04 de Janeiro de 2019

Publicação: Celulose OnLine - Notícias

Distribuição de papel espera menos pressão de matéria-prima em 2019

O setor de distribuição de papel espera um mercado mais estável e menos pressionado por câmbio e matéria-prima em 2019. No ano passado, as vendas domésticas foram puxadas pelos segmentos de embalagens e papéis para fins sanitários (tissues).

“Esperamos mais estabilidade tanto do câmbio quanto da celulose. Tivemos uma subida do dólar do final de 2017 até o meio do ano seguinte. A matéria-prima avançou no 1º trimestre, mas agora já está mais estável, sem perspectiva de alta", afirma o presidente do conselho diretor da Associação Nacional dos Distribuidores de Papel (Andipa), Vitor Paulo de Andrade.

A celulose passou por esse ciclo de aumentos de preços em razão do crescimento da demanda global, especialmente da China. O dirigente ressalta que um cenário menos turbulento será condicionado ao comportamento do dólar ao longo do ano. “Vai ter influência nessa estabilidade e isso passa pelo sucesso das medidas do novo governo federal." Andrade não acredita que o setor de papel enfrentará problemas de aumento de preços da celulose em 2019. “Um ou outro segmento pode estar com o valor defasado e terá que fazer um repasse, mas pelo atual nível de variação, não creio que deverá ser grande."

Durante o ano, o mercado gráfico foi pressionado pelos custos crescentes do papel e pelo consumo desaquecido e não conseguiu repassar o aumento de preço. Na avaliação da entidade, caso o ano seja tão turbulento quanto 2018, ao menos o setor estará menos vulnerável por estar mais ajustado. “Para o distribuidor de papel, deverá ser um ano melhor, com menos players, mas menos predatório. Estamos otimistas."

Em 2018, o setor sofreu com a oscilação de preços, impactados pela variação do dólar e da celulose, somada ao fraco ritmo da economia brasileira.

De acordo com relatório da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), o volume de vendas domésticas de papel totalizou 5 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a novembro, incremento de 0,9% em relação ao mesmo período de 2017. Os segmentos de imprimir e escrever (-0,5%) e imprensa (-10,6%) recuaram, enquanto embalagens (0,1%), papel cartão (5,7%) e tissue (2,9%) tiveram crescimento.

Para Andrade, dentro do contexto do ano, o desempenho foi razoável. “Esperávamos uma queda maior no segmento de imprimir e escrever. Embalagens cresceu e neste ano esperamos melhora para os dois mercados."

Em entrevista recente ao DCI, o gerente de estudos econômicos da Pöyry, Manoel Neves, destacou que o papel para embalagem é diretamente beneficiado pela melhora do ambiente econômico. “É esperado um ciclo positivo e todo tipo de produto utiliza embalagens: alimentos, remédios, bens de consumo, entre outros."

Neves também apontou que o segmento de papel tissue deverá se beneficiar da melhora do ambiente econômico. “É um setor diretamente ligado a renda, saúde e higiene, que já vêm crescendo."

A Andipa destaca que em 2018, houve movimentos de consolidação e rearranjos na cadeia do papel, afetando empresas importantes.

“Na ponta do consumo, a crise atingiu companhias dos setores de revistas e livrarias. Mas ainda não se tem a dimensão do impacto na demanda para o papel", aponta Andrade, que acredita que a venda e a produção de livros não devem diminuir, mas migrar para outros players e canais.

Produção

De acordo com o levantamento do Ibá, a produção de papel totalizou 9,5 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a novembro do ano passado, o que representa estagnação em relação ao mesmo período de 2017. O desempenho foi negativo no segmento de embalagem (-1,8) e cresceu nos demais mercados, com destaque para o papel de imprensa (22,7%).

De acordo com a Andipa, esse desempenho, a despeito do encolhimento dos jornais impressos, reflete a demanda internacional.

“Na China, o papel jornal passou ser alternativa para a produção de outros tipos de papéis, como o cartão, depois que as regras ambientais mais rígidas proibiram a importação e uso de reciclados", assinala a entidade em seu boletim de dezembro.

Outro segmento de destaque foi o de papel cartão (3,7% de crescimento), utilizado em embalagens cartonadas e capas de livro. Na visão da Andipa, isso decorre da recuperação da economia.

