucro delas", diz Barros.

Segundo o especialista ouvido pelo Valor, para melhorar a rastreabilidade das peças dos carros para exportação as montadoras investiram em sistemas informatizados. Isso gera mais informações para a Fazenda e acelera o processo de auditoria e reconhecimento.

Com a crise, porém, os investimentos pararam e cada montadora ficou com esse sistema em diversos estágios de aperfeiçoamento. Algumas empresas estão mais adiantadas outras mais atrasadas, afirma o especialista.

Nos últimos anos, com a aposta das montadoras nas exportação como resultado de queda de vendas no mercado interno, o acúmulo de créditos se acelerou. Há também a concorrência das fábricas localizadas em outros Estados, cujos governos ofereceram longos prazos para pagamentos de tributos como forma de atrair investimentos do setor automotivo.

24 de janeiro de 2019

Publicação: Valor Econômico

Acordo com Ford não muda planos da Volks na América do Sul

Por Marli Olmos | De São Bernardo do Campo

Claudio Belli/ValorBrandstatter, chefe mundial de operações da marca Volks: "A nossa estratégia para a América do Sul será mantida"

A aliança global entre Volkswagen e Ford, anunciada há pouco mais de uma semana, não muda os planos na América do Sul. Pelo menos na Volkswagen, segundo o chefe mundial de operações da marca Volks, Ralf Brandstatter. "As conversas [com Ford] são positivas e estamos todos com boa vontade, mas no momento, o que está claro para nós é que a nossa estratégia para a América do Sul será mantida", disse.

A preocupação com o impacto da aliança nas operações das duas empresas é mundial. No caso específico da Argentina, chamou a atenção a informação dada pelos presidentes das duas empresas, durante anúncio do acordo, de que as primeiras sinergias vão aparecer nas picapes, incluindo América do Sul. Volks e Ford produzem picapes na Argentina em fábricas vizinhas.

Brandstatter mantinha o humor e a elegância no fim da tarde, ontem, após um dia de trabalho intenso, de conversas com revendedores e outras reuniões. Quando ele falou a um grupo de jornalistas na fábrica de São Bernardo do Campo, no fim da tarde, faltava, ainda, um encontro com funcionários.

Montadora alemã deve alcançar o "break even" ainda neste ano na América do Sul, segundo o presidente na região

Brandstatter chegou ao Brasil ontem de manhã e voltou para a Alemanha ontem mesmo à noite, como costumam fazer executivos como ele. O alemão deu uma gargalhada quando alguém sugeriu que na próxima vez no país dê uma esticada até a praia. "Mas a praia fica a uma hora daqui", respondeu, prontamente, demonstrando saber exatamente onde estava.

Perder uma hora com um passeio parece tempo demais para os executivos promovidos a altos cargos no grupo Volks desde que a companhia passou a ser chamada por eles de "a Nova Volkswagen". Brandstatter assumiu o cargo de chefe da marca Volkswagen em abril do ano passado, no lugar de Herbert Diess, escolhido pelo conselho como a pessoa ideal para uma fase em que a montadora alemã tenta apagar as desagradáveis marcas deixadas pelo escândalo de fraude nos testes com motores a diesel, o chamado "dieselgate".

Com 50 anos hoje, Brandstatter era um operário recém-chegado na fábrica da Volks em Brunswick, cidade alemã onde nasceu, quando decidiu estudar engenharia industrial, aos 25 anos. Depois de passar por várias funções e viver uma temporada na Espanha, ele assumiu o comando mundial da área de compras do grupo.

Durante a entrevista, ontem, ele disse que esperava para o próximo ano o equilíbrio financeiro na América do Sul. Mas o presidente da Volks na região, Pablo Di Si, o corrigiu: "Vamos alcançar o 'break even' ainda neste ano".

Brandstatter pareceu surpreso e satisfeito. Ele sabe que a renovação de produtos deu um impulso à marca que hoje ocupa o segundo lugar no mercado brasileiro. Mas o que mais o entusiasma é a estreia da marca no segmento de utilitários esportivos, com o T-Cross, novo modelo mundial, produzido em São José dos Pinhais (PR) e com lançamento marcado para o próximo mês.