Fonte: CDI

03 de Janeiro de 2019

Publicação: Agência Estado Conjuntura e Finanças

Suzano e Fibria esclarecem detalhes sobre parcela em dinheiro parcialmente ajustada de operação

São Paulo, 03/01/2019 - A Suzano Papel e Celulose e a Fibria Celulose esclareceram, em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que o montante da parcela em dinheiro parcialmente ajustada, equivalente a R$ 50,12 corresponde ao valor do resgate por cada ação preferencial resgatável da Eucalipto Holding, originalmente equivalente a R$ 52,50, inclui a dedução do valor dos dividendos declarados pela Fibria em Assembleia Geral Extraordinária, realizada em 3 de dezembro de 2018, no montante de R$ 5,03, O preço é acrescido do valor da correção pela Taxa DI entre 15 de março de 2018 e 3 de janeiro de 2019, no montante de R$ 2,65.

O montante final da parcela em dinheiro ajustada, incluindo a estimativa do valor do ajuste da Taxa DI até a data da consumação da operação, será divulgado ao mercado em 10 de janeiro de 2019. (Márcio Rodrigues - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)

02 de Janeiro de 2019

Publicação: Agência Estado Conjuntura e Finanças

Suzano: relação de troca de papéis de acionistas da Fibria por ações da Suzano muda para 0,4613

São Paulo, 02/01/2019 - A Suzano Papel e Celulose e a Fibria informaram há pouco, em comunicado, que a relação de troca das ações ordinárias de emissão da Holding detidas por acionistas da Fibria por ações de emissão da Suzano será ajustada de 0,4611 para 0,4613.

A mudança, segundo as empresas, se deve à alteração do número total de ações de emissão da Fibria ex-tesouraria e desconsiderando as ações decorrentes de planos de opção entre o que constava no Protocolo e Justificação e a presente data, de 553.080.611 para 553.733.881. No caso da Suzano, também houve alteração do número de ações de emissão da companhia ex-tesouraria e desconsiderando os papéis decorrentes de planos de opção, de 1.091.984.141 para 1.093.784.141.

Como consequência desse ajuste, a Suzano emitirá, em razão da incorporação da Holding, 255.437.439 novas ações. O valor atribuído à fração de ação ordinária da Suzano para cálculo do ganho de capital passa de R$ 15,38, atribuído a 0,4611 ação ordinária, para R$ 15,39 atribuído a 0,4613 ação ordinária da Suzano.

O valor do resgate, da parcela em dinheiro, por cada ação preferencial da Eucalipto Holding, originalmente de R$ 52,50, equivale em 3 de janeiro de 2019, a R$ 50,12. A mudança decorre da correção pela variação da taxa média diária dos DIs, verificada entre 15 de março de 2018 e 3 de janeiro de 2019, e reduzida pelos dividendos da Fibria declarados em 3 de dezembro de 2018 e pagos em 12 de dezembro.

Conforme previsto no Protocolo e Justificação e já divulgado pelas companhias, a parcela em dinheiro a ser paga em 14 de janeiro aos acionistas da Fibria será corrigida pela variação da Taxa DI verificada entre 15 de março de 2018 e a data de consumação da operação. "O montante final da parcela em dinheiro ajustada, incluindo a estimativa do valor do ajuste da Taxa DI até a data da consumação da operação, será divulgado ao mercado por meio de aviso aos acionistas em 10 de janeiro", disseram as companhias. (Márcio Rodrigues - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)

28 de Dezembro de 2018

Publicação: Celulose OnLine - Notícias

Suzano Papel e Celulose vence prêmio Bonds & Loans Awards

A Suzano Papel e Celulose é premiada em quatro categorias do prêmio Bonds & Loans Awards, duas referentes à América Latina e duas ao Brasil. Após uma seleção entre 380 inscritos, a empresa foi reconhecida nas categorias Latin America Investment Grade Bond Deal of the Year e Latin America Syndicated Loan Deal of the Year. Já nas categorias do mercado brasileiro, a Suzano foi a grande vencedora em Corporate Bond Deal of the Year eSyndicated Loan Deal of the Year.

“Essa homenagem é o reconhecimento do mercado à equipe da Suzano responsável pela estruturação financeira da operação com a Fibria. É a coroação de um trabalho de excelência em um ano tão importante para a história da empresa", afirma Marcelo Bacci, Diretor Executivo de Finanças da Suzano Papel e Celulose. A cerimônia para anúncio dos vencedores acontecerá em junho de 2019 em São Paulo.

Organizado pelo GFC Media Group, o prêmio reconhece em 10 categorias as conquistas e excelências das empresas nos mercados de capitais da América Latina. Títulos, empréstimos e derivativos realizados durante o último ano entre os negócios latino-americanos foram analisados pelos editores da Bonds & Loans em um processo de seleção que envolve estudos de caso, exames e debates com especialistas do mercado, além de uma votação online aberta para representantes da indústria.

27 de Dezembro de 2018

Publicação: Celulose OnLine - Notícias

Suzano Bens de Consumo é líder no segmento de papel higiênico no Nordeste

Suzano Bens de Consumo, unidade de negócios da Suzano Papel e Celulose, anuncia sua liderança no Nordeste, com as marcas Mimmo, Le Blanc e Max Pure, que juntos têm mais de 21% do market share na região, segundo a pesquisa Nielsen.

Mimmo, uma das marcas da Suzano, é produzido em Imperatriz (MA) e Mucuri (BA), o papel higiênico chegou às gôndolas dos supermercados da região Nordeste em agosto. Em setembro, foi a vez do estado do Espírito Santo começar a receber o produto. Hoje, Mimmo representa 12% no varejo do mercado capixaba.

Como diferencial, a marca Mimmo trouxe um produto de folha dupla de alta qualidade, aliado ao exclusivo sistema de “corte aqui", com um marcador impresso a cada sete folhas que indica a quantidade recomendada para uso: tudo isso traz uma maior rendimento ao consumidor.

Com o slogan “Carinho que rende mais", o papel higiênico tem um ursinho fofo como mascote que é destaque em sua embalagem.

A melhor qualidade e preço acessível levou Mimmo a conquistar os consumidores, em apenas quatro meses de mercado. “O produto foi pensado especialmente para as necessidades do consumidor brasileiro, com a qualidade única já que a Suzano é responsável por todo o processo, desde o plantio do eucalipto até a produção de cada rolo", diz o Diretor Executivo da Suzano Bens de Consumo, Fabio Prado. O sucesso do produto é o resultado da qualidade e expertise da Suzano Bens de Consumo.

“Os clientes encontraram um produto mais macio e com ótimo rendimento, dois diferenciais que são decisivos para o consumidor final", explica Prado.

25 de Dezembro de 2018

Publicação: Celulose OnLine - Notícias

Unidade Puma da Klabin recebe certificação inédita no setor

A Unidade Puma da Klabin, em Ortigueira/PR, conquistou a certificação ISO 50001, tornando-se a primeira fábrica do setor e papel e celulose no País a seguir as melhores práticas exigidas para obtenção do certificado. O reconhecimento atesta os esforços da unidade para melhoria de seu desempenho e eficiência energética, em pouco mais de dois anos após o início de suas operações.

“A certificação foi atingida após uma série de auditorias e reforça o compromisso da Klabin com o desenvolvimento sustentável, além de reconhecer o engajamento e dedicação de todos os profissionais envolvidos com o tema, sejam eles colaboradores próprios, terceiros ou fornecedores", afirma Sadi Oliveira, diretor Industrial de Celulose da Klabin. “Estamos muito satisfeitos com mais essa conquista", complementa.

A obtenção da ISO 50001 está relacionada às boas práticas da gestão energética de uma fábrica, garantindo o cumprimento de normas nacionais e boas práticas para redução de desperdício, consumo consciente e priorização de uso de energia renovável.

Atualmente, a unidade já possui as certificações ISO 9001 e ISO 14001 na versão 2015 e OHSAS 18001/2007 que atestam as melhores práticas na gestão da qualidade, gestão ambiental e de saúde e segurança, respectivamente.

Energia elétrica

A Unidade Puma possui capacidade de produzir, em média, 270 MW de energia elétrica. A produção excedente é disponibilizada para o Sistema Elétrico Brasileiro, e possui capacidade para abastecer uma cidade de 500 mil habitantes. O montante aproveitado pela Companhia eleva a fábrica à condição de autossuficiente em energia elétrica.

24 de Dezembro de 2018

Publicação: Agência Estado Conjuntura e Finanças

Fibria: Conselho aprova destituição de Marcelo Castelli após combinação com Suzano

São Paulo, 24/12/2018 - A Fibria informou por meio de comunicado ao mercado que, tendo em vista a previsão de consumação da operação de combinação de negócios com a Suzano Papel e Celulose em 14 de janeiro de 2019, seu Conselho de Administração deliberou a destituição de Marcelo Strufaldi Castelli e Guilherme Perboyre Cavalcanti, com efeitos a partir da data de consumação da operação.

A companhia já havia informado no início deste mês que seu presidente e CEO, Marcelo Castelli, assumirá a posição de CEO Global da Votorantim Cimentos em 1º de fevereiro de 2019.