O executivo disse que a Volks está próxima de anunciar detalhes do projeto de um novo carro compacto, prometido por Diess em sua última passagem pelo Brasil. Segundo reiterou mais de uma vez, o antigo modelo Gol também será renovado.

No ano passado, a Volkswagen vendeu 6,2 milhões de veículos em todo o mundo e anunciou, lembrou o executivo alemão, que a partir de 2025, um milhão de carros da marca serão elétricos.

Segundo Brandstatter, a China tem liderado a eletrificação dos veículos. Mas as montadoras têm também de se apressar para colocar esses tipo de veículo nas ruas da Europa, onde os controles de emissões de poluentes são cada vez mais rígidos.

Os países emergentes terão que esperar mais. O executivo diz que nessas regiões é preciso, ainda, avançar na redução de preços, no aumento da autonomia e no desenvolvimento de infraestrutura, principalmente na rede de pontos de recarga. É por ter que gastar muito dinheiro com as novas tecnologias que as empresas têm se aliado, diz Brandstatter.

23 de janeiro de 2019

Publicação: Valor Econômico

Ford reverte lucro e registra prejuízo de US$ 116 milhões no trimestre

Por Marcelle Gutierrez | Valor

SÃO PAULO - A Ford Motor registrou prejuízo de US$ 116 milhões no quarto trimestre de 2018, revertendo assim o lucro de US$ 2,5 bilhões no mesmo período de 2017. O prejuízo por ação ficou em US$ 0,03.

Também na comparação anual, a receita líquida subiu 1,2%, para US$ 41,8 bilhões.

Na divisão por regiões, a América do Norte respondeu por US$ 25,8 bilhões da receita no quarto trimestre de 2018, Europa por US$ 7,4 bilhões, Ásia Pacífico por US$ 3,6 bilhões, América do Sul por US$ 1,2 bilhão e Oriente Médio e África por US$ 700 milhões.

Sobre a América do Sul, a Ford destacou o crescimento de 17% no Brasil pelo sétimo trimestre consecutivo.

Em informe de resultados, a Ford justifica o prejuízo no quarto trimestre com um ajuste de marcação a mercado de US$ 900 milhões dos planos globais de pensão e de aposentadoria e benefícios adicionais para funcionários recém-aposentados, conhecido pelo termo "OPEB" nos Estados Unidos.

2018

Em todo o ano de 2018, a Ford registrou lucro líquido de US$ 3,7 bilhões, uma queda de 52% ante o ganho de US$ 7,7 bilhões em 2017.

De janeiro a dezembro do ano passado, a receita subiu 2,2%, em base anual, para US$ 160,3 bilhões.

"Enquanto 2018 foi um ano desafiador, nós colocamos em prática as estratégias para construir uma empresa mais resiliente e competitiva, com um modelo de negócio que pode prosperar não importa o cenário econômico", disse Bob Shanks, vice-presidente financeiro da Ford, em comunicado, destacando que a empresa possui US$ 23,1 bilhões em caixa e US$ 34,2 bilhões em liquidez.

No pós-mercado da Bolsa de Nova York (Nyse), as ações da Ford tinham alta de 0,72%, a US$ 8,40. No pregão regular, os papéis fecharam em queda de 1,9%, a US$ 8,34.

23 de janeiro de 2019

Publicação: Valor Econômico

Uber não tem pressa para abrir capital, diz executivo em Davos

Por Dow Jones Newswires

DAVOS - A Uber quer ser líder em tecnologia de veículos autônomos e não vai recuar, afirmou o presidente da companhia, Dara Khosrowshahi, em uma entrevista à rede de televisão por assinatura americana CNBC em Davos.

“A Uber é sobre riscos de inovação”, disse o executivo, lembrando, no entanto, que o tempo para desenvolver carros autônomos tem sido mais lento do que antecipado por conta da própria tecnologia, além de problemas de regulação.

“Mas a companhia pode desenvolver a tecnologia para situações simples antes, um passo de cada vez”, acrescentou Khosroshahi.

Ele disse ainda que por enquanto não tem pressa para abrir capital de sua empresa.

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