Reunião do Conselho de Administração da Fibria também deliberou a destituição de todos os membros dos comitês de assessoramento ao Conselho de Administração e o encerramento de tais comitês. São eles: Comitê de Finanças, Comitê de Sustentabilidade, Comitê de Pessoas e Remuneração e Comitê de Inovação. Também foi decidida a destituição de todos os membros do Comitê de Auditoria Estatutária, com efeitos a partir da data de consumação da operação com a Suzano. (Dayanne Sousa - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)

22 de Dezembro de 2018

Publicação: Celulose OnLine - Notícias

Exportações do setor de celulose acumulam US$ 9,6 bilhões

O acumulado parcial das exportações do setor de celulose em 2018 ultrapassou o valor negociado em 2017 e somam agora um montante de US$ 9,6 bilhões, segundo o boletim referente ao mês de novembro da Ibá(Indústria Brasileira de Árvores). O saldo da balança comercial até o mês passado fechou em US$ 8,6 bilhões, que também ultrapassou o valor do ano passado, de US$ 7,5 bilhões.

As exportações de celulose cresceram 31,1% de janeiro a novembro, tornando-se o maior material exportado da lista. Painel de madeira e papel vêm em seguida, com resultados positivos de, respectivamente, 7,1% e 5%.

Em volume, as exportações de celulose avançaram 9,7% no ano, sendo vendidas 13,2 milhões de toneladas. Só em novembro, a alta foi de 13,2% na comparação mensal. Os painéis de madeira também registraram considerável avanço, subindo 7% em 2018, com 1,2 milhão de m³ exportados.

A China continua sendo o principal mercado de exportação de celulose brasileira. Até novembro, o país adquiriu US$ 3,2 bilhões do produto, uma alta revelante de 42,1% frente ao mesmo período do ano passado. O papel tem como principal destino a América Latina, que avançou 8,3% no valor negociado. Os painéis de madeira também são exportados para a América Latina, que desembolsou US$ 161 milhões na aquisição do material, um crescimento equivalente a 15,8%.

Produção

De janeiro a novembro, a produção de celulosa subiu 9,6% e totalizou 19,3 milhoes de toneladas. No penúltimo mês do ano, o crescimento foi de 5% - 1,8 milhão de toneladas.

A produção de papel permaneceu estável. Foram produzidas 9,6 milhões de toneladas no acumulado do ano, com destaque para o papel-cartão e o tissue, que subiram, respectivamente, 3,7% e 3,9%.

Vendas no mercado interno

Os painéis de madeira saíram na frente e registraram variação positiva de 4,3% em relação ao acumulado do ano. Até novembro, foram movimentados 6,2 milhões de m³.

O volume de vendas do papel também subiu, mas de forma mais tímida. No acumulado do ano, foram 5 milhões de toneladas em circulação, o equivalente a um crescimento de 0,9%.

04 de janeiro de 2019

Publicação: Valor Econômico

Valmet vê novo ciclo de projetos em celulose e papel.

Principal fornecedora de máquinas de cartão e de papel para fins sanitários (tissue) no mundo, a Valmet antevê um novo ciclo de projetos da indústria de celulose e papel. Escolhida em outubro como uma das grandes provedoras de equipamentos e serviços do Mapa, o maior programa de investimentos na história da chilena Arauco, a companhia finlandesa também viu os negócios crescerem no mercado brasileiro em 2018, embalados principalmente por novos contratos na área de serviços e projetos de médio porte.

"O pipeline é bastante promissor", disse ao Valor o presidente da Valmet para a América do Sul, Celso Tacla. Para a Arauco, que investirá US$ 2,35 bilhões para modernizar e ampliar a produção de celulose na fábrica que leva o nome da empresa, a Valmet fornecerá importante conjunto de tecnologias, que inclui secagem e enfardamento da celulose e caldeiras de recuperação e de biomassa.

O valor do contrato não foi revelado, mas projetos com esse escopo são avaliados pelo mercado entre € 250 milhões e € 300 milhões. Esse é o maior projeto na carteira da Valmet neste momento e abre o novo ciclo de investimentos relevantes do setor, na avaliação de Tacla.

O pedido seria incluído nas ordens de compra do quarto trimestre. Para 2018, a Valmet já havia sinalizado a expectativa de vendas líquidas globais acima dos € 3,06 bilhões registrados em 2017. A companhia não informa em quais concorrências está ou estará presente, mas há alguns projetos de grande porte já anunciados para os próximos anos no Brasil, entre os quais o de expansão da Klabin e da WestRock e a joint venture entre Duratex e Lenzing em celulose solúvel.

Nos últimos três anos, comentou Tacla, não houve um número relevante de projetos de grandes fábricas e o que manteve a operação rentável na região foram os contratos na área de serviços, além de projetos de modernização e performance.

Neste momento, a companhia está fornecendo três máquinas de tissue, uma delas para a fábrica da CMPC em Zarate, na Argentina. Há uma entrega prevista para o Brasil, mas o nome do cliente é preservado por acordo de confidencialidade.

A máquina de Zarate, disse Tacla, foi desenhada para permitir o menor consumo possível de energia e será a primeira na América do Sul equipada com a tecnologia desenvolvida pela companhia finlandesa que possibilita a recuperação de cerca de metade da energia consumida.

A Valmet tem avançado na área da indústria 4.0, que, na prática, já vinha sendo incorporada às tecnologias da companhia antes de ganhar o destaque atual. Mas a visão interna é a de que a internet das coisas tem mais aplicação para conectar pessoas do que permitir que máquinas e equipamentos façam autogestão.

Assim, uma das grandes apostas nesse terreno são os centros de alta tecnologia que estabelecem conexões remotas com fábricas de celulose e papel e especialistas da empresa. Um desses centros será inaugurado em Araucária (PR), onde fica a sede da Valmet na América do Sul. Por meio desses centros, é possível acompanhar as operações de clientes em tempo integral.

21 de Dezembro de 2018 (17:53)

Publicação: Abril - Revista Exame.COM

Klabin desperta atenção de investidores após fusão entre Fibria e Suzano

Analistas do Credit Suisse ao BTG Pactual estão olhando para a Klabin após a fabricante de papel ter ficado de fora do acordo de US$ 10 bilhões entre os seus dois maiores concorrentes.

A Klabin é uma das raras empresas que resistiram à maior recessão do Brasil em um século, registrando crescimento de Ebitda de forma consistente nos últimos dois anos. Mas enquanto a Suzano e a Fibria, as duas gigantes do setor que concordaram em se fundir, subiram pelo menos 40% este ano, a Klabin recuou 5%. Parte do fraco desempenho pode ser explicado pelos investidores que correram para comprar a Suzano, diz Adeodato Volpi Netto, chefe de mercado de capitais da Eleven Financial Research. O acordo, que cria o maior fornecedor mundial de celulose de fibra curta, deve ser fechado no próximo mês.

A Eleven, como várias outras casas, ficou mais positiva com as ações recentemente. O Credit Suisse elevou a Klabin para compra na semana passada, citando seu valuation atrativo e dizendo que a empresa é uma boa maneira de surfar o bom momento da indústria, bem como a recuperação econômica esperada do Brasil. O BTG Pactual, que também elevou sua recomendação no início deste ano, reiterou a recomendação de compra para o papel após uma reunião de investidores no mês passado, vendo um potencial “decente" para os resultados.

A eleição do candidato com discurso favorável ao mercado, Jair Bolsonaro, à presidência, apesar de saudada pelos investidores, foi um golpe para as empresas de papel e celulose já que os investidores se posicionarem defensivamente em favor de apostas mais arriscadas, segundo Karel Luketic, analista da XP Investimentos. Uma recente queda nos preços de celulose no exterior também não ajudou. Luketic, ao contrário de alguns de seus colegas, não vê potencial para rali da Klabin.

“A Klabin é um negócio resiliente. Sofre menos que os outros em uma recessão, mas também se beneficia menos quando a economia se recupera", disse ele. Embora seja operacionalmente uma ótima empresa e negociada em níveis razoavelmente atrativos, “ela não tem momentum".

O preço-alvo médio da Klabin sugere um upside de 60%, e a ação tem 10 recomendações de compra, três de manutenção e nenhuma venda. O otimismo reflete uma mudança, já que há apenas seis meses, as ações tinham cinco recomendações de compra e sete de manutenção.

A empresa, que em 2016 iniciou uma planta de R$ 8,5 bilhões com capacidade para produzir 1,1 milhão de toneladas de celulose para exportação, está avaliando um novo investimento de bilhões de dólares para expandir sua capacidade em papel até 2023. Embora os investimentos planejados façam sentido, os investidores só precificam expansões de capacidade meses antes do início das novas instalações, disse Luketic.

Em 30 de novembro, o gerente comercial de celulose da Klabin, Henrique Braga, disse aos investidores que a empresa se concentrará na venda de celulose para pequenos e médios clientes no exterior após o término de um contrato plurianual com a Fibria após a fusão com a Suzano. Ele espera que a empresa consiga preços mais altos vendendo sua celulose diretamente, em vez de passar pela Fibria. Marcos Assumpção, do Itaú BBA, também vê uma oportunidade para a empresa cobrar mais por seu produto, uma vez que pulveriza sua base de consumidores e atinge nichos de mercado.

A Suzano é a segunda empresa com melhor desempenho no Ibovespa neste ano, com um avanço de 92%. O índice de referência subiu 14%.

